terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ministério da Cultura ministra oficinas para candidatos inscreverem seus projetos culturais para a Copa.

2 de setembro de 2013.

Edital nacional do MinC prevê a contratação de atrações culturais para fomentar e ampliar a programação das cidades-sede durante a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.

 

Nos próximos dias, equipes das Representações Regionais no Ministério da Cultura e vinculadas, junto com diversas organizações sociais e administrações municipais, realizarão oficinas para auxiliar os candidatos ao Concurso Cultura 2014 a participarem da seleção.
Lançado pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, no dia 8 de agosto, em São Paulo, o concurso visa ampliar e fomentar a programação cultural das 12 cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, entre os dias 10 de junho e 15 de julho.

"O Cultura (2014) vai deixar legado de imagem. Quando acabar a Copa, queremos que nossa imagem tenha mudado, tenha sido ampliada. Desejamos que as pessoas conheçam melhor a grandeza e a diversidade da cultura brasileira", afirmou a ministra durante a cerimônia de lançamento.


O Edital Cultura 2014 irá distribuir R$ 18,8 milhões em projetos baseados nos quatro eixos culturais, como audiovisual, manifestações tradicionais, artes e conteúdos criativos. O objetivo do concurso é aproveitar a exposição do país durante a competição internacional, ampliando a presença brasileira em outros patamares além do carnaval, música e futebol.

A iniciativa, com foco nos pequenos e médios realizadores culturais, irá contratar no mínimo 1.200 apresentações culturais para o período da competição (10 de junho a 15 de julho) para, em parceria com os governos estaduais e municipais, reforçar a programação cultural das cidades-sede.


Inscrições abertas - As inscrições estão abertas até o dia 23 de setembro e devem ser feitas pelo sistema SalicWeb. Podem participar pessoa física, coletivo não constituído juridicamente e pessoa jurídica de direito privado, com ou sem fim lucrativo, todos com idade mínima de 18 anos completos até a data de encerramento das inscrições, de natureza brasileira, nato ou naturalizado e residir no Brasil.


Serão avaliadas propostas na área da música, audiovisual, artes visuais, cultura tradicional, literatura, artesanato, patrimônio, dança, circo, teatro, arquitetura, gastronomia, moda e design.

Confira as oficinas já agendadas para o Cultura 2014:


SÃO PAULO (Inscrições e informações: comunicacao.sp@cultura.gov.br)

 
Capital

03/9, às 19h – Bloco do Beco (Rua Bento Barroso Pereira, 02 - Jd. Ibirapuera - Próximo ao ponto final do ônibus linha 6801/10 - Jd. Ibirapuera/Term. João Dias, descer em frente a padaria)

10/9, às 19h - Ministério da Cultura (Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elísios)

 
Rio Claro

05/9, às 19h – Sala de Cinema do Centro Cultural Municipal de Rio Claro "Roberto Palmari" (Rua 2, nº 2880 - Centro (dentro do Espaço do Lago Azul) - Telefone: (19) 3522.8000)

 
Paulínia

09/9, às 18h – Auditório Carlos Tontolli (Av. Prefeito José Lozano Araújo, 1551 - Parque Brasil 500 – Paulínia)

 
Santos

13/9, às 16h – Rua XV de Novembro, 110 – Santos

 

PERNAMBUCO (Informações: nordeste@cultura.gov.br)

 
Serra Talhada

04/9, às 9h - Museu do Cangaço: Vila Ferroviária, s/n – Centro

 

PARAÍBA (Informações: nordeste@cultura.gov.br)

 
Conde

03/9, às 10h - Centro de Criatividade Professor Iveraldo Lucena (Centro)

 
João Pessoa

03/9, às 15h - Auditório da FUNJOPE, Praça Dom Adauto nº 352

 
Rio Tinto

04/9, às 10h - Auditório do Programa Saúde da Família do Conjunto Eduardo Ferreira – Rua Rodrigues de Oliveira, s/n, Centro

 
Campina Grande

05/9, às 10h - Auditório da Secretaria de Cultura de Campina Grande

 
Souza

06/9, às 10h - Auditório do BNB (Rua Cel. José Gomes de Sá, 07, Centro)

 

ALAGOAS (Informações: nordeste@cultura.gov.br)

