sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Artigo. Brasil, o que é estratégico?

13.11.2015 | Fonte de informações: 

Pravda.ru.

 
O que é estratégico?. 23240.jpeg
Foto - Pravda.ru

Demonstrando abissal ignorância sobre o que é, ou não, estratégico, ou então desprezo pela segurança nacional, os falsos desenvolvimentistas, desde JK (1956-1960), consideraram que bastava ter sob comando nacional as telecomunicações, a energia, notadamente o petróleo, e a área nuclear.

Adriano Benayon * - 16.10.2015.

Se olhassem com seriedade para a História, teriam percebido que nenhum país foi capaz de se defender, tendo entregado sua economia e suas finanças a controle estrangeiro. Isso se tornou cada vez mais nítido, à  medida que a capacidade bélica foi ficando mais dependente da indústria e da tecnologia.

Mas, mesmo antes do século XVIII, quando a sorte nas armas se vinculou à mecânica pesada e às indústrias básicas -  que lhe fornecem insumos -, as guerras, sempre foram movidas a dinheiro, tal como a política.

Revela-se, pois, enorme e múltipla a leviandade dos dirigentes do País, uma vez que o "modelo econômico brasileiro", de JK aos governos militares, se caracterizou, não só pela dependência tecnológica, mas também pela dependência financeira.

Depois, isso continuou a agravar-se, culminando com as manipulações eleitorais que levaram às presidências de Collor e FHC, nas quais, além de tudo, as Forças Armadas foram deliberadamente debilitadas.

E por que isso foi possível? Porque quem monopoliza o dinheiro grosso e comanda a mídia submissa, determina as políticas.  Claro que essas não foram as de interesse do País.

Acaso? Não, mas, sim, algo que se desenhou com o  golpe de agosto de 1954, quando as decisões econômicas foram entregues a "técnicos" do agrado dos centros financeiros angloamericanos.

Desde o final dos anos 50, o domínio dos carteis multinacionais sobre a economia resultou em enormes déficits de transações correntes: esses carteis transferiram ao exterior - principalmente como despesas - lucros de fato, decorrentes dos preços elevadíssimos, no mercado interno, dos bens aqui produzidos e dos importados, e preços baixos na exportação.

Daí derivou absurda dívida externa,  inflada também com os juros e demais despesas decorrentes do financiamento externo de investimentos públicos e privados efetuados no País.

Afora os colossais pagamentos do serviço da dívida externa, ao exterior, ainda maiores nos anos seguintes à  Constituição de 1988, parte dessa dívida foi transformada em interna, a qual passou a crescer exponencialmente, em função de juros e correção monetária absurdos - mais um sinal de que o País não tem autonomia política.

Montou-se, assim, a engrenagem viciosa, através da qual a dependência política alimenta o crescimento da dependência econômica, a qual acentua a submissão política,  e assim por diante.

O conceito adotado por pró-imperiais assumidos e inconscientes, era que se deveria abrir às grandes transnacionais, com matrizes no exterior, as indústrias de transformação - consideradas não-estratégicas -  como  a de bens de consumo durável, inclusive veículos automotores,  o ridículo carro-chefe da arrancada para o falso desenvolvimento.

Tão grande foi a irresponsabilidade para com o País e seu futuro, que - através das Instruções da SUMOC, a partir de janeiro de 1955 -  propiciaram subsídios desmedidos para que os carteis industriais estrangeiros se assenhoreassem facilmente do mercado brasileiro, que nunca lhes esteve fechado.

Ademais, permaneceram abertas as brechas que permitiram crescente penetração do capital estrangeiro no sistema financeiro do País.

Sessenta anos depois, passados numerosos governos aparentemente diferentes, deu-se a desnacionalização praticamente completa, a causa da desindustrialização.

O balanço é o pior possível:

a) a dívida interna, que continua crescendo exponencialmente, por efeito da capitalização de absurdos juros, já atingiu mais de R$ 3,8 trilhões; 

b)  boa parte dos títulos pertence a residentes no exterior; 

c) o passivo externo financeiro bruto - onde avultam os investimentos estrangeiros diretos (IEDs) - supera US$ 1 trilhão.

