quarta-feira, 19 de abril de 2017

São Luís. Vereador Chaguinhas apresenta relatório de visitas a 36 escolas e denuncia falta de merenda escolar.

Foto - Vereador Chaguinhas (PP).
Durante a sessão da terça-feira, 18, o vereador Francisco Chaguinhas (PP)  utilizou a tribuna da Câmara Municipal de São Luís, para apresentar aos demais vereadores o relatório feito  sobre a vistoria que fez  nos prédios das escolas da rede pública municipal da capital. 

Ao todo, foram 36 escolas visitadas pelo parlamentar nesta primeira etapa. "Visitamos cerca de 36 escolas e pude ver o quanto as mesmas estão em situações críticas, tanto na parte de infraestrutura quanto na parte da segurança dos alunos. É preciso olhar mais para a educação de nossa capital. O gestor, hoje, tem por obrigação fazer as garantias de direitos de toda a comunidade escolar. É triste vermos essa situação, chegamos ao absurdo dos absurdos", disse.

Segundo o parlamentar progressista, a educação nunca foi prioridade na gestão do atual prefeito, que, mais uma vez, mostrou que não governa para o povo.

"Lamentável ver que nessa gestão, a educação nunca foi prioridade. O gestor investe em outras pastas, mas a educação fica à mercê do Poder Executivo,  e quem paga com tudo isso é o povo que fica penalizado, mediante a tanta irresponsabilidade do gestor municipal", disse.

Merenda Escolar 

Na oportunidade, Chaguinhas cobrou uma resposta do secretário de Educação, Moacir Feitosa, e do prefeito o porquê da falta da merenda escolar nas escolas da rede municipal de ensino. Segundo o Sindicato dos Professores, isso prejudica o calendário escolar, pois os alunos estão sendo liberados antes do previsto. Chaguinhas ainda cobrou uma resolução imediata do Executivo Municipal.

"A prefeitura de São Luís, hoje, deixa as crianças sem o lanche da escola. Com isso, a direção é orientada a liberar mais cedo os alunos. Ora, isso prejudica o calendário escolar e prejudica o aprendizado das nossas crianças. Peço a sensibilidade do Executivo Municipal para que venha resolver o mais rápido possível essa problemática”, finaliza

Texto: Davi Max.

Brasil. Conflitos no campo aumentam 26% e batem recorde, diz Comissão Pastoral da Terra.

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Foto - ciberia.com.br
Os conflitos no campo registrados no Brasil aumentaram de 1.217, em 2015, para 1.536, em 2016, o que representa um aumento de 26%, segundo relatório anual apresentado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) nesta segunda-feira (17), em Brasília. Desse total, 1.079 resultaram em violência.
De acordo com a entidade, é a estatística mais elevada desde quando a pesquisa começou a ser feita, em 1985.
Do total de conflitos, 1.295 estão relacionados à luta pela terra, incluindo desde situações de despejo e ameaça até os casos de morte. Outros 172 são disputas por água – maior número desde quando a CPT começou a catalogar esses casos específicos, em 2002.
Além disso, houve 69 conflitos referentes a questões trabalhistas, sendo 68 deles somente ocorrências de trabalho escravo.
O número de assassinatos no campo foi outro destaque, tendo saltado de 50 para 61 no mesmo período, o que configura um aumento de 22%.
No documento da CPT, com 230 páginas, também se sobressai a evolução do número de pessoas encarceradas por conflitos no campo, que passou de 80 para 228, o que representa um aumento de 185%. Além disso, as ameaças de prisão saltaram de 49 para 265 – uma diferença de 441%.
Para o secretário da coordenação nacional da CPT, Antônio Canuto, os dados traduzem a questão conjuntural do país, evidenciando o contexto de avanço conservador, que teria empoderado os diferentes agentes de violência. “Nós tivemos um golpe contra a democracia, e isso se reproduz em diversos golpes contra as populações do campo”, afirmou o secretário.
Para o geógrafo e militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Valdir Misneroviz, que participou da coletiva de lançamento do relatório representando o MST, o cenário atual exige atenção porque aponta para o risco de agravamento dos conflitos.
“Os dados são alarmantes e demonstram por si só a gravidade do momento que estamos vivendo. Ao mesmo tempo em que há ausência de ações do Estado na perspectiva de encontrar solução para os conflitos, há a tendência de isso caminhar para um universo de mais violência”, afirmou o militante, que ficou mais de cinco meses preso no ano passado acusado de pertencer a uma organização criminosa.

