quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MPT quer punir a fábrica da Samsung em Manaus.

:
O Ministério Público do Trabalho entrou com uma Ação Civil Pública contra a Samsung sob o argumento de que a empresa está submetendo os seus funcionários a más condições de trabalho na Zona Franca de Manaus; O órgão constatou, por exemplo, que na unidade onde são fabricados televisores e celulares, os funcionários realizam entre 80 e 90 movimentos repetitivos por minuto; A ação tem como objetivo pedir a indenização de R$ 250 milhões e melhorias no ambiente de trabalho.
 
14 de Agosto de 2013. 
AM247 – O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma Ação Civil Pública contra a Samsung, na última sexta-feira (9), sob o argumento de que a empresa está submetendo os seus funcionários a más condições de trabalho na Zona Franca de Manaus (ZFM). 

A ação tem como objetivo pedir a indenização de R$ 250 milhões e melhorias no ambiente de trabalho na unidade. Em 2012, a empresa sul-coreana recebeu mais de 2 mil pedidos de afastamento de empregados em sua fábrica na capital amazonense relacionados a doenças provocadas pela atividade repetitivo, como tendinite e bursite. 

Ação foi conjunta entre a Procuradoria-Geral do Trabalho com a Procuradoria Regional do Trabalho da 11ª Região (Amazonas) e foi ajuizada na 6ª Vara do Trabalho de Manaus.

De acordo com o ministério, na linha de produção, a maior parte dos empregados não trabalha sentada. O órgão constatou, também, que na unidade onde são fabricados televisores e celulares da empresa, os funcionários realizam entre 80 e 90 movimentos repetitivos por minuto. 

E são autorizados a fazerem somente duas pausas, a cada dez minutos, durante as dez horas de trabalho diário. "É o quadro perfeito para o adoecimento do trabalhador", declarou o procurador do trabalho na 11ª região, Ilan Fonseca.

Além da indenização e do cumprimento das obrigações sentado por parte do empregado, o MPT pede que a empresa assegure o direito ao trabalhador de fazer uma pausa de dez a 50 minutos visando recuperar a fadiga. "Para nossa surpresa, as condições de trabalho da Samsung no Brasil conseguem ser piores do que as condições na China", afirmou o procurador.

Segundo Fonseca, os funcionários também fazem horas extras com frequência. "Essas condições já haviam sido encontradas durante fiscalizações realizadas em 2011 e não houve melhora. As infrações se repetiram em 2013", observou, em entrevista ao jornal Valor Econômico. "Não restou outra alternativa senão ajuizar a ação", complementou.

Em contrapartida, a Samsung disse, através de nota, que não foi notificada oficialmente sobre a ação e que vai cooperar com as autoridades nacionais quando receber a notificação. 

Ainda conforme o texto, a empresa afirmou que tem o compromisso de oferecer aos seus funcionários condições de trabalho que assegure "os mais altos padrões da indústria em relação à segurança, saúde e bem-estar".

Nenhum comentário:

Postar um comentário