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A organização não governamental Centro de
Atendimento ao Trabalhador (CEAT) é alvo de investigação da Polícia
Federal, por desviar recursos de contratos com o Ministério do Trabalho e
Emprego; entidade tem unidades em São Paulo, no Rio de Janeiro e em
Brasília, desviava recursos destinados à criação e manutenção de centros
públicos de empregos e de qualificação de trabalhadores nos municípios
de São Paulo e do Rio de Janeiro; oito pessoas foram presas nesta
terça-feira (3) por envolvimento no caso; entre elas, o padre Lício de
Araújo Vale, muito ligado a Dom Scherer.
247 – A organização não governamental Centro de
Atendimento ao Trabalhador (CEAT), que está sendo alvo de investigação
pela Polícia Federal, por desvio de R$ 47,5 milhões, em contratos com o
Ministério do Trabalho e Emprego, tem como presidente do seu conselho
consultivo Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.
Dom Odilo P. Scherer. Arcebispo de São Paulo |
A operação da PF, denominada Pronto-Emprego, teve início em janeiro
deste ano e constatou o desvio dos recursos e lavagem de dinheiro desde a
concessão de verbas no ministério.
Além disso, foi comprovado o
direcionamento das contratações, a inexecução de contratos, doações
fictícias e simulações de prestações de serviço.
Sete integrantes da ONG e um assessor do Ministério do Trabalho foram presos e responderão por quatro crimes: corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato, cuja soma das penas pode chegar a 37 anos.
Sete integrantes da ONG e um assessor do Ministério do Trabalho foram presos e responderão por quatro crimes: corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato, cuja soma das penas pode chegar a 37 anos.
Segundo a investigação da PF, o assessor da Secretaria de Políticas
Públicas da pasta Gleide Santos Costa atuou para que, mesmo contra a lei
e pareceres técnicos internos, fossem assinados aditivos a convênios
com o Ceat.
Segundo a Folha, após se reunir com dirigentes do Ceat na
segunda-feira, o assessor foi preso no dia seguinte em flagrante em um
hotel em São Paulo, com R$ 30 mil que a PF suspeita ser propina. Costa
contou com o auxílio da assessora da pasta Ivana Lúcia Zillig de Paiva,
que buscava "manobras técnicas" para emplacar os aditivos, segundo a
decisão judicial que autorizou a operação.
De acordo com o despacho de 27 de agosto, "os assessores contam com o
aval do secretário de Políticas Públicas do ministério, Antônio Sérgio
Alves Vidigal, que demonstrou ter uma relação próxima com Lício de
Araújo Vale", que é padre e diretor do Ceat. Muito ligado a Dom Scherer é
apontado como intermediador dos interesses da entidade no ministério.
A verba obtida com os convênios e aditivos foi repassada ao Ceat e
deveria ser investida em centros públicos de emprego e a qualificação de
trabalhadores. Porém, foi desviada com a ajuda de empresas de fachada
administradas pelos próprios dirigentes da ONG. Parte do dinheiro foi
usado para a importação de produtos da China e venda nas rua 25 de
Março e Santa Ifigênia, centros de compras da capital, disse o delegado
da PF Alberto Ferreira Neto.
A presidente da ONG, Jorgette Maria de Oliveira, que já foi filiada
ao PDT, o padre Vale e outros cinco dirigentes do Ceat foram presos.
Carros e valores em contas dos suspeitos foram sequestrados pela
Justiça. Eles são acusados de corrupção, desvio de verbas, lavagem de
dinheiro e formação de quadrilha.
Segundo informações do site do CEAT, a instituição tem como objetivo
proporcionar a inclusão socioprodutiva, fornecer qualificação
profissional e a intermediação de mão de obra, além de habilitação ao
seguro-desemprego e emissão de carteira de trabalho.
“O CEAT ajuda a
qualificar para o emprego, o que hoje parece ser prioridade. Existe a
possibilidade de trabalho, mas as pessoas não estão preparadas. No
momento, o Brasil é como um trem, com muitas vagas disponíveis.
Precisamos ajudar essas pessoas a embarcarem no trem da história, das
oportunidades, estando preparadas”, afirmou Dom Odilo Scherer, em 2010,
quando houve inauguração de mais unidade do centro.
Leia Mais: Policia Federal - Operação Pronto Emprego: Assessor do ministério do Trabalho e Emprego é preso por desvio de quase R$ 50 milhões. http://maranauta.blogspot.com.br/2013/09/policia-federal-operacao-pronto-emprego.html
Leia Mais: Policia Federal - Operação Pronto Emprego: Assessor do ministério do Trabalho e Emprego é preso por desvio de quase R$ 50 milhões. http://maranauta.blogspot.com.br/2013/09/policia-federal-operacao-pronto-emprego.html
Que triste!!!
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