Foto - Polícia Federal. |
Cuiabá/MT - A Polícia Federal deflagrou hoje (8/7) a Operação Hybris para desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas, atuante nos municípios de
Pontes e Lacerda/MT.
A quadrilha era responsável por movimentar vultosas quantias de dinheiro e utilizava uma marca para atestar a qualidade da droga comercializada em vários estados e na Europa.
Cerca de 220 policiais federais participam da
Operação, que conta com o apoio do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária
Federal. Foram realizadas 36 prisões preventivas, quatro prisões temporárias de
30 dias e 48 buscas e apreensões, nos municípios mato-grossenses de Cuiabá,
Cáceres, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, e nos estados de
São Paulo, Tocantins e Minas Gerais.
Também foram apreendidos bens de alto valor,
veículos, fazendas, apartamentos, casas, aeronaves, armas e dinheiro em
espécie, frutos da atividade criminosa e utilizados nas atividades do tráfico
de drogas.
O inquérito policial foi iniciado em 2013,
por meio de informações de inteligência coletadas durante a Operação Sentinela
do Ministério da Justiça, que identificou um grupo criminoso com
características de organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas atuando
no município de Pontes e Lacerda/MT e circunvizinhanças.
Foi apurado que ele
era responsável por frequentes carregamentos de cocaína oriunda da Bolívia para
os estados de São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Pará, Tocantins e para
Europa.
Durante a investigação foram apreendidas
cerca de quatro toneladas de cocaína e dois milhões de dólares americanos, em
quinze ações policiais que resultaram nas prisões em flagrante de 32 pessoas,
materializando assim a atuação do grupo, muito embora se estima que fossem
comercializadas até três toneladas da droga ao mês.
Para atestar a qualidade do produto, os
criminosos rotulavam a droga com a imagem de um herói de histórias em
quadrinhos, seguida de uma palavra que identificava o grupo criminoso. Essa
“logomarca” é uma referência ao líder da organização, existindo outras
apreensões de drogas no país e no exterior com esta marca, mas não relacionadas
à operação Hybris.
Também foi apurado que a organização
criminosa é fortemente estruturada e hierarquizada, com liderança firme e
divisão de tarefas, incluindo a participação de casas de câmbio para a compra
de dólares utilizados na negociação e a adoção de práticas violentas para
aterrorizar inimigos e moradores da região de fronteira.
Além disso, o grupo
possui ligações políticas que culminaram na utilização de empresas fantasmas e
contratos com órgão público municipal para lavar o dinheiro obtido com o
tráfico.
Será concedida entrevista coletiva hoje, 8/7,
às 15h, na sede da Superintendência de Polícia Federal no Mato Grosso.
*O nome da operação remete a um conceito
grego que pode ser traduzido como "tudo que passa da medida,
“descomedimento" e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um
orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência, que com frequência
termina sendo punida.
Comunicação Social da Polícia Federal no Mato
Grosso - Contato: (65) 3927-9315
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