domingo, 22 de junho de 2014

Noam Chomsky: o Sócrates estadunidense.

Ele vislumbra brechas na fábrica de consensos do capitalismo e aposta: movimentos como Occupy, economia solidária e rejeição ao consumismo podem abalar sistema.
noam
Noam Chomsky, a quem entrevistei 5ª-feira passada em sua sala no Massachusetts Institute of Technology (MIT), influenciou intelectuais nos EUA e em todo o mundo, por número incalculável de vias. A explicação que construiu para o Império, a propaganda de massa, a hipocrisia e o servilismo dos liberais e os fracassos dos acadêmicos, além do que ensinou sobre os modos pelos quais a linguagem é usada como máscara pelo poder, para nos impedir de ver a realidade, fazem dele o mais importante intelectual nos EUA. A força de seu pensamento, combinada a uma independência feroz, aterroriza o estado-empresa – motivo pelo qual a imprensa-empresa e grande parte da academia-empresa tratam-no como pária. Chomsky é o Sócrates do nosso tempo.
Vivemos um momento sombrio e desolado na história humana. E Chomsky começa por essa realidade. Citou o falecido Ernst Mayr, importante biólogo evolucionista do século 20, que disse que provavelmente nós jamais encontraremos extraterrestres inteligentes, porque formas superiores de vida se autoextinguem em tempo relativamente curto.
“Mayr dizia que o valor adaptacional do que se chama ‘inteligência superior’ é muito baixo” – disse Chomsky. – “Baratas e bactérias são muito mais adaptáveis que os humanos. É melhor ser inteligente que estúpido, mas podemos ser um equívoco biológico, usando os 100 mil anos que Mayr nos dá como expectativa de vida como espécie, para destruir-nos nós mesmos e destruir também muitas outras formas de vida no planeta.”
A mudança climática “pode acabar conosco, e em futuro não muito distante” – diz Chomsky. – “É a primeira vez na história humana em que temos a capacidade para destruir as condições mínimas para sobrevivência decente. Já está acontecendo. Há espécies que estão sendo destruídas. Estima-se que vivemos destruição equivalente à de há 65 milhões de anos, quando um asteroide colidiu com a Terra, extinguiu os dinossauros e grande número de outras espécies. A destruição, hoje, é de nível equivalente àquele. De diferente, que o asteroide somos nós. Se alguém nos está vendo do espaço, deve estar atônito. Há setores da população global tentando impedir a catástrofe global. Outros setores tentam apressá-la.
Veja bem quem são uns e outros: os que tentam impedir a catástrofe total são os que nós chamamos de primitivos, atrasados, populações indígenas – as Nações Originais no Canadá, os aborígenes australianos, pessoas que ainda vivem em tribos na Índia. E quem acelera a destruição? Os mais privilegiados, os chamados ‘avançados’, os letrados, as pessoas cultas e educadas do mundo.”
Se Mayr acertou, estamos no fim de uma tendência, acelerada pela Revolução Industrial, que nos jogará para o outro lado de uma montanha, ambientalmente e economicamente. Esse evento, aos olhos de Chomsky, nos oferece uma oportunidade e, ao mesmo tempo, traz um perigo. Já várias vezes Chomsky repetiu, como alerta, que, se temos de nos adaptar e sobreviver, é preciso derrubar o poder da elite-empresa-corporação, mediante movimentos de massa; e devolver o poder a coletivos autônomos que são focados em manter as comunidades, em vez de explorar comunidades. Apelar às instituições e mecanismos estabelecidos de poder não vai dar certo.
“Podem-se extrair muitas boas lições, do período inicial da Revolução Industrial” – disse ele. – “A Revolução Industrial decolou aqui perto, no leste de Massachusetts, em meados do século 19. Foi o período quando fazendeiros independentes estavam sendo conduzidos para dentro do sistema industrial. Homens e mulheres – as mulheres deixaram as fazendas para ser “operárias de fábrica” – lastimaram amargamente a mudança. Foi também período de imprensa muito livre, a mais livre que os EUA jamais conheceram, em toda sua história. Havia quantidade enorme de jornais e lê-los hoje é experiência fascinante. 
O povo que foi arrastado para o sistema industrial via aquilo tudo como um ataque à sua dignidade pessoal, aos seus direitos de seres humanos. Eram seres humanos livres, forçados para dentro do que chamavam ‘trabalho assalariado’, e que, aos olhos deles, não era muito diferente da escravidão. De fato, essa era a impressão dominante entre o povo, a tal ponto, que havia um slogan do Partido Republicano: ‘A única diferença entre trabalhar por salário e ser escravo é que o salário acaba.’”
