sábado, 30 de julho de 2011

Defesa - Os motivos de Dilma para não demitir Nelson Jobim.

Prestígio junto às Forças Armadas e atuação pela Comissão da Verdade seguram ministro da Defesa no cargo, mesmo com comentários inoportunos
 
O ministro da Defesa Nelson Jobim nunca foi muito de seguir a liturgia dos cargos que ocupa. Na presidência do Supremo Tribunal Federal, que exerceu de junho de 2004 a março de 2006, ele quis agir como parlamentar, movimentando-se para emplacar uma lei sobre precatórios, e depois operou de forma explícita para tornar-se candidato a congressista, governador - ou, por que não?, presidente.
 
Nesta terça-feira, Jobim mostrou mais uma vez que não se contém. Passou por cima da etiqueta para dizer publicamente que votou no tucano José Serra nas eleições de 2010. Ainda que o fato não seja novidade nos bastidores de Brasília, a declaração pública é uma afronta à presidente Dilma Rousseff – que é sua chefe e o manteve num cargo que ele ocupa desde o governo Lula.

Proposital - A experiência política de Jobim, filiado ao PMDB, não deixa brecha para a ingenuidade: ele sabe que suas palavras serão interpretadas como um recado à presidente. Há sete meses, o ministro gozava de muito prestígio no Planalto. Foi conselheiro do então presidente Lula para os assuntos mais diversos e era chamado para debater questões em pauta no STF, além da agenda política.

Uma das questões em que Jobim esteve diretamente envolvido foi a renovação da frota de caças da Força Aérea Brasileira (FAB), um negócio avaliado em 5 bilhões de euros. Lula e Jobim tinham preferência pela compra dos caças franceses Rafale. Outro assunto da alçada de Jobim na era Lula era a construção no Brasil de um submarino de propulsão nuclear, com tecnologia francesa, plano que custaria ao menos 800 milhões de euros ou 2 bilhões de reais.
 
Acontece que, assim que assumiu o governo, Dilma mandou avisar que os dois projetos estavam suspensos e que a negociação recomeçaria, em outro momento, do zero.
 
Com Dilma, Jobim trata apenas dos programas relacionados ao ministério da Defesa. “As tarefas que a presidente lhe propõe são burocráticas, muito pouco para o ego de Jobim”, afirma um peemedebista. O Planalto evita colocar lenha na fogueira acesa por Jobim. A orientação é minimizar o impacto das declarações do ministro. O que então segura Jobim no cargo?

O primeiro motivo é o prestígio de que Jobim goza junto aos comandantes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Não é tarefa simples colocar um civil em meio às Forças Armadas. O segundo é a costura que ele vem fazendo desde 2009 pela aprovação da Comissão da Verdade – proposta rejeitada pelos quartéis, mas defendida pela presidente . O projeto de lei, que prevê a investigação dos crimes ocorridos durante a ditadura militar, é um temas caros a Dilma e será encaminhado ao Congresso Nacional no segundo semestre.
 
O texto deve seguir direto para o Plenário da Câmara dos Deputados, sem passar por nenhuma comissão, para acelerar a tramitação. O acordo foi feito depois de intensas negociações entre Jobim e a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. Mudar o comando da Defesa neste momento poderia ocasionar mais um problema para o governo. Por isso Dilma tem “engolido” os desaforos do subordinado.

Frustração - Há cerca de um mês, Jobim já havia demonstrado sua insatisfação em relação ao governo durante discurso em cerimônia de homenagem aos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso. Depois de tecer elogios ao ex-presidente, Jobim declarou: “O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento”, afirmou Jobim na ocasião, parafraseando Nelson Rodrigues.

O ministro faz questão de deixar clara sua frustação – já disse a interlocutores que deixará o governo. Mas até agora limitou-se a lançar veneno. A dose, aliás, passou dos limites, na opinião de integrantes do PMDB. Jobim não foi indicado pelo partido e anda afastado dos correligionários.

Ainda que participe de reuniões convocadas pelo vice-presidente, Michel Temer, prefere manter distância das questões partidárias. Ele aproximou-se de Temer recentemente por causa do Plano Estratégico de Fronteiras, lançado em junho, já que o vice foi escalado pela presidente Dilma para coordenar o programa. Jobim também tem boas relações com o ministro de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, – com quem viajou para o Maranhão nesta quarta-feira.
 
Na terça, o ministro da Defesa encontrou-se com Dilma no fim da tarde, mas o teor da conversa continua sob sigilo. Não se sabe, por exemplo, se a entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo – em que ele admite que votou em Serra - foi tema do encontro. A publicação se deu no dia seguinte ao encontro com a presidente. Se não foi, Jobim deverá se deparar com Dilma na sexta-feira, quando participará da homenagem aos medalhistas dos Jogos Militares no Palácio do Planalto. Resta saber se o clima será de festa.


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dilma sinaliza controle cambial

“Temos de nos defender desse imenso, fantástico, extraordinário mar de liquidez que se dirige para nossas economias, buscando a rentabilidade que não tem nas suas”.

A frase, dita no final da noite de ontem pela Presidenta Dilma Roussef, na reunião da Unasul, um dia depois de ter baixado uma Medida Provisória que, embora tenha resultado numa alíquota baixa, de apenas 1%, acena com a possibilidade de se taxar em até 25% os movimentos cambiais de natureza especulativa , parece demonstrar que – embora de forma não convencional, com os estabelecimento de cambio fixo – o governo brasileiro convenceu-se de que temos de caminhar para o controle do câmbio.

