quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Desgoverno mundial totalitário .


Dívida pública pelo mundo em 2011 (Clique na imagem para visualizar)
[*] Adriano Benayon - 14.08.2013
01. Estamos diante de mudança qualitativa na situação mundial, tanto no plano econômico como no político.
02. Depressão, desemprego crescente, concentração e financeirização absurdamente elevadas - incompatíveis sequer com o pouco que restava do estado de direito - têm levado ao Estado totalitário, cujas instituições aplicam meios e armas tecnológicas, nunca dantes vistas, para desinformar, espionar e reprimir as pessoas.
03. Poucos países, como Rússia, China e Irã, não se comportam como capachos do império anglo americano, sofrendo, por isso, pressões militares, políticas e constante campanha denigridora, apesar de com ele colaborarem em muitos terrenos e questões (1). Nem esses se desvencilharam plenamente da oligarquia financeira anglo americana, absoluta em numerosas nações subjugadas, de todos os continentes.
04. Isso, inclusive porque o império logra manter seu sistema financeiro fraudulento, inclusive o dólar e o euro no grosso das transações mundiais e constituindo mais de 90% das reservas de divisas (só o dólar, mais de 60%).
05. Sem a ameaça do poder militar e sem as incríveis manipulações nos “mercados financeiros” pelos bancos da oligarquia, o dólar teria, de há muito, perdido toda credibilidade.

06.
Essa moeda é emitida em quantidades colossais, mais de vinte trilhões tendo sido passados aos bancos da oligarquia financeira angloamericana e a alguns europeus a ela vinculados, para livrá-los do colapso criado por esses próprios bancos, com a orgia dos derivativos.
07. A injeção de dinheiro no sistema financeiro oligárquico, por parte dos tesouros nacionais e dos bancos centrais, através da criação de moeda, levou os tesouros a se superendividar, e os bancos centrais a exceder os limites toleráveis de emissões.
08. Por isso, não haverá como usar o mesmo “remédio” no próximo colapso, que terá consequências ainda piores que as do anterior, de 2007/2008, inclusive, como já aconteceu em Chipre, o confisco de haveres dos depositantes.

09.
Desde o anterior, com as empresas produtivas e as pessoas em dificuldades, os bancos quase não emprestaram aos que produzem, e geraram a bolha do dólar e as dos mercados de títulos e de ações.
10. De fato, os governos títeres fizeram o contrário do que recomenda a ciência econômica não pautada pela submissão ideológica à oligarquia: deixar falir os grandes bancos e aplicar recursos financeiros na produção em bases saudáveis, desmontando carteis e oligopólios e fomentando pequenas e médias empresas, bem como fortalecendo as estatais e investindo na infra-estrutura.
11. O montante dos derivativos não registrados em bolsas (over the counter), que havia ultrapassado 600 trilhões de dólares no auge da “crise” em 2008, voltou a fazê-lo em 2011 (dados do Bank for International Settlements – BIS).
12. Grande, se não a maior, parte dos derivativos revelou-se podre, por serem pacotes de obrigações securitizadas, em cuja base estavam instrumentos de crédito-débito sem condições de serem adimplidos.

13.
Os vultosos prejuízos resultantes desencadearam o colapso e deveriam ter causado a falência dos grandes bancos, cujos controladores, executivos e acionistas haviam obtido ganhos bilionários com as fraudes.
14. A sequela do colapso financeiro foi a depressão e o desemprego nos EUA, Inglaterra, Japão e na quase totalidade da Europa, com reflexos em todo o Mundo.

15.
Aí entra a desinformação. Nos EUA, os órgãos oficiais falseiam as estatísticas de diversas formas, inclusive superestimando a produção, ao aplicar aos preços deflatores muito inferiores à inflação verdadeira, e subestimando o desemprego.
16. Mas as pessoas sentem a deterioração de suas condições de vida e protestam. Diante disso, a oligarquia recorre à repressão policial, reforçando cada vez mais a natureza totalitária do poder público que controla. É o inelutável reverso político da medalha econômica e social.
17. O Estado policial, a serviço da oligarquia, já estava consolidado antes da implosão das Torres Gêmeas, em Nova York, e do míssil disparado conta o Pentágono, em Washington, em 11.09.2001, pois praticar um golpe dessa magnitude, conseguir ocultá-lo na “investigação”, reprimir os que demonstraram a verdade e impor à mídia a difusão da mentira oficial, são façanhas só possíveis sob instituições totalitárias.

