segunda-feira, 27 de julho de 2015

Paula Soria, aluna da UnB é primeira cigana a concluir doutorado na América Latina.


Foto -  Marcelo Jatobá/UnB Agência

Aluna da UnB é primeira cigana a concluir doutorado na América Latina
Paula Soria teve de deixar seu grupo, que preza a oralidade e rejeita a escrita, para estudar. Em sua tese, analisa os estigmas atribuídos aosromà na literatura.


Marcela D´Alessandro - Da Secretaria de Comunicação da UnB.



A tese de 330 páginas e a dissertação, de 112, foram pouco para preencher a necessidade e a vontade de estudar de Paula Soria. Agora doutora em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB), a pesquisadora, que pertence ao grupo romà – nomenclatura para ciganos, ratificada durante o I Congresso Mundial Romani, realizado na Inglaterra em 1971 –, espera que sua história seja exemplo para que outras romani possam trilhar trajetórias acadêmicas sem abandonarem seu povo.

Lembrando dos obstáculos que teve de enfrentar para chegar ao título, Paula se prepara para continuar no caminho da pesquisa. "Tem muita coisa para escrever ainda. Meu desejo era começar e não parar nunca mais", afirma Paula, que já pensa em desenvolver outro trabalho, abordando estudos culturais, para aprofundar o tema pelo qual se diz apaixonada.
Oriunda de uma comunidade que valoriza a oralidade e rejeita a escrita, começou os estudos aos 10 anos de idade, quando teve a permissão de seus pais. O combinado era que ela, assim como as outras romani que ingressavam na escola, deixasse os livros para se casar, aos 15 anos. Seu casamento já estava arranjado, mas Paula tinha sede de aprender desde criança.
Para seguir com seu sonho, a menina teve de deixar a casa dos pais e a família romani. Contou com a ajuda de amigos e, posteriormente, do marido não-romà para seguir com os estudos. Terminou o ensino básico, o superior e se formou jornalista na Universidade Autónoma de Honduras (UNAH). Seguiu pela Argentina e pelo Brasil, onde ingressou como aluna de graduação no curso de Artes Cênicas da UnB.
"Na minha cultura tem muitos artistas e a gente acaba achando que tem que ser artista também", afirma a romani, com bom humor. "Mas eu sempre gostei de literatura e já na minha graduação comecei a buscar disciplinas nesse campo para entender um pouco mais daquele mundo que me fascinava desde pequena".
Marcelo Jatobá/UnB Agência
Paula Soria (à esquerda) e sua orientadora Sara Almarza
No mestrado – realizado no Departamento de Teoria Literária e Literaturas da UnB –, Paula analisou, entre outros, dois romances dorom argentino Jorge Nedich e discorreu sobre a influência das representações literárias na realidade étnica romani e de que forma validaram as imagens negativas sobre os romà; também abordou a dificuldade de ruptura com esses padrões estigmatizados.
No doutorado, deu sequência aos estudos e buscou obras de autores não-romà de diversas nacionalidades que tratavam dos romà com diferentes abordagens – a maioria delas, segundo a pesquisa, preconceituosas e estereotipadas – e livros de escritores romàcontemporâneos. De acordo com Paula, estes tentavam desconstruir tais introjeções e construir uma nova identidade.
"Procurei privilegiar o olhar de dentro para fazer algo crítico, mostrar como os romàs pensam. E para que não houvesse tanto estranhamento, tentei fazer uma espécie de tradução do que os escritores apresentam e o que aquilo significa dentro da comunidade", explica Paula.
Sua orientadora nos dois trabalhos, Sara Almarza, diz que foi uma oportunidade de grande aprendizado em muitos assuntos. "Foi uma honra ter orientado essa pesquisa. Tenho 25 anos de Universidade de Brasília e este foi o trabalho de maior envergadura que já fiz", exclama, orgulhosa, a professora.
Arquivo pessoal
Paula Soria e a orientadora Sara Almarza mostram a bandeira romani após a defesa da tese no Departamento de Teoria Literária e Literaturas da UnB
MULHERES ROMANI – Paula Soria lembra que, em boa parte dos grupos, as mulheres ainda são minoria, subalternizadas pelas sociedades majoritárias e por uma cultura interna ainda patriarcal e sexista. "Elas têm que seguir o marido, obedecê-lo, trabalhar só com ele. Em grupos como o meu, as mulheres ainda têm que ir pras ruas ler mãos porque é uma tradição, mesmo que não precise. Então, aquela que consegue romper com tudo isso e ser escritora, traz uma voz muito diferente, de minoria dentro da minoria e que sobressai muitíssimo", analisa a romani que é a primeira mulher "cigana" a concluir o doutorado na América Latina.
Segundo sua pesquisa, antes dela houve um homem rom que também chegou ao título no Brasil e sua temática se referia à Biologia. Nos demais países da América Latina, não há registros de mulheres romanidoutoras.
Em sua tese, Paula afirma que, mesmo não sendo maioria entre os escritores no mundo, não são escassas as escritoras romani que se aventuram a escrever poesias, contos e romances de grande literalidade e engajamento social.
"São elas que carregam consigo a responsabilidade de transmitir a cultura, a tradição e os costumes para as novas gerações e que hoje são, visivelmente, as principais protagonistas das mudanças no seio do grupo étnico".
Paula Soria pôde observar ainda que a literatura ou a escrita não representam perda de elementos intrínsecos ao âmbito da oralidade, enaltecida pelos romà, mas permite o resgate e o registro da memória étnica e possibilita o reconhecimento desse povo perante a sociedade.
"Tenho interesse que conheçam outros aspectos do meu povo, da existência da literatura romani, do seu significado no contexto étnico atual. Dialogo com várias questões relacionadas a estereótipos, preconceitos, estigmas e a invisibilidade e silenciamentos históricos, tentando provocar também uma espécie de transformação do pensamento do leitor de minha tese ou dos artigos que penso escrever em relação aos romà", conclui.

