domingo, 7 de agosto de 2011

Brasil de Fato: Que os ventos da mudança varram a máfia do futebol..

EDITORIAL DO BRASIL DE FATO. Máfia do futebol.

Vingativo e extremamente ávido de riquezas e de poder, Ricardo Teixeira se comporta como um verdadeiro Capo do futebol brasileiro.

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) promoveu, no dia 30 de julho, no Rio de Janeiro (RJ), o sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo. Foi o primeiro grande evento oficial para a competição a ser realizada de 12 junho a 13 de julho de 2014, tendo como sede doze estados brasileiros.

Até pouco tempo, predominavam os debates sobre se o Brasil deveria ou não organizar o mundial do futebol em 2014. Os defensores da candidatura brasileira recorriam ao legado de infraestrutura que a Copa deixará, o aumento do turismo no mês de sua realização e a forte exposição da imagem do país no exterior. Os contrários, de modo não menos enfático, defendiam que o país, um dos campeões mundiais em desigualdade social, deveria priorizar seus recursos financeiros para resolver os problemas sociais do seu povo antes de pretender organizar uma Copa do Mundo. Conhecedores das elites do nosso país, alertavam que a Copa, sob o domínio da máfia do futebol nacional e mundial, seria mais um extraordinário campo de corrupção e enriquecimento ilícito.

Em outubro de 2007, quando a Fifa oficializou o Brasil como sede da Copa, os que eram contra pareciam terem sido derrotados. No entanto, são crescentes e cada vez mais evidenciados os sinais de que seus alertas estavam corretos. Diante da iminência de uma crise mundial do sistema capitalista, o governo não hesita em fazer cortes orçamentários na área social, preservando os grandiosos lucros do sistema financeiro.

E o que dizer da corrupção? O próprio sorteio custou aos cofres públicos da cidade e do Estado do Rio de Janeiro 30 milhões de reais, repassados à empresa Geo Eventos, ligada à Rede Globo, que organizou o evento. Cabe repetir: gastaram 30 milhões de reais, de recursos públicos, para um evento de uma tarde. Afanaram a milionária quantia de recursos públicos e não hesitaram em negar credenciais para jornalistas da Rede Record e SBT, impedindo-os de cobrir o evento. Onde estão, nesse momento, os intransigentes defensores da liberdade e imprensa?

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que preside também o Comitê Organizador Local (COL), quer transformar o torneio mundial num evento particular, em seu benefício próprio. Não bastasse acumular os dois cargos, colocou como secretária- executiva do COL a própria filha. Capaz de cometer as maiores maldades, como ele mesmo afirma numa entrevista à revista Piauí, Teixeira apenas teme a Rede Globo, com quem fez conluio para implodir o Clube dos 13 e assegurar o direito de transmissão do campeonato brasileiro àquela emissora até 2014. Estratégia que contou com a ativa participação do S. C. Corinthians Paulista, clube que, tudo indica, terá um estádio pronto para promover a abertura da Copa.

Vingativo e extremamente ávido de riquezas e de poder – pretende presidir a Fifa em 2015 – Ricardo Teixeira se comporta como um verdadeiro Capo do futebol brasileiro. Faz bem feito a presidenta Dilma Rousseff em mantê-lo à distância. Exemplo que deveria ser seguido por seu ministro de esportes, Orlando Silva.

Certamente o presidente da CBF não teria tantas facilidades para chafurdar pela lama se o mesmo não ocorresse com quem comanda o futebol mundial. O atual presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, foi reeleito para seu quarto mandato, numa eleição chamada de farsa pelo Primeiro Ministro inglês, David Cameron.

São tantas acusações e suspeitas de corrupção que as principais patrocinadoras da entidade, Visa, Coca-Cola e Adidas começam a temer vincular suas imagens à entidade máxima do futebol. Temerosas da opinião pública internacional, essas mesmas empresas não temem o conluio com a Fifa para impor exigências aos países em que são promovidos os diversos torneios mundiais de futebol masculino e feminino.

Tendo o evento da Copa como fonte de recursos, a máfia do futebol mundial busca impor, aos países-sedes da Copa, regras, exigências, privilégios e benefícios que lhe assegurem lucros fabulosos para si e para suas empresas patrocinadoras. Entre 2007 e 2010, a Fifa obteve um lucro de US$ 631 milhões e acumula US$ 1,2 bilhão em reservas financeiras. O valor é superior ao PIB de 19 países. Feito extraordinário se for levado em conta que em 1999 a mesma entidade amargava uma dívida de US$ 42 milhões. A Copa da África do Sul, em 2010, foi responsável pela maior porcentagem dessa riqueza acumulada. Foi mais lucrativa que a da Alemanha de 2006, uma vez que este país resistiu fazer uma Copa à moda Fifa.