Chomsky diz que essa deriva, que forçou os trabalhadores agrários para longe da terra e para dentro das fábricas nos centros urbanos, foi acompanhada por uma destruição cultural. Os trabalhadores, diz ele, haviam sido parte da “mais alta cultura da época”.
“Lembro-me disso, lá nos anos 1930s, com minha própria família” – diz ele. – “Aquilo nos foi tirado. Estávamos sendo forçados a nos tornar, de certo modo, escravos. Diziam que você trabalhava como artesão e vendia um produto que você produzia, então, como assalariado, o que você passou a fazer foi vender você mesmo. E isso soava como ofensa profunda. Eles condenavam o que chamavam de ‘novo espírito da época’, ganhar dinheiro e esquecer-se completamente de si mesmo. É velho e, ao mesmo tempo, soa hoje muito familiar aos nossos ouvidos.”
É essa consciência radical, que deitou raízes em meados do século 19 entre fazendeiros e muitos operários de fábrica, que Chomsky diz que temos de recuperar para conseguirmos avançar como sociedade e como civilização. No final do século 19, fazendeiros, sobretudo no meio-oeste, livraram-se dos banqueiros e dos mercados de capitais, e constituíram seus próprios bancos e cooperativas. Entenderam o perigo de virar vítimas de um processo vicioso de endividamento, comandado pela classe capitalista. Os fazendeiros radicais fizeram alianças com os ‘Knights of Labor’ [Cavaleiros do Trabalho],[1]que entendiam que os que trabalhavam nos moinhos deviam ser também proprietários dos moinhos.
“À altura dos anos 1890s, operários estavam tomando cidades e governando-as, no leste e no oeste da Pennsylvania. É o caso de Homestead” – Chomsky lembrou. – “Mas foram esmagados à força. Demorou um pouco. O golpe final foi o ‘Medo Vermelho’ de Woodrow Wilson [orig. Woodrow Wilson’s Red Scare][2].”
“A ideia, hoje, ainda deve ser a dos Knights of Labor,” ele disse. “Os que trabalham nos moinhos devem ser também donos dos moinhos. Há muito trabalho em andamento. Haverá mais. Os preços da energia estão caindo nos EUA, por causa da exploração maciça de combustíveis fósseis, que destruirá nossos netos. Mas, sob a moralidade capitalista, o cálculo é: os lucros de amanhã são mais importantes que a existência ou não dos seus netos. Estamos conseguindo preços mais baixos de energia. Eles [os empresários] estão entusiasmadíssimos, porque podem oferecer preços inferiores aos que a Europa oferece, porque nossa energia é mais barata. E assim, os EUA conseguimos fazer fracassar os esforços que a Europa tem procurado fazer, para desenvolver energia sustentável…”
Chomsky espera que os que trabalham na indústria de serviços e na manufatura possam começar a organizar-se para começar a tomar o controle de seus próprios locais de trabalho. Observa que no ‘Cinturão da Ferrugem’ [orig. Rust Belt],[3] inclusive em estados como Ohio, há crescimento no número de empresas que pertencem aos trabalhadores.
O crescimento de poderosos movimentos populares no início do século 20 mostrou que a classe empresarial já não conseguia manter os trabalhadores subjugados por ação exclusiva da violência. Os interesses empresariais tiveram de construir sistemas de propaganda de massa, para controlar opiniões e atitudes.
O crescimento da indústria de “relações públicas”, iniciada pelo presidente Wilson, que criou o Comitê de Informação Pública [“Creel Committee”][4], para instilar sentimentos pró-guerra na população, inaugurou uma era não só de guerra permanente, mas também de propaganda permanente. O consumo foi instilado também, com compulsão incontrolável. O culto do indivíduo e do individualismo tornou-se regra. E opiniões e atitudes passaram a ser talhadas e modeladas pelos centros de poder, como o são hoje.
“Uma nação pacífica foi transformada em nação de odiadores, fanáticos por guerras” – diz Chomsky. – “Essa experiência levou a elite no poder a descobrir que, mediante propaganda efetiva, poderiam, como Walter Lippmann escreveu, usar “uma nova arte na democracia, e fabricar o consenso.”
A democracia foi destripada. Os cidadãos tornaram-se “público”, “audiência”, telespectadores, não participantes no poder. Os poucos intelectuais, entre os quais Randolph Bourne, que mantiveram a independência e recusaram-se a servir à elite no poder foram expulsos para fora do sistema, como Chomsky.
“Muitos dos intelectuais dos dois lados estavam apaixonadamente dedicados à causa nacional” – disse Chomsky, falando a 1ª Guerra Mundial. “Houve só uns raros dissidentes. Bertrand Russell foi preso. Karl Liebknecht e Rosa Luxemburg foram mortos. Randolph Bourne foi marginalizado. Eugene Debs, preso. Todos esses se atreveram a questionar a magnificência da guerra.”
Aquela histeria pró-guerra jamais cessou, movida sem alteração, do medo de um bárbaro germânico, para o medo de comunistas e, daí, para o medos de jihadistas e terroristas islamistas.