Os IEDs acumularam-se principalmente com recursos estatais,  subsídios governamentais e reinvestimento de lucros, o que denuncia a natureza autorretroalimentada do processo de desnacionalização.

Finaliza-se o processo, com o enfraquecimento e maior infiltração da própria Petrobrás por interesses forâneos, além de preparar-se luz verde a petroleiras transnacionais para apoderar-se das reservas descobertas pela estatal. Além disso, deterioraram-se e desnacionalizaram-se infra-estruturas essenciais, como as de energia, transportes e comunicações.

Não bastasse isso tudo, a engenharia civil,  último ramo sobrevivente com tecnologia competitiva,  está sob fogo interno, teleguiado do exterior,  para que os mercados que conquistou no Brasil, e fora dele, também caiam sob controle de empresas estrangeiras.

O Brasil está inerme, com seus recursos terrestres, águas e subsolo, dotado de minerais preciosos e estratégicos, tudo aberto ao saqueio das corporações estrangeiras.  Grande parte do território amazônico foi subtraído à jurisdição efetiva do País, sob o pretexto de demarcar terras supostamente indígenas.

Que aconteceria se mudasse de política? A violência das intervenções imperiais na Líbia, Iraque e Síria, entre outras, deveria  alertar para reverter  as políticas levianas aqui praticadas, há mais de 60 anos.

Mauro Santayana afirma que o Brasil talvez seja o país mais indefeso do mundo, e o pouco que ainda tem de empresas nacionais na indústria bélica está sendo  adquirido  por grupos estrangeiros,  ou controlado por estes mediante associações, principalmente as firmas  que desenvolveram tecnologia militar, nos últimos anos.

A vulnerabilidade decorre também do baixo conteúdo local das peças do equipamento de defesa, mesmo no caso de blindados ligeiros. Que dizer das carências em tecnologia eletrônica, até mesmo chips desenhados e fabricados no País?

Esse é o resultado da entrega, favorecida pelos governos, do controle do grosso da economia a empresas e grupos financeiros  transnacionais.  Era questão de tempo a entrega também dos setores ditos estratégicos.

Em vez de "lideranças" civis e militares cuidarem disso, ignoraram que o  desenvolvimento econômico verdadeiro só se faz com capital nacional e tecnologia nacionais.

Além disso,  tiveram a visão ofuscada pela crença que lhes foi inculcada, de que o inimigo estratégico seria o comunismo, termo em que foi abusivamente englobado tudo que desagradasse o império e seus adeptos locais.

.Nas lideranças e cidadãos, em geral, foram incutidas divergências  ideológicas que se tornaram fossos intransponíveis, geradores de exclusões, perseguições e conflitos envenenados.

Assim, além da economia dominada, o que, mormente após a pseudo-democratização de 1988, levou os interesses antinacionais a controlarem o sistema e as decisões políticas, acelerando a desindustrialização e primarização da economia, a falência estratégica  foi acentuada pela falta de coesão nacional.

Para esta deficiência estratégica contribuiu a abertura ao arrasamento da cultura e dos valores éticos, através da permissividade das "autoridades" para com os  meios de comunicação mundiais e locais, acompanhada da deformação dos fatos políticos e econômicos em todo o mundo.

Se é que o poder emana do povo, que poder emanaria de um povo submetido a processos de psicologia aplicada e a outras intervenções destinadas a apassivá-lo?


Machiavello  ensinou que "o poder emana do ouro e das armas." Nesta vertente, como o  Brasil precisa ter poder para viver com dignidade, e até para sobreviver, impõe-se  entender que:

a)   o desenvolvimento econômico e social é indispensável para a defesa e segurança;

b) ele depende de autonomia, tanto nas decisões governamentais como na das empresas.

* - Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

Maranhão - Menor integrante da facção “bonde dos 40” afronta a policia fazendo arrastão em escola próxima a Seic.