Assassinatos e impunidade

Antônio Canuto destacou ainda que, na série histórica de 1985 a 2016, houve 1.387 assassinatos no campo, com um total de 1.834 vítimas. “Isso porque há casos que atingem mais de uma pessoa, como ocorreu no massacre de Eldorado dos Carajás, que teve 21 trabalhadores assassinados”, explicou.
Mais alarmantes ainda são os números que tratam da judicialização dos referidos casos de assassinato: ao longo dos 32 anos de catalogação, apenas 112 foram julgados, com 31 mandantes condenados e 14 absolvidos. No caso dos executores, 92 obtiveram condenação e 204 foram absolvidos pela Justiça.
“Se a gente for atrás dos 31 mandantes condenados, por exemplo, não vamos achá-los em nenhuma cadeia porque todos eles estão soltos. O que temos aí é a evolução da impunidade”, apontou o secretário.

Legislativo

Para o geógrafo Marco Antônio Mitidiero Júnior, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o aumento da violência no campo se comunica diretamente com a configuração do Parlamento brasileiro. Ele aponta que as eleições de 2014 levaram ao Congresso Nacional a bancada mais conservadora desde 1964.
O pesquisador destaca a forte presença dos ruralistas, hoje com mais de 200 deputados federais, diante do baixo número de deputados ligados a frentes sindicais e movimentos populares, que reduziu de 83 para 46 no último pleito.
Os dados integram o último levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). Para Júnior, tal correlação de forças resulta em um processo de “violência legislativa”.
“Isso nos leva a uma série de projetos de lei que ferem uma constelação de pessoas. Se a legislação trabalhista, por exemplo, vem sendo atacada, isso desprotege também o trabalhador rural, que tem especificidades laborais que precisam ser levadas em conta”, disse o pesquisador.
“Não estamos falando de um conceito científico, mas sim de uma noção de violência política institucionalizada, e a maior parte dessas iniciativas vem da Câmara dos Deputados”, acrescentou.
Ele salientou ainda que, entre as matérias que estão atualmente em debate no Legislativo nacional, pelo menos 40 colocam em xeque direitos das populações do campo.
“Isso ainda é um número mínimo porque, se levarmos em conta que há Projetos de Lei (PLs) com até 18 outros PLs apensados, que são aqueles que tramitam em conjunto porque tratam do mesmo tema, temos muito mais ameaças”, finalizou.

São Paulo. Denúncia do MP-SP sobre triplex atribuído a Lula é rejeitada por ser vaga demais.

Uma acusação de 102 páginas contra representantes da empreiteira OAS e da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) acaba de ser rejeitada pela Justiça de São Paulo com a absolvição sumária (antes do julgamento do mérito) de todos os réus — incluindo o executivo José Aldemário Pinheiro, sócio da OAS, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
denúncia do Ministério Público de São Paulo, que inicialmente incluía o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e familiares, deve ser arquivada por “alegações vagas” e uma série de erros – um dos executivos da OAS, por exemplo, foi acusado de ter praticado crimes em 2009 como representante da empresa, mas só virou funcionário quatro anos depois.
Os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo anunciaram, em março do ano passado, que várias pessoas à espera da casa própria foram lesadas quando a Bancoop, em crise financeira e presidida na época por Vaccari Neto, transferiu imóveis para a OAS. A empresa foi acusada de diminuir o tamanho da área firmada em contrato e cobrar valores mais altos do que os negociados.
Os autores relacionaram esses problemas com um triplex no Guarujá (litoral paulista) atribuído a Lula. Chegaram até a pedir a prisão preventiva do ex-presidente, mas todo esse trecho acabou sendo retirado e encaminhado ao juiz federal Sergio Fernando Moro, por conexão com a operação “lava jato”.
A juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia contra 12 acusados em outubro. Nesta terça-feira (18/4), porém, concordou com as defesas e não viu motivo para manter a ação penal em andamento.
Superficialidade
Para a juíza, a denúncia não individualiza as condutas de cada acusado: “apenas afirma, de forma superficial, aquilo que entende como fato gerador dos crimes”, sem “a minúcia necessária, tão somente alegações vagas”.