18.
Esse golpe - vale recordar – foi perpetrado para aterrorizar a população, obter do Congresso mais leis repressoras e “justificar” ações de guerra de grande envergadura, no Oriente Próximo e no Norte e Leste da África, no Afeganistão, Iraque, Líbia, e mais recentemente Síria.
19. Muita gente imagina que a oligarquia não tem como evitar a depressão e crê que ela não entende como a política econômica a poderia suprimir.
20. Entretanto, a recorrência das depressões e a continuidade das guerras demonstram que elas não são catástrofes naturais, mas, sim, deliberadamente cultivadas, além de consequência da concentração extrema do poder econômico, causada pelas políticas públicas comandadas pela oligarquia.

21.
A oligarquia tem por objetivo central aprofundar e tornar absoluto seu poder econômico e político. Para isso, nada melhor que tornar pobre a grande maioria dos razoavelmente prósperos e a totalidade dos trabalhadores, que, em situação de vida menos desfavorável, contariam com recursos financeiros e tempo para organizar-se e resistir à concentração do poder e aos desmandos da repressão totalitária.
22. Um exemplo disso ocorre com os brasileiros, que, se empregados, têm de desperdiçar cinco horas diárias estressando-se no trânsito. Além disso, o lazer é arruinado pela anticultura, e pela promoção de vícios e pela destruição de valores inculcadas pelos meios de comunicação e de entretenimento.
23. Os moderníssimos e cada vez mais poderosos instrumentos da eletrônica e da informática são intensamente empregados a serviço disso, como também da espionagem industrial e a repressiva, causando danos às economias nacionais e à privacidade e à segurança de cada indivíduo.
24. O Brasil, transformado em zona passiva da exploração e da opressão imperiais, tem o “privilégio” de votar na urna eletrônica menos confiável do Mundo, e agora seus eleitores vão ser submetidos pela “Justiça” ao cadastramento biométrico, ficando, assim, expostos a mais abusos contra seus direitos.

25.
Por mais absurdo que pareça às mentes sadias, infere-se o objetivo de dizimar a população mundial, por parte da oligarquia instituidora da “nova ordem mundial”. Basta, para isso, ver o que ocorre, há decênios.
26. Percebe-se mais um “sentido” da depressão econômica: favorecer o aumento da subnutrição, da má nutrição e das doenças, inclusive através do estresse, fonte da intoxicação endógena e da perda da imunidade.
27. O fomento das doenças, além de fonte de lucros das indústrias da “saúde”, faz “controle demográfico”, complementando o controle da natalidade. Para tanto, estão aí os transgênicos, agrotóxicos, o lançamento de rastros químicos por aviões, a gigantesca poluição de produtos como petróleo e seus derivados, carvão, xisto, os da indústria química e n outros.
28. Na mesma direção, refrigerantes, fumo, drogas, antibióticos, quimioterapia, radioterapia e os hormônios, inclusive administrados ao gado e aves. Ademais, a medicina orientada pelos interesses financeiros da indústria farmacêutica e da de equipamentos médicos.

(1)
O caso emblemático do analista Snowden provocou a fúria dos agentes imperiais, tendo o presidente Putin agido com exemplar firmeza, ao lhe conceder asilo, em contraste com a atitude dúbia da China, que rapidamente o despachou para a Rússia.

[*] Adriano Benayon - Consultor em finanças e em biomassa. Doutor em Economia, pela Universidade de Hamburgo, Bacharel em Direito, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Diplomado no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, Itamaraty. Diplomata de carreira, postos na Holanda, Paraguai, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos e México. Delegado do Brasil em reuniões multilaterais nas áreas econômica e tecnológica. Depois, Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na área de economia. Professor da Universidade de Brasília (Empresas Multinacionais; Sistema Financeiro Internacional; Estado e Desenvolvimento no Brasil). Autor de Globalização versus Desenvolvimento, 2ª ed. Editora Escrituras, São Paulo.

Em São Paulo, de 25 a 31 de Agosto: 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres.

