"A autoproclamada
'esquerda' que há algumas décadas fez crer que se opusesse àquelas políticas
dos EUA na América Latina e em outros pontos do mundo parece que hoje,
convenientemente, se dedica a esquecer o longo e difícil percurso que a Rússia
e o povo russo tiveram de cumprir, até conseguir cravar as garras no chão
escorregadio que os levou de volta à relevância no cenário mundial."
Com as tensões entre
EUA e Rússia só crescendo durante o último ano, também a opinião pública
polarizou-se. Ao mesmo tempo, também a empresa-imprensa reverteu ao velho
antagonismo da Guerra Fria contra a Rússia – empurrando a opinião pública no
ocidente na direção de acintosa russofobia. E resta pouco espaço nas margens
políticas para desconstruir a falsa narrativa, expor a agenda do império
anglo-sionista e defender o direito de nações soberanas agirem com
independência, sem ouvir os diktats dos norte-americanos.
E é aqui, nas margens
da política oficial, onde se acumulam os muitos que querem falar contra a
agenda dos EUA na Ucrânia e em toda a região, que se trava a verdadeira luta
por corações e mentes. A política oficial simplesmente acompanhará as
narrativas que a mídia-empresa serviçal do Império oferece, reafirmando assim
suas quase totais impotência e irrelevância para a real luta política.
Mas já se ouve um coro
em voz alta de vozes críticas, dissidentes e anti-imperialistas , cada dia mais
impossível de ignorar.
E enquanto na extrema
direita libertaristas e paleo-conservadores engajam-se na própria disputa entre
eles sobre apoiar a Rússia e o presidente Putin, assim também já há na esquerda
um confronto interno, quase ideológico em torno do mesmo assunto.
Muitos de uma
autoproclamada "esquerda" simplesmente transplantaram suas ideias
antissoviéticos e políticas soviéticas, para uma postura ideológica
anti-Rússia. Para esses, a Rússia abraçaria hoje simultaneamente o capitalismo
e um desejo de revanchismo imperial. Assim, esses grupos (numerosos no que
passa por "esquerda organizada") colaboram com o establishment político,
a política 'oficial', e ajudam a diluir a potência de uma mensagem
anti-imperialista numa torrente de bate-bocas internos, demonizações
ensandecidas e sectarismos. Só fazem dizer que nada há, na Rússia, que a
esquerda possa defender. Será verdade?
Ofereço aqui algumas
poucas razões pelas quais aqueles que creem que "a Rússia não é melhor que
os EUA", fazem prova ou de ignorância crassa ou de interesses ocultados:
1. Rússia opõe-se a
EUA-OTAN.
Qualquer autodeclarada
"esquerda" deve questionar a própria posição, ao ver-se ombro a ombro
com Washington e OTAN em questões de política externa, guerra e paz. A Rússia
tem-se oposto consistentemente (e cada vez mais firmemente, nos últimos anos) à
agenda norte-americana imperial em vários cantos do mundo.
Na Síria, a Rússia
(com a China que acompanhou o movimento dos russos) tornou-se principal voz
global na resistência contra a agenda dos CCG-OTAN-EUA-Israel que já matou
centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes.
Ao exercer seu poder
de veto no Conselho de Segurança da ONU, a Rússia conseguiu deter uma guerra
ordenada e comandada pelos EUA contra a Síria, já por pelo menos duas
vezes.
Nessas duas vezes, a
Rússia mostrou seriedade, competência e talento, e ofereceu informação
relevante de inteligência que lançou fortes dúvidas sobre a narrativa dos EUA
que só fazia culpar Assad, muito convenientemente, por todas as atrocidades que
se viam naquela guerra na qual a Síria resistia contra guerra comandada de
fora, mas travada em seu território.
Na Ucrânia, a Rússia
efetivamente deteve a marcha para o leste da OTAN em expansão; traçou sua linha
vermelha e mostrou ao mundo que os países 'não ocidentais' em desenvolvimento,
que sempre haviam sido subservientes, não mais se deixariam ficar na posição de
suplicantes, submetidos aos desígnios de agentes do poder em Washington,
Londres e em Wall St.
Mais importante que
tudo, a Rússia rejeitou e deteve o golpe que os EUA instigaram na Ucrânia e o
apoio que, na sequência, os EUA deram aos rebeldes em Donetsk e Lugansk. Esse
movimento mostra ao mundo que o 'soft power' dos EUA não é alguma
espécie de força inexorável, que é arma política manobrada também com
violência, mas que pode ser derrotada com planejamento adequado e disposição
local para resistir.
2. BRICS, OCX
[ing. SCO] e multipolaridade.
A Rússia é, ao lado da China,
a força motriz por trás da criação e continuado desenvolvimento de fóruns
internacionais não 'ocidentais' como o grupamento dos países BRICS (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul); da Organização de Cooperação de Xangai
(OCX); da União Econômica Eurasiana (UEE) dentre vários outros.
Essas plataformas para
cooperação internacional têm, todas, um importante traço comum: não são
controladas pelos EUA.
Desde a auto-dissolução
da URSS, praticamente todas as grandes instituições internacionais passaram a
ser, de um modo ou de outro, dominadas pelos EUA: ONU, FMI, Banco Mundial e
outras instituições financeiras internacionais, até a dominação militar no
planeta apoiada na OTAN e noutras arquiteturas militares similares, os EUA
atuam como se fossem juiz, júri e carrasco, nos cinco cantos do planeta.
Pode-se dizer que aí está a hegemonia global dos EUA, imposta e mantida pela
violência militar ou econômica.
Em termos mais
tradicionais, mas não menos acurados, pode-se dizer que aí está o império e o
correspondente imperialismo norte-americano.
Por que, então, quem
realmente veja que os EUA esperneiam hoje nesse fosso gigantesco de falência
política, moral e ética que se conhece como "o imperialismo
norte-americano" não apoiará as forças que se erguem globalmente contra
tudo isso e desafiam o império?
Não é novidade para
ninguém que os que vejam a dominação pelos EUA e o imperialismo norte-americano
como a mais ampla e viciosa desgraça que se abate sobre o mundo têm o dever de
apoiar e promover as forças que lhe imponham algum contrapeso.
Pois, mesmo assim,
incontáveis autoproclamadas 'esquerdas' vivem convencidas – em parte, deve-se
conceder, como efeito de décadas de decadência política, educacional e
'cultural' no 'ocidente' norte-americano, ao que se somam os efeitos
psicológicos cumulativos da propaganda de anticomunismo e antirrussismo que
atravessou gerações – de que a Rússia não é nem melhor nem pior que os EUA:
apenas potência rival, que estaria disputando o mesmo poder hegemonista.
Esse tipo de análise
que descarta a história não é nem jamais foi pensamento da esquerda. É
raciocínio tolo, no mínimo; e em todos os casos, perigoso.
Considerando que já se
vê claramente a pegada dos coturnos militares dos EUA em praticamente todos os
países do mundo, a influência e o poder do império manifestos de mil modos por
todo o planeta; que não há país ou continente onde os EUA não estejam
militarmente presentes, em falsa paz ou em guerra total, etc., só alguém
perfeitamente idiota ou perfeitamente mal intencionado acolheria e passaria a promover
e divulgar aquele raciocínio sem se envergonhar, contando com ser levado a
sério.
3. Oposição à Doutrina do Choque e ao Capitalismo de Desastre.
Preocupação
básica de muitos na Esquerda sempre foi fazer oposição aos dois grandes males
que o FMI lançou sobre o mundo "a terapia de choque" e o
"capitalismo de desastre", ambos itens essenciais do que passou a ser
conhecido como "Consenso de Washington". Esses fenômenos incluem
privatizar ensandecidamente as instituições e vender na bacia das almas o
máximo possível de patrimônio dos cidadãos e do Estado, tão logo o país seja
declarado 'em colapso' político e/ou econômico e, simultaneamente, exigir o máximo
de "abertura" e "desregulação" dos mercados, entendido como
"abertura da economia" – o que é, por um lado, palavreado codificado
para o que se chama "austeridade" [não é "austeridade" é
ARROCHO (NTs)]; e, por outro, é saque.
