domingo, 30 de junho de 2013

Protestos não são feitos pelos mais pobres, diz Ipea.

O presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcelo Neri, apresentou nesta quinta-feira dados sobre a redução da desigualdade e aumento da renda e afirmou que os protestos no país não estão sendo realizados pelos mais pobres, que foram os mais beneficiados por essas mudanças.

“Pessoas que estão no lado belga da ‘Belíndia’ talvez tenham razões para não estarem satisfeitas”, afirmou em entrevista coletiva no Rio.

protesto brasil classe média
Protestos também foram realizados  nos estádios (Foto: Divulgação)
A expressão ‘Belíndia’, criada pelo economista Edmar Bacha, buscar definir as desigualdades do Brasil, que mistura a riqueza da Bélgica e a miséria da Índia.

Questionado sobre se são os mais ricos que estão nas ruas, respondeu: “Não diria os mais ricos, mas certamente não [são] os mais pobres.”

Neri disse que a renda dos 10% mais pobres no país cresceu 550% mais rápido do que a dos 10% mais ricos, e que a redução da desigualdade no Brasil reduziu de maneira “muito forte” nos últimos 12 anos. “Talvez as pessoas que estejam mais no topo da distribuição, e que tiveram menores crescimentos de renda, olhem para o lado e falem: olha, quero ter crescimento mais alto.”

O presidente do Ipea também afirmou que as manifestações no país surgiram de uma forma diferente da que ocorrem em outros lugares do mundo, no que chamou de “uma receita brasileira”.

Normalmente protesto surge como aconteceu em Wall Street [referindo-se ao Occuppy Wall Street], que foi contra a desigualdade e o desemprego

O fato é que a desigualdade no Brasil está caindo e a economia encontra-se próxima ao pleno emprego. Então o protesto é de natureza diferente.”

Neri afirmou também que os brasileiros têm o maior índice de felicidade futura (projeção do que espera em cinco anos), segundo um levantamento feito em 160 países.

Para ele, uma alta expectativa em relação ao futuro pode trazer frustração.

Sobre o mercado de trabalho, afirmou que há sinais de gargalo.

Segundo ele, o aumento da renda atualmente tem ocorrido muito mais pelo aumento dos salários do que por causa da elevação da ocupação, o que ocorreria se houvesse mais pessoas entrando no mercado de trabalho.

“Isso pode ser um sinal de pleno emprego, que é um problema, mas é menos preocupante do que o desemprego.”

Agência Brasil

Brasil desenvolve tecnologia inédita com fibra de carbono.

Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil.
 
Crédito. Foto agenciabrasil.ebc
Rio de Janeiro - O Brasil desenvolveu uma tecnologia inédita com fibra de carbono, mais barata e tão resistente quanto às comercializadas no mercado internacional. 

A pesquisa foi desenvolvida pelo Exército Brasileiro, em parceria com a Petrobras, e usa o piche de petróleo para a criação do material. 

Muito usada na indústria da aeronáutica e automobilística a fibra de carbono diminui o peso dos materiais sem perder a resistência.

A fibra de carbono de piche já é produzida comercialmente no Japão e nos EUA, porém com piche de alcatrão ou sintético (substâncias químicas puras), e com o preço de comercialização variando entre US$ 50 e US$ 1 mil o quilo. O alto custo faz com que o material, que substitui sobretudo o aço e alumínio, seja mais usado em carros de Fórmula-1, veículos de luxo, em aviões e foguetes.

De acordo com o gerente do Projeto Carbono do Núcleo de Competência para o Desenvolvimento de Tecnologia de Carbono (NCDTC) do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), Major Alexandre Taschetto, a vantagem da invenção brasileira é que os derivados do petróleo ou “fundo do barril de petróleo” não têm mercado significativo, o que ajuda a baratear a fibra de carbono brasileira e viabilizar o uso em larga escala. 

“Avaliamos que a fibra de carbono de piche de petróleo brasileira pode custar entre US$ 10 a US$ 15 por quilo. A indústria automobilística avalia que se o custo da fibra estiver abaixo de US$15 por quilo já compensa substituir o aço por fibra em maiores quantidades”, explicou o major ao salientar que carros com peças de fibra de carbono têm mais eficiência energética e emitem menos poluentes que os carros com peças de aço.