Clique aqui para baixar a programação do evento.
Brasil se prepara para receber o 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que acontece de 25 a 31 de agosto, em São Paulo.

Por: Marcha Mundial das Mulheres
Entre os dias 25 e 31 de agosto de 2013, o Brasil sedia pela primeira vez um Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres.

O Encontro vai reunir ativistas feministas dos cinco continentes do mundo e de 18 estados do Brasil. São esperadas 1600 mulheres para participar durante todos os dias do Encontro, que acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Após uma intensa semana de debates, oficinas e atividades culturais, as mulheres realizam uma grande mobilização nas ruas da capital paulista, no dia 31 de agosto.

Com o tema “Feminismo em marcha para mudar o mundo”, o evento pretende expressar a contribuição da Marcha Mundial das Mulheres para o feminismo brasileiro através tanto da teoria quanto da prática.

A programação conta com uma série de debates, oficinas e palestras que têm como objetivo discutir quais os desafios e as propostas das mulheres frente às atuais ofensivas conservadoras.
 Programação
A Marcha Mundial das Mulheres, em conjunto com diversas organizações aliadas, faz parte de um movimento mundial de resistência ao sistema capitalista, colonialista e patriarcal, e de construção de propostas alternativas fundamentadas na autonomia e na autodeterminação das mulheres e dos povos.

Combate ao machismo, ao racismo e à lesbofobia, autonomia sobre o corpo e auto-organização das mulheres serão temas debatidos no Encontro. Outros eixos centrais da Marcha também vão estar presentes, tais como aliança com movimentos sociais anti-capitalistas e solidariedade internacional.

Na programação, estão previstas atividades de intercâmbio e formação política e cultural, como os debates: “Histórico do movimento feminista na América Latina”, com a participação de Sandra Morán (Guatemala), Nalu Faria (Brasil), Sonia Alvarez (EUA); “Acumulação por despossessão – ofensiva do capital sobre trabalho, corpo e territórios”, com Helena Hirata (França), Ariel Salleh (Austrália), Malalai Joya (Afeganistão); e “A construção de alternativas feministas”, com Basma Khalfaoui (Tunisia) e Gina Gonzalez (Cuba).

Além dos debates teóricos, serão utilizadas outras linguagens, como a realização de uma exposição sobre o histórico da Marcha e do feminismo pelo mundo.

Durante todo o Encontro, serão realizadas ainda uma Mostra de Economia Solidária e Feminista, que pretende não apenas dar visibilidade às mulheres como atrizes da economia, mas também contribuir com a criação de alternativas concretas frente ao atual modelo econômico.

A programação conta ainda com shows, oficinas e atividades culturais, como uma exposição fotográfica que pretende resgatar a história da Marcha Mundial das Mulheres. A exposição será realizada na Galeria Olido, no Centro, com entrada aberta ao público.

No dia 31, está prevista uma Assembleia para compartilhar análises e decisões. O evento se encerra com uma grande mobilização, que espera reunir 10 mil mulheres nas ruas de São Paulo.

As interessadas em participar do Encontro devem procurar os comitês organizados da Marcha Mundial das Mulheres em cada estado ou entrar em contato através do e-mail marchamulheres@sof.org.br.
O credenciamento de imprensa deve ser feito através do formulário online: http://migre.me/fNMEH
Para mais informações, consulte os sites: Marcha Mundial das Mulheres ou Marcha das Mulheres
Link desta matéria: http://mariafro.com/2013/08/20/em-sao-paulo-de-25-a-31-de-agosto-9o-encontro-internacional-da-marcha-mundial-das-mulheres/

Justiça pede investigação sobre Rede de Marina.

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Foto - Brasil 247.
Quatro cartórios no Estado de São Paulo identificaram indícios de fraude em assinaturas coletadas pelo partido da ex-senadora. 

Ministério Público e Polícia Federal foram acionados para fazer exame grafotécnico na lista de apoiadores apresentada para registro no TSE. Candidata que aparece em segundo lugar nas pesquisas de 2014 alega que problema se deve a falta de parâmetros dos cartórios na certificação.

21 de Agosto de 2013 às 05:12

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ciberguerrilheiro que prepara protesto contra Dilma seria funcionário fantasma da ALPR.