Essas políticas só
podem ser realmente implementadas em momentos de crise ampla e profunda, quando
o país-alvo já foi realmente empurrado para bem perto do colapso, seja em
termos políticos [empurrar o país para o colapso político parece ser o
projeto/plano dos EUA, hoje, para o Brasil (NTs)], econômicos e, mesmo, por
consequência de desastres naturais. Já aconteceu exatamente assim incontáveis
vezes, do Chile, em 1973, a New Orleans depois do Furação Katrina e acontece
hoje no Haiti.
Contudo, o exemplo
mais infame e mais globalmente significativo dessa terapia de choque e
capitalismo de desastre aplicados é a Rússia dos anos 1990s. Ali, as
instituições da ex-segunda potência mundial foram estripadas, tiveram
arrancadas as partes mais valiosas, vendidas em mercados mundiais principalmente
para empresas de investidores norte-americanos e europeus mediante
intermediários de uma classe parasitária que passaram a ser chamados de
"os oligarcas russos".
A formação daquela
nova categoria na elite econômica capitalista mundial, brotada das ruínas de um
estado que fora estado socialista (e não cabe discutir agora o quanto a URSS
foi ou não socialista), é o caso exemplar de como opera o capitalismo de
desastre.
A autoproclamada
'esquerda' que há algumas décadas fez crer que se opusesse àquelas políticas na
América Latina e em outros pontos do mundo, parece que hoje, convenientemente,
se dedica a esquecer o longo e difícil percurso que a Rússia e povo russo
tiveram de cumprir, até conseguir cravar as garras no chão escorregadio que os levou
de volta à relevância no cenário mundial.
Ou o argumento deles é
que, hoje, aconteceu que um grupo de oligarcas foi substituído por outro
dominado pelo presidente Putin. Nesse caso, a autoproclamada 'esquerda' deixa
convenientemente de lado a renacionalização de algumas indústrias vitais, o
renascimento da produção econômica russa, a melhoria dos padrões de vida a
partir da situação deplorável que reinava no início dos anos 1990s, a melhoria
na infraestrutura, nos serviços de atendimento médicos à população etc. Tudo
isso, como se sabe –mas não se pode admitir no pensamento de nenhuma esquerda
–, as reais condições de vida de milhões de pessoas que realmente melhoraram
muito, simplesmente se torna irrelevante, para 'esquerdas' que só sabem ser
"contra a URSS", quase sempre "contra a URSS stalinista".
Essa é mais uma vitória da propaganda do império.
4. Segunda Guerra Mundial,
Holocausto e defesa da memória histórica.
Desde o fim da URSS, emergiram
várias tendências de direita, reacionárias em geral e não raras vezes
fascistas, em toda a área do que fora o bloco soviético. Esses movimentos,
longe de pregarem "valores conservadores" que o ocidente consiga
reconhecer como tais, só fazem dar 'teoria' e discursos ao mais feroz ódio
contra a União Soviética/Rússia e ao mais furioso anticomunismo. O ódio, ali,
não se manifesta em alguma tipo de pesquisa para demonstrar a verdade
histórica, mas na mais insidiosa tentativa para reescrever a história, e pintar
cada grupo a si mesmo e uns aos outros e os antecedentes fascistas de todos
como "patriotas em luta contra o bolchevismo".
Essa 'limpeza' da
história sempre foi vigorosamente promovida pelos EUA e seus agentes
repetidores na Europa, os quais, por razões políticas, desejam que a história
seja, sim, reescrita, e de tal modo que os soviéticos/comunismo sejam
ressignificados como nazistas/fascismo.