Foto - Seic - Handson Chagas.
O elemento conhecido como Vitinho, traficante e homicida, ele controla a região da Vila Sapo, sendo bastante temido em todo o Bairro da Areinha.
Supostamente tendo 15 anos, mostrando ousadia, afrontou o aparato polícial do Maranhão, ao tocar o terror logo cedo, invadindo na manhã da ultima quinta-feira 12, a Unidade Escolar Dr. Antônio Jorge Dino, localizada no Bairro de Fátima, em frente à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). 

O acusado que é morador da Vila Sapo no Bairro da Areinha, portava arma de fogo e estava acompanhado de mais dois comparsas durante a ação criminosa. Segundo testemunhas, ele teria tocado o terror na unidade de ensino estadual e fugiu pelos fundos após a chegada da polícia ao local, mas prometendo voltar. 

Foto - Atual7.com
Recentemente, na Rua do Peixe, também no Bairro de Fátima, durante troca de tiros com elementos da facção rival por disputa no controle do tráfico de entorpecentes na região, o acusado e seu bando, na troca de tiros, acabou assassinando a adolescente Ana Paula de Sousa Soares, de 14 anos. Na confusão, outras três pessoas ficaram feridas a tiros. 

Uma semana antes, o menor teria assassinado Joedysson Reis Goulart, de 15 anos, a tiros, na mesma rua. Ele chegou a ser apreendido por homens da Polícia Militar, mas não chegou a passar um mês longe das ruas. A briga entre traficantes da Rua do Peixe e da Vila Sapo é antiga e envolve as facções criminosas do Primeiro Comando do Maranhão (PCM), que comanda a primeira, e o Bonde dos 40, que comanda a segunda.


Continue lendo aqui: São Luís - Oito pessoas baleadas e uma adolescente morta em intenso tiroteio no Bairro de Fátima. http://maranauta.blogspot.com.br/2015/04/sao-luis-oito-pessoas-baleadas-e-uma.html


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Grande Fortaleza registrou uma chacina com 11 vítimas nesta madrugada. Policiais Militares são acusados por parentes das vítimas.

quinta 4 009

Em entrevista na manhã de hoje à TV Verdes Mares, familiares de algumas das 11 pessoas assassinadas na madrugada desta terça-feira (12) nos bairros Curió, Lagoa Redonda e São Miguel, acusaram policiais militares “fardados” de invadirem residências e matar as vítimas. 

Já a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) decidiu montar uma força-tarefa para apurar a matança. “Eles invadiram nossas casas, arrastaram as pessoas e mataram com tiros na cabeça. Estavam fardados e não respeitaram nem as crianças que estavam dormindo”, contou uma mulher à Reportagem.  Outra  moradora, uma jovem, informou que sua residência foi atacada por “policiais”, que arrastaram seu sobrinho e o executaram com vários tiros na cabeça.


Em entrevista  à TV, logo após os relatos dos moradores, o chefe do Comando do Policiamento da Capital (CPC), coronel PM Francisco Souto, explicou que todas as informações que  todas as colhidas deverão ser apuradas pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ficará responsável pela investigação das 11 execuções sumárias.

Identificação - Das 11 vítimas mortas entre zero e 3 horas da madrugada desta quinta-feira, apenas quatro corpos haviam chegado à sede da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) até o fim da manhã. 

Três deles não haviam sido identificados. Somente  um foi cadastrado na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), já devidamente qualificado. Tratava-se de Antônio Álisson Inácio Cardoso, cujo corpo foi recolhido por volta de 0h20 na Rua Lucimar de Oliveira, no bairro Curió. No mesmo local, outro cadáver foi encontrado. O duplo assassinato se somou a mais nove execuções.

O terceiro corpo (do sexo masculino) foi encontrado, crivado de balas, por volta de 1h20, na Rua Professor José Artur de Carvalho, também no Curió. E o quarto, por volta de 1h20, na Avenida Professor José Artur de Carvalho, no mesmo bairro, totalizando quatro execuções.

Além deles, mais sete pessoas foram executadas nas horas seguintes. O último assassinato ocorreu já por volta de 3 horas, na esquina das ruas Elza Leite Albuquerque e Joana Soares, no Conjunto São Miguel.

quinta3 001
Foto - http://camocimimparcial.blogspot.com.br/
No “Frotinha” de Messejana, pelo menos, nove pessoas baleadas deram entrada ali durante a madrugada e quatro acabaram falecendo ainda na Emergência. 