Leia denuncia do MP/SP sobre o Triplex aqui - http://s.conjur.com.br /dl/denuncia-triplex.pdf

leia a sentença da Juíza sobre o arquivamento do caso Triplex aqui - http://s.conjur.com.br/dl/denuncia-bancoop-rejeitada-alegacoes.pdf


terça-feira, 18 de abril de 2017

Brasília. O governo não conseguiu aprovar o requerimento de urgência da Reforma Trabalhista na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (18). Veja como votaram os deputados maranhenses.


Pedido de urgência da análise da Reforma Trabalhista precisava de 257 votos para ser aprovado, conseguindo apenas 230 votos favoráveis. 
De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a aprovação do pedido de urgência anteciparia a votação do projeto na comissão especial para a próxima terça (25) e seria votada em plenário na quarta-feira (26). 
Com a rejeição do requerimento, está mantido o prazo para emendas ao projeto da Reforma Trabalhista, que termina na semana que vem.  
Em um dos momentos marcantes da sessão, Rodrigo Maia se levantou da cadeira de presidente da Câmara, que foi ocupada por alguns instantes pela deputada do PSOL, Luiza Erundina, contrária à Reforma Trabalhista. Ela aproveitou o lugar ao microfone e deu prosseguimento à sessão: "Com a palavra, o deputado Rogério Marinho, relator dessa desgraça de projeto".
Com base na listagem publicada pelo site congresso em foco mostramos abaixo como votaram os Deputados do Maranhão.
  
DEPUTADOS DA BANCADA MARANHENSE QUE VOTARAM  FAVORÁVEIS  A URGENCIA.

1 – DEM – Juscelino Filho – Sim;
2 – PMDB – Alberto Filho – Sim;
3 – PMDB – Hildo Rocha – Sim;
4 – PMDB – João Marcelo Sousa – Sim;
5 – PP – André Fufuca – Sim;
6 – PRB – Cleber Verde – Sim;
7 – PSB - José Reinaldo – Sim;
8 – PSB – Luana Costa – Sim;
9 – PTB – Pedro Fernandes – Sim;
10 – PTN – Aluísio Mendes – Sim.

DEPUTADOS DA BANCADA MARANHENSE QUE VOTARAM  CONTRÁRIOS À URGÊNCIA.

1 – PDT – Julião Amin – Não;
2 – PP – Waldir Maranhão – Não;
3 – PSD – Victor Mendes – Não.

DEPUTADOS AUSENTES.
1 – PT – Zé Carlos;
2 – PC do B – Rubens Pereira Junior;
3 – PTN – Junior Marreca;
4 – PPS – Eliziane Gama;
5 – PDT – Weverton Rocha.

Reforma da Previdência. Policiais Civis tentam adentrar ao Congresso Nacional e são recebidos a pancadas de cacetetes e spray de pimenta em Brasilia.

@GeorgMarques - 

Repórter . Bastidores da política direto do Congresso Nacional. RP, social media. PGP: C782 08F7 2B49 3469 918A E443 417C 2844 F5B6 C61A
Cerca de 3 mil Policiais Civis dos estados de Sergipe, Pernambuco, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Roraima e Distrito Federal participaram de um ato da UPB - União dos Policiais do Brasil, hoje em Brasília. Eles decidiram ocupar o Congresso Nacional em repúdio à Reforma da Trabalhista.

