terça-feira, 17 de novembro de 2015

UFMA. IV SEDMMA foi marcado por debates sobre territorialidades e lutas sociais.

Como resultado das discussões foi elaborada uma carta de apoio às famílias atingidas pelo desastre ambiental em Minas Gerais

SÃO LUÍS - Encerrou-se na última sexta-feira, 13, no Centro de Ciências Humanas (CCH) o IV Seminário Desenvolvimento Modernidade e Meio Ambiente (SEDMMA), que trouxe como tema "Territórios, mineração e desigualdades ambientais no Brasil: diversidade sociocultural e luta por direito". O evento tinha como foco a comemoração de 10 anos do Grupo de Estudos Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA).
Na quarta-feira, 11, o primeiro dia do Seminário foi marcado pela exposição 'GEDMMA 10 ANOS' , onde foram expostas fotografias que retratam o trajeto de pesquisas e lutas nessa década de existência. 
Durante a tarde do mesmo dia, na sessão  solene de abertura, o coordenador do grupo, professor Horácio Antunes,  lembrou das dificuldades no início da formação do GEDMMA. "Era um grupo que, quando começou, não tinha nem lugar para se reunir, mas foi se fortalecendo e hoje tem grande representatividade nas lutas sociais"  destacou.
Continuando a programação, ocorreu a mesa "Territórios de libertação", com a participação dos representantes da Rede Justiça no Trilhos,  Majú do Nascimento Silva, e da comunidade do Taim, Alberto Cantanhede, além do professor Bartolomeu Mendonça, do GEDMMA.
No segundo dia, a manhã foi de debates nos grupos de trabalhos "Conflitos Ambientais e Movimentos Sociais"; "Grupos e povos tradicionais e territorialidades" e "Desenvolvimento e ambiente". Também houve a exposição de painéis no hall do CCH.
No mesmo dia, ainda aconteceram duas mesas-redondas. Na primeira, intitulada "Diversidade sociocultural e luta por direitos", participaram a professora Eliane Cantarino O’Dwyer, da Universidade Federal Fluminense(UFF), o professor José Carlos dos Anjos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e a representante do Quilombo Santa Rosa dos Pretos, Anacleta Pires.
A professora da UFF destacou a importância de discussões em temas cotidianos de lutas territoriais. "O papel do cientista social é divulgar publicamente o que obtém a partir de suas pesquisas, e por isso é bastante pertinente que na academia exista eventos que abram espaço para expor tais resultados, e  fortalecer essa responsabilidade social", ressaltou.
Na segunda mesa-redonda, "Mineração, territórios e desigualdades socioambientais", participaram a professora Andréa Luisa Zhouri Laschefski, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a representante do Povoado Piquiá de Baixo, Jordânia da Conceição Silva, e o representante do Movimento dos Sem Terra (MST), José Jonas Borges da Silva. O debate girou em torno de discussões sobre as responsabilidades ambientais e sociais de grandes empresas com as comunidades do entorno de suas estruturas. A professora Andrea aproveitou para apresentar o vídeo de uma reportagem feita na comunidade Bento Rodrigues, devastada por recente desastre ambiental, onde os moradores entrevistados já demonstravam preocupação.
No último dia de evento, a mesa-redonda de título "Justiça ambiental e conflitos pelo controle do território"teve como palestrantes a professora Raquel Maria Rigotto, da Universidade Federal do Ceará (UFC), o professor Clayton Gerhardt (UFRGS), e o representante da comunidade Cajueiro, Clóvis Amorim.
Encerrando as atividades, ocorreu a programação de comemoração dos dez anos do grupo de estudos, onde membros e coordenadores apontaram a significância do grupo que, além de contribuir para o desenvolvimento acadêmico, também proporciona experiências singulares junto às lutas sociais.
A estudante de Ciência Sociais e integrante do GEDMMA, Maria Ecy Lopes, considerou o evento como bastante satisfatório e destacou a dinâmica adotada nas mesas. "As discussões que tivemos ao longo do seminário foram extremamente satisfatórias, pois proporcionaram um diálogo entre estudiosos da área e povos das comunidades estudadas",  enfatizou.
Como resultado das discussões levantadas no seminário, o grupo elaborou uma carta de apoio as famílias atingidas pelo desastre em Minas Gerais, que está disponível no site do grupo
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Revisão: Patrícia Santos

Lugar: Cidade Universitária Dom Delgado
Fonte: Jeane Assunção
Última alteração em: 16/11/2015 19:12

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