Crédito - Foto Brasil 247. |
O Congresso e o Palácio do Planalto, em Brasília; a
sede da Globo, em São Paulo; a Assembleia Legislativa, no Rio; com
violência pontual ou em paz, estudantes, na grande maioria, fazem
história na noite desta segunda-feira 17; o poder como um todo é
questionado; "Destravou", resumiu ao 247 o deputado federal Ivan Valente
(PSOL); "O povo tomou gosto pela rua e não vai sair tão cedo"; após o
grosso das manifestações se dispersar, aumentou a tensão em cidades como
Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, onde manifestantes mais
exaltados entraram em confronto com policiais.
17 de Junho de 2013 às 22:08.
247 – O poder foi cercado. Nas principais
capitais do País, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, os estudantes,
em grande maioria, tomaram avenidas, pressionaram às portas centros de
poder como o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, a Assembleia
Legislativa (RJ) e a sede da Rede Globo, em São Paulo, para dizer algo
que soa como uma forte critica generalizada a "tudo o que está aí".
Um basta na forma de mais de 300 mil jovens nas ruas em todo o País. Também ocorreram passeatas numerosas em Belo Horizonte, onde houve conflito com a Polícia Militar, Fortaleza, Vitória, Maceió, Belém, Salvador, Curitiba, Porto Alegre. Há manifestações também em Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Indaiatuba (SP) e Juiz de Fora (MG).
Por volta das 21h, uma parte da marcha que caminhava por São Paulo chegou ao portões do Palácio do Governo de São Paulo.
Estudantes chegaram a empurrar as grades, repetindo uma cena de décadas atrás, quando professores em greve derrubaram parte da proteção. Uma pequena bomba chegou a ser jogada nos jardins da sede do governo.
Ao mesmo tempo, naquela altura, a Avenida Paulista estava tomada pelas passeatas, assim como a Rua Augusta. À medida que a noite avançava, a tensão crescia.
Os estudantes que se dirigiram ao Palácio dos Bandeirantes foram chamados pela midia tradicional de dissidência.
Em Brasília, o vice-presidente do Congresso, André Vargas (PT-PR), resolveu, também depois das 21h, ir pessoalmente ao Congresso Nacional.
Era uma tentativa de dialogar com os estudantes. Durante tentativa de invadir o prédio do Congresso, a polícia usou gás de pimenta contra os manifestantes.
No Rio de Janeiro, os estudantes conseguiram chegar à escadaria da Assembleia Legislativa, de onde lançaram bombas e morteiros na direção da Policia Militar, que respondeu com gás. Cinco policiais saíram feridos.
Mas foi Porto Alegre a capital onde a marcha estudantil mais entrou para o terreno do vandalismo.
A partir das 18h, os porto-alegrenses tomaram a principal avenida da cidade, João Pessoa. Em seguida, houve quebra-quebra. Uma loja de motocicletas foi invdida e toda mercadoria, derrubada.
A Polícia Militar precisou da cavalaria para enfrentar as barricadas montadas pelos estudantes. Tiros com balas de borracha foram disparados às dezenas.
O centro da cidade ficou parcialmente destruído. Contêineres de lixo foram queimados. A situação era um verdadeiro tumulto às 22h.
Protestos
O que começou como marchas de protesto contra aumentos nas tarifas de ônibus se ampliou, agora, na forma de passeatas de protesto contra o establishment – conjunto de instituições que compõe o poder formal.
Não estava combinado, por exemplo, que a marcha em Brasília deveria se dirigir ao edifício do Congresso Nacional, primeiro, e ao Palácio do Planalto, em seguida, mas foi o que se deu, com milhares de jovens gritando contra a corrupção.
Em São Paulo, a marcha que deveria sair de Pinheiros para a Avenida Paulista se dividiu de modo a um grande grupo de manifestantes rumar em direção à sede da Rede Globo, fechando no trajeto a avenida Marginal e, desse modo, asfixiando o trânsito pesado da hora do rush. No alto da ponte Estaiada, mirando dali a sede da Rede Globo, milhares de jovens pararam para cantar o Hino Nacional.
Noutra frente, com palavras de ordem diversas, pelo menos 60 mil estudantes tomavam pacificamente a Avenida Faria Lima, uma das mais elegantes da capital, e subiam para a Avenida Paulista, por volta das oito da noite.