A Polícia Federal, de forma covarde, atacou os trabalhadores com spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo.

A grande mídia está tratando os manifestantes como "sindicalistas" apenas, com o intuito de esconder que policiais, que também são trabalhadores, estão contra a Reforma Trabalhista.

Link - The Intercept Br

Quatro mil índios se reúnem para a Semana dos Povos Indígenas no Pará.

75% da população de pouco mais de 120 mil habitantes do município de São Félix do Xingu é indígena - Créditos: Thiago Gomes/Agência Pará
Cerca de 4 mil índios participam da Semana dos Povos Indígenas em São Félix do Xingu, no Pará. O evento começou no sábado (15) e vai até quarta (19), data em que é celebrado o Dia do Índio.
“O objetivo da semana é resgatar a identidade dos povos indígenas da Amazônia, discutindo políticas públicas e o desenvolvimento dessas sociedades que resistem e lutam pelo fortalecimento e continuidade de seus costumes”, informou o governo do Pará, realizador das atividades.
Ao todo, indígenas de 10 etnias – Caiapó, Tembé, Gavião, Waiwai, Kuxuyana, Xikrin, Guajajara, Parakanã, Surui e Munduruku – participam de atividades culturais, sociais e esportivas. As competições esportivas englobam arco e flecha, provas de atletismo e futsal, entre outras.
O governo do Pará está promovendo ações de saúde e cidadania durante o evento, com serviços de emissão de carteiras de identidade, Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), assim como primeira e segunda vias de Certidão de Nascimento. No domingo (16), mais de 400 atendimentos foram realizados.
Estão previstos também o lançamento do programa de formação de professores indígenas para o ensino médio regular, palestras e oficinas de audiovisual e fotografia.
Segundo o governo do Pará, a presença dos povos tradicionais nestas terras é datada de mais de 9,5 mil anos. Hoje, 75% da população de pouco mais de 120 mil habitantes do município de São Félix do Xingu é indígena.

MPF/MA recomenda que IFMA adote critérios para fiscalizar autodeclaração de cotas raciais.


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Instituto Federal tem 10 dias para acatar recomendação do Ministério. 
O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) recomendou ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) que aplique os critérios de distribuição por gênero, cor e, preferencialmente, naturalidade, ao compor a comissão avaliativa de autodeclaração para concursos públicos.
Os certames estavam sendo realizados sem que os membros convocados estivessem distribuídos de acordo com a orientação normativa do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
Foi constatada carência de fundamentação nos resultados individuais de verificação da autodeclaração, evidenciada pela ausência de especificações na descrição de cada candidato. Além disso, o IFMA não promoveu a divulgação prévia dos nomes dos membros convocados para composição da comissão, inviabilizando a recorribilidade desta fase do certame, omissão que viola o princípio da publicidade na administração pública.
MPF - A recomendação pede a adoção dos critérios de distribuição por gênero, cor e, preferencialmente, naturalidade; a divulgação prévia dos nomes dos membros convocados para formação da comissão, com previsão expressa em edital, possibilitando a impugnação da composição, assegurando a existência de meio e prazo hábeis para interposição de recursos pelos candidatos.
O IFMA também deverá indicar de forma precisa os fatos e fundamentos de um eventual indeferimento do enquadramento do candidato como pessoa negra, resultado obtido nos pareceres individuais de aferição da veracidade da autodeclaração.
O MPF concedeu 10 dias para que o IFMA atenda a recomendação. O não atendimento das providências apontadas será justificativa para a proposição de uma ação civil pública.
Assessoria de Comunicação - Procuradoria da República no Maranhão - Tel: (98) 3213-7100 - E-mail: prma-ascom@mpf.mp.br - Twitter: @MPF_MA.