Não se exigem poderes
analíticos excepcionais para perceber a agenda que se oculta por trás disso. Ao
inventar aquela equivalência, os EUA conseguem apresentar-se como único herói
do século 20, que teria derrotado os "demônios gêmeos", do fascismo e
do comunismo. E é essa a ficção histórica que passa por verdade histórica
atualmente no chamado 'ocidente'.
É possível que essa
agenda ocultada, que há muito tempo a esquerda mundial já decifrou, mas que a
'esquerda do século 21' dedica-se a apagar e, sendo possível, esquecer e fazer
esquecer, explique o aparente ilimitado, infindável, incansável apoio que o
'ocidente' deu e continua a dar aos fascistas na Ucrânia, onde, exatamente como
há mais de 70 anos, fascistas mobilizaram-se contra os soviéticos/russos. Claro.
É preciso lembrar e fazer lembrar que os nazistas ucranianos, seguidores de
Bandera, o degenerado colaboracionista, pouco se incomodam com a Rússia ser ou
ter algum dia sido comunista. O problema deles são os "Moskals"
(termo pejorativo para "russos"), que devem ser "varridos da
nação". E é esse ódio cego doentio contra a Rússia que torna aqueles
nazistas tão preciosos para os EUA; aquele ódio é a causa principal de a
máquina de propaganda dos EUA apresentá-los como "nacionalistas", não
como nazistas, que é o que são.
O Holocausto também
tem função criticamente importante nessa história. No 70º aniversário da
libertação de Auschwitz pelo Exército Vermelho, que acaba de ser comemorado,
talvez seja útil examinar o modo como toda essa página da história foi apagada
pelos EUA em todo o 'ocidente'. Verdade é que foram soviéticos plurinacionais
(russos, ucranianos, bielorrussos, cazaques etc.) que libertaram a maioria dos
campos de concentração de judeus, inclusive o infame Auschwitz. Mas, 70 anos
depois, a Rússia não foi convidada para comemorar o evento no 'ocidente'. Isso
não é acaso: isso é prova de má fé.
Nos estados bálticos,
entre os quais a Ucrânia, ouve-se falar de monumentos aos "heróis"
que "lutaram contra o comunismo". Ora essa... E quem são os tais
heróis? Quando combateram o comunismo?
Mais itens que são
convenientemente deixados fora da história, e que lá ficarão, se não se
levantar o véu da amnésia histórica para revelar que os tais monumentos
homenageiam colaboradores dos nazistas e outros fascistas.
São monumentos aos
perpetradores e participantes de um dos mais horrendos genocídios na história,
que visou a extinguir as populações de judeus, "ciganos" romenos,
homossexuais, doentes mentais e outros "indesejáveis".
Em cidades como Lviv,
é saber corrente, divulgado e ensinado às crianças, que o Holocausto nunca
teria existido. Assim se repete, se ensina e se aprende que Lviv nada teve,
nunca, a ver com coisa alguma. Não se caçaram judeus pelas ruas. Nada de terem
recebido com festa os invasores nazistas. Ninguém colaborou. Colaboração zero.
Isso é o que nos dizem e querem que se estabeleça como verdade e que todos
acreditemos nisso.
EUA e Europa deixam
prosperar essa narrativa, como peste que se alastra por todo o corpo político
do continente.
Hoje, só a Rússia está
de pé enfrentando esse golpe de apagamento-reinvenção da história, obrigando o
mundo a relembrar que a salvação da Europa foi a "Grande Guerra
Patriótica" dos russos. Que os russos salvaram milhões de judeus. Que a
liberdade do Ocidente e do mundo não dependeu dos EUA, mas da Rússia.
Dado que a russofobia
invadiu tudo e já se implantou como 'fato' na mídia-empresa, nas universidades,
nos livros escolares do 'ocidente', quando se ouve a narrativa histórica do que
realmente aconteceu há um efeito de dissonância cognitiva que, hoje é tão
generalizada que já invadiu até as novas 'esquerdas'.
