terça-feira, 27 de novembro de 2012

São Luís. Após denuncia de estupro - Polícia aperta o cerco contra transporte clandestino de passageiros.

Após caso de estupro em táxi lotação clandestino, presidente do sindicato dos Taxistas reclama da ausência da SMTT em notificar carros irregulares.
 
Samartony Martins - Publicação: 26/11/2012 09:09.
A Superintendência de Polícia da Capital vai apertar o cerco contra os motoristas que fazem transporte de maneira irregular em São Luís. A informação foi confirmada pelo delegado Sebastião Uchoa ao ser informado de um possível estupro cometido por um motorista de um dos veículos que faz o transporte de passageiros na área Itaqui-Bacanga. A vítima, uma estudante, registrou ocorrência, na noite da última sexta-feira (23), no plantão Central da RFFSA.

De acordo com Sebastião Uchoa, a polícia já está tomando providências para que o caso seja investigado imediatamente e que o acusado seja preso. "Vamos identificar a vítima para que a mesma possa repassar mais detalhes sobre o acontecido para prendermos de imediato quem cometeu este crime", afirmou Sebastião Uchoa.

Segundo informações do boletim de ocorrência no Plantão da RFFSA, a estudante reside no Anjo da Guarda. Em seu depoimento ela informou ao delegado de plantão que havia saído da escola onde estuda localizada na Vila Maranhão, e se dirigiu a um ponto de ônibus na BR-135, quando minutos depois um carro de cor cinza que faz lotação parou, dentro do veiculo havia dois estudantes da sua escola que a chamaram para ir com eles para casa.

A jovem informou ainda que os dois colegas de escola saltaram do carro antes de chegarem no Anjo da Guarda, e ela seguiu com o motorista que,momentos depois, parou em lugar deserto e a estuprou. Após o crime, a estudante teria sido deixada em frente à estação da Vale, ela não soube informar a placa do carro e nem se conhecia o estuprador, só informou que ele era moreno e forte, aparentando de 25 a 30 anos.

FALTA DE FISCALIZAÇÃO -
O presidente do Sindicato dos Taxistas de São Luís, José Antonio Pereira, também informou a O Imparcial que vai solicitar hoje uma audiência com o secretário de segurança pública Aluísio Mendes para que se faça mais uma frente contra o transporte irregular de passageiro. Antonio Pereira informou que aproximadamente 800 táxis rodam São Luís. Segundo ele, isso corresponde a 40% da frota. Antonio acrescentou ainda, que a falta de fiscalização têm colaborado para a proliferação dos "piratas".

O presidente do Sindicato dos Taxistas alertou que essa atividade clandestina continua na cidade pela falta de fiscalização por parte da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), e que estes carros de lotação cobram cerca de R$ 2 por pessoa em suas corridas, um valor bem abaixo da tabela oficial. "Já temos registro de outras ocorrências deste tipo, alem da RFFSA, na Delegacia da Cidade Operária e Anjo da Guarda. 


O sindicato recebe telefonema de pessoas dizendo que esqueceram objetos e documentos dentro destes veículos que não tem identificação. Desde 2006 trabalhamos em cima desta queixa junto aos órgãos de fiscalização e representantes da Secretaria de Segurança Pública. Em 2008, fizemos uma pressão e todos os comandos da cidade repreenderam o serviço de transporte de passageiro clandestino, mas com o tempo a fiscalização diminuiu e eles voltaram a praticar esta irregularidade", explicou Antonio Pereira.

Em São Luís existem, atualmente, 1.200 taxistas devidamente licenciados para a função, distribuídos em 236 postos espalhados pela capital maranhense.

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