Cabe cobrar do governo medidas e iniciativas políticas que garantam que a Copa a ser realizada em nosso país seja do povo brasileiro, e não das aves de rapina que dominam o futebol nacional e comandam a Fifa. Algumas iniciativas para que acabe esse reinado de corrupção e impunidade começam a aparecer. A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas rejeitou, em julho, a proposta de concessão do título de “Cidadão Amazonense” a Ricardo Teixeira. Nas palavras do deputado Marcelo Ramos (PSB), o dirigente apenas “merece receber uma medalha do Presídio do Puraquequara”.

No Rio de Janeiro surgiu a Frente Nacional dos Torcedores (FNT) com a bandeira de luta “Fora Ricardo Teixeira da CBF”. Promoveram uma manifestação pelo Twitter, uma marcha pelas ruas cariocas no sábado e agora pressionam os deputados federais para instalar uma CPI para investigar a CBF e o COL.

No futebol mundial também há reações que se opõe ao lamaçal da Fifa. O próprio Blatter para assegurar sua reeleição, precisou comprometer-se “em trazer novamente a Fifa a navegar por águas transparentes”. Difícil é engolir sua proposta de criar um Comitê de Soluções, com participação de Henry Kissinger, ex-Secretário de Estado americano – o mesmo que incentivou as ditaduras militares na América Latina, a partir da metade do século passado, e tem receio de ser preso se visitar alguns países europeus.

Mas, para mudanças na Fifa, a notícia mais alentadora vem da Associação Europeia de Clubes, que se propõe a fazer uma revolução contra as pessoas corruptas que governam o futebol. O presidente da Associação, o ex-jogador e atual diretor do Bayern de Munique, Karl-Heins Rummenigge, se propõe a lutar contra o “processo diário de corrupção na Fifa”.

Que os ventos das mudanças soprem cada vez mais fortes.

Publicado em 03/08/2011. sugestão do Igor Felippe.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/brasil-de-fato-a-mafia-do-futebol.html

Prefeito de Duque Bacelar reclama da qualidade da agua oferecida pela CAEMA

Durante a solenidade de criação do CILEM ( Consorcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Leste Maranhense), o Prefeito do Municipio de Duque Bacelar, Flávio Furtado, defendo calorosamente a Criação do referido consorcio, além de pedir encarecidamente o asfaltamento da Rodovia MA 123.

Pedindo a atencao de todos trouxe ao conhecimento do Vice-governador Washington Luiz, a situação de dificuldades por que passa sua população em relação a um dos itens básicos para a garantia da sobrevivencia humana que é a falta de qualidade na agua potável servida pela CAEMA.

Reclamando do abastecimento irregular e entregando ao Sr. Washington Luiz, uma “garrafa pet” cheia de agua distribuida pela caema, que na verdade mais parecia ter saido de um barreiro, agua de cor amarelada, segundo o Prefeito Flávio Furtado esta é a qualidade da agua servida diariamente a população de Duque Bacelar e por não ter mais a quem apelar.

Com este gesto extremo, entregava esta garrafa de agua barrenta para que o Vice-governador se sensibilizasse, e levasse a mesma e mostrasse para a Diretoria da CAEMA, quem sabe ele “tomando conhecimento”, e com o Vice-governador intercedendo junto a este Òrgão, acorra uma melhora na qualidade da agua a servida a população de Duque Bacelar.

Texto postado por: Francisco Barros.

Prefeito de Afonso Cunha, José Leane realiza evento dando o ponta pé inicial na criação do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Leste Maranhense - CILEM.



Nos dias 04 e 05 de agosto do corrente ano, o Município de Afonso Cunha sediou dois eventos grandiosos e inéditos, ( A elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Agrário. a Criação do CILEM).

No primeiro evento foi a criação, ratificado com as assinaturas do Protocolo de Intenções do Consorcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Leste Maranhense – CILEM.

Compuseram a Mesa dos trabalhos, o Vice-governador Washington Luis, o Sec. Adj. da SEDAGRO Dr. Paulo. Sub-secretário da Casa Civil Dr. Chocolate, os Prefeitos Afonso Cunha, Duque e Buriti. vice-prefeitos de Brejo e Aldeias Altas, Secretários representando os Prefeitos de Codó e Coelho Neto. Além da Presidente da Associação dos Vereadores do Leste Maranhense, e o Sr. Mário Felipe presidente do PEN no Estado do Maranhão. Inúmeros foram os temas dos discursos, mas entre todos uma necessidade foi unânime a necessidade urgente do Governo do Estado em promover a recuperação e o asfaltamento da MA 123, Rodovia Maranhenses que liga os Municípios de Coelho Neto, Afonso e Chapadinha.


