Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil.
São Paulo – A Polícia Federal prendeu hoje (3) um assessor do
Ministério do Trabalho e Emprego e sete membros de uma organização não
governamental (ONG) acusados de participar de um esquema de desvio de
dinheiro público. Eles foram presos temporariamente, e permanecerão
detidos por cinco dias.
http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2013/09/operacao-pronto-emprego-combate-desvio-de-recursos-publicos-do-mte/image. |
Segundo a PF, foram comprovadas irregularidades no repasse de R$ 47,5
milhões para uma ONG de assistência ao trabalhador, que não teve o nome
divulgado. A ONG recebia os recursos do ministério, por meio de um
convênio, para criar centros públicos de emprego e qualificação de
trabalhadores.
No entanto, com o dinheiro recebido, a ONG contratava –
por meio de cotações irregulares – empresas de propriedade do próprio
responsável pela ONG. As empresas não executavam os serviços
contratados.
“O assessor fazia liberação do convênio. Verificamos uma relação
muito próxima desse assessor com o gestor da ONG. Uma relação beirando a
promiscuidade. Uma relação que não cabe: do gestor do dinheiro público
com o tomador do dinheiro”, destacou o delegado responsável pela
investigação, Alberto Ferreira Neto.
O assessor foi preso hoje em um
hotel na capital paulista. Ontem, ele havia se reunido com os
integrantes da ONG.
A Polícia Federal fez busca e apreensão em 37 locais; entre eles,
dois gabinetes do Ministério do Trabalho, em Brasília. A operação,
denominada Pronto-Emprego, que teve início em janeiro, além de constatar
o desvio de dinheiro, identificou lavagem de dinheiro.
“As empresas selecionadas irregularmente contratavam, por exemplo,
empresas de publicidade, que devolviam o dinheiro, no mesmo dia, ao
gestor da ONG, a título de prestação de serviços de consultoria”,
explicou o delegado. Dessa forma, o dinheiro chegava ao gestor da ONG de
forma limpa. Em seguida, o dinheiro era usado na compra de produtos no
exterior, para venda no Brasil.
Os presos responderão por quatro crimes: corrupção, formação de
quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato, cuja soma das penas pode
chegar a 37 anos. A Polícia Federal informou que cerca de 150 policiais
federais e auditores do Tribunal de Contas da União trabalharam nas
investigações.
O Ministério do Trabalho foi procurado e não se
manifestou até o fechamento da matéria.
Em nota, o Ministério do Trabalho disse que tomou a decisão de
exonerar o ocupante do cargo em comissão citado pela investigação e
abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar, determinou a suspensão
de repasses de recursos financeiros à entidade investigada e a
abertura de auditoria nos convênios.
“Como o processo tramita em segredo de Justiça, o Ministério
encaminhou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal solicitando
informações sobre a investigação que culminou na operação”, diz a nota. O
ministério disse que está colaborando com as investigações.
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LEIA MAIS: Policia Federal - Operação Pronto Emprego combate desvio de recursos públicos do MTE.
São Paulo/SP - A Polícia
Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (03/9), a Operação Pronto
Emprego com objetivo de apurar desvios de recursos públicos do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A investigação se iniciou em janeiro de
2013 e contou com a colaboração do Tribunal de Contas da União. Foram
cumpridos sete mandados de prisão e 37 mandados de busca e apreensão em
São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ e Brasília/DF, todos expedidos pela
Justiça Federal de SP.
De acordo com as investigações, foram
comprovadas irregularidades nos repasses de R$ 47,5 milhões do
Ministério do Trabalho para uma ONG de assistência ao trabalhador com
unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A quantia supramencionada
deveria ser destinada à criação e manutenção de centros públicos de
empregos nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro e, ainda, para a
qualificação de trabalhadores nestas localidades.
A PF constatou o desvio dos recursos
públicos e lavagem de dinheiro desde a concessão de verbas no MTE,
passando pelo direcionamento das contratações, inexecução de contratos,
doações fictícias e simulações de prestações de serviço até a reinserção
do dinheiro ao sistema econômico-financeiro.
A operação contou com a participação de 150 policiais federais e dois auditores do Tribunal de Contas da União.
Haverá hoje (3/9) entrevista coletiva às 14h30min, na Superintendência Regional da PF em São Paulo.
Os jornalistas que quiserem imagens sugere-se que tragam pen drive.
Comunicação Social da PF em SP
Tel.: (11) 3538-5013/5014/5012/5030
e-mail: cs.srsp@dpf.gov.br
Leia Mais: Polícia Federal -
Operação Pronto Emprego: Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São
Paulo, preside conselho de ONG acusada de desviar R$ 47,5 milhões. http://maranauta.blogspot.com.br/2013/09/policia-federal-operacao-pronto-emprego_4.html
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