Taschetto explicou ainda que, para o Exército, a nova tecnologia também é muito útil na fabricação de materiais mais leves para os soldados, “desde equipamentos individuais como capacete, armamento leve, como pistola e fuzil, até armamento pesado, como metralhadora, morteiro, além de peças para viaturas mais leves”.

A produção em escala industrial do material ainda está em estudo na Petrobas. O produto produzido em escala semi-industrial será apresentado no Congresso Mundial de Pesquisadores da Área de Carbono (Carbon 2013), entre os dias 15 e 19 de julho, no Rio de Janeiro e pela primeira vez na América do Sul. As fibras de carbono estão presentes em vários produtos como nas bicicletas, nos celulares e laptops.

Edição: Talita Cavalcante   
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Link desta matéria:  http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-06-29/brasil-desenvolve-tecnologia-inedita-com-fibra-de-carbono

sábado, 29 de junho de 2013

Brasil - População pode apresentar projetos de lei em ferramenta do portal e-Cidadania.

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil.

Brasília - As manifestações das últimas semanas em todo o país têm levado as autoridades a buscar formas de ampliar a interação com a sociedade na formulação de leis e políticas públicas, aumentando a participação popular nas decisões do país. 

O governo federal, por exemplo, quer fazer plebiscito para definir uma reforma política. Nesse contexto, um instrumento criado na página do Senado na internet pode ser a ponte entre as demandas da população e novas legislações.

O portal e-Cidadania, que fica hospedado dentro da página do Senado na internet, traz uma ferramenta para que qualquer cidadão possa sugerir projetos de leis. 

Dentro do portal, a pessoa preenche um formulário em que apresenta a proposta legislativa em quatro passos, com espaço para a exposição da proposta de maneira sucinta e depois detalhada. Além disso, também há espaço para explicar o problema que seria solucionado com a sugestão.

Depois de preenchido e enviado o formulário, a ideia legislativa passa por uma avaliação da equipe técnica do Senado. São analisados critérios como adequação aos termos de uso do portal e-Cidadania, existência de proposições semelhantes em tramitação na Casa, compatibilidade com as cláusulas pétreas da Constituição e se ela não escapa às competências do Poder Legislativo.

Caso atenda a todos os critérios e não contenha erros impossíveis de serem sanados, a proposta segue para a página do portal e-Cidadania. Lá, ela ficará disponível publicamente para receber apoio de outras pessoas. 

É necessário que pelo menos 20 mil pessoas concordem com a proposta para que ela seja encaminhada para virar projeto de lei. O prazo para receber apoio é de quatro meses.

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Credito Foto: http://www.alejandrobarros.com

Atualmente, projetos que propõem fim de benefícios a ex- parlamentares e aumento do abono de permanência do servidor público para 30% aguardam apoio da população.

Caso alcance a meta, a proposta é repassada para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. 

Os senadores que compõem a comissão ficarão responsáveis por transformá-la em projeto de lei ou proposta de emenda à Constituição (PEC) e iniciar a tramitação da matéria. 

A proposição passará por esta e outras comissões permanentes da Casa, além do plenário se for o caso, e será submetida a votações que podem resultar na aprovação ou rejeição, como ocorre com qualquer outra.

As matérias que não recebem 20 mil apoios em quatro meses são retiradas do portal. É solicitado ao cidadão que, antes de apresentar a proposição, cheque as que já estão disponíveis para evitar a repetição de assuntos. 

Duas propostas com temas iguais ou muito próximos podem diluir a coleta de apoios e resultar no insucesso de ambas. 

Para mais detalhes sobre como apresentar propostas legislativas segue o link: http://www12.senado.gov.br/ecidadania/comofuncionaideia.

Edição: Davi Oliveira
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Cura gay: autor de projeto diz que esperava ser aplaudido por homossexuais. Você acredita???

Autor do projeto que legaliza a “cura gay”, deputado João Campos (PSDB-GO) diz que esperava aplausos de homossexuais.


deputado joão campos cura gay
Autor do projeto da ‘cura gay’, dep. João Campos (PSDB-GO) em oração durante sessão de comissão no Congresso Nacional (Foto: Ag. Câmara).