Entre os mortos estariam dois adolescentes cujos corpos, juntamente com o de um terceiro rapaz, foram transportados até o hospital na caçamba de uma pick-up. As imagens da chegada dos feridos foram registradas em um vídeo publicado, em primeira-mão, pelo site cearanews7.com.br ainda no começo da manhã desta quinta-feira. 

Quatro delegados estarão no comando das investigações sobre a chacina, com uma equipe de 15 inspetores e escrivães. Por determinação da SSPDS, outros  setores das polícias Civil e Militar vão colaborar nas diligências, como a Unidade Tático Operacional (UTO) da Divisão Antissequestro (DAS), e a Coordenadoria de Inteligência Policial (CIP), órgão integrante do Comando-Geral da PM.

Hipóteses - Pelo menos, três linhas de investigações estão sendo consideradas. Uma delas, suposta vingança pelo assassinado de um traficante, na tarde de ontem, no Anel Viário.  Tratava-se de Lindemberg Vieira Dias, que sofreu uma emboscada e foi executado com mais de 30 tiros de fuzil e pistolas. Ele tinha acabado de sair do Presídio do Carrapicho, em Caucaia. Lindemberg era o chefe de uma das quadrilhas que atuam na Grande Messejana.

A segunda linha,  diz respeito a uma possível retaliação entre dois grupos de traficantes pela prisão, no dia anterior, do traficante de drogas  Carlos Alexandre Alberto da Silva, o “Castor”, capturado com um fuzil e uma pistola de calibre 45 milímetros, numa operação de policiais do 6º DP (Messejana),  em Pacatuba.

Por fim, a terceira linha da apuração, não descarta a hipótese de uma vingança pelo assassinato de um policial militar, ocorrido durante assalto no bairro  Lagoa Redonda, na noite de quarta-feira. O soldado Valtemberg Chaves Serpa, 32, foi baleado e morto ao reagir contra assaltantes que haviam rendido sua esposa, em um Centro de Treinamento de Futebol.

Eleições 2016. STF Suspende a norma que permitia doações anônimas a candidatos. ADI 5394 decisão liminarmente.

Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu pedido de liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5394 para suspender a eficácia de dispositivo da Lei Eleitoral (9.504/1997) que permitia doações ocultas a candidatos. A ação foi ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sob a alegação de que o dispositivo impugnado viola os princípios da transparência, da moralidade e favorece a corrupção, dificultando o rastreamento das doações eleitorais. A regra vale já para as eleições municipais de 2016.
Os ministros decidiram pela suspensão da expressão “sem individualização dos doadores”, constante do parágrafo 12 do artigo 28 da Lei Eleitoral, acrescentado pelo artigo 2º da Lei Federal 13.165/2015, que instituiu as chamadas “doações ocultas”, aquelas em que não é possível identificar o vínculo entre doadores e candidatos. A decisão tem eficácia ex tunc, ou seja, desde a sanção da lei.
Em voto pela concessão da liminar, o relator da ADI 5394, ministro Teori Zavascki, entende não haver justificativa para a manutenção das doações ocultas que retiram transparência do processo eleitoral e dificultam o controle de contas pela Justiça Eleitoral. Para o ministro, a norma impugnada, ao introduzir as doações ocultas, permite que doadores de campanha ocultem ou dissimulem seus interesses em prejuízo do processo eleitoral.
No entendimento do relator, o dispositivo impugnado retira transparência do processo eleitoral, frustra o exercício adequado das funções da Justiça Eleitoral e impede que o eleitor exerça com pleno esclarecimento seus direitos políticos. Esses motivos, além da proximidade do ciclo eleitoral de 2016, salienta, são mais que suficientes para caracterizar a situação de prioridade para o STF deferir a cautelar para suspender a norma.
“Ao determinar que as doações feitas a candidatos por intermédio de partidos sejam registradas sem a identificação dos doadores originários, a norma institui uma metodologia contábil diversionista, estabelecendo uma verdadeira cortina de fumaça sobre as declarações de campanha e positivando um controle de fantasia. Pior, premia um comportamento elusivo dos participantes do processo eleitoral e dos responsáveis pela administração dos gastos de campanha. Isso atenta contra todo um bloco de princípios constitucionais que estão na medula do sistema democrático de representação popular”, ressaltou.
Segundo ele, esses dados possuem valor não apenas após as eleições, na forma de um diagnóstico final da arrecadação e dos gastos realizados, mas especialmente antes de sua realização, quando os eleitores ainda podem alterar sua opção de voto. Em seu entendimento, essas informações são essenciais para habilitar o eleitor a fazer um prognóstico mais realista da confiabilidade das promessas de campanha.
“Afinal, o conhecimento dos nomes dos doadores ilumina conexões políticas facilmente subtraídas do público nos discursos de campanha, denunciando a maior ou menor propensão dos candidatos e partidos a abandonar suas convicções ideológicas em posturas de pragmatismo político questionáveis, como o fisiologismo, que, se conhecidas de antemão, poderiam sofrer a rejeição do eleitorado”, assinalou.
O ministro destacou que a divulgação das informações, além de beneficiar a democracia ao permitir decisão de voto mais informada, possibilita o aperfeiçoamento das políticas legislativas de combate à corrupção eleitoral ajudando a denunciar as fragilidades do modelo e inspirando proposta de correção. Frisou ainda que a transparência é um instrumento fundamental ao acesso à informação, exigível a todas as instâncias da administração pública, mas especialmente na regulamentação das eleições, inclusive por força da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, internalizada pelo Brasil em 2006.
“O retrocesso é bem mais significativo que o desfalque instrumental nas prestações de contas. Na verdade, ele enseja o amesquinhamento das condições ideais para a fruição de uma experiência eleitoral verdadeiramente democrática”, finalizou.
O ministro Marco Aurélio votou pelo deferimento da liminar, porém com eficácia ex nunc (que não retroage) da decisão.
PR/FB

Processos relacionados
ADI 5394

Líbano. Duplo atentado suicida deixa 37 mortos e 181 feridos em Beirute.

Da Agência Lusa
Atentado em Beirute
Segundo a polícia libanesa, dois suicidas deslocaram-se a pé até perto da mesquita xiita do imã Al-Hussein e explodiram a carga que levavam presa aos respectivos corposAgência Lusa/EPA/Nabil Mounzer





















Pelo menos 37 pessoas morreram e 181 ficaram feridas hoje (12) em um duplo atentado suicida em Beirute, no Bairro de Burch al-Barachne, uma das fortalezas do grupo xiita libanês Hezbollah.
Segundo a polícia libanesa, dois suicidas deslocaram-se a pé até perto da mesquita xiita do imã Al-Hussein e explodiram a carga que levavam presa aos respectivos corpos em frente a um centro comercial de Burch al-Barachne, nos subúrbios do Sul de Beirute.
A Cruz Vermelha informou que 37 pessoas morreram e 181 ficaram feridas nas explosões. Um fotógrafo da agência de notícias francesa AFP descreveu graves danos em edifícios próximos do local da explosão e cadáveres dentro de algumas lojas próximas.
De acordo com o fotógrafo, havia sangue nas ruas e as forças de segurança tentavam fechar a zona do crime, de modo a impedir a concentração de pessoas.
A explosão foi a primeira nos subúrbios de Beirute desde junho de 2014, quando uma viatura armadilhada matou um agente da segurança que tentava prender o homem-bomba.
Atentado em Beirute
A explosão foi a primeira nos subúrbios de Beirute desde junho de 2014Agência Lusa/EPA/Wael Hamzeh
Antes disso, uma série de ataques atingiu bases do Hezbollah em todo o país. Entre julho de 2013 e fevereiro de 2014 ocorreram nove ataques a zonas controladas pelo Hezbollah, a maioria dos quais reivindicada por extremistas sunitas.

