Maranhão 247 - Cerca de 1.200 trabalhadores operacionais e administrativos da empresa Alumar/Alcoa cruzaram os braços e realizaram paralisação na manhã desta segunda-feira (dia 5), em frente à fábrica de uma cervejaria na rodovia BR 135, em São Luís, contra as 500 demissões anunciadas pela empresa. A paralisação foi convocada pelo sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal).
O presidente do Sindmetal, José Maria Araújo afirma que o anúncio de desligamento de 250 cubas e demissão em massa, ocorrido em 28 de março na Alumar, aconteceu durante a data-base da categoria, sem o repasse de qualquer reajuste e sem qualquer negociação com a entidade.
“Em três audiências de mediação realizadas a pedido do Sindmetal no Ministério Público do Trabalho (MPT), a empresa recusou todas as propostas de reversão das demissões e pedidos de esclarecimento apresentados”, afirma Araújo.
Segundo o presidente do sindicato, em 28 de abril a empresa deu prazo de dois dias para que os trabalhadores aderissem ao programa de desligamento da Alumar.
“Os empregados pressionados que assinaram o documento não podem ser responsabilizados, como se houvessem pedido demissão, pois a iniciativa partira da própria empresa 30 dias antes. A empresa ofereceu indenizações irrisórias em relação ao prejuízo econômico e social das demissões”, afirmou José Maria Araújo.
De acordo com o sindicalista, a medida de desligamento temporário de fornos e diminuição da produção de alumínio decorre de uma opção estratégica da empresa, cujo objetivo exclusivo é tentar alterar o preço do alumínio no mercado mundial mediante a redução de estoques, ou seja, não decorre de falência ou inviabilidade financeira da planta de São Luís.
“As cubas desligadas empregavam uma média de 90 pessoas, número bem inferior às 500 demissões que foram anunciadas, sendo que a empresa recebeu incentivos fiscais e contraiu empréstimos no BNDES”, assegurou presidente do Sindmetal.
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