LEIA MAIS: Governo da Paraíba realizará o I Encontro de Ciganos do Nordeste, em agosto.  http://maranauta.blogspot.com.br/2015/07/paula-soria-aluna-da-unb-e-primeira.html

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos:UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.

Governo da Paraíba realizará o I Encontro de Ciganos do Nordeste, em agosto.


Foto  - Marcia Sylas, Sangue Cigano.


Com estimativa de uma população de 61 mil ciganos espalhados em cidades do Nordeste, as lideranças e grupos das etnias Calon, Sinti e Rom se reúnem nos dias 13 e 14 de agosto, em Sousa, no I Encontro de Ciganos do Nordeste. 
O evento é uma realização do Governo do Estado em parceria com o Governo do Estado de Pernambuco. A ministra Nilma Lino Gomes, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), fará a abertura do evento.
A população cigana no Nordeste, em grande parte, não possui registro civil, consequentemente tem dificuldades para acessar programas governamentais, redes públicas de saúde e educação e outros serviços. 
De acordo com o Censo do IBGE 2010, o Brasil tem cerca de 800 mil ciganos, distribuídos em 291 cidades brasileiras. “Este evento será um espaço de discussão sobre as problemáticas, desafios, potencialidades e perspectivas vivenciadas pela população cigana do Nordeste”, disse o gerente de Equidade Racial da Semdh, Roberto Silva.
Segundo Roberto, a partir do protagonismo de lideranças ciganas, o setor público tem expressado preocupação com a execução de políticas públicas específicas para esta população. Nesta perspectiva foi elaborado o “Brasil Mais Cigano – Guia de Políticas Publicas para Ciganos (SEPPIR/PR).
“Esta realidade torna relevante o debate sobre ações afirmativas para a população cigana, pactuando ações nas diversas esferas públicas, para que a política aconteça de forma intersetorializada”, afirma.
No final do evento, serão elaboradas propostas de políticas públicas para o povo cigano, intitulada a Carta de Sousa, que será encaminhada para gestores públicos de municípios, Estados, Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial e Seppir.

LEIA MAIS: Paula Soria, aluna da UnB é primeira cigana a concluir doutorado na América Latina - http://maranauta.blogspot.com.br/2015/07/paula-soria-aluna-da-unb-e-primeira.html.

Link: http://www.paraiba.pb.gov.br/governo-realiza-i-encontro-de-ciganos-do-nordeste-em-agosto/

LINCHAMENTO. Homem acusado de assalto foi capturado e agredido até a morte por moradores da região metropolitana de Porto Alegre - RS.

Linchamentos - Barbárie Brasileira. 


Viamão - Um homem foi agredido por moradores após um assalto, na noite deste domingo, em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a Brigada Militar, a vítima, entre 40 e 50 anos, e um comparsa teriam cometido um roubo a um casal no centro da cidade. 

Cerca de 15 pessoas que estavam no local perseguiram e ao abordarem o homem, começaram as agressões. Eles só pararam de bater quando ele já estava sem vida.

Pouco depois do linchamento, um outro homem foi detido, ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para o registro da ocorrência. 

A Polícia Civil vai investigar o caso, o local do linchamento foi isolado para o trabalho dos técnicos do Instituto Geral de Perícias.


Link: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/562665/Homem-e-linchado-em-Viamao.

Maranhão tem o pior índice brasileiro dentre o efetivo de policiais militares em relação ao total da população estadual, tendo um PM para cada 816 pessoas, em penúltimo lugar vem o Piauí.