 
Penedo

03/9, às 14h – Theatro Sete de Setembro (Av. Floriano Peixoto, S/N)

 

PIAUÍ (Informações: nordeste@cultura.gov.br)

 
Teresina

04/9, às 14h – Sala Torquato Neto do Teatro 4 de setembro

 
Paranaíba

05/9, às 15h – Auditório da Universidade Estadual do Piauí

 
Floriano

06/9, às 14h – Auditório da Secretaria de Educação

 

MARANHÃO (Informações: nordeste@cultura.gov.br)

 
São Luís

17/9 – local a confirmar               

 
Imperatriz

18/9 – local a confirmar

 
Barra do Corda

19/9, às 14h - Unidade Integrada Maria Lenir – Bairro INCRA    

 
Balsas

20/9, às 14h - Auditório do Colégio São Pio X – Av. Dom Diogo Parodi, nº 1

 

RIO GRANDE DO SUL (Informações: comunicacaosul@cultura.gov.br)

 
Porto Alegre

05/9 - Sala de Cinema P. F Gastal (Av. Presidente João Goulart 551 / 3º andar Usina do Gasômetro)

 05/9 - Representação Regional Sul (Rua Andre Puente 441/604)

 17/9 - Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Praça da Alfândega, s/n°)

 
Gravataí

04/9 - Teatro do SESC/ Sala Multiuso (Rua Anápio Gomes, 1241)

 
Caçapava do Sul

09/9 - Câmara de Vereadores de Caçapava (Rua Barão de Caçapava, 621)

 
Rio Grande

10/9 - Prefeitura Municipal de Rio Grande / sala Multi Uso (Largo Eng. João Fernandes Moreira s/n)

 
Canela

13/9 - Câmara de Vereadores (Rua da Carlinda, 485)

 

MINAS GERAIS (Informações: divulgacaomg@cultura.gov.br)

 
Sabará

5/9, às 8h – Clube Mundo Velho (Rua Marquês de Sapucaí, 389)

 
Sagarana

6/9, às 9h – Auditório da Prefeitura Comunitária

 
Belo Horizonte

10/9, às 14h –Funarte MG (Rua Januária, 68)

 
São João Del Rei

12/9, às 14h – Academia de Letras de São João Del (Rei na Praça Frei Orlando, 90)

 
Uberaba

16/9, às 14h –Teatro TEU (Rua Padre Zeferino, 998)

 
Araxá

17/9, às 14h – Auditório Fundação Calmon Barreto

 
Montes Claros

19/9, às 14h – Centro Cultural Hermes de Paula

 
Januária

20/9, às 14h – Escola Estadual Olegário Maciel

 

(Texto: Ananda de Figueiredo, SE/MinC)

(Foto na home: Divulgação/Embratur - Dança do Carimbó/Ilha do Marajó)

(Publicado por Ascom/MinC).

Nos dias 11 e 12 de setembro, será realizada a 3ª Conferência Estadual de Cultura do Maranhão “Uma Política de Estado para a Cultura: Atualização do Plano Estadual de Cultura” .

3ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA DO MARANHÃO “Uma Política de Estado para a Cultura: Atualização do Plano Estadual de Cultura”
Foto - Secma.

Por: SECMA.


Apresentação -  Como forma de consolidar o Sistema Estadual de Cultura, e como etapa integrante da 3ª Conferência Nacional de Cultura, o Governo do Estado do Maranhão, através da Secretaria de Estado da Cultura, em conjunto com a sociedade civil organizada realizará a 3ª Conferência Estadual de Cultura, dias 11 e 12 de setembro de 2013, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana e reunirá delegados representantes da sociedade civil e poder público, escolhidos nas Conferências Municipais de Cultura.  

Foi publicado no Diário Oficial do Estado, no dia 12 de julho de 2013, o decreto nº 29.227, de 12 de Julho de 2013, que convoca a 3ª Conferência Estadual de Cultura e homologa o seu Regimento Interno.  

A 3ª CEC tem como tema: "Uma Política de Estado Para a Cultura: Atualização do Plano Estadual de Cultura" que será desdobrado em debates sobre a implementação do Sistema Nacional de Cultura, produção simbólica e diversidade cultural, cidadania e direitos culturais, e sobre Cultura e desenvolvimento econômico, dentre outros. 

