Rio de Janeiro. O delegado José Januário de Freitas e mais 10 policiais civis serão
demitidos hoje pelo secretário de Segurança José Beltrame por
envolvimento com o jogo do bicho e a máfia dos caça-níqueis.
Os
policiais foram indiciados na Operação Furacão, da Polícia Federal (PF),
em 2007, que chegou a encontrar pacotes de dinheiro com o nome dos
agentes que receberiam a propina, escondidos em uma parede falsa dentro
de uma das fortalezas dos banqueiros de bicho que controlavam o esquema:
Aniz Abrahão David, o Anísio, Aílton Guimarães Jorge, o Capitão
Guimarães, e Antonio Petrus Kalil, o Turcão.
Além de Freitas, o inspetor
Marcos Antonio dos Santos Bretas, apontado pela PF como operador do
sistema de distribuição de dinheiro, também integra a lista de
demissões.
Fecham a lista o investigador Rogério Delgado Carneiro, os
inspetores Cláudio Augusto Reis de Almeida, Miguel Laino, Luiz Henrique
Rosetti Loureiro, Armando Jorge Varella de Almeida, Juarez Giffoni
Higino e Alexandre Candido Pereira de Almeida.
Já aposentados, os
inspetores Paulo Roberto de Carvalho Moreira da Silva e Maurício Alves
de Araújo terão os benefícios cassados.
A máfia dos caça-níqueis
contaria ainda com um “braço jurídico”, segundo as investigações da PF.
Com a participação de juízes e desembargadores, os operadores do esquema
conseguiam manter as casas de jogo em funcionamento, mesmo depois de
fechadas pela polícia.
Em mais de 40 ligações telefônicas monitoradas
com autorização da Justiça desde 2006, a PF flagrou o advogado Virgílio
Medina cobrando de bicheiros R$ 600 mil para interferir no julgamento de
uma simples liminar. De acordo com as investigações, a negociação teria
sido fechada, na ocasião, em R$ 1 milhão.
Esta Matéria foi publicada originalmente em:
Nenhum comentário:
Postar um comentário