sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Sobreviventes do 4 de Janeiro, (Genocídio de 10 Mil Angolanos pelas Tropas Coloniais Portuguesas), defendem políticas que dignificam as vítimas.

massacre da Baixa de Cassanje.

Angola (Malanje) - O presidente da associação nacional 4 de Janeiro, Joveta Nzage, defendeu nesta quinta-feira, em nome dos sobreviventes da efeméride, a necessidade de se implementar políticas concretas, que dignifiquem o heroísmo das vítimas desse massacre ocorrido em 1961 contra os camponeses angolanos na região da Baixa de Kassanje.
De acordo com o responsável que se pronunciava a propósito do dia do massacre da Baixa de Kassanje, a assinalar-se hoje, sexta-feira, essa dignidade passa pela construção de um memorial e várias infra-estruturas socioeconómicas na região de Teka dya Kinda(município do Quela), local onde se encontram sepultados em vala comum, milhares de cidadãos mortos na sequência da chacina perpetrada pelos colonialistas portugueses.
Entretanto, Joveta Nzage advoga igualmente maior divulgação dos actos que originaram o massacre da Baixa de Cassanje, consubstanciados na reivindicação da mão de obra barata e abolição do trabalho forçado, através da inserção de conteúdos no curriculum escolar de vários níveis de ensino.
O presidente da associação 4 de Janeiro, é ainda de opinião que a data seja reinserida no leque de feriados nacionais, devido a sua importância histórica para a nação angolana.
O 4 de Janeiro de 1961, marca um acontecimento histórico, quando mais de dez mil camponeses da ex-companhia de Algodão de Angola (Cotonang), foram barbaramente assassinados pelo exército colonial português, por exigirem os seus direitos como trabalhadores, a isenção de pagamentos de imposto e a abolição do trabalho forçado.
O acontecimento estendeu-se aos municípios do Quela, Kunda-dia-base e Kiwaba Zonje, na província de Malanje e Xá-muteba, Kapenda Kamulemba e Cubalo (Lunda Norte), que compreendem a região da Baixa de Kassanje.
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