Através dos grupos de trabalhos por eixos temáticos serão construídas e consolidadas propostas, que servirão de subsídio para a implementação dos Planos Estadual e Nacional de Cultura. 

Participarão da 3ª CEC delegados municipais, representantes do Ministério da Cultura, do Governo do Estado, convidados e observadores.  

Os municípios deverão encaminhar o relatório final com seus respectivos anexos (decreto, portaria, ata, regimento, lista de frequência, ficha de inscrição e registro de imagens), até 21 de agosto de 2013, para o Comitê Executivo Estadual, através do e-mail: conferencia.estadual@cultura.ma.gov.br.

e também para o Comitê Executivo Nacional através do e-mail: conferencianacional@cultura.gov.br. Informações: (98) 3266-1311/3221-9551/
3221-9552 (Secretaria de Estado da Cultura/Assessoria de Planejamento e Ações Estratégicas – ASPLAN).

Etapa Municipal – até 11 de agosto.

Etapa Regional – 12 de agosto a 10 de setembro;


Etapa Estadual – 11 e 12 de setembro de 2013, São Luís - MA;


Etapa Nacional – 26 a 29 de novembro, Brasília-DF;



ANEXOS:
REGIMENTO INTERNO 3ª
PORTARIA COMISSÃO ORGANIZADORA E COMITÊ EXECUTIVO
TEXTO BASE
MODELO RELATÓRIO
MINC/3ª CNC

Link Original desta Matéria: http://www.cultura.ma.gov.br/portal/sede/index.php?page=noticia_extend&loc=sede&id=506

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Terá o Sol uma irmã gêmea mortífera? Seria uma estrela, anã marrom, chamada Nêmesis?

nêmesis, sol, estrela, anã marrom, espaço
© ru.wikipedia.org/ Anynobody/cc-by-sa 3.0

O Sol é capaz de ter um gêmeo, que faça com ele um sistema estrelar binário. O segundo astro, na opinião dos cientistas, pode ser responsável pela periódica extinção das espécies terrestres.



A história da estrela hipotética iniciou-se em 1984, quando dois paleontologistas de Chicago norte-americana, David Raup e Jack Sepkoski, publicaram um estudo, em que afirmaram que a extinção em massa dos organismos terrestres ocorrem em 26 milhões de anos. 

Foi uma conclusão tirada das análises dos fósseis dos seres marítimos, que abitaram o planeta por 25 milhões de anos. Para os dois especialistas, a periocidade dos eventos dramáticos será condicionada pelos fatores extraterrestres.

Logo depois seguiram publicações, que explicaram a duplicidade do nosso sistema estralar, e indicaram o fato de o Sol dever ser acompanhado por uma anã marrom, chamada Nêmesis, que descreve uma órbita, que se localiza a 1,5 anos-luz do nosso Sol. Os cientistas começaram a procurar pelo gêmeo ruim ainda dentro do sistema solar, embora não pudesse ser encontrado tão perto.

Foi em 2012 que a Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA) norte-americana, publicou um mapa mais profundo e completo, desenhado mediante o telescópio orbital Wise. O relatório da Agência, no momento, abrangeu todas as anãs marrons no alcance de 20 anos-luz. E não houve nenhum que coincida com os parâmetros da alegada Nêmesis.

Entretanto, existem provas recentes da periocidade, em que se extinguiram as espécies, que habitavam a Terra. Mas o período está estimado em 27 milhões de anos, e não em 26. Isso provocou, porém, uma nova onda de atividade dos defensores da teoria, que apontam algumas irregularidades na circulação de Plutão e outros planetas menores mais afastados do Sol. 

Segundo os analistas, as órbitas dos planetas em causa apresentam uma distorção, causada, obviamente, pela gravidade de Nêmesis. Os analista do Instituto da Astronomia da Academia das Ciências da Rússia, Dmitri Vibe, não concorda com o argumento.

"A distorção em causa, podia ter um caráter esporádico. Dantes, o sistema solar poderia ter sido integrante de um sistema binária, ou triplo, ou ainda de um aglomerado estrelar, no qual os estrelas estiveram em próximo contato gravitacional. Quando o aglomerado se desintegrou, as estrelas continuaram a circular no Universo, sozinhos. E o nosso Sol é capaz de ter sido um corpo destes."