O autor do projeto apelidado de “cura gay”, deputado federal João Campos (PSDB-GO), afirmou que a proposta não pode ser chamada de cura porque seu propósito é oferecer igualdade perante a lei.


Campos disse ainda que achava que a comunidade homossexual apoiaria sua iniciativa: “Até pensei, quando apresentei esse projeto, que teríamos os aplausos inclusive dos ativistas do segmento LGBT. Porque nesse projeto, uma das finalidades é a gente resgatar a premissa inicial do artigo 5º da Constituição, de que todos são iguais perante a Lei. 

E essa resolução do Conselho Federal de Psicologia ofende esse princípio na medida em que discrimina o homossexual e não dá o mesmo tratamento ao heterossexual”, afirmou o deputado, segundo informações da coluna Poder Online.



“Estranhamente [os ativistas LGBT] se colocaram contra”, lamenta o deputado. O texto do Projeto de Decreto da Câmara (PDC) 234 propõe derrubar a resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que proíbe psicólogos de atenderem homossexuais que busquem ajuda profissional para mudar sua orientação sexual. 

“No PDC 234 defendo a autonomia do profissional de psicologia. A resolução do CPF ofende o inc. XIII do artigo 5º da CF [Constituição Federal]”, diz João Campos, que faz parte da bancada evangélica na Câmara dos Deputados.


Os artigos 3 e 4 da resolução nº 1/1999 do CFP dizem textualmente que os profissionais não podem propor “tratamento e cura das homossexualidades”.



Tragédia - Queda de torre mata dois trabalhadores no Coroadinho, em São Luís.

Fotos Créditos - Coroadinho Geral.
Um acidente fatal marcou a tarde desta sexta-feira (28) no bairro do Coroadinho, em São Luís. 

Dois homens que faziam a manutenção no alto de uma torre, no Coroadinho, caíram de uma altura de aproximadamente 30 metros. 

Eles caíram no asfalto e morreram na hora.
Segundo informações de populares, o acidente fatal ocorreu na Rua Nova, localizada trás do Comercial Mendes e próximo à casa de 'Seu Léo', na Vila Conceição. 

Neste momento, o SAMU está no local e é grande a movimentação de curiosos. 

A população, sem saber realmente o que teria provocado a queda da torre, aguarda aflita a remoção dos corpos.

Fotos Créditos - Coroadinho Geral.
Ainda de acordo com os primeiros relatos, as vítimas, que ainda não tiveram os nomes divulgados, seriam dois funcionários de uma empresa de internet que trabalhavam no alto da estrutura, que, ao que tudo indica, não teria suportado ao peso dos homens e dos materiais, vindo abaixo com os trabalhadores e provocando a fatalidade.

Informações do Coroadinho Geral.

Link desta matéria:
http://gilbertolimajornalista.blogspot.com.br/2013/06/queda-de-torre-mata-dois-trabalhadores.html

Imperatriz. Justiça rescinde contrato de Empresa de transporte coletivo com a Prefeitura e dá 10 dias para o gestor municipal contratar em caráter emergencial uma nova empresa.

A Excelentíssima Juíza da Vara da Fazenda Pública de Imperatriz, Doutora ANA LUCRÉCIA SODRÉ REIS, acaba de acatar pedido de liminar da Promotoria do Consumidor para suspender a execução do contrato de concessão da empresa VBL, declarando a empresa inidônea para participar de qualquer licitação, e determinar ao Município de Imperatriz que, em 10 dias, contrate precariamente outra empresa e instaure processo licitatório para escolha da nova substituta.