Crédito:Reprodução.
Um ciberguerrilheiro tucano, denominado “Ary Kara” seria funcionário fantasma de Valdir Rossoni, presidente do PSDB e da Assembleia Legislativa do Paraná; segundo reportagem de Carta Capital. Seria ele o internauta à frente da organização de uma manifestação contra a presidente Dilma Rousseff, no Dia 7 de Setembro, a “Operação Sete de Setembro”, em alusão ao Dia da Independência. 

Ari Cristiano Nogueira, cujo apelido nas redes sociais da internet é Ary Kara, é investigado por promotores estaduais por supostamente ser funcionário fantasma no gabinete do deputado Rossoni.

A seguir, a íntegra da matéria:

O Desfile Golpista

Por Andre Barrocal, na CartaCapital - As manifestações de junho começaram com a defesa do transporte público gratuito e de qualidade por militantes do Movimento Passe Livre (MPL), mas depois tomaram rumos novos e uma proporção inesperada. Aglutinados pelas redes sociais, milhares de jovens foram às ruas contra “tudo isso que está aí”, sobretudo os partidos políticos. Nas mesmas redes sociais há quem tente articular outra explosão de protestos, agora no Dia da Independência. Não se sabe se o plano vai funcionar, mas uma coisa é certa: ao contrário dos acontecimentos de junho, o movimento nada tem de apartidário.

O alvo da “Operação Sete de Setembro” é a presidenta Dilma. O caráter político-ideológico da “operação” fica claro quando se identificam alguns de seus fomentadores pela internet. Entre os mais ativos consta uma ONG simpatizante de uma conhecida família de extrema-direita do Rio de Janeiro, os Bolsonaro. E um personagem ligado ao presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB paranaenses, Valdir Rossoni.

É uma patota e tanto. Envolvidos em algumas denúncias de corrupção, não surpreenderia se eles mesmos virassem alvo de protestos.

A ONG em questão é a Brazil No Corrupt-Mãos Limpas, sediada no Rio. Seus principais integrantes são dois bacharéis em Direito, Ricardo Pinto da Fonseca e seu filho, Fábio Pinto da Fonseca. Há cinco eles brigam nos tribunais contra a OAB na tentativa de acabar com a exigência de uma prova para obter o registro de advogado. Os dois foram reprovados no exame da OAB. Em sua página na internet e no Twitter, a ONG promove a “Operação Sete de Setembro” e a campanha Eu Não Voto em Dilma: Eleição 2014, Brasil sem PT.

Um dos principais parceiros da entidade nas redes sociais é o deputado estadual fluminense Flávio Bolsonaro, do PP. Pelo Twitter, ele compartilha informações, opiniões e iniciativas da ONG. A dobradinha extrapola o mundo virtual. Bolsonaro comanda na Assembleia do Rio uma frente para acabar com a prova da OAB. Em Brasília, a ONG conseguiu um neoaliado, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que encampou a idéia de extinguir o exame.

Filho do deputado federal Jair Bolsonaro, Flávio tem as mesmas posições do pai, célebre representante da extrema-direita nacional. Os Bolsonaro são contra o casamento gay, as cotas raciais nas universidades e os índios. Defendem a pena de morte e a tortura. Chamam Dilma de “terrorista” por ter ela enfrentado a ditadura da qual eles sentem saudade.

“Naquele tempo havia segurança, saúde, educação de qualidade, havia respeito. Hoje em dia, a pessoa só tem o direito de quê? De votar. E ainda vota mal”, declarou o Bolsonaro mais jovem não faz muito tempo.

A ONG adota posturas parecidas com aquela dos parlamentares. Em sua página na internet, um vídeo batiza de “comissão da veadagem” alguns dos críticos da indicação do pastor Marco Feliciano para o comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Divulga ainda um vídeo de teor racista contra nordestinos, no qual o potencial candidato do PT ao governo do Rio, o senador Lindbergh Farias, nascido na Paraíba, é chamado de… “paraibano”.

A agressividade no trato com os semelhantes custou aos Fonseca uma denúncia à Justiça elaborada pelo Ministério Público Federal no ano passado. Pai e filho foram acusados de caluniar o juiz federal Fabio Tenenblat. Em 2009 e 2010, ambos entraram na Justiça com duas ações populares contra o exame da OAB e o então presidente da entidade no Rio, Wadih Damous.