Os fluxos de cometas periódicos também podem ser explicados por outros fatores. Como por exemplo o fato de o nosso sistema solar cruzara, por vezes, o centro da nossa galáxia.

Mas ao mesmo tempo, não há provas de que não existe ou não possa existir nenhuma estrela mortífera. É bem capaz de ser revelada por outros estudos escrúpulos do céu estrelado.

domingo, 1 de setembro de 2013

Romulo Avelar - Cultura: Hora de pensar a cadeia produtiva como um todo.

Romulo Avelar.

Que a produção cultural brasileira vem ganhando uma nova dinâmica não é nenhuma novidade. As velhas fórmulas de sucesso levadas à exaustão pelas engrenagens da indústria cultural aos poucos cedem lugar a um modelo mais plural, em que se multiplicam oportunidades e se torna cada vez mais possível a emergência de iniciativas locais. A cultura ganha vigor, e não mais apenas nas grandes capitais. O crescimento e a descentralização dos recursos destinados ao setor são marcha sem volta.

Entretanto, se o momento é positivo e favorável ao surgimento de experiências bem-sucedidas pelos quatro cantos do país, a manutenção de grupos e entidades culturais e a continuidade de suas iniciativas continuam sendo enormes desafios para seus produtores e gestores. Os editais de financiamento se multiplicam, os recursos começam a irrigar a área e os resultados se tornam aos poucos mais visíveis, mas a profissionalização efetiva ainda é uma realidade distante da grande maioria daqueles que se aventuram por esse caminho. Os empreendedores culturais brasileiros vivem aos sobressaltos, obrigados a conviver com o fantasma da descontinuidade e com a incômoda sensação de “fim de linha” a cada resultado negativo de edital, a cada reunião de negociação de patrocínio frustrada. Como então explicar essa situação paradoxal, que combina indicadores positivos com sinais de forte instabilidade?

Uma primeira e óbvia resposta para esta questão está na maneira historicamente descuidada com que as instâncias públicas quase sempre trataram a cultura no Brasil. Está na ausência de políticas claras, na adoção de modelos concentradores e conservadores e na resistência dos governos, sejam eles de direita ou de esquerda, em considerá-la como área estratégica. Tudo isso aliado à própria desarticulação do meio, que teima em atuar de maneira fragmentada, pautado por diferenças e até mesmo por vaidades.

É claro que não se pode desconsiderar os avanços significativos que vêm ocorrendo, tanto na esfera das políticas quanto na representatividade dos profissionais da cultura. Os últimos anos foram de grandes articulações pela construção de um modelo mais justo e eficaz para o setor, num processo de amadurecimento que, embora não tenha a velocidade que desejaríamos, é claramente perceptível. No entanto, é necessário admitir que ainda são grandes os desafios a serem vencidos até que tenhamos melhores condições de trabalho nesse campo. Quanto mais se afasta dos grandes centros urbanos, maior a dificuldade daqueles que atuam na área em identificar um fio de meada para a costura de um trabalho mais profissional. A criação acontece com espontaneidade e, em muitos casos, com bastante originalidade, mas perde em força, com frequência, pela carência de referências técnicas e estéticas. Artistas, grupos e instituições culturais, alheios também a uma série de parâmetros básicos do campo da gestão, empreendem grandes esforços de criação e produção, mas com resultados muitas vezes frustrantes.

A cultura tropeça no amadorismo e na falta de informação, seja nas capitais ou no interior. Além disso, ressente-se pela fragilidade de alguns elos de sua cadeia produtiva. Definitivamente, não há como pensar em sustentabilidade para um setor obrigado a conviver com pontos vulneráveis e sempre prestes a se romper quando submetidos ao menor esforço. O pior é que boa parte daqueles que trabalham na área tem baixa percepção da urgência de se fortalecer tais pontos. No âmbito da cultura, ainda persiste certa tendência a visualizar apenas a área finalística, ou seja, os produtos finais e os responsáveis diretos por sua concepção. Essa ênfase excessiva naquilo que é levado aos olhos e ouvidos do público é até compreensível, na medida em que o trabalho de criação representa a própria essência do setor. No entanto, é imprescindível identificar e conferir o devido valor a outros elos menos visíveis, mas essenciais para a viabilização de carreiras sustentáveis e, em última instância, para a construção de um cenário cultural mais vigoroso no país.