5. Apoio político às
vítimas do imperialismo norte-americano.
Tendência já inegável, que se tem
manifestado em anos recentes, são os países assaltados pelo Império que
encontram ajuda dos russos, no mínimo com expertise diplomática. Com Moscou
podendo afinal expor política externa mais assertiva, o país passou a postar-se
como defensor de países atacados. Os russos foram a única potência (depois, a
China também se alistou) que bloqueou o ataque dos EUA contra a Síria. A Rússia
estendeu mão amiga à República Popular Democrática da Coreia ("Coreia do
Norte", no 'ocidente'). A Rússia manteve relações amistosas com Venezuela,
Bolívia, Nicarágua e Equador. A Rússia continuou a expandir suas relações de
cooperação política, econômica e militar com o Irã.
Não são
desenvolvimentos insignificantes, e mostram consciência crescente, em Moscou e
em todo o planeta, de que a Rússia deseja agir e já se apresentou para isso,
como contrapeso à hegemonia e às ambições geopolíticas dos EUA.
Claro, a Rússia tem
razões de interesse dela para fazer o que faz, como todos os estados nas
decisões políticas. Mas é também verdade que a Rússia vê cada vez mais
claramente que tem um papel a cumprir, na defesa de países vitimados pela ordem
EUA-UE-OTAN.
A importância dessa
defesa firme talvez fique ainda mais evidente precisamente no caso em que
faltou: na Líbia. Em 2011, a Rússia, sob governo do presidente Medvedev,
escolher não vetar a Resolução n. 1.973 do Conselho de Segurança que autorizou
a implantação de uma "zona aérea de exclusão" na Líbia, a qual, como
todos podiam prever que aconteceria, foi imediatamente convertida em
'autorização' ilegal para guerra contra a Líbia.
A recusa dos russos a
vetar aquela medida – decisão que Medvedev, depois, admitiu ter sido erro
lamentável – é a causa decisiva pela qual EUA-OTAN conseguiram levar adiante
sua guerras de ataque vicioso e covarde contra a Líbia, derrubaram Gaddafi,
lançaram o país no mais impressionante caos e desestabilizaram toda a região. E
se a Rússia tivesse vetado e não houvesse Resolução alguma? Existiria lá aquele
terrível caótico estado falhado há hoje? Todas aquelas armas letais teriam
caído em mãos de Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), de Boko Haram e outros
grupos terroristas, como caíram? O norte da África estaria convertido em área
tão perigosa quanto se converteu? Todas essas respostas são dolorosamente
autoevidentes.
A Rússia é força vital
para manter a estabilidade e impor algum tipo de contenção contra o furor do
Império 'ocidental'.
As respostas dos
russos, cada vez mais claramente assertivas e mais fortes aos EUA e Europa
mostram que, talvez, finalmente, a elite política russa também começa a compreender
essa realidade. Talvez tenham afinal compreendido que em vez de só repetir loas
de elogio aos "parceiros ocidentais" e fazer qualquer negócio na luta
para se integrar ao sistema dominado pelo 'ocidente, devem tratar de abrir
caminho próprio, pavimentar novas trilhas suas, e mostrar que a Rússia pode
levantar-se contra o tacão dos EUA aplicado à sua jugular.
Não há dúvidas de que
se e quando a elite política russa afinal reconhecer a própria importância
global, o mundo só terá a ganhar. Esperemos que alguém da autoproclamada
esquerda chegue também a essa conclusão. Se não, aquela autoproclamada esquerda
do século 21 já terá deixado de ser esquerda anti-imperialista, e só lhe
restará uma patética posição, de cócoras, como 'ala esquerda' do Império.*****
Postado por Dario Alok.
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu.
Link desta matéria (traduzida). http://blogdoalok.blogspot.com.br/2016/01/5-razoes-por-que-as-esquerdas-devem.html
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