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Foto - Jornal Vias de Fato. |
Prefeitura não oferece
recursos para a realização de Audiência Pública da Zona Rural, que objetivava
discutir as alterações propostas no Zoneamento Urbano e no Plano Diretor, motivando a suspensão da referida audiência.
Após uma hora e meia de
atraso e clima tenso e com a população local mobilizada, a audiência foi suspensa.
A prefeitura não ofereceu sequer recursos que permitissem que fossem
visualizadas as áreas a serem alteradas pela proposta da prefeitura e que pode
significar, se passar, a remoção de milhares de famílias rurais do interior da
ilha, juntando-se, à falha gritante de divulgação, agora uma falha técnica.
A prefeitura, através da
diretora dos trabalhos da audiência, Tati Palácio, disse que ouviria a
população se, se optasse pela suspensão, coisa não feita apesar de reivindicada
por várias vezes nas audiências anteriores.
Além da população, representantes
de indústrias (incluindo a WPR, que representa uma violenta ameaça à comunidade
do Cajueiro) e grileiros de terra na área, identificados por moradores da zona
rural, que chegaram inclusive a ameaçar o trabalho do Jornal Vias de Fato.
A audiência pública para a
zona rural ficou para o dia 12 de setembro, também das 9h ao meio-dia, na UEB
Gomes de Sousa. Os presentes reivindicaram que fosse aberto, mesmo sem
audiência, um debate sobre as alterações propostas para a região, o que segue
acontecendo no momento, com a população acompanhando e questionando a equipe da
prefeitura, inclusive sobre a ameaça de remoção, que apareceu inclusive na fala
do presidente do Incid (Instituto da Cidade), ao citar que não há risco de
remoção imediata (mas não negou a existência do risco).
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Foto - Jornal Vias de Fato |
Os populares questionam o
fato de somente os projetos das indústrias serem levados em consideração, e não
os projetos das comunidades, como a criação a Resex Tauá-Mirim.
Muitos responderam para
Tati Palácio, que afirmou que não viu esse movimento todo mundo quando se
instalou a poluente termoelétrica na região. Participantes responderam que
estavam na luta, resistindo bravamente, enquanto a prefeitura, à qual ela
sempre esteve ligada, seguia apoiando a instalação do empreendimento e
concedendo as licenças municipais para tanto, inclusive contra os anseios da
população.
O mapa precariamente
apresentado apresenta erros apontados pelos moradores, que questionam inclusive
o fato de parte da zona rural estar já classificada como industrial,
invisibilizando as comunidades centenárias que lá habitam. Reclamam ainda o
fato de os moradores não serem devidamente ouvidos nesse processo.
Link original da matéria: https://www.facebook.com/vias.defato.5?fref=photo
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