terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Um texto para quem detesta política (por Luciano Pires Hannecker).

Quero abordar de maneira objetiva as intenções veladas e obscuras do contexto político. Tudo aquilo que o cidadão comum não fica sabendo, por viver trabalhando, não consegue entender os reais motivos de algumas ações políticas.
Primeiramente, os cidadãos e as cidadãs, enojados de tanta fraude e falcatrua na política, acaba por se despolitizar, escolhendo o caminho da alienação política. Esta atitude leva ao desinteresse total do mundo político, mesmo sabendo que todas as decisões políticas afetam a todos, direta ou indiretamente.
Por consequência, estes cidadãos na hora de votar, votam nulo ou votam em qualquer candidato, abrindo a margem para dois efeitos.
O primeiro, demonstra apenas descontentamento, que na maioria das vezes, abre espaço para o político “erva daninha”, aquele que está em todos os lugares na mídia, se elege, mas não tem nada de bom.
O segundo efeito, demonstra o sentimento do “tanto faz”, “ os políticos são todos iguais”, então o cidadão não pensa, quem mais sai na mídia, acaba levando o seu voto. Esta atitude é a mais perigosa, pois coloca todos os políticos em igualdade.
Para este cidadão, tanto faz ser Leonel Brizola ou Fernando Collor, Olívio Dutra ou Antônio Britto, é um verdadeiro absurdo!!!
Este mesmo cidadão por ser discrente com a política e, em meio a tantas siglas partidárias, se vê totalmente perdido. É PP, PSDB, PMDB, PSB, em fim, uma lista longa de partidos políticos.
O cidadão despolizado, não sabe que em meio a tantos partidos, existe apenas uma verdade. Qual? A classe dominante e a classe dominada. Esta máxima advinda do gênio Karl Marx , um dos maiores pensadores de todos os tempos. Certamente, esta dedução não viria da “ilustre” Margaret Thatcher citada recentemente pelo Sartori do PMDB.
Bem, continuando, você cidadão que não gosta de política, deve ficar atento, e compreender que alguns partidos fazem política para a classe dominante e outros para a classes dominada.
Partidos de direita, fazem política para atender a classe dominante, e os partidos de esquerda tendenciam a representarem a classe dominada.
Mas quem são as classes dominante e dominada?
Classe dominante: são os banqueirosgrandes industriais, rede globo, grupo RBS, estes tem grande influência econômica e política.
Classe dominada: são os micros, pequenos e médios empresários, profissionais liberais, funcionários públicos e todos os demais trabalhadores e trabalhadoras.
De posse desta informação básica, o cidadão despolitizado, poderá identificar-se em qual classe pertence, e assim, realizar a sua escolha partidária. Sempre alguém tentará argumentar que isso é rotular. Como exemplo:
– Ou é “gremista ou colorado”, ou é “maragato ou é chimango”. Neste contexto, faço a seguinte pergunta:
– Se você é gaúcho, nasceu e vive em Porto Alegre, salvo exceção, será gremista ou colorado, não é verdade?
Nesta convicção, vimos que a política do PMDB de Sartori encanta os olhos e os ouvidos com o discurso do “Estado mínimo”, dando a idéia de que o essencial é a saúde, segurança e educação, mas, não sabe o cidadão que em verdade, a sociedade necessita de um “Estado forte”, com várias fontes de arrecadação, com estatais produtivas, que lucram e repassam este lucro para o próprio Estado, enquanto as privadas farão remessas de lucro para as suas matrizes no exterior.
Na idéia do Estado mínimo, o cidadão pensa que será “desonerado” de impostos. Pura armadilha!!! O Estado continuará receber a sua larga parcela.
Como exemplo perverso de política, o atual governo federal (PMDB), está retirando das escolas públicas, os professores de História, Geografia e outras disciplinas, e aí cabe outra pergunta:
– Quem tiver as mínimas condições econômicas deixará o seu filho em uma escola pública? Certamente, você irá apertar mais os sapatos para pagar uma escola particular.
Mais uma vez, iremos para o ente privado da educação, onde o grande empresariado do ramo, ganhará com a “ falência do Estado”.
Outro exemplo, é a malha ferroviária do Brasil, o qual, em uma “suposta falência” do Estado, foi privatizada acabando de vez com o sistema ferroviário do nosso país. Quem ganhou com esta privatização? A sociedade ou grupo de grandes empresários?
Quem ganha com a teoria do caus econômico? Isso explica um pouco a teoria do “quanto pior melhor”, implantado pelo PMDB e seus apoiadores.
Quem sai ganhando com a desmonte do Estado? Fica a pergunta para a sociedade trabalhadora responder.
Por último, cabe a seguinte informação:
Quem já ajudou em vários “processos” de privatizações no Brasil (venda de bens públicos), e adora uma negociação de venda, é o ilustre detento EDUARDO CUNHA . Por que será?
Enquanto a nossa sociedade não se atentar destes fatos, não lutar em defender o que é seu e seus direitos, seremos sempre um país de terceiro mundo.
Se não nos interessarmos pelo que é nosso, outros países nos tomarão!
.oOo.
Luciano Pires Hannecker é advogado.

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