Carolina Sarres - Repórter da Agência Brasil.
Brasília – A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou hoje (11) a
demissão, por improbidade administrativa, de três servidores federais
envolvidos na chamada Máfia das Ambulâncias, esquema descoberto na
Operação Sanguessuga, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pelo
Ministério Público em 2006.
A demissão dos funcionários foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.
O processo administrativo disciplinar conduzido pela CGU comprovou
que Zenon de Oliveira Moura, Marcos Aurélio de Brito Duarte e Roberto
Arruda de Miranda receberam propina para direcionar licitações na compra
de ambulâncias superfaturadas. Na época da compra, os três eram
servidores efetivos de órgãos do Executivo e estavam cedidos a gabinetes
de deputados e senadores.
De acordo com o processo administrativo da CGU, as contas bancárias
dos três funcionários foram usadas por outros membros da quadrilha para
recebimento de propina.
Outro servidor investigado, Paulo Roberto de Oliveira Correa, foi
absolvido por insuficiência de provas. Os autos da CGU serão
encaminhados à AGU, ao Ministério Público e ao Tribunal Superior
Eleitoral para possíveis ações civis, criminais ou de inelegibilidade.
A máfia das ambulâncias foi um esquema criminoso desarticulado pela
Polícia Federal em que se descobriu o desvio de recursos públicos
repassados a prefeituras por meio de emendas parlamentares para a compra
desses veículos. Os ilícitos ocorreram em vários municípios,
principalmente de São Paulo, Minas Gerais e Rondônia, do Paraná, de Mato
Grosso e da Bahia.
Edição: Nádia Franco//O título e o primeiro parágrafo do texto foram alterados às 17h30 para dar mais clareza à informação.
Link desta matéria: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-11/cgu-demite-servidores-publicos-envolvidos-na-mafia-das-ambulancias
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