“As pessoas vivem aterrorizadas demais, porque foram convencidas de que nós temos de nos defender nós mesmos” – diz Chomsky. – “Não é inteiramente falso. O sistema militar gera forças perigosas para nós, que nos ameaçam. Veja, por exemplo, a campanha terrorista dos drones de Obama – a maior campanha terrorista de toda a história. Esse programa gera novos terroristas e terroristas potenciais muito mais depressa do que destrói suspeitos. É o que se vê agora no Iraque. Volte lá, aos julgamentos de Nuremberg. A agressão entre Estados foi definida como o supremo crime internacional. Foi considerado diferente de outros crimes de guerra, porque a agressão entre estados reúne, como crime, todos os demais danos que outros crimes subsequentes causarão.
A invasão que EUA e Grã-Bretanha cometeram contra o Iraque é como um manual de crime de agressão entre Estados. Pelos padrões de Nuremberg, os governantes dos EUA e da Grã Bretanha teriam, todos, de ser condenados à morte e enforcados. E um dos crimes que cometeram foi incendiar o conflito sunita versus xiitas.”
Esse conflito, que agora novamente inflama a região, é “um crime cometido pelos EUA, se acreditamos que sejam válidas as sentenças que Nuremberg proclamou contra os nazistas. Robert Jackson, promotor-chefe no tribunal de Nuremberg, em sua fala aos jurados, disse que aqueles acusados haviam bebido de um cálice envenenado. E que se algum de nós algum dia bebêssemos daquele mesmo cálice teríamos de ser tratados do mesmo modo, ou tudo não passaria de grande farsa.”
As escolas e universidades da elite inculcam hoje em seus alunos a visão de mundo endossada pela elite no poder. Treinam alunos para serem reverentes ante a autoridade. Para Chomsky, a educação, na maior parte das grandes escolas, inclusive em Harvard, a poucos quarteirões de distância do MIT, não passa de “um sistema de profunda doutrinação”.
“Há um entendimento de que há certas coisas que não se dizem nem se pensam” – diz Chomsky. – “É assim, entre as classes educadas. E é por isso que eles todos apoiam fortemente o poder do Estado e a violência do Estado, apenas com uma ou outra pequena ‘restrição’. Obama é visto como crítico contra a invasão do Iraque. Por quê? Só porque disse que seria erro estratégico. É argumento que o põe no mesmo nível moral de um general nazista que entendesse que o segundo front era erro estratégico. Isso, para os norte-americanos, é ‘ser crítico’.”
E Chomsky não subestima o ressurgimento de movimentos populares.
“Nos anos 1920s, o movimento trabalhista estava praticamente destruído” – disse. – “Havia sido um movimento trabalhista forte, muito militante. Nos anos 1930s ele mudou, e mudou por causa do ativismo popular. Houve circunstâncias [a Grande Depressão] que levaram à oportunidade de fazer alguma coisa. Vivemos constantemente com isso. Considere os últimos 30 anos. Para a maioria da população, foram tempos de estagnação, ou pior que isso. Não é a Depressão profunda, mas é uma depressão semipermanente para a maior parte da população. Há muita lenha lá fora, esperando para ser queimada.”
Chomsky entende que a propaganda empregada para fabricar consensos, mesmo na era das mídias digitais, está perdendo efetividade, com a realidade cada vez menos parecida com o “retrato’ dela inventado pelos órgãos da mídia empresarial de massas. Embora a propaganda feita pelo Estado norte-americano ainda consiga “empurrar a população para o terror e o medo e para a histeria de guerra, como se viu nos EUA antes da invasão do Iraque”, ela já começa a fracassar na tarefa de manter fé não questionada nos sistemas de poder. Chomsky credita ao movimento Occupy, que ele descreve como uma tática, ter “disparado uma fagulha iluminadora” a qual, mais importante, atravessou toda a sociedade, apesar da atomização”.
“Há todos os tipos de esforços e projetos para separar as pessoas umas das outras” – diz ele. “A unidade social ideal [no mundo dos propagandistas do Estado-empresa] é você e sua tela de televisão. As ações de Occupy puseram abaixo isso, para grande parte da população. As pessoas reconheceram que poder nos juntar e fazer coisas por nós mesmos. Podemos ter uma cozinha comum. Podemos ter um palanque para discussões públicas. Podemos formar nossas próprias ideias. Podemos fazer alguma coisa. E esse é ataque importante contra o núcleo dos meios pelos quais o público é controlado.
Você não é só um indivíduo tentando maximizar o consumo. Você descobre que há outros interesses na vida, outras coisas com as quais se preocupar. Se essas atitudes e associações puderem ser sustentadas e mover-se em novas direções, será muito importante.

