terça-feira, 3 de setembro de 2013

Policia Federal - Operação Pronto Emprego: Assessor do ministério do Trabalho e Emprego é preso por desvio de quase R$ 50 milhões.

Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil.

São Paulo – A Polícia Federal prendeu hoje (3) um assessor do Ministério do Trabalho e Emprego e sete membros de uma organização não governamental (ONG) acusados de participar de um esquema de desvio de dinheiro público. Eles foram presos temporariamente, e permanecerão detidos por cinco dias.

Operação Pronto Emprego combate desvio de recursos públicos do MTE
http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2013/09/operacao-pronto-emprego-combate-desvio-de-recursos-publicos-do-mte/image.
Segundo a PF, foram comprovadas irregularidades no repasse de R$ 47,5 milhões para uma ONG de assistência ao trabalhador, que não teve o nome divulgado. A ONG recebia os recursos do ministério, por meio de um convênio, para criar centros públicos de emprego e qualificação de trabalhadores. 

No entanto, com o dinheiro recebido, a ONG contratava – por meio de cotações irregulares – empresas de propriedade do próprio responsável pela ONG. As empresas não executavam os serviços contratados.


“O assessor fazia liberação do convênio. Verificamos uma relação muito próxima desse assessor com o gestor da ONG. Uma relação beirando a promiscuidade. Uma relação que não cabe: do gestor do dinheiro público com o tomador do dinheiro”, destacou o delegado responsável pela investigação, Alberto Ferreira Neto. 

O assessor foi preso hoje em um hotel na capital paulista. Ontem, ele havia se reunido com os integrantes da ONG.


A Polícia Federal fez busca e apreensão em 37 locais; entre eles, dois gabinetes do Ministério do Trabalho, em Brasília. A operação, denominada Pronto-Emprego, que teve início em janeiro, além de constatar o desvio de dinheiro, identificou lavagem de dinheiro.


“As empresas selecionadas irregularmente contratavam, por exemplo, empresas de publicidade, que devolviam o dinheiro, no mesmo dia, ao gestor da ONG, a título de prestação de serviços de consultoria”, explicou o delegado. Dessa forma, o dinheiro chegava ao gestor da ONG de forma limpa. Em seguida, o dinheiro era usado na compra de produtos no exterior, para venda no Brasil.


Os presos responderão por quatro crimes: corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato, cuja soma das penas pode chegar a 37 anos. A Polícia Federal informou que cerca de 150 policiais federais e auditores do Tribunal de Contas da União trabalharam nas investigações. 

O Ministério do Trabalho foi procurado e não se manifestou até o fechamento da matéria.


Em nota, o Ministério do Trabalho disse que tomou a decisão de exonerar o ocupante do cargo em comissão citado pela investigação e abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar, determinou a suspensão de repasses de recursos financeiros  à entidade  investigada e a abertura de auditoria nos convênios.


“Como o processo tramita em segredo de Justiça, o Ministério encaminhou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal solicitando informações sobre a investigação que culminou na operação”, diz a nota. O ministério disse que está colaborando com as investigações.


Edição: Beto Coura // matéria atualizada às 20h07 para acréscimo de informações
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LEIA MAIS:  Policia Federal - Operação Pronto Emprego combate desvio de recursos públicos do MTE.

São Paulo/SP - A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (03/9), a Operação Pronto Emprego com objetivo de apurar desvios de recursos públicos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).


A investigação se iniciou em janeiro de 2013 e contou com a colaboração do Tribunal de Contas da União. Foram cumpridos sete mandados de prisão e 37 mandados de busca e apreensão em São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ e Brasília/DF, todos expedidos pela Justiça Federal de SP.


De acordo com as investigações, foram comprovadas irregularidades nos repasses de R$ 47,5 milhões do Ministério do Trabalho para uma ONG de assistência ao trabalhador com unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro. 

A quantia supramencionada deveria ser destinada à criação e manutenção de centros públicos de empregos nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro e, ainda, para a qualificação de trabalhadores nestas localidades.


A PF constatou o desvio dos recursos públicos e lavagem de dinheiro desde a concessão de verbas no MTE, passando pelo direcionamento das contratações, inexecução de contratos, doações fictícias e simulações de prestações de serviço até a reinserção do dinheiro ao sistema econômico-financeiro.


A operação contou com a participação de 150 policiais federais e dois auditores do Tribunal de Contas da União.


Haverá hoje (3/9) entrevista coletiva às 14h30min, na Superintendência Regional da PF em São Paulo.


Os jornalistas que quiserem imagens sugere-se que tragam pen drive.

Comunicação Social da PF em SP

Tel.: (11) 3538-5013/5014/5012/5030




Leia Mais: Polícia Federal - Operação Pronto Emprego: Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, preside conselho de ONG acusada de desviar R$ 47,5 milhões. http://maranauta.blogspot.com.br/2013/09/policia-federal-operacao-pronto-emprego_4.html


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