A Rodovia MA 123, é a única via de acesso que passa por Afonso Cunha, onde no trajeto de Afonso Cunha até Coelho Neto, numa distancia de 47 quilômetros se gasta duas horas pra percorrer, ante a péssima situação em que se encontra a rodovia.

E no sentido que vai de Afonso Cunha a Chapadinha, ainda está transitável por que os produtores de soja da região se quotizam e fazem a raspagem e manutenção parcial da referida rodovia.

As autoridades da região enfatizam que a criação do Consorcio do CILEM é a ultima tentativa, num sopro que resta de esperança em ver o desenvolvimento sustentável chegar a região do leste maranhense, principalmente aos municípios menores e menos favorecidos.

O Protocolo de Intenções de Criação do CILEM foi assinado pelos Prefeitos de Afonso Cunha, Duque Bacelar e Buriti de Inácia Vaz. E demais autoridades representando os seus respectivos mandatários municipais. Assinaram os Vice-prefeitos de Brejo e Aldeias-Altas, além dos Secretários de Codó e Colho Neto.

Os idealizadores do CILEM publicamente agradecem a tres pessoas que muito contribuiram para a concretização deste projeto. O Mario Felipe do PEN, o Vice-governador Washington Luiz e a Secretaria de Estado, Dra. Conceição Andrade. Vale registrar que o Vice-governador Washington Luiz, é um dos signatários do referido protocolo de intenção do CILEM, sendo uma das testemunhas, juntamente com o Dr. Paulo Sec. Adj. da Sedagro.

Texto Escrito por: Francisco Barros.




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Deputados federais compram espaços em rádio e TV com verba pública

Do Portal Imprensa

Um levantamento publicado pela Folha de S. Paulo neste domingo, dia 31 de julho, revelou que mais de 10% dos deputados federais da atual legislatura mantêm aparições regulares em programas de rádio e TV, como apresentadores, colunistas ou entrevistados fixos.

O detalhe é que, em muitos casos, essas aparições são pagas e lançadas como verbas indenizatórias, subsídio mensal para custear o exercício da atividade parlamentar, como aluguel e manutenção de escritórios, alimentação, segurança, entre outros serviços. Dessa forma, as despesas gastas na participação de programas são reembolsadas pela Câmara Federal.

Só no primeiro semestre de 2011, o deputado Glauber Braga (PSB-RJ) gastou R$ 23 mil para financiar a transmissão de seus programas; Rogério Marinho (PSDB-RN) gastou R$ 21 mil com compra de espaço de duas rádios; André Zacharow (PMDB-PR) pagou R$ 18 mil a rádio Macumby e Dilceu Sperafico (PP-PR), R$ 13,5 mil, também para divulgação de suas atividades em rádios.

Mesmo estando em acordo com as regras da Casa, o deputado José Carlos Araújo (PDT-BA), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, diz não aprovar esse uso de recursos.

http://chicosantanna.wordpress.com/

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Avião da Força Aérea Brasileira cai e explode na serra catarinense


Acidente em uma fazenda deixou quatro mortos. A área foi isolada. Ainda não há informações sobre as causas do acidente.

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu, na tarde desta terça-feira (2), na serra catarinense. Segundo o jornal Notícias do Dia, a aeronave, um monomotor, sofreu queda livre e abriu uma cratera e explodiu ao colidir com o chão. O acidente aconteceu por volta das 13h30, na fazenda Pelotas, a cinco quilômetros da SC-408, em Bom Jardim da Serra. De acordo com o Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária Estadual (PRE), quatro pessoas que estavam na aeronave morreram.

COLABOROU: Rafael Barretto Cruz

C-98A da FAB

Leia mais : Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil.

O Comando da Aeronáutica lamenta informar que por volta das 13h30 desta terça-feira, 2 de agosto, um avião C-98A Grand Caravan (matrícula 2735 e número de série 2130*) do 5° Esquadrão de Transporte Aéreo da Força Aérea Brasileira acidentou-se no município de Bom Jardim da Serra (SC), a 135 km de Florianópolis.

A aeronave partiu de Canoas (RS) às 11h35 com destino ao Rio de Janeiro com oito pessoas a bordo.

