segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Salvador. "A capital baiana é campeã mundial de apartheid".

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Presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, diz que Salvador virou a terra de uma artista só, ao se referir da divisão desigual de recursos em benefício de Ivete Sangalo; para ele, o 'Afródromo' de Carlinhos Brown também empurraria negros para gueto.


11 de Fevereiro de 2013 às 08:41

247 – Presidente de uma das mais tradicionais bandas da Bahia, João Jorge Rodrigues faz uma série de críticas sobre o carnaval. "É um Carnaval discriminatório, segregado, com mecanismos que reproduzem o capitalismo brasileiro: a grande exclusão da maioria em beneficio de uma minoria", disse o líder do Olodum.

Em entrevista para a Folha, ele denuncia um monopólio na divisão de recursos na folia da Bahia. "É a terra de uma artista só - Ivete Sangalo", diz. 

E sentencia: "A capital baiana é campeã mundial de apartheid. Sobretudo nos dias de folia".

Rodrigues também criticou a iniciativa de Carlinhos Brown de lançar um bloco exclusivo para negros, o 'Afródromo': "O que a sociedade mais quer é que os negros escolham um gueto para ir e se afastem da disputa com eles".

O líder do Olodum diz ainda não ver com bons olhos atrações especiais como o sul-coreano Psy no Carnaval: "É mais um retrato de uma Bahia que não valoriza seus artistas, sua negritude".

Leia a entrevista completa de João Jorge Rodrigues, na Folha.
 
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