Presidente do Olodum,
João Jorge Rodrigues, diz que Salvador virou a terra de uma artista só,
ao se referir da divisão desigual de recursos em benefício de Ivete
Sangalo; para ele, o 'Afródromo' de Carlinhos Brown também empurraria
negros para gueto.
247 – Presidente de uma das mais tradicionais bandas da Bahia,
João Jorge Rodrigues faz uma série de críticas sobre o carnaval. "É um
Carnaval discriminatório, segregado, com mecanismos que reproduzem o
capitalismo brasileiro: a grande exclusão da maioria em beneficio de uma
minoria", disse o líder do Olodum.
Em entrevista para a Folha, ele denuncia um monopólio na divisão de
recursos na folia da Bahia. "É a terra de uma artista só - Ivete
Sangalo", diz.
E sentencia: "A capital baiana é campeã mundial de
apartheid. Sobretudo nos dias de folia".
Rodrigues também criticou a iniciativa de Carlinhos Brown de lançar
um bloco exclusivo para negros, o 'Afródromo': "O que a sociedade mais
quer é que os negros escolham um gueto para ir e se afastem da disputa
com eles".
O líder do Olodum diz ainda não ver com bons olhos atrações especiais
como o sul-coreano Psy no Carnaval: "É mais um retrato de uma Bahia que
não valoriza seus artistas, sua negritude".
Leia a entrevista completa de João Jorge Rodrigues, na Folha.
Esta Matéria foi publicada originalmente em:
http://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/93263/A-capital-baiana-%C3%A9-campe%C3%A3-mundial-de-apartheid.htm
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