Por claudio bala - Comentário ao post "Os motivos da rejeição a Serra".
É obvio que nao é um motivo apenas, mas considerar alta rejeição
apenas ao Serra é desconsiderar resultado das eleições, principalmente
no interior onde varios redutos tradicionais tambem com altas rejeições
tucanas.
A imagem de uma marca, time de futebol, produto ou partido politico, é
contruido com anos, o PT desde 80 era considerado radical, porem
"defensor dos pobres", cabia ao PDS, depois o PFL ser contra o "povao",
das "zelites dominantes", por um periodo o PSDB navegou como imagem no
meio termo..., tipo o "muro", sem posição, anti maluf, anti quercia e não radical
como o PT.
A ascensão do PT ao poder federal, o fim do "mal maior" PFL e
posteriormente a aliança ou migração dos quadros deste ao tucanato, tirou o PSDB do centro, passando a ser o não radical, se em 1989 covas foi obrigado a apoior lula,
mesmo só realçando pontos negativos do operario, hoje é rotina estar do
lado dos ACMs, sua policia bate e mata tanto quanto.
Se compararmos os
governos FHC e LULA, como referenciais, principalmente os que viveram os
dois governos, os eleitores com menos de 30 anos, terão uma rejeição menor ao PT, talvez
por não ter vivido o governo FHC, por mais torcida que se tenha, ou por mais
que seja falso, o eleitor identifica o PT com politicas voltadas aos mais pobres, aos
negros, as minorias, com a demarção das terras indigenas ou até com o kit
gay e o PSDB ao partido tradicional, ao antigo, o serra é retrato fiel de
tudo isso, tanto na aparência, como no modus operandi e na votação.
MENSALÃO - ja imaginou se não tivesse o mensalão contra o PT, teria sobrado oposição??
Seria ingenuidade falar que o uso do mensalão pela imprensa não causou
baixas no PT, mas foi como se um pelotão em uma guerra fosse surpreendido
por um inimigo armado de metralhadora, atirando a esmo, no primeiro
momento, o primeiro balanco, morreu 10, 20 gravemente feridos, e 200
ferimentos leves.
Com passar do tempo
os levemente feridos se curam, fortalecem novamente o pelotão, dos 20
gravemente feridos, outros 10 se recuperam, ou seja no primeiro momento baixas
grandes, num segundo se reforça, o mensalão petista tambem já foi usado nas eleiçoes
de 2006 e 2008, o PT perdeu força, houve mortos e feridos gravemente,
surgiu O PSOL, etc...
Porém, com o tempo o eleitor petista se muniu de
argumentos, seja golpe, persiguição ou seletividade da justiça, perdeu alguns filiados históricos, entre os gravemente feridos que acabaram morrendo, a unica novidade para o
eleitor, foi o aparecimento do mensalão tucano, escondido pela midia, e
colocado pelo PT, o eleitor médio condenou o PT em 2006/2008 e descobriu só
agora que "são tudo farinha do mesmo saco" com relação a corrupção e
a ética, com as mesmas práticas eleitorais, ou seja, os efeitos do mensalão
só causou rejeição ao PT nas eleições passadas, e foram fortes, perdeu
efeito com excesso da dose, aos tucanos ainda é novidade para maior
parte dos eleitores, a rejeição aumentou agora, nessas eleições.
REJEIÇÃO ou desgate tucano.
A maior base eleitoral tucana, é interior de sao paulo,
principalmente medias e pequenas cidades, geralmente os politicos foram
da arena, pmdb e agora tucanos, eleição para governador e presidente
coisa de 60/70 % PSDB e de 10/20 % do PT, um exemplo Santa Cruz do Rio Pardo,
distânte 400 km de Sãp Paulo, quase divisa com o Paraná, sem o PT estruturado na Cidade, os tucanos
dominam há decadas, a eleição do prefeito é decidida na convenção, eleição
referendo... Em 2010 Dilma 20 %, Serra 60 %, Alkmin 70% contra 20% de Mercadante, a
rejeição a admistração tucana levou a vitória do PT, mesmo sem eleger
nenhum vereador, em cidades menores na regiao, o PSDB foi quase banido,
o PMDB ganhou várias havia sumido e resussitou.., Bauru aliança do PMDB e PT
contra o DEM e PSDB, com Alckmin na tv todo dia, com Presidente do partido
estadual e tudo, tiveram 5% dos votos válidos, o PSDB/DEM teve reduzida sua bancada de 5 para 2 vereadores,
não da para atribuir a pessoa do José Serra e Kassab toda a rejeição que é
um fenômeno dos tucanos nessas eleições.
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