Entre os elos notadamente fracos é possível citar a debilidade da infraestrutura cultural dos municípios brasileiros, a baixa qualidade de parte expressiva dos serviços prestados por fornecedores de toda sorte, a dificuldade para a formação de plateias, a desarticulação entre cultura e educação e a falta de canais adequados para a distribuição, em um país de dimensões continentais.  Apenas um olhar sobre tais fatores e seu enorme potencial de desestabilização é o bastante para que se compreenda o descompasso da cena brasileira.

Sem dúvida, as questões elencadas até aqui guardam enorme complexidade e demandam soluções imediatas do Poder Público, da própria classe e da sociedade como um todo. Entretanto, é preciso perceber que existe um aspecto ainda mais relevante e urgente nesse contexto. Um ponto vem recebendo tratamento inadequado no Brasil, a despeito de sua incrível capacidade de gerar impactos em toda a cadeia produtiva: a questão da capacitação. Viajando por esses interiores, é possível constatar a ocorrência de certa letargia motivada pela absoluta falta de conhecimentos nas diversas áreas do fazer artístico-cultural. Existem lacunas impressionantes na formação de artistas e técnicos, o que faz com que os resultados levados ao público tenham, muitas vezes, níveis colegiais.

No entanto, é nas áreas-meio que o problema se torna mais agudo. A carência de informações nos campos da produção e da gestão é algo preocupante. Grande parte das vezes, as iniciativas no mundo da cultura acontecem “na marra”, após longa peregrinação de seus executores em busca de recursos, passando o pires entre os empresários locais e recolhendo donativos classificados equivocadamente como patrocínios. O desconhecimento dos canais de financiamento, a falta de noções de como elaborar um projeto e a pouca habilidade para a captação são limites concretos a serem transpostos.

O amadorismo, porém, não se restringe aos procedimentos de busca dos recursos. A gestão dos projetos e do cotidiano das instituições também ocorre, muitas vezes, de maneira precária. Na verdade, os profissionais da cultura ainda não se apropriaram de uma série de ferramentas essenciais do campo da administração, como o planejamento estratégico, a gestão financeira, a logística e a gestão da qualidade, entre outras. O manejo adequado dessas ferramentas de gestão poderia significar um grande salto de qualidade para o meio, mas permanece como algo impensável para muitos daqueles que nele atuam. Um bom exemplo disso é a dificuldade que muitos artistas, produtores e gestores têm de trabalhar com planejamento, tanto de seus projetos quanto de sua própria carreira. Metodologias de planejamento estratégico, por exemplo, há muito presentes no ambiente empresarial, são praticamente estranhas à área. Este fato talvez explique a paralisia e a falta de rumos que afeta a vida de muitos grupos e entidades culturais brasileiros.

Talvez esteja aqui um dos grandes desafios das instâncias culturais públicas no Brasil, seja no plano federal, estadual ou municipal: formar gestores. Uma iniciativa de porte nesse sentido foi implementada com sucesso pelo Ministério da Cultura do México há alguns anos, mas permanece sem similar por aqui. Diante do despreparo que impera nos bastidores da cultura brasileira, é imprescindível que o Poder Público tome para si a responsabilidade por tal empreitada. As secretarias e fundações estaduais e municipais, assim como o próprio Ministério precisam acordar para esta necessidade premente. É importante que tenhamos profissionais tecnicamente capacitados para buscar os recursos, geri-los de maneira eficaz e ordenar o ambiente das organizações culturais, mas também devidamente sensibilizados para reconhecer e valorizar a riqueza presente à sua volta. Precisamos de pessoas aptas a desencadear pequenas revoluções em seu universo imediato, a captar, processar e difundir informações para o benefício de suas comunidades.