Os grupos declararam que os ataques tinham sido uma vingança contra a decisão do Hezbollah, que enviou milhares de combatentes para a vizinha Síria, afim de apoiar as forças do presidente Bashar al-Assad contra a rebelião dominada pelos sunitas.
Estações de TV locais exibiram imagens de pessoas feridas sendo transportadas por serviços de emergência e por civis.
“Eu tinha acabado de chegar à zona das lojas quando ocorreru a explosão. Carreguei quatro cadáveres com minhas próprias mãos, três mulheres e um homem", disse Zein al-Abideen Khaddam a uma das emissoras.

Link:http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-11/duplo-atentado-suicida-deixa-37-mortos-e-181-feridos-em-beirute

Presidenta Dilma sanciona a lei nº 13.888 de 11.11.2015, disciplina o direito de resposta na mídia.

Da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff sancionou com veto a lei que disciplina o direito de resposta ou retificação de pessoas ofendidas nos meios de comunicação social.  A lei foi publicada hoje (12) no Diário Oficial da União.

O texto determina o direito de resposta à pessoa (física ou jurídica) ofendida por qualquer reportagem, nota ou notícia “divulgada por veículo de comunicação social, independentemente do meio ou plataforma de distribuição, publicação ou transmissão que utilize, cujo conteúdo atente, ainda que por equívoco de informação, contra a honra, intimidade, reputação, conceito, nome, marca ou imagem”.

Foi vetado o parágrafo que afirmava que o ofendido poderia requerer o direito de resposta ou retificação pessoalmente nos veículos de rádio e televisão. O trecho foi alvo de divergência entre a Câmara e o Senado.  

A Lei 13.888, de 11 de novembro de 2015, afirma que a resposta poderá ser divulgada, publicada ou transmitida no mesmo espaço, dia da semana e horário em que ocorreu o agravo e deverá ser exercida no prazo de 60 dias, “contados da data de cada divulgação, publicação ou transmissão da matéria ofensiva”.

Link da Lei nº 13.888 de 11.11.2015 - Disciplina o direito de resposta na mídia. http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13188.htm





quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Brasil - TSE aprova calendário eleitoral das eleições municipais de 2016.

elei%C3%A7%C3%B5es.png (600×363)
As datas do processo eleitoral previsto para 2016, quando serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros, foram aprovadas nesta terça-feira (10) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

O Calendário Eleitoral das Eleições Municipais de 2016 define as datas que devem ser respeitadas pelos partidos políticos, candidatos, eleitores e pela Justiça Eleitoral.

O calendário aprovado reflete as alterações promovidas pela Lei 13.165, aprovada pelo Congresso Nacional em 29 de setembro de 2015, que alterou o tempo de duração do processo eleitoral ao modificar o período das convenções partidárias, a data limite para o registro dos candidatos e o período das propagandas eleitorais, entre outras mudanças.

A eleição vai ocorrer no dia 2 de outubro, em primeiro turno, e no dia 30 de outubro, quando houver segundo turno (nas eleições municipais, apenas cidades com mais de 200 mil eleitores podem ter segundo turno). Quem quiser ser candidato no próximo ano precisa se filiar a um partido político até o dia 2 de abril de 2016, ou seja, seis meses antes da data das eleições. Pela regra anterior, o cidadão precisava estar filiado a um partido político um ano antes do pleito para participar da disputa.

As convenções partidárias para a escolha dos candidatos e as decisões sobre coligações devem ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto de 2016. O prazo antigo estipulava que as convenções partidárias deveriam ocorrer entre os dias 10 e 30 de junho do ano da eleição.

Os pedidos de registro de candidatos devem ser apresentados pelos partidos políticos aos cartórios eleitorais até as 19h do dia 15 de agosto de 2016. Pela regra passada, esse prazo terminava às 19h do dia 5 de julho. O novo calendário também incorpora a redução da campanha eleitoral de 90 para 45 dias, prevista para começar em 16 de agosto.

O período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV também foi diminuído de 45 para 35 dias, tendo início em 26 de agosto, em primeiro turno.

Clique aqui para acessar a íntegra do Calendário Eleitoral das Eleições de 2016.

Edição: Fábio Massalli