A segunda ação parou nas mãos de Tenenblat, que a arquivou em julho de 2011. Na sentença, o juiz acusa os autores de “litigância de má-fé”, pelo fato de manterem outra ação semelhante. “O dolo, a deslealdade processual e a tentativa de ludibriar o Poder Judiciário são evidentes”, anotou.

Na apelação levada ao juiz para tentar reabrir o prazo, os Fonseca e seu advogado, José Felicio Gonçalves e Souza, acusaram Tenenblat de favorecer a OAB “por tráfico de influência ou por desconhecimento”, o que “demonstra claramente sua parcialidade e má-fé como magistrado”.

Em maio de 2012, os três foram denunciados pela procuradora Ana Paula Ribeiro Rodrigues por crime contra a honra. Em novembro, um acordo suspendeu o processo por dois anos. Os acusados foram obrigados a se retratar publicamente, a se apresentar à Justiça de tempos em tempos e a pedir autorização sempre que pretenderem deixar o Rio por mais de 30 dias. Também levaram uma multa. Se descumprirem o acordo, o processo será retomado.

Ari Cristiano Nogueira, outro ativo incentivador nas redes sociais da “Operação Sete de Setembro”, também está na mira do Ministério Público. Morador de Curitiba, é investigado por promotores estaduais por supostamente ser funcionário fantasma do gabinete do deputado Rossoni. Nogueira é um ativo militante na internet sob o pseudônimo Ary Kara.

Por meio do Twitter, foi o primeiro a circular, em meados de julho, a notícia de que Dilma teria recebido na eleição de 2010 uma doação de 510 reais de uma ex-beneficiária do Bolsa Família, chamado por ele de “bolsa preguiça”. Dias depois, a doação, registrada na prestação de contas de Dilma entregue à Justiça eleitoral, virou notícia nos meios de comunicação.

O Ministério doDesenvolvimento Social acionou a doadora, Sebastiana da Mata, para saber se a contribuição era dela mesmo. Ela negou.

Por Twitter e Facebook Nogueira é um dos difusores da convocação para o “maior protesto da história do Brasil”, em 7 de setembro. Sua página no Twitter é ilustrada com o dizer “Partido Anti-Petralha”, forma depreciativa de se referir aos militantes petistas bastante difundida na rede de computadores. No orkut, define-se como “conservador de direita”e manifesta preferência pelo PSDB.

Até junho de 2012, era assessor do presidente do partido no Paraná, como contratado na Assembléia. Deixou o gabinete para trabalhar na campanha à reeleição do então prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, que concluía o mandato herdado em 2010 do atual governador do Paraná, o tucano Beto Richa.

Em 2010, uma série de denúncias levou o MP estadual a abrir um inquérito para apurar uma lista com mais de mil supostos funcionários fantasmas na Assembleia. Nogueira a integrava. Desde então, alguns suspeitos foram denunciados e julgados.

O caso de “Ary Kara” segue em aberto. O promotor Rodrigo Chemim aguarda uma autorização judicial para quebrar o sigilo bancário do investigado. Espera ainda por respostas de empresas de segurança onde Nogueira teria trabalhado, enquanto deveria dar expediente no Parlamento estadual.

Rossoni, antigo patrão de Nogueira, foi investigado pelo Ministério Público por uso de caixa 2 na eleição de 2010, pois parte dos gastos de sua campanha não estava comprovada. Ao julgar o caso em agosto do ano seguinte, o Tribunal Regional Eleitoral reconheceu a existência de despesas de pagamento sem a devida comprovação, mas os valores foram considerados baixos e o deputado acabou absolvido por 4 votos a 2.

Reeleito à presidência da Assembleia, o tucano foi recentemente acusado de receber benefícios de empresas donas de contratos de rodovias privatizadas no Paraná. Durante mais de dois anos, o parlamentar conseguiu barrar a criação de uma CPI do Pedágio no estado. Perdeu, porém, a guerra. A CPI foi instalada no mês passado.
 
Link desta matéria:

Violência - Brasil tem um policial morto a cada 32 horas; 229 policiais morreram até outubro de 2012.