No processo de formação de gestores, outra premissa importante deve ser considerada: é necessário pensar a cultura numa perspectiva sustentável, como forma de combater o vício da eventualidade que impera entre nós. A vida dos artistas, grupos e instituições culturais ainda é regida por ações de caráter efêmero e, quando muito, por ciclos de trabalho anuais. A cultura no Brasil permanece limitada à dimensão do evento, do transitório. Muito pouco se fala de planejamentos plurianuais, de projetos de manutenção e de continuidade.

O próprio Ministério da Cultura demonstra dificuldades para o estabelecimento de práticas que favoreçam a sustentabilidade. Caminhando numa direção pouco razoável, trata os projetos de continuidade sem nenhuma distinção em relação àqueles voltados à produção de eventos. Em 2009, chegou ao ponto de lançar na rede um sistema para recebimento de projetos, o SalicWeb, sem prever rubricas adequadas a propostas de manutenção. Este problema vem sendo corrigido gradativamente pela equipe da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, mas deixa evidente a incipiência da discussão do tema nas esferas públicas.

Outro ponto que evidencia a falta de debates sobre um tema tão relevante é a insistência do Ministério em negar a aprovação de determinadas rubricas dos projetos sob a justificativa vaga de que se tratam de “despesas de responsabilidade do proponente”. Este procedimento obriga os artistas, grupos e entidades culturais a esgotarem suas reservas, inclusive aquelas provenientes de vendas de produtos e ingressos, ao final de cada ciclo anual. Os proponentes são pressionados a gastar com o projeto aprovado todos os recursos captados de outras fontes, diga-se de passagem, a duras penas, como se fosse pecado buscar alguma estabilidade financeira com a criação de um fundo de reserva.

Instabilidade maior, impossível, certo? Errado. A coisa pode ser ainda pior. O equívoco ganha proporções mais sérias quando nos deparamos com a existência de mecanismos de incentivo que, a pretexto de defesa do interesse público, impedem a comercialização de produtos realizados com os recursos repassados aos proponentes. Ao proceder dessa maneira, as secretarias de cultura condenam de vez os empreendedores a se tornarem escravos de tais mecanismos. Aos artistas contemplados por essas leis é negado o direito legítimo de buscar a consolidação de sua carreira por meio da venda direta de seus produtos ao público. Naturalmente, é fundamental que os governos estabeleçam regras que garantam a correta aplicação dos recursos e acessibilidade àquilo que foi produzido por intermédio dos instrumentos de financiamento. Entretanto, adotar procedimentos restritivos como esses, muitas vezes de forma descuidada, é neutralizar a intenção do incentivo à cultura e tratar o setor com um desrespeito que não encontra paralelos em outras áreas merecedoras de incentivos governamentais. Será que os produtores agrícolas beneficiados, por exemplo, aceitariam entregar sua produção gratuitamente à população e prosseguir na dependência total do Governo? Isso seria justo e produtivo?

Situações como essas expõem, mais uma vez, a fragilidade do elo capacitação. Por todo o país, é notável a carência de gestores públicos aptos a lidar com as engrenagens burocráticas, mas também capazes de avaliar previamente os impactos de suas decisões administrativas sobre o meio. Infelizmente, grande parte dos cargos-chave em nossas instâncias culturais públicas continua a ser ocupada por pessoas estranhas ao metier ou sem nenhuma experiência do outro lado do balcão. Isso sob os olhares resignados de uma classe desmobilizada.

O tom crítico dessas linhas, longe de se caracterizar como mais um manifesto ácido e pouco propositivo, visa trazer para a roda alguns pontos de vista sobre temas importantes para o universo cultural brasileiro.

A cultura é um direito constitucional do cidadão e precisa ser tratada como tal. Além disso, é um recurso econômico inesgotável, que pode render cada vez mais ao país. A consolidação do setor passa necessariamente por uma atuação responsável dos governos, por meio de investimentos na cadeia produtiva como um todo, e não apenas em seus elos mais visíveis. Há que se pensar mais seriamente em instrumentos e políticas que favoreçam a continuidade do trabalho de artistas, grupos e entidades por todo o país, e não apenas a proposição de ações efêmeras. Nesse sentido, é necessário buscar o rompimento de certas amarras burocráticas, de forma a permitir o financiamento a planos plurianuais de manutenção de entidades culturais de caráter relevante para a sociedade.

