Ideia levada à presidente da estatal
por investidores consiste em desfazer a capitalização realizada em 2010,
que contribuiu para que a empresa perdesse cerca de R$ 180 bilhões do
seu valor de mercado deste então; as reservas do pré-sal sairiam do
balanço da empresa e passariam para o ativo de uma outra companhia,
também controlada pelo Estado; nela, empresas internacionais de petróleo
poderiam participar como minoritários e os limites para atuação do
governo seriam mais restritos; Lula viu e gostou.
247 - Está nas mãos da presidente da
Petrobras, Maria da Graça Foster, um plano que pode mudar, da água para o
vinho, a percepção de investidores nacionais e internacionais em
relação à companhia. Desde 2011, o desempenho da estatal vem sendo um
dos principais pepinos do governo Dilma.
Por mais que se atribua a culpa
à gestão de José Sergio Gabrielli, o fato é que a produção de
combustíveis no Brasil está em queda e a empresa perdeu cerca de R$ 180
bilhões em seu valor de mercado desde que, no fim de 2010, foi objeto de
uma capitalização que colocou em seu balanço as reservas do pré-sal e
diluiu os acionistas minoritários.
Na prática, o pedido dos investidores consiste em reverter
a capitalização de 2010. As reservas do pré-sal sairiam do balanço da
Petrobras, que não tem conseguido explorá-las, e passariam a constituir o
ativo de uma nova empresa, que também seria controlada pelo governo
federal.
Esta nova empresa venderia suas ações no mercado acionário, mas
antes convidaria empresas internacionais de petróleo a participar do
esforço de exploração do pré-sal, como minoritários. Outro ponto
importante é que, na "Petrobras do B", os limites para ação política
seriam mais restritos, ficando vedadas, por exemplo, nomeações com
critérios políticos.
Retirar as reservas do pré-sal da atual Petrobras já
melhoraria, na visão desses investidores, o balanço da Petrobras, que
hoje é percebida como uma empresa com alto grau de endividamento e baixa
capacidade de investimento – e que corre o risco de perder seu "grau de
investimento", que é a percepção de baixo risco conferida pelas
agências.
Outro efeito colateral se daria em relação ao próprio
governo Dilma, uma vez que o convite para que empresas internacionais
participassem do esforço do pré-sal, participando do bloco acionário da
"Petrobras do B", apagaria o discurso dos que criticam um governo
excessivamente intervencionista.
Além disso, o lançamento de ações de
uma empresa com as reservas do pré-sal animaria a Bovespa, que vem tendo
desempenho anêmico nos últimos meses.
Este plano já chegou às mãos do ex-presidente Lula, que
viu e gostou. A tarefa, agora, é convencer Graça Foster e a presidente
Dilma, mas o fato é que a Petrobras, com imagem ruim, fornecedores em
crise e produção em queda, vem se transformando num argumento de
campanha dos adversários do atual governo.
NOTICIA PUBLICADA ORIGINALMENTE EM:
EM TEMPO PUBLICO MATÉRIA DO BLOG DO ZÉ DIRCEU.
COMPARANDO AS PETROBRASES 4.03.2013 às 19:06.
O dossiê da oposição - e o nosso - sobre a Petrobras
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Do blog do Zé Dirceu - Publicado em 04-Mar-2013.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), anunciam os jornais, vai publicar um
dossiê sobre a Petrobras. É parte de sua campanha para o Palácio do
Planalto - antecipada em dois anos, nunca é demais lembrar... - e, pelo
que se divulga, a Petrobras será o primeiro de vários tópicos que ele
pretende abordar, digamos em "pílulas", até outubro de 2014, mês do
próximo pleito presidencial.
Excelente! Nós também podemos publicar um dossiê sobre a Petrobras na
era tucana.
Comparando os números. Vai ser uma lavada, começando pela
Petrobrax...Vocês se lembram, Petrobrax foi o nome que eles deram à
estatal na tentativa frustrada de privatizá-la. Frustrada porque nós
conseguimos barrar, mas chegaram até aí, à proposta de mudar o nome da
empresa para vendê-la, também, como fizeram com dezenas e dezenas de
estatais vendidas na bacia das almas...
E assim, La nave Va... Enquanto acusam o PT e o ex-presidente Lula de
antecipar 2014, o candidato da oposição já lançado, Aécio Neves, e os
demais prováveis candidatos percorrem o país - eles sim, em campanha
antecipada. Criam partidos, organizam palanques nos Estados.
A Folha de
S.Paulo registra hoje o empenho do PSB em montar palanques com
candidatos majoritários próprios (governador, senador...) em uma dúzia
de Estados.
Nessa toada, organizam palanques, rompem acordos de governo, põem a
campanha de fato nas ruas e por ai vão... E alguns ainda proclamam ser
um desserviço ao país antecipar a sucessão.
De olho na economia, que
dizem ser a prioridade, ousam imputar a outros o desserviço que eles
mesmo prestam ao país.
Na verdade vivem, torcem e fomentam a expectativa
de uma piora da situação. Quanta hipocrisia!
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