19/08/2013 - Fonte: Rádio Patrulha.
Um policial é assassinado a cada 32 horas no Brasil, revela levantamento feito pela Folha de São Paulo nas secretarias estaduais de Segurança Pública e publicado na quarta-feira, dia 31 de outubro de 2012.

Conforme a reportagem feita por Clara Roman e Valmar Hupsel Filho, os dados oficiais apontam que ao menos 229 policiais civis e militares foram mortos, até outubro de 2012, no País, sendo que a maioria deles, 183 (79%), estava de folga.

Entretanto, este número pode ser ainda maior, uma vez que Rio de Janeiro e Distrito Federal não discriminam as causas das mortes de policiais fora do horário de expediente. 

 O Maranhão não enviou dados.

Em São Paulo o confronto é direto - São Paulo acumula quase a metade das ocorrências, com 98 policiais mortos, sendo 88 PMs. E só 5 deles estavam trabalhando. 

O Estado concentra 31% do efetivo de policiais civis e militares do país, mas responde por 43% das mortes desses profissionais em 2012.

Pará e Bahia aparecem empatados em segundo, cada um com 16 policiais mortos.

A Folha ouviu Camila Dias, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, que alertou sobre o número elevado. 


Apenas para comparação, no ano de 2010 foram assassinados 56 policiais nos EUA.

Conforme Dias, a função desempenhada pelos policiais está relacionada ao alto número de mortes, mas em São Paulo há uma ação orquestrada de grupos criminosos, que leva ao confronto direto com a Polícia Militar. 


Os PMs foram as principais vítimas, no Brasil e em São Paulo: 201, ante 28 civis. 

A pesquisadora da USP lembrou ainda que a maioria dos policiais é morta durante a folga porque está mais vulnerável e a identificação dos atiradores é difícil.

Guaracy Mingardi, ex-subsecretário nacional de Segurança Pública, diz que os dados revelam uma caça a policiais.

Segundo ele, trata-se de um fenômeno recente, concentrado principalmente em São Paulo numa guerra não declarada entre PMs e chefes da facção criminosa PCC.

Cabe à polícia, diz Mingardi, identificar os mandantes e a motivação dos crimes para evitar uma matança após a morte de um policial.

Muitos dos policiais morrem em atividades paralelas à da corporação, no chamado bico. A minha responsabilidade é com o policial em serviço , diz o o secretário de Defesa Social (responsável pela segurança pública) de Pernambuco, Wilsom Sales Damásio, onde morreram 14 policiais neste ano.

Em vários Estados, os policiais reclamam de falta de assistência. Já houve o caso de um policial ameaçado que foi viver na própria associação até achar uma nova casa , afirma Flavio de Oliveira, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Espírito Santo. 

Policiais Federais se unem em protesto com outras polícias nesta terça, dia 20.

Fonte: Sindipol/DF
 
Os Policiais Federais (agentes, escrivães e papiloscopistas) do Distrito Federal participarão de manifestação com policiais civis e agentes penitenciários na manhã desta terça-feira (19), a partir das 10h. 

O protesto acontece em frente ao Ministério da Justiça, na Esplanada dos Ministérios.

Os servidores manifestarão seu descontentamento com políticas de segurança pública inócuas realizadas pelos governos estaduais e federal.  

Será um manifesto de servidores que se unem para melhor servir quem custeia seus salários: a sociedade.

Em greve de 48 horas, os federais buscam alertar a sociedade sobre o descaso do Governo com a PF. 

Na tarde de segunda-feira (20), agentes doarão sangue no hemocentro em um protesto humanitário.

Link desta matéria: http://www.sindipoldf.org.br/noticias/noticias/13025
 

Tragédia em Londrina - Candomblecista e Líder Quilombola, sua mãe e sua neta foram assassinadas.

 
Nota deste Blogueiro:

Candomblécista Yá Mukumby
Esta notícia chega até mim com quase três semanas do ocorrido, mesmo assim o impacto que me causou foi imediato. 

Me questiono, quantos crimes ainda serão perpetrados? Quantas vítimas ainda teremos de sepultar, encharcadas no sangue da intolerância religiosa que só cresce em nosso Brasil. 