Entretanto, é na questão da formação que precisamos apostar a maior parte das nossas fichas. As discussões de políticas para a cultura ora em curso no Brasil somente resultarão em avanços significativos quando houver, nos municípios, pessoas conectadas com o mundo e, a partir de bases técnicas seguras, capacitadas para atuar pela transformação da realidade à sua volta.

Conhecendo mais um pouco sobre o autor:
ROMULO AVELAR.

Administrador, produtor e gestor cultural. Atuou em empresas como Fiat, MBR e Teatro Alterosa, e na área pública, como Diretor de Promoção da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, de Belo Horizonte, e Presidente da Comissão Técnica de Análise de Projetos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Consultor de diversos grupos e entidades culturais, entre eles o Grupo Galpão e a Casa do Beco. Autor do livro “O Avesso da Cena: Notas sobre Produção e Gestão Cultural”. 

Vereador Fabio Câmara - Agora, a obrigação é ir até o fim.

Que ninguém tenha a infeliz ideia de chamar para uma mesma mesa os vereadores Fábio Câmara (PMDB), Isaias Pereirinha (PSL) e Astro de Ogum (PMN), pois fatalmente a reunião não terminará bem.

Durante a semana o vereador oposicionista soltou cobras e lagartos para cima dos dois “colegas” que integram a Mesa Diretora da Câmara Municipal e tudo pelo fato do legislativo municipal ter aprovado o REFAZ, encaminhado pela Prefeitura de São Luís.

Além de criticar publicamente os colegas, Fábio Câmara foi mais longe e na sua página de facebook insinuou que a Câmara de Vereadores teme qualquer tipo de transparência e que não resiste a uma simples auditoria.

“Se essa semana foi ruim para a imagem da Câmara de São Luís, com falta de credibilidade diante de votações encaminhadas pelo Executivo, a próxima pode reservar fatos piores para quem teme qualquer tipo de transparência e não resiste a uma simples auditoria”, escreveu nas redes sociais.

O Blog teve a informação que Fábio Câmara também já pensa em pedir informações mais detalhadas entre um contrato do legislativo municipal com o Bradesco, a ideia do oposicionista teria deixado alguns vereadores indignados.

Uma coisa é certa, para não perder a credibilidade, agora Fábio Câmara tem que ir até o fim e detalhar o que sabe, ou que pelo menos desconfia, pois caso contrário pode passar uma péssima impressão.

Com a palavra o vereador Fábio Câmara, a população de São Luís, principalmente a parte que o elegeu, espera por uma resposta.


FCface

Luzico - Perco mais um amigo pra violência que assola nosso Estado.




Luzico - descanse em Paz.

Somente ontem, fiquei sabendo que no último dia 26 de agosto faleceu o amigo LUZICO, pessoa de bem, que eu conhecia há mais de vinte anos, sempre que nos encontrávamos trocávamos ideia sobre cultura, reggae e como não podia deixar de ser política, ele era ligado politicamente ao Deputado Federal Pinto da Itamarati do PSDB. 

Nosso ponto de encontro frequente eram os Ferry's  nos finais de semana indo, ou vindo da baixada, onde o percurso sempre eram curtos pras nossas conversas... 

Lamento profundamente que uma pessoa batalhadora, tenha partido de forma tão abrupta, a seus familiares meus sinceros sentimentos, que Deus lhes dê força nestas horas difíceis.

Aqui faço um apelo a todos os integrantes da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão para que  identifiquem e prendam os assassinos, para que os mesmos paguem pelo crime que cometeram.

Aqui amigo Luzico registro esta humilde homenagem a você, descanse em paz amigo. 

Conheça o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2012.




A sexta edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública é lançada sob a égide de uma importante conquista no campo da segurança pública: a aprovação da Lei 12.681/2012, que cria o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas – SINESP.
Nesse importante contexto político, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública se integra aos esforços pela construção de um debate qualificado sobre as reformas no campo da segurança pública no Brasil, trazendo insumos para análises em diferentes âmbitos desse campo, com dados sobre as ocorrências criminais, um panorama do sistema prisional brasileiro, dados sobre a evolução dos gastos com a área da segurança pública pela União e estados, um panorama sobre os efetivos e salários das forças policiais, além de textos de análise para subsidiar este debate.

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