Lá, no endereço que representa o poder financeiro do Estado mais rico da federação, tudo poderia acontecer. A tropa de choque da PM estava mobilizada para entrar em ação ao primeiro sinal de tumultos.
No Rio, quando cem mil jovens tomavam a Avenida Rio Branco, no centro da cidade, a violência estourou também por volta das oito horas.
As escadarias da Assembléia Legislativas foram ocupadas e, deibaixo das pilastras do prédio histórico, fogo foi ateado. Antes, um automóvel fora explodido.
O que está sendo questionado é o poder e as instâncias que o representam.
Link desta Matéria: http://www.brasil247.com/+1dtva
Um basta na forma de mais de 300 mil jovens nas ruas em todo o País. Também ocorreram passeatas numerosas em Belo Horizonte, onde houve conflito com a Polícia Militar, Fortaleza, Vitória, Maceió, Belém, Salvador, Curitiba, Porto Alegre. Há manifestações também em Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Indaiatuba (SP) e Juiz de Fora (MG).
Por volta das 21h, uma parte da marcha que caminhava por São Paulo chegou ao portões do Palácio do Governo de São Paulo.
Estudantes chegaram a empurrar as grades, repetindo uma cena de décadas atrás, quando professores em greve derrubaram parte da proteção. Uma pequena bomba chegou a ser jogada nos jardins da sede do governo.
Ao mesmo tempo, naquela altura, a Avenida Paulista estava tomada pelas passeatas, assim como a Rua Augusta. À medida que a noite avançava, a tensão crescia.
Os estudantes que se dirigiram ao Palácio dos Bandeirantes foram chamados pela midia tradicional de dissidência.
Em Brasília, o vice-presidente do Congresso, André Vargas (PT-PR), resolveu, também depois das 21h, ir pessoalmente ao Congresso Nacional.
Era uma tentativa de dialogar com os estudantes. Durante tentativa de invadir o prédio do Congresso, a polícia usou gás de pimenta contra os manifestantes.
No Rio de Janeiro, os estudantes conseguiram chegar à escadaria da Assembleia Legislativa, de onde lançaram bombas e morteiros na direção da Policia Militar, que respondeu com gás. Cinco policiais saíram feridos.
Mas foi Porto Alegre a capital onde a marcha estudantil mais entrou para o terreno do vandalismo.
A partir das 18h, os porto-alegrenses tomaram a principal avenida da cidade, João Pessoa. Em seguida, houve quebra-quebra. Uma loja de motocicletas foi invdida e toda mercadoria, derrubada.
A Polícia Militar precisou da cavalaria para enfrentar as barricadas montadas pelos estudantes. Tiros com balas de borracha foram disparados às dezenas.
O centro da cidade ficou parcialmente destruído. Contêineres de lixo foram queimados. A situação era um verdadeiro tumulto às 22h.
Protestos
O que começou como marchas de protesto contra aumentos nas tarifas de ônibus se ampliou, agora, na forma de passeatas de protesto contra o establishment – conjunto de instituições que compõe o poder formal.
Não estava combinado, por exemplo, que a marcha em Brasília deveria se dirigir ao edifício do Congresso Nacional, primeiro, e ao Palácio do Planalto, em seguida, mas foi o que se deu, com milhares de jovens gritando contra a corrupção.
Em São Paulo, a marcha que deveria sair de Pinheiros para a Avenida Paulista se dividiu de modo a um grande grupo de manifestantes rumar em direção à sede da Rede Globo, fechando no trajeto a avenida Marginal e, desse modo, asfixiando o trânsito pesado da hora do rush. No alto da ponte Estaiada, mirando dali a sede da Rede Globo, milhares de jovens pararam para cantar o Hino Nacional.
Noutra frente, com palavras de ordem diversas, pelo menos 60 mil estudantes tomavam pacificamente a Avenida Faria Lima, uma das mais elegantes da capital, e subiam para a Avenida Paulista, por volta das oito da noite.
Lá, no endereço que representa o poder financeiro do Estado mais rico da federação, tudo poderia acontecer. A tropa de choque da PM estava mobilizada para entrar em ação ao primeiro sinal de tumultos.
No Rio, quando cem mil jovens tomavam a Avenida Rio Branco, no centro da cidade, a violência estourou também por volta das oito horas.
As escadarias da Assembléia Legislativas foram ocupadas e, deibaixo das pilastras do prédio histórico, fogo foi ateado. Antes, um automóvel fora explodido.
O que está sendo questionado é o poder e as instâncias que o representam.
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