O título desta preocupante matéria foi originada de outra matéria que abaixo republicamos integralmente e que foi publicada hoje pelo Site cidadesnanet.com, na editoria de Polícia e que foi assinada pela Jornalista Odaliana Carvalho Veloso,  trás como título: "Piauí tem um PM para 796 habitantes, a segunda pior média do país".

Piauí tem um PM para 796 habitantes, a segunda pior média do país.  Postado porOdaliana Carvalho Veloso em POLÍCIA.
Teresina registrou recentemente dois homicídios em uma hora. Os assassinatos ilustram uma triste estatística e colocam o Piauí como o estado que apresentou maior aumento no número de homicídios dolosos de 2013 a 2014, segundo levantamento do G1 baseado em dados das secretarias de segurança pública estaduais.

No primeiro ano, ocorreram 501 crimes contra a vida e no ano seguinte, o número subiu para 659, um aumento de 31% nos assassinatos. Nos dois crimes registrados na noite de 8 de julho, as vítimas foram mortas a tiros e tinham entre 17 e 18 anos. No dia anterior, outro jovem já havia sido assassinado na Zona Sul da capital.

O mesmo relatório traz outro dado que reflete a sensação de insegurança: o Piauí é o segundo estado com menor número de policiais em relação ao total da população dentre os estados brasileiros: são 4.015 para uma população de 3.194.718, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2014, ou seja, um PM é responsável por cerca de 796 pessoas.

No país, o pior índice é encontrado no Maranhão, onde há um policial militar para cada 816 pessoas.

“A bala não matou apenas meu irmão, mas sim toda a família”, disse o estudante Joabson do Nascimento, de 18 anos, irmão de Paul Inccy Vieira do Nascimento, de 17 anos, assassinado no bairro Vila Nova. O jovem foi morto no início da tarde de terça-feira (7), quando levava o almoço para o pai que estava trabalhando.

A família de Paul Inccy Vieira do Nascimento culpa o governo do estado pela falta de segurança. Revoltado, o irmão da vítima afirmou que se existisse mais policiamento preventivo nas ruas, o adolescente não teria morrido.

“Na nossa região não tem policiamento, a coisa mais difícil é a gente encontrar um policial fazendo ronda. A polícia poderia fazer mais abordagens, dessa forma os bandidos não andariam armados ou seriam presos, e meu irmão poderia estar entre nós agora”, falou Joabson da Silva.

De acordo com o delegado Humberto Mácola, da Delegacia de Homicídios, Paul Inccy pode ter sido morto por um acerto de contas. “Ainda é prematuro afirmar algo, mas, pelas características, foi um acerto de contas, pois os criminosos já chegaram atirando e não falaram nada”, contou.


Déficit de policiais - Se o número de militares é considerado insuficiente, quando se trata de policiais civis a situação do estado é ainda mais grave: há 871 policiais civis no estado – o que corresponde a apenas um agente por 3.668 habitantes. Um déficit, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), de 1.500 policiais.

ANCINE realiza seminário sobre Fundo Setorial do Audiovisual no Maranhão. Evento acontece no dia 31 de julho, no Cine Praia Grande, em São Luís, as inscrições são gratuitas.


A ANCINE, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (SECMA) e da Associação dos Produtores Cinematográficos do Maranhão - APROCIMA, realiza no dia 31 de julho o Seminário Fundo Setorial do Audiovisual - FSA, em São Luís, no Maranhão. 

Ministrado pelo Coordenador de Planejamento de Fomento da ANCINE, Rodrigo Camargo, o seminário é voltado a produtores de conteúdo audiovisual. Na pauta, orientações sobre as ações de financiamento do Programa Brasil de Todas as Telas, em especial sobre o Edital de Seleção de Projetos Audiovisuais do Maranhão, que conjuga recursos do Programa Brasil de Todas as Telas, gerido pela ANCINE, e do governo estadual.

Por meio desse edital, serão investidos R$ 3 milhões na produção de dois longas-metragens, dois telefilmes e dez curtas-metragens. Deste valor, R$ 2 milhões serão aportados pelo Programa Brasil de Todas as Telas e R$ 1 milhão virá do orçamento da SECMA. 

Podem concorrer aos recursos destinados ao apoio a projetos de longa-metragem e telefilme empresas produtoras estabelecidas no Maranhão há pelo menos um ano. Já os projetos de curta-metragem podem ser apresentados por pessoas físicas ou produtoras sem fins lucrativos residentes no Maranhão há no mínimo três anos.

Interessados em participar do Seminário FSA, que acontece no Cine Praia Grande, na cidade de São Luís, devem enviar o pedido para o e-mail contatoaprocima@gmail.com, incluindo nome completo, CPF e RG no corpo da mensagem. As inscrições ficam abertas até o dia 30 de julho, ou até o preenchimento total das vagas.

