massacre da Baixa de Cassanje. |
Angola (Malanje) - O presidente da
associação nacional 4 de Janeiro, Joveta Nzage, defendeu nesta
quinta-feira, em nome dos sobreviventes da efeméride, a necessidade de
se implementar políticas concretas, que dignifiquem o heroísmo das
vítimas desse massacre ocorrido em 1961 contra os camponeses angolanos na região da Baixa de Kassanje.
De
acordo com o responsável que se pronunciava a propósito do dia do
massacre da Baixa de Kassanje, a assinalar-se hoje, sexta-feira, essa
dignidade passa pela construção de um memorial e várias infra-estruturas
socioeconómicas na região de Teka dya Kinda(município
do Quela), local onde se encontram sepultados em vala comum, milhares
de cidadãos mortos na sequência da chacina perpetrada pelos
colonialistas portugueses.
Entretanto,
Joveta Nzage advoga igualmente maior divulgação dos actos que
originaram o massacre da Baixa de Cassanje, consubstanciados na
reivindicação da mão de obra barata e abolição do trabalho forçado,
através da inserção de conteúdos no curriculum escolar de vários níveis
de ensino.
O
presidente da associação 4 de Janeiro, é ainda de opinião que a data
seja reinserida no leque de feriados nacionais, devido a sua importância
histórica para a nação angolana.
O
4 de Janeiro de 1961, marca um acontecimento histórico, quando mais de
dez mil camponeses da ex-companhia de Algodão de Angola (Cotonang),
foram barbaramente assassinados pelo exército colonial português, por
exigirem os seus direitos como trabalhadores, a isenção de pagamentos de imposto e a abolição do trabalho forçado.
O
acontecimento estendeu-se aos municípios do Quela, Kunda-dia-base e
Kiwaba Zonje, na província de Malanje e Xá-muteba, Kapenda Kamulemba e
Cubalo (Lunda Norte), que compreendem a região da Baixa de Kassanje.
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