Mulher foi esfaqueada no Reviver em São Luís na noite da ultima Sexta feira.

Foto: idifusora.com
Uma mulher ainda não identificada foi esfaqueada na noite desta sexta feira (20) no Reviver em São Luís.
Segundo testemunhas, duas mulheres que tinham um relacionamento homoafetivo estavam passeando pelo local e uma delas teve um desentendimento com outra mulher que passava pelo local.
A briga entre as lésbicas, resultou em uma jobem sendo esfaqueada, tendo a agressora fugida, a vítima esfaqueada foi socorrida e encaminhada para um hospital da cidade, até o momento as lésbicas envolvidas nesta ocorrência policial, ainda não foram identificadas.

Mulheres Violadas: As Novinhas que ousam no Portal R7,

R7 explora sexualidade de adolescentes e mostra fotos de “novinhas que ousam”. “Pouca idade e pouca roupa”, diz o anúncio da galeria de imagens com meninas famosas que o portal levou ao ar.

novinhas-r7
Na madrugada da última quinta-feira (19), o portal R7 levou ao ar uma galeria de imagens com fotos de jovens e adolescentes famosas, que segundo o site “ousam nas redes sociais”. A chamada para a “matéria” já é apelativa. “Pouca idade e pouca roupa? Veja quem são as 10 novinhas que causam polêmica com seus looks!”
Jarid Arraes, feminista e responsável pelo blogue “Questão de gênero” questionou o conteúdo. “Eu gostaria de questionar a pessoa responsável por essa “matéria” a respeito do Estatuto da Criança e do Adolescente, pois não me parece responsável e protetora a atitude de expor meninas de menos de 14 anos ao julgamento de um público que vai avaliar seus corpos, suas roupas e opinar sobre o caráter e sexualidade das mesmas.”
Na galeria, o portal chama a atenção dos seus leitores para as “poucas roupas” de adolescentes como a filha do ex-jogador Romário, Dada Favatto, de 16 anos, da atriz Larissa Manoel, de 13 anos, e da filha da cantora Kelly Key, de apenas 14 anos.
Jarid critica a tentativa do portal de criar um fato com uma abordagem sensacionalista para algo corriqueiro. “Qualquer menina que foi criança no anos 80 e 90 usou short curto, isso não é fenômeno atual. Se essas meninas usam roupas curtas, é porque a moda, o clima e a cultura do nosso país permitem, no sentido de que torna isso possível. Não é nenhum ato bizarro ou contra a lei.”
A blogueira lembra que o portal age na ilegalidade. “Se um misógino assedia uma garota de 13 anos, ele é o errado e ponto final. E, novamente, preciso relembrar: é crime.”
Igor Carvalho, Fórum.

Prostitutas reclamam de gringos na Copa: 'porcos e mãos de vaca'.