Apoio ao desenvolvimento da produção regional brasileira

O Programa Brasil de Todas as Telas é a maior e mais importante iniciativa de fomento ao setor audiovisual já desenvolvida no país. Uma das ações, no eixo que visa fomentar a produção e difusão de conteúdos, busca estimular o desenvolvimento regional da produção brasileira por meio de parcerias com governos municipais e estaduais.

A suplementação de recursos do Programa é proporcional ao aporte dos órgãos e entidades locais seguindo os seguintes parâmetros: até duas vezes os valores aportados pelos órgãos e entidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e até uma vez e meia os valores aportados pelos órgãos e entidades da região Sul e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. No caso do Rio de Janeiro e de São Paulo, o programa investe até o mesmo valor disponibilizado.

Seminário Fundo Setorial do Audiovisual
Data: Sexta-feira, 31 de julho

Horário: das 09h às 12h30
Inscrições até às 12h do dia 30 de julho, pelo e-mail contatoaprocima@gmail.com.
Endereço: Cine Praia Grande, Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, Rampa do Comércio, nº 200, Praia Grande, São Luís - MA.
Número de vagas: 120

Leia o material abaixo:





Morre em São Luís Natalino Salgado, pai do Reitor da UFMA Natalino Salgado Filho. O óbito ocorreu esta madrugada.

Por: William Junior, em 27 /07 /2015.
Faleceu na madrugada de hoje (27) aos 95 anos de idade, Natalino Salgado, pai do Reitor da UFMA Natalino Salgado Filho e do ex-prefeito de Pindaré, Henrique Salgado. Natalino estava internado no hospital Universitário Presidente Dutra, na capital São Luis, onde tratava de problemas de saúde há algumas semanas.
natalino
Foto - http://portalpindare.com.br
Auditor fiscal federal aposentado, Natalino nasceu no dia 25 de dezembro de 1919 e deixa 8 filhos, 16 netos e 18 bisnetos. Foi casado por toda a vida, com Ivete Salgado, que faleceu em 2013. O velório está acontecendo na Pax União, localizada na Rua Oswaldo Cruz, em São Luís e o sepultamento será às 16 horas desta segunda – feira (27) no Cemitério do Gavião, centro da capital.

domingo, 26 de julho de 2015

Violência. 'Quem lincha sabe que tem respaldo social no Brasil', diz pesquisadora.

Da BBC Brasil no Rio de Janeiro.

Pesquisadora defende que há uma série de fatores que permeiam um clima de aceitação e de impunidade em relação a linchamentos, sendo que a atuação da polícia é algo crucial.
O caso de Cleidenilson Pereira da Silva, de 29 anos, espancado e esfaqueado até a morte no início de julho após ser amarrado a um poste em São Luís, no Maranhão, chocou o país. Cercado e atacado por um grupo após uma acusação de roubo, ele foi linchado em plena luz do dia. No Rio de Janeiro, na segunda-feira, Newton Costa Silva também foi espancado até a morte na favela da Rocinha, acusado de tentar matar uma mulher e seus dois filhos.
Em comum, os dois casos trazem à tona a inegável brutalidade dos linchamentos, um fenômeno que tem chamado a atenção no país.
Apesar de justiçamentos pelas próprias mãos configurarem crimes de homicídio ou lesão corporal, o comportamento de alguns setores da população, de parte da polícia e até mesmo da mídia revela por vezes um clima de aceitação da violência quando cometida contra um suposto criminoso, na opinião da pesquisadora Ariadne Natal, doutoranda em Sociologia pela USP.
"Quem lincha sabe que tem respaldo social para isso no Brasil. Quem está ali linchando sabe que não haverá depoimentos de testemunhas nem maiores investigações ou punições", afirma Natal, que analisou 589 casos de linchamento na região metropolitana de São Paulo entre 1980 e 2009.
Outro levantamento do Núcleo de Estudos da Violência (NEV), também da USP, identificou 1.179 linchamentos entre 1980 e 2006 em todo o Brasil.
A pesquisadora cita fatores como a falta de ação da polícia para explicar o clima de aceitação e de impunidade. "Caso a polícia fosse orientada a deter, investigar e ajudar a punir os responsáveis, certamente poderíamos coibir de forma mais intensa os linchamentos ocorridos no país", afirmou a especialista em entrevista à BBC Brasil.
Dos 589 casos que analisou em um período de 30 anos, apenas um foi a julgamento. "É preciso que a polícia passe a ver os linchamentos como um problema, como um crime a ser investigado e punido, e não como uma solução", afirma.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista que ela concedeu à BBC Brasil: