terça-feira, 27 de novembro de 2018

CAOP's de DH e Saúde em Reunião discutem a prevenção ao suicídio e à automutilação de estudantes na ilha de São Luís/MA.

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Lana Pessoa coordenou a reunião
O Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAOp-DH) em parceria com o CAOp da Saúde ambos do Ministério Público do Maranhão, promoveram na manhã desta terça-feira, 27, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, uma reunião com professores e gestores de escolas municipais e estaduais da ilha de São Luís para discutir estratégias de prevenção ao suicídio e à automutilação entre estudantes das redes públicas de ensino.

O encontro foi motivado por um levantamento, que ainda está sendo realizado nas escolas municipais e estaduais públicas de São Luís, provocado pelo Fórum de Prevenção ao Suicídio, no qual já foi constatado que existe um grande número de práticas de automutilação e de tentativas de suicídio entre os estudantes.

O relatório da pesquisa, feita pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), deverá ser concluído e apresentado no próximo mês de dezembro.

Coordenou a reunião a promotora de justiça Lana Barros Pessoa, integrante do CAOp-DH, que compôs a mesa de abertura ao lado da assistente social e integrante do Fórum, Daiana Andrade, e da psicóloga e professora da rede estadual, Cláudia Regina.

“O objetivo deste encontro é procurar caminhos para traçar estratégias de prevenção e passar informações de como proceder em caso de identificação de alguma situação de risco”, disse a promotora de justiça Lana Pessoa.

A assistente social Daiana Andrade alertou para o índice alto de casos de automutilação nas escolas de São Luís. Também afirmou que a maioria das pessoas que tenta suicídio não quer acabar com a vida, mas terminar com um sofrimento intenso que está sentindo e não consegue mais suportar. “Estes problemas são muito graves. Temos que traçar estratégias de combate ao suicídio e de valorização da vida, de forma urgente”.

Por sua vez, a psicóloga Cláudia Regina ressaltou a necessidade do trabalho de prevenção para evitar a ocorrência de mais casos. “Enquanto escola, esta demanda precisa de respostas urgentes. Não dá para fingir que não está acontecendo nada”.

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Reunião contou com gestores e professores das redes estadual e municipal

Bullyng, racismo, preconceito, desprezo, além da desestruturação familiar, foram alguns fatores apontados pelos palestrantes, que podem causar lesões emocionais ou psicológicas em crianças e adolescentes, levando-as ao cometimento de suicídio e de automutilação.

Entre as medidas necessárias para a prevenção dos problemas, foram elencadas a necessidade de atenção e cuidado permanente com os alunos; a capacitação dos gestores, a identificação e avaliação dos problemas psicológicos apresentados pelas crianças e adolescentes, além do encaminhamento correto para os setores responsáveis.

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Ilma Pereira ressaltou importância de estratégias eficazes
A segunda mesa do encontro foi formada pela promotora de justiça Ilma de Paiva Pereira,

pelo psicólogo do Tribunal de Justiça do Maranhão, Paulo Guilherme Siqueira Rodrigues, e pelo chefe de saúde mental da Secretaria de Estado da Saúde, Márcio Menezes.

Durante a sua explanação, a promotora de justiça destacou que a reunião foi motivada devido ao registro do crescimento de casos de automutilação nas escolas públicas de São Luís. “Temos que traçar estratégias para um enfrentamento eficiente deste gave problema”.


Redação: CCOM-MPMA.

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