Prostitutas de Fortaleza sofrem com mexicanos e uruguaios na Copa: 'porcos e pães duros'. "Os caras chegam sujos e acham que somos obrigadas a sair com eles. Bebem o dia inteiro, ficam bêbados e não gastam dinheiro com a gente".

prostituta fortaleza copa 2014

Fortaleza vive intensamente o clima de Copa do Mundo. Os turistas espalhados pelas ruas ajudam a aquecer o comércio e aumentar o faturamento de vários tipos de prestadores de serviços. Nem todos, no entanto, conseguem aproveitar o momento como previsto. Figuras marcantes da orla da capital cearense, as prostitutas reclamaram bastante desta primeira semana de Mundial.

Longe do faturamento estimado, as garotas de programa apontaram dificuldade no relacionamento com os gringos e criticaram os grupos de mexicanos e uruguaios que passaram por Fortaleza recentemente.

“Para nós, não adiantou muito a cidade lotada. Os brasileiros estavam preocupados em beber e comer em restaurantes, já os gringos são porcos e nunca querem gastar dinheiro. Reclamam do nosso preço, do hotel que precisam pagar. Não estamos satisfeitas”, relatou uma menina que se identificou apenas como Bruna.

Ela ainda viu o coro endossado por outras colegas de trabalho. “Os caras chegam sujos e acham que somos obrigadas a sair com eles. Eu não sabia que seria assim. Bebem o dia inteiro, ficam bêbados e não gastam dinheiro com a gente”, reclamou Nicole, que trabalha como prostituta na orla de Fortaleza há seis anos.

As garotas ainda rechaçam a hipótese de que a elevação dos preços possa ter causado o distanciamento de novos clientes.

“Atendi alguns brasileiros, mas nada perto do que imaginei. É claro que o preço aumentou, mas não foi isso que diminuiu o movimento. Antes, cobrava 70. Agora estou fazendo [programa] por 120. Não considero caro. Eles pagam muito mais em bebida e ingresso”, reclamou outra menina, que trabalha na Praia de Iracema.

A Associação de Prostitutas do Ceará (Aproce) disse não ter uma estatística atualizada que confirme os baixos números nos primeiros dias de Copa, mas revelou ter ouvido reclamações de algumas meninas.

Uma representante da associação ainda acusou a Polícia de dificultar o trabalho na orla da Avenida Beira Mar, principal ponto de concentração de hotéis e turistas em Fortaleza. Segundo ela, os agentes públicos pediam para as prostitutas ficarem em ruas próximas, dificultando o trabalho.

Ainda assim, as prostitutas não desanimam e esperam que o faturamento decole nos próximos dias. E apostam todas as fichas nos turistas europeus que chegarão para o duelo entre Alemanha e Gana, no próximo sábado, na Arena Castelão.

“Eu quero mesmo é saber dos alemães. Esses têm dinheiro para gastar e parecem bem limpinhos. Precisamos recuperar o prejuízo dessa semana”, brincou Nicole.

UOL e Tribuna do Ceará.



Link: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/06/prostitutas-reclamam-de-gringos-na-copa-porcos-e-pao-duros.html

sábado, 21 de junho de 2014

Armagedom - Washington toca os tambores de guerra.

17/6/2014, [*] Paul Craig Roberts − Institute for Political Economy
Traduzido por mberublue


A IIIa. Guerra Mundial será NUCLEAR
Gostaria muito de ter apenas boas novas para apresentar a meus leitores, ou pelo menos uma singela boa notícia. Infelizmente as boas novas não mais são uma característica da política dos Estados Unidos e simplesmente não podem ser encontradas em palavras ou atos originários de Washington ou das capitais de seus estados vassalos na Europa. O mundo ocidental entregou-se totalmente ao mal.

Eric Zuesse
Eric Zuesse, em seu artigo publicado pelo Op-Ed News, apóia meu relato sobre as evidências de que Washington se prepara para um primeiro ataque nuclear contra a Rússia.

A doutrina de guerra dos Estados Unidos mudou. As armas nucleares até há pouco tempo restringiam-se a uma força retaliatória, mas mudaram de patamar e avançaram para um ataque nuclear preventivo.

Washington abandonou o tratado Anti Mísseis Balísticos(ABM, sigla em inglês - NT) com a Rússia e desenvolveu e implantou um escudo ABM. Ao mesmo tempo, a vergonhosa máquina de propaganda política e de mentiras está demonizando a Rússia e seu presidente, como forma de preparar a população dos Estados Unidos e se seus estados vassalos para a guerra contra a Rússia.