Os fanáticos religiosos, estimulados por um governo omisso e por falsos Messias a pregar uma pseudo teologia da prosperidade, esquecem que no Brasil o Estado é laico e a liberdade religiosa nos é assegurado pela nossa Magna Carta. 

É preciso darmos um basta.  Francisco Barros. 

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Segue abaixo a referida matéria e meus sincero votos de pêsames aos familiares destas mártires da causa afrodescendente.
Tragédia em Londrina. Ya Mukumbi, mãe e neta foram assassinadas.



Vilma Santos de Oliveira, a Yá Mukumby, 63 anos, líder do movimento negro em Londrina, no Paraná, foi assassinada na noite deste sábado (03), no Jardim Champagnat, Zona Oeste da cidade. Além de Yá Mukumby foram mortas mais três pessoas, entre as quais, sua mãe, Alial de Oliveira Santos, 86 anos, e uma neta de 10 anos. O crime chocou Londrina, a segunda cidade mais populosa do Paraná. 

Leia artigo abaixo publicado no Blog Mamapress.

Hoje acordei, estava cansado e feliz. Eu ia para o segundo dia da III Conferência da Cultura em Niterói. 800 pessoas estavam reunidas neste final de semana, no tradicional Liceu Nilo Peçanha da minha cidade Niterói.

Estávamos juntos para elaborar um plano de cultura para o município que contemplasse a todos que vivem na cidade. Me encontrei com artistas plásticos, animadoras culturais, professoras, capoeiristas, músicos clássicos e de rua, todo mundo em fim, de todas as raças e religiôes, de culturas e modos de ver a cultura diferentes. A diversidade era total. Não estava feliz só por minha cidade, estava feliz pelo meu país.

Acabo de chegar em casa cansado, e antes de dormir, dou uma checada no meu face e me deparo com a notícia que desaba o meu mundo, levanto da cadeira e sento no sofá, não tenho pernas. Acabo de ler no Afropress que Mãe Yá Mukumby, Candomblecista e líder do Movimento Negro de Londrina, no Paraná, fora assassinada à facadas, junto com a neta e sua mãe de 86 anos.

Yá Mukumby, foi assassinada por uma pessoa enfurecida, vizinhos relatam que os motivos talvez sejam intolerância religiosa, pois segundo relatos que publicou a Afropress, o assassino Diego Ramos Quirino, 30 anos, é evangélico e dizia estar “com o diabo no corpo”.(vejam a matéria completa na Afropress).
londrina assassino
O assassino Diego Ramos Quirino.
Ainda segundo a matéria publicada, ela foi responsável por tornar o Candomblé respeitado em Londrina. “Acho que fiz minha parte, sim. Fui ousada ao encarar o preconceito de frente. Sou macumbeira porque macumba é um ritmo que se dança aos orixás”, costumava dizer.

Nós da Mamapress e toda a rede alternativa de mídia das religiões de matrizes africanas e do movimento negro, vêm a tempos alertando sobre a escalada da intolerância e ódio religioso em nosso país.

Mãe Yá Mukumby, poderia me explicar porque tanto ódio? O que está acontecendo em nosso país que só nós vemos? Povos Negros sendo caçados que nem bichos?

Com minha companheira reflito sobre uma discussão, que aconteceu hoje no final da noite no encontro de cultura que até então havia transcorrido tão bem e sem incidentes, apesar de discussões acaloradas, necessárias e essenciais na área de cultura. 

Uma Mãe de Santo ao defender a construção também de um templo para as religiões de matrizes africanas no “Caminho Oscar Niemeyer”, para que houvesse igualdade com os templos projetados para os católicos e evangélicos naquele caminho da orla de Niterói, um jovem estudante, destilando ódio, gritou se é para isto que se tenha um templo Rastafari para se fumar maconha…

Grupos evangélicos fundamentalistas expressam mais claramente seu racismo e sua intolerãncia religiosa, mas eles estão no meio da sociedade. A sociedade brasileira precisa se encarar, se deseja acabar na raíz este clima de medo e ódio.

*Título original do artigo: Deus dos Céus, que mortalha é essa que se abate sobre o nosso povo, mãe Yá Mukumby?

Fonte: Vermelho

Link desta matéria: http://ujs.org.br/portal/?p=18261