quinta-feira, 23 de junho de 2016

A cada 23 minutos morre um jovem negro no Brasil. CPI do assassinato de Jovens.


Segundo o site da senadora Lídice da Mata (PSB/BA) o relatório da CPI do Assassinato de Jovens servirá de base para a Anistia Internacional propor uma petição online para que os assassinatos de jovens continuem sendo acompanhados e para que as recomendações feitas pela CPI sejam cumpridas.
Conforme a presidente da CPI, Lídice da Mata, o relatório aponta três frentes como ações práticas: transparência de dados sobre segurança pública e violência; fim dos autos de resistência (termo utilizado por policiais que alegam estar se defendendo ao matar um suspeito); e implantação de um Plano Nacional de Redução de Homicídios de Jovens.
Para a senadora baiana, há um genocídio da juventude negra em curso e a maioria dos assassinatos ocorre na periferia das cidades. O documento traz um panorama geral do quadro de homicídios de jovens no País, destacando que a principal vítima da violência letal é o jovem negro do sexo masculino e que a impunidade para estes casos é a regra.
Com a proximidade das Olimpíadas Rio 2016, a Anistia Internacional chama a atenção para os riscos de violações de direitos humanos na área da segurança publica, com a campanha “A violência não faz parte desse jogo!”. Essa campanha chama a atenção para o risco de aumento de violações, já documentadas anteriormente pela Anistia Internacional, no contexto de megaeventos esportivos.
“O relatório final da CPI que foi apresentado na quarta-feira (8/6) mostra que ainda há muito o que ser feito para avançar em uma política de segurança pública que promova e respeite direitos. (Referido documento pode ser lido neste link http://www12.senado.leg.br/noticias/arquivos/2016 /06/08/veja-a-integra-do-relatorio-da-cpi-do-assassinato-de-jovens). Mas ele também contribui para a formulação de políticas públicas e propõe medidas concretas que devem ser adotadas pelas autoridades. Vamos continuar acompanhando e pressionando as autoridades competentes para implementar as recomendações”, afirma Renata Neder, assessora de Direitos Humanos da Anistia Internacional Brasil.
Sobre a CPI - De acordo com o texto do relatório, apresentado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), um jovem negro é assassinado no Brasil a cada 23 minutos. A taxa de homicídios de jovens negros é quatro vezes maior que a referente a brancos da mesma faixa etária, entre 15 e 29 anos. A cada ano, no Brasil, cerca de 23,1 mil jovens negros são assassinados, segundo constatou o relatório.
Ao todo, a CPI promoveu 30 sessões durante 13 meses de atividades, das quais 21 foram audiências públicas externas e internas.



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