Os neoconservadores convenceram o governo dos Estados Unidos de que as armas nucleares estratégicas da Rússia estão defasadas e em más condições e que são atualmente um alvo fixo para o ataque. Esta falsa crença tem base em informações ultrapassadas, velhas de uma década, como o argumento apresentado em The Rise of US Nuclear Primacy” (O avanço da supremacia nuclear dos Estados Unidos – NT) escrito por Keir A. Lieber e Daryl G. Press em abril de 2006 como tema de “Foreign Affairs”, uma publicação do Conselho de Relações Exteriores, organização das elites americanas.

Steven Starr
Independentemente das condições das forças nucleares russas, o sucesso de um primeiro ataque nuclear de Washington e o grau de proteção proporcionado pelo escudo ABM de Washington contra a retaliação, o artigo postado por Steven Starr The Lethality of Nuclear Weapons (A letalidade das armas nucleares - NT), deixa bem claro que não há vencedores em uma guerra nuclear. Todos morrem.

Em um artigo publicado em dezembro de 2008, no “Physics Today”, três cientistas atmosféricos (ou cientistas espaciais) assinalaram que apesar da redução dos arsenais nucleares que o Tratado de Redução Estratégica Defensiva (SORT, sigla em inglês – NT) esperava alcançar, de 70.000 ogivas (nucleares) em 1986 para alguma coisa entre 1.700/2.200 ogivas pelo final de 2012, não se reduziu a ameaça que a guerra nuclear representa para a vida na Terra. Os autores concluem que, somando-se aos efeitos diretos das explosões nucleares, que causariam a morte de centenas de milhões de seres humanos, “os efeitos indiretos provavelmente provocariam a eliminação da maioria da população humana”. A obliteração estratosférica causada pelas tempestades que as explosões provocam resultaria em um inverno nuclear e colapso agrícola. Aqueles que não perecessem pelas explosões e pela radiação, morreriam de fome.

Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev compreenderam isso. Infelizmente, nenhum de seus sucessores no governo dos Estados Unidos o fez. No que concerne ao governo em Washington, só morreriam os outros, não “o povo excepcional”. (O acordo SORT aparentemente falhou. De acordo com o Stockholm International Peace Research Institute – SIPRI os nove países com poder nuclear possuem ainda um total de 16.300 armas nucleares).

● Potência total de todas as bombas explodidas durante a IIª Guerra Mundial
● Potência total das Bombas Nucleares em Alerta Total, hoje.
● Potência total da armas nucleares disponíveis por Rússia e EUA, hoje
É um fato que Washington tem políticos influentes que pensam, incorretamente, que a guerra nuclear pode ser ganha e que a consideram como um meio de prevenção contra o crescimento da Rússia e da China, assim como forma de manter controlada a hegemonia de Washington sobre o mundo. O governo americano no poder, partidos à parte, é uma grande ameaça à vida na Terra. Os governos europeus, embora se considerem civilizados na realidade não o são, por permitir a busca de Washington por hegemonia. Essa busca é o motivo da ameaça de extinção da vida no planeta. A ideologia que atribui aos Estados Unidos o direito à supremacia pela sua categoria de “excepcional, indispensável país” é uma imensa ameaça ao mundo.

A destruição, total ou parcial de sete países pelo ocidente no século XXI, com o apoio da “civilização ocidental” e da mídia do ocidente, prova de maneira irrevogável que a liderança do mundo ocidental não tem moral, consciência ou compaixão humana. Agora que os EUA se armaram com a falsa doutrina da “primazia nuclear”, a perspectiva para a humanidade é realmente sombria.

Washington começou a seguir na direção da Terceira Guerra Mundial e os europeus parecem estar a bordo. Recentemente, em novembro de 2012, o Secretário da OTAN, “general” Rasmussen, disse que a OTAN não considerava a Rússia como um inimigo. Agora, que os idiotas na Casa Branca e seus vassalos europeus convenceram a Rússia de que o ocidente é um inimigo, Rasmussen declarou que “temos que nos adaptar ao fato de que a Rússia nos considera agora como seus adversários” para reforçar o exército da Ucrânia e de toda a Europa central e oriental. No último mês, Alexander Vershbow, antigo embaixador dos Estados Unidos para a Rússia e atualmente Secretário Geral adjunto da OTAN declarou que a Rússia é um inimigo e disse que os pagadores de impostos dos Estados Unidos e da Europa precisam se esforçar pela modernização militar “não apenas da Ucrânia, mas também da Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão”. É possível que estes apelos por mais gastos militares sejam apenas o funcionamento normal de agentes do complexo exército/segurança dos Estados Unidos. Tendo perdido a “guerra ao terror” no Iraque e no Afeganistão, Washington precisa substituí-la e começou a ressuscitar a Guerra Fria.