Um helicóptero H-60 Blackhawk do 5°/8° GAV decolou de Santa Maria (RS) em direção ao local do acidente com uma equipe de resgate.

Brasília, 2 de agosto de 2011.

Brigadeiro-do-Ar Marcelo Kanitz Damasceno

Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

COLABOROU: Rafael Barretto Cruz* / FOTO: Emerson Oliveira/UOL

Santayana: assim nasceu a manipulação das massas


Os assaltantes da consciência



Mauro Santayana


Muitos cometemos o engano de atribuir a Goebbels a idéia da manipulação das massas pela propaganda política.  Antes que o ministro de Hitler cunhasse expressões fortes, como Deutschland, erwacht!, Edward Bernays começava a construir a sua excitante teoria sobre o tema.

Bernays, nascido em Viena, trazia a forte influência de Freud: era seu duplo sobrinho. Sua mãe foi irmã do pai da psicanálise, e seu pai, irmão da mulher do grande cientista. Na realidade, Bernays teve poucas relações pessoais com o tio. Com um ano de idade transferiu-se de Viena para Nova Iorque, acompanhando seus pais judeus. Depois de ter feito um curso de agronomia, dedicou-se muito cedo a uma profissão que inventou, a de Relações Públicas, expressão que considerava mais apropriada do que “propaganda”. Combinando os estudos do tio sobre a mente e os estudos de Gustave Le Bon e outros, sobre a psicologia das massas, Bernays desenvolveu sua teoria sobre a necessidade de manipular as massas, na sociedade industrial que florescia nos Estados Unidos e no mundo.

O texto que se segue é ilustrativo de sua conclusão:

“ A consciente e inteligente manipulação dos hábitos e das opiniões das massas é um importante elemento na sociedade democrática. Os que manipulam esse mecanismo oculto da sociedade constituem um governo invisível, o verdadeiro poder dirigente de nosso país. Nós somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos formados, nossas idéias sugeridas amplamente por homens dos quais nunca ouvimos falar.

Este é o resultado lógico de como a nossa “sociedade democrática” é organizada. Vasto número de seres humanos deve cooperar, desta maneira acomodada, se eles têm que conviver em sociedade. Em quase todos os atos de nossa vida diária, seja na esfera política ou nos negócios, em nossa conduta social ou em nosso pensamento ético, somos dominados por um relativamente pequeno número de pessoas. Elas entendem os processos mentais e os modelos das massas. E são essas pessoas que puxam os cordões com os quais controlam a mente pública”.

Bernays entendeu que essa manipulação só é possível mediante os meios de comunicação. Ao abrir a primeira agência de comunicação em Nova Iorque, em 1913 – aos 22 anos – ele tratou de convencer os homens de negócios que o controle do mercado e o prestígio das empresas estavam “nas notícias”, e não nos anúncios. Foi assim que inventou o famoso press release. Coube-lhe também criar “eventos”, que se tornariam notícias. Patrocinou uma parada em Nova Iorque na qual, pela primeira vez, mulheres eram vistas fumando. Contratou dezenas de jovens bonitas, que desfilaram com suas longas piteiras – e abriu o mercado do cigarro para o consumo feminino. Dele também foi a idéia de que, no cinema, o cigarro tivesse, como teve, presença permanente – e criou a “merchandising”. É provável que ele mesmo nunca tenha fumado – morreu aos 103 anos, em 1995.

A prevalência dos interesses comerciais nos jornais e, em seguida, nos meios eletrônicos, tornou-se comum, depois de Bernays, que se dedicou também à propaganda política. Foi consultor de Woodrow Wilson, na Primeira Guerra Mundial, e de Roosevelt, durante o “New Deal”. É difícil que Goebbels não tivesse conhecido seus trabalhos.

A técnica de manipulação das massas é simples, sobretudo quando se conhecem os mecanismos da mente, os famosos instintos de manada, aos quais também ele e outros teóricos se referem. O “instinto de manada” foi manipulado magistralmente pelos nazistas e, também ali, a serviço do capitalismo. Krupp e Schacht tiveram tanta importância quanto Hitler. Mas, se sem Hitler poderia ter havido o nazismo, o sistema seria impensável sem Goebbels. E Goebbels, ao que tudo indica, valeu-se de Bernays, Le Bon e outros da mesma época e de idéias similares.

