A maioria dos paulistanos defende os protestos contra o reajuste da
tarifa do transporte público, mostra pesquisa Datafolha realizada ontem,
antes das manifestações da noite passada.
O apoio foi manifestado por 55% dos entrevistados, enquanto 41% disseram
ser contrários. Foram feitas 815 entrevistas no município.
Para 78%, porém, os manifestantes "foram mais violentos do que deveriam". Apenas 15% acham que eles agiram na "medida certa".
A mesma pergunta foi feita sobre o comportamento da polícia. Antes das
ações registradas ontem, quase metade, 47%, disse que os policiais foram
"violentos na medida certa"; 40% os condenaram.
O percentual dos que defendem os protestos cresce entre os entrevistados
com renda acima de 10 salários mínimos, atingindo 67% nesse recorte.
Entre os apoiadores, metade (51%) disse que não usa transporte público.
A pesquisa mostra também um descontentamento com o novo preço da tarifa
do transporte público, que passou de R$ 3 para R$ 3,20. Para 67% o
reajuste foi alto ante 29% que o consideram adequado.
O MPL (Movimento Passe Livre) defende tarifa zero. Para que isso ocorra,
a prefeitura teria que desembolsar pelo menos R$ 6 bilhões por ano,
verba que hoje é usada em outras áreas. Neste ponto, a maioria é contra.
Para 76%, a prefeitura não deveria realocar esses recursos em benefício
do passe livre.
Os paulistanos estão insatisfeitos com a qualidade do transporte. Para
55%, o sistema na capital é ruim ou péssimo. Entre os ouvidos, 40%
disseram que usam transporte público diariamente.
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