Arsenal Nuclear - Número de ogivas ativas por país
Provavelmente, tudo seja apenas uma isca da indústria de armamentos, e parte de Washington vê isso. Acontece que os neoconservadores são muito mais ambiciosos. Eles já não querem apenas mais lucros para o complexo exército/segurança. Sua meta é a hegemonia dos EUA sobre o mundo, o que significa ações irresponsáveis como a ameaça estratégica que o regime de Obama, com a cumplicidade de seus vassalos europeus impõe à Rússia na Ucrânia.

Desde o último outono, o governo dos Estados Unidos tenta cravar os dentes na Ucrânia, culpando a Rússia pelas consequências das ações de Washington e demonizando Putin, exatamente como foi feito contra Gaddafi, Saddam Hussein, Assad, o Talibã e o Irã. A mídia prostituta (presstitute no original – NT) e as capitais europeias têm feito coro às mentiras e à propaganda política repetindo tudo infinitamente. Por conseqüência, a atitude pública dos Estados Unidos em relação à Rússia mudou fortemente para conotações negativas.

O que pensarão a Rússia e a China a respeito? A Rússia assistiu a OTAN ser colocada em suas fronteiras, a violação dos acordos Reagan-Garbochev. A Rússia assistiu os Estados Unidos abandonarem o tratado ABM e desenvolver um escudo “star wars”. (Se o escudo vai funcionar ou não é irrelevante. Seu objetivo é convencer os políticos e o público de que os norte americanos estão a salvo). A Rússia assistiu os EUA mudarem sua doutrina sobre armas nucleares de “armas de dissuasão” para “primeiro ataque preventivo”. Agora, a Rússia ouve todo santo dia um monte de mentiras do ocidente e assiste o massacre perpetrado pelos vassalos de Washington em Kiev contra civis na Ucrânia russa, chamados de “terroristas” por Washington, através de armas de fósforo branco, sem um pio de protesto do ocidente.

Intensos ataques aéreos e de artilharia contra casas e apartamentos na Ucrânia russa aconteceram no 25º aniversário da Praça Tiananmen, enquanto Washington e seus fantoches condenavam a China por um evento que não aconteceu. Como sabemos atualmente, não houve massacre algum na Praça Tiananmen. Foi apenas mais uma mentira dos EUA, como o incidente do Golfo de Tonquim, as armas de destruição em massa de Saddam Hussein, o uso por Assad de armas químicas, as armas nucleares iranianas, etc.. É uma coisa espantosa que o mundo ainda acredite nas falsas realidades criadas pelas mentiras de Washington.

Matrix
Matrix, o filme, é uma descrição exata da vida no ocidente. A população acredita numa falsa realidade criada por seus dirigentes. Um punhado de seres humanos escapou da falsa existência e luta para trazer a humanidade de volta à realidade. Eles resgataram Neo, o “número um”, que acreditam corretamente ter poder para libertar os seres humanos da falsa realidade onde vivem. Morpheus, o líder dos rebeldes, explica a Neo:

A Matrix é um sistema, Neo. É o nosso inimigo. Mas quando você está dentro do sistema e olha em volta, o que você vê? Homens de negócios, professores, advogados, carpinteiros. É a consciência verdadeira dessas pessoas que lutamos para libertar. Mas até que tenhamos sucesso, esse povo ainda é uma parte do sistema e eles nos olham como seus inimigos. Você precisa entender que a maioria dessas pessoas ainda não está pronta para ser livre. E muitos deles estão tão acostumados, tão completamente dependentes do sistema, que eles lutarão para protegê-lo.

Experimento isso toda a vez em que escrevo uma coluna. Protestos dos determinados a não serem desplugados chegam através de emails e naqueles sites que expõem os autores à difamação pelos trolls do governo em seções de comentários. Não creia na realidade real, insistem eles, creia na realidade irreal.