A propósito do “instinto de manada” vale a pena lembrar a definição do fascismo por Ortega y Gasset: um rebanho de ovelhas acovardadas, juntas umas às outras pêlo com pêlo, vigiadas por cães e submissas ao cajado do pastor. Essa manipulação das massas é o mais forte instrumento de dominação dos povos pelas oligarquias financeiras. Ela anestesia as pessoas – mediante a alienação – ao invadir a mente de cada uma delas, com os produtos tóxicos do entretenimento dirigido e das comunicações deformadas. É o que ocorre, com a demonização dos imigrantes “extracomunitários” nos países europeus, mas, sobretudo, dos procedentes dos países islâmicos. Acossados pela crise econômica, nada melhor do que encontrar um “bode expiatório”- como foram os judeus para Hitler, depois da derrota na Primeira Guerra - e, desesperadamente, organizar nova cruzada para a definitiva conquista da energia que se encontra sob as areias do Oriente Médio. Se essa conquista se fizer, há outras no horizonte, como a dos metais dos Andes e dos imensos recursos amazônicos. Não nos esqueçamos da “missão divina” de que se atribuía Bush para a invasão do Iraque – aprovada com entusiasmo pelo Congresso.

É preciso envenenar a mente dos homens, como envenenada foi a inteligência do assassino de Oslo – e desmoralizar, tanto quanto possível, as instituições do Estado Democrático – sempre a serviço dos donos do dinheiro. Quem conhece os jornais e as emissoras de televisão de Murdoch sabem que não há melhor exemplo de prática das idéias de Bernays e Goebbels do que a sua imensa empresa.

São esses mesmos instrumentos manipuladores que construíram o Partido Republicano americano e hoje incitam seus membros a impedir a taxação dos ricos para resolver o problema do endividamento do país, trazido pelas guerras, e a exigir os cortes nos gastos sociais, como os da saúde e da educação. Essa mesma manipulação produziu Quisling, o traidor norueguês a serviço de Hitler durante a guerra, e agora partejou o matador de Oslo.
 
O Conversa Afiada publica artigo de Mauro Santayana, extraído do JB online:




segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dona Luzia dá receita para enfrentar a China

Na matéria que a Folha de S. Paulo fez, domingo dia 24 de julho de 2011, sobre o sucesso do pólo de eletrônica de Santa Rita do Sapucaí, uma pequena cidade do interior de Minas Gerais que se tornou um megacentro da indústria eletrônica brasileira, faltou um personagem –e um exemplo – indispensável.

Foi a D. Luzia.

Foi com ela que começou a história que faz a cidade ter hoje 142 empresas do setor que, juntas, vão faturar R$ 1,9 bilhão neste ano, 27% a mais que em 2010, e que, segundo a matéria da Folha, conseguiu “driblar” a concorrência dos chineses.

Dona Luzia Moreira da Costa, conhecida como Sinhá Moreira por conta da família aristocrática de onde vinha – a do ex-presidente Delfim Moreira – não era engenheira, muito menos especialista em eletrônica. Era jovem de família rica, que pôde estudar, mas que não tinha razão para ter outros pensamentos senão o de seguir a tradição agrária e atrasada da região.

Mas, como casou com um diplomata e correu mundo – México, Europa e Japão – começou a entender que o futuro estava no conhecimento.

E, com a ajuda de engenheiros do Instituto Tecnológico da Aeronáutica e de padres jesuítas, botou do seu próprio dinheiro e criou uma Escola Técnica de Eletrônica em Santa Rita do Sapucaí. Lá, no interiorzão, onde mal chegava a luz elétrica.

E os alunos e professores da escola, quase sem ter o que fazer com o conhecimento, resolveram fazer o que sabiam fazer: produzir conhecimento.

E Santa Rita virou, nos anos 70, uma cidade de jovens estudantes, dedicados a “inventar” geringonças aparentemente sem sentido ou com sentido aparentemente sem futuro. Cantorias na madrugada, bebedeiras juvenis, tudo o que marcou aqueles tempos e sempre marca os tempos de juventude.

E a garotada de há 30 , 40 anos – e seus sucessores, mais jovens – são os empreendedores que, hoje, como diz a Folha, driblaram os chineses. Com inteligência, ousadia e investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, dez vezes maiores do que a média nacional.

Faltou um personagem na história do jornal, como faltam D. Luzias no Brasil.

As nossas empresas, com todas as suas coloridas páginas de “Balanço Social”, onde desfilam para o marketing institucional a sua “responsabilidade social” não chegam aos chinelos de D. Luiza.

Mas reclamam da falta de trabalhadores especializados e qualificados.

D. Luzia diria a eles: “uai, e porque então vocês não educam?”

Por: Juan Pessoa

http://blogprojetonacional.com.br/dona-luzia-da-receita-para-enfrentar-a-china/