DECISÃO DA VBL NA ÍNTEGRA Afirma a Juíza Ana Lucrécia: “… É por condutas e práticas como a da empresa VBL que a população brasileira foi às ruas e manifestou toda sua indignação, cansada de ser massacrada por serviços públicos de péssima qualidade, prestados diretamente pelas administrações ou pelos seus concessionários. 
Deste modo, nos termos do art. 273 do CPC, antecipo os efeitos da tutela pleiteada, para:
a)com fulcro no art. 798 do CPC, SUSPENDER A EXECUÇÃO DO CONTRATO N.º 162/2008 DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE COLETIVO, em razão do inadimplemento contratual por parte da Viação Branca do Leste.

b)declarar a inidoneidade das empresas VBL e TCI para participarem de qualquer certame licitatório.

c) Determinar ao Município de Imperatriz que contrate, no prazo de 10 dias, precariamente, empresa de transporte coletivo para atender a necessidade temporária e excepcional, em razão da suspensão do contrato com a VBL, bem como que instaure, no prazo de 10 dias, processo licitatório para escolha de nova prestadora de serviços de transporte coletivo urbano, sob pena de multa diária, que arbitro em R$ 100.000,00.
Após, citem-se os requeridos, no prazo de lei, para contestarem os termos da presente ação, com observância do art. 285 e 319 do CPC. Intimem-se. Cumpra-se, servindo-se esta de MANDADO. Imperatriz/MA, 27 de junho de 2013. ANA LUCRÉCIA BEZERRA SODRÉ REIS Juíza de Direito Portaria-CGJ n.º 1853 - 2013.

Deputado Zé Carlos do PT. Sem demagogia e com coerência, surge uma voz em favor dos policiais

Deputado estadual Zé Carlos
Deputado estadual Zé Carlos.
Sem precisar ser demagogo ou tentar tirar dividendos de uma manifestação autentica da população, o deputado estadual Zé Carlos (PT) foi a Tribuna da Assembleia e falou em defesa dos policiais que estão sendo agredidos nas ruas por marginais durante as manifestações.


Zé Carlos foi o primeiro parlamentar a sair em defesa dos policiais, pois anteriormente os demais deputados usaram apenas de demagogia e fazendo média com a população ainda tiveram a coragem de criticar os policiais por estarem utilizando força excessiva nas manifestações.


Curiosamente foram os mesmos deputados que no momento da greve dos militares, também para tirarem dividendos políticos, demagogicamente defendiam a classe. Sem precisar ser demagogo, Zé Carlos apenas retratou os fatos reais que infelizmente estão acontecendo durante as manifestações.


“Quero dar minha palavra de apoio a Polícia Militar. Polícia Militar que no Estado do Maranhão tem a pior relação entre policial e comunidade. Uma Polícia Militar que está ficando esgotada, porque esse movimento legítimo, como todos nós sabemos, é um movimento que está permeado, incrustado de bandidos, malfeitores, arruaceiros, criminosos que se utilizam dessa manifestação legítima para causar tumulto, roubo, depredação ao patrimônio privado e ao patrimônio público. 

E causa com isso, e por conta disso, problemas de conflitos com os militares”, afirmou.


O parlamentar também confirmou o que o Blog já havia dito anteriormente (reveja), que vários policiais tem saído ferido desses confrontos. “Tem policial com dedo decepado que estará impossibilitado de trabalhar mais, por conta de uma tijolada que foi jogada no seu rosto. Tem dezenas de policiais com cortes com mais de cinco ou seis pontos na cabeça. E quem fez isso não foram os manifestantes que realmente reivindicam um Brasil melhor, um Maranhão melhor, foram os criminosos, os arruaceiros que estão incrustados. 

Os policiais estão sendo agredidos e isso tem que ser dito claramente. Na manifestação de quarta-feira na Assembleia dois policiais foram agredidos e não fizeram um movimento sequer de retaliação contra as agressões. Temos hoje policiais trabalhando com o braço contundido pelas agressões que foram sofridas”, declarou.


Por fim o deputado Zé Carlos, apesar de ser favorável as manifestações, declarou que é o momento de se repensar. “Tudo tem começo, meio e fim, tem hora de parar, é hora de pensarmos como isso pode parar, porque a polícia não aguenta mais, a comunidade civil não aguenta mais, e eu tenho certeza que os reais manifestantes também estão preocupados com esses criminosos que se utilizam dessa manifestação para depredar e causar mal a sociedade maranhense, e a sociedade brasileira”, finalizou.


O Blog parabeniza o deputado pela coerência e pela coragem de falar a verdade, sem ser demagogo e tirar dividendo políticos de uma manifestação autêntica do povo brasileiro.