A Matrix engloba ainda parte da população russa e chinesa, especialmente aqueles educados no ocidente e aqueles suscetíveis à propaganda política ocidental, mas a grande maioria da população desses países sabe a diferença entre mentira e verdade. O grande problema para Washington é que a propaganda política que prevalece sobre o povo ocidental não prepondera sobre os governantes da Rússia e da China.

Bases dos EUA no Mar do Sul da China
Como você pensa que reage a China quando Washington declara que o Mar do Sul da China é área de interesse nacional dos Estados Unidos, coloca 60 por cento de sua vasta frota no Pacífico e constrói novas bases aéreas e navais nas Filipinas e no Vietnã?

Acho que tudo o que Washington pretende, de verdade, é fazer os pagadores de impostos manterem vivo o complexo forças armadas/segurança, que lava parte do dinheiro desses pagadores de impostos e o faz retornar como contribuição de campanhas políticas. Podem a Rússia e a China correr o risco de ver as palavras e atos dos EUA nessa linha limitada?

Até agora, os russos e somente os russos (e chineses) se mantiveram sensatos. Lavrov, o Ministro de Relações Exteriores da Rússia disse:

Neste estágio, temos que proporcionar a nossos parceiros a oportunidade de se acalmar. Vamos ver o que acontece em seguida. Se as acusações absolutamente infundadas contra a Rússia continuarem, se houver novas tentativas de nos pressionar por meio de poder econômico, então será tempo de reavaliar a situação.

Se os imbecis na Casa Branca, as putas da mídia de Washington e os vassalos europeus convencerem a Rússia de que a guerra é provável, a guerra será provável. Já que não há qualquer perspectiva de que a OTAN seja capaz de montar uma força que ameace a Rússia que seja pelo menos aproximadamente do tamanho e com o poder de destruição da invasão alemã de 1941, que reuniu a maior força de invasão já conhecida, a guerra será nuclear, o que significa nada mais nada menos que o fim de todos nós.

Guerra Nuclear - o dia seguinte
Não se esqueça disso, quando os EUA e suas prostitutas da mídia continuarem a tocar seus tambores de guerra. Tenha em mente ainda que a história prova, ao longo do tempo, sem qualquer sombra de dúvida, que tudo o que Washington e a mídia prostituta (presstitute no original – NT) lhe diz é mentira e segue uma agenda não declarada. Você não arrumará a situação votando em republicanos no lugar de democratas ou vice versa.

Thomas Jefferson nos contou qual é a solução desse enigma: “A árvore da liberdade precisa ser renovada de vez em quando com o sangue dos patriotas. É seu adubo natural”.

Há poucos patriotas nos EUA, mas abundam os tiranos.



[*] Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista doCreators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da ReaganomicsEx-editor e colunista do Wall Street JournalBusiness Week eScripps Howard News ServiceTestemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica. Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch e no Information Clearing House, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. 

Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, com  pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.

Libk: Faculdade de Merton, Oxford University.

Novo Sistema de Artilharia CAESAR 155mm para o Exército Brasileiro.

Nexter e Avibras anunciam acordo de cooperação em artilharia.



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Villepinte, Eurosatory, 18 de junho de 2014 – O Grupo Nexter e o grupo Avibras anunciaram na Exposição Eurosatory a assinatura de um acordo de cooperação que visa o desenvolvimento de um Sistema de Artilharia CAESAR 155 para o Exército Brasileiro, com base na mesma mobilidade, logística e de comando e Controle do Sistema ASTROS brasileiro.
 
É uma oportunidade para a Nexter consolidar sua posição no mercado sul-americano, e para a Avibras para apresentar ao Brasil um novo produto dentro do segmento de Artilharia.
 
A assinatura foi testemunhada pelo embaixador do Brasil na França, o secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa do Brasil, e representantes do Alto comando do Exército Brasileiro.
 

Brasil 247 - Andressa esposa do bicheiro "Carlinhos Cachoeira" nega ensaio para a Revista 'Playboy'.

WILSON DIAS Agencia Brasil: Depoimento da mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendon�a, � CPMI.
Foto - Goias247.
Em nota, Andressa Mendonça confirma que recebeu convite da revista para conceder uma entrevista à coluna “Mulheres que Amamos”, mas descartou a realização “de ensaios fotográficos envolvendo qualquer tipo de nudez”; ela é casada com o contraventor Carlinhos Cachoeira

21 de Junho de 2014 às 06:49