Dilma, que falou logo apos a posse de Ollanta Humala na Presidencia do Peru tem toda a razão quando afirma que a “insensatez” e a “incapacidade política” dos Estados Unidos e da União Europeia para resolver seus problemas econômicos são uma “ameaça global”.

E, diante de uma ameaça externa, uma nação, tal e qual uma pessoa, tem de cuidar das portas e das janelas.

Na economia, estas portas e janelas chamam-se câmbio.

No mundo ideal do “mercado”, o câmbio deveria ser livre e refletir a saúde das moedas nacionais.

Na vida prática não é assim e as nações lutam para que, pelo sua importância no mundo, suas moedas se imponham sobre as demais, de acordo com suas conveniências.

A China “segurou” o seu yuan, durante uma década ante as pressões para desvalorizá-lo. A Europa fez da moeda comum a tentativa - de início bem sucedida, mas que parece frustrada a cada dia – de apresentar o Euro como padrão nas trocas e investimentos.

Mas o dolar, o dólar continua sendo a moeda mundial e isso vem do pós-guerra, quando os EUA tornaram-se a potência hegemônica.

E ainda o são.

Mas seu declínio é visível, inexorável e perigosíssimo.

“”Não podemos incorrer no erro de comprometer tudo que conquistamos, não porque quiséssemos ou pelos erros que cometêssemos, mas pelos efeitos da conjuntura internacional desequilibrada”, proserguiu Dilma.

A “conjuntura internacional desequilibrada” veio para ficar.

Ou o Brasil se protege dela afirmando sua soberania monetária ou põe em risco “tudo que conquistamos”.

http://www.tijolaco.com/

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Em defesa da água como um bem público.

Em caso de privatização, contas de água podem subir, alerta organização - 21/07/2011 –  no UOL.


por sugestão do Roberto Monico Junior

SÃO PAULO – Consumidor poderá ter que enfrentar contas de água mais caras, caso setor seja privatizado. Essa foi a avaliação das organizações sociais que participaram, na última quarta-feira (20), de seminário que discutiu ideias sobre como a população pode se organizar para impedir a venda das empresas.

A elevação dos custos aconteceria pela própria lógica do sistema privado, que adota um modelo de reajuste estabelecido em preços internacionais. De acordo com a Agência Brasil, representantes das organizações já preveem um aumento imediato nos preços, além de uma diminuição dos investimentos no setor.

Distribuição de água

Segundo representantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), 90% da rede de distribuição de água no País são controlados por empresas públicas, com uma cobertura que chega a quase 100% das grandes e médias cidades.

Um dos diretores do movimento, Gilberto Cervinski, lembrou que, no município de Santa Gertrudes, em São Paulo, onde o sistema foi privatizado em 2010, os preços das contas de água praticamente triplicaram em seis meses.

Fora da lei

Os participantes do seminário também denunciaram práticas corruptas em alguns estados do País. A exemplo de Rondônia onde, segundo representantes do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Água e Energia, empresários assediam vereadores.

A entidade também denuncia que em municípios do estado as prefeituras têm, inclusive, desconsiderado processos legais como a licitação para a concessão do sistema de abastecimento, como ocorreu em Ariquemes. Contrários à privatização, os sindicalistas avaliam que as empresas privadas investirão menos na ampliação da rede e, principalmente, em saneamento.

América Latina

O doutorando da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Juscelino Eudâmidas, afirmou que, segundo pesquisas internacionais, até 2015 cerca de 60% da capacidade de abastecimento da América Latina estará privatizada. Eudâmidas ainda ressalta que, nos países ricos, onde a ideia da privatização surgiu, os governos estão voltando atrás.

Na França, por exemplo, onde surgiram as primeiras experiências de concessão do sistema de distribuição de água, o governo está reestatizando os serviços. Os principais motivos foram que a qualidade do serviço e da água caíram, os preços subiram exorbitantemente e o serviço não foi universalizado.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/em-defesa-da-agua-como-um-bem-publico.html

Professores da UFPI podem entrar em greve no início do período letivo. Não havendo acordo com o Governo Federal, os professores irão deflagrar greve

As aulas da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) começam na próxima segunda-feira (1º). Contudo, os professores podem abandonar as salas de aula ainda no início do período letivo. A Adufpi (Associação dos Docentes da Ufpi) agendou para a próxima semana uma assembleia geral da categoria para analisar a possibilidade de greve. A data ainda não foi definida.

É provável que haja paralisação nos dias 23 e 24 de agosto, conforme consta do calendário do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), a fim de exigir negociações efetivas com o Governo Federal e atendimento da pauta de reivindicações.

Os professores reivindicam política salarial permanente, com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações.

Segundo o presidente da Adufpi, Mário Ângelo Sousa, haverá duas reuniões na próxima semana em Brasília para discutir a pauta com o Governo e entre entidades sindicais. A primeira, entre o Andes e o Governo, deve acontecer no dia 2 de agosto, e a segunda, reunindo sindicatos de docentes de várias universidades federais do País, nos dias 6 e 7 do referido mês.

De acordo com Mário Ângelo, se não houver acordo com o Governo, de forma a contemplar as reivindicações da categoria na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2012, haverá greve dos docentes em universidades federais de todo o Brasil. "O Governo tem até o dia 31 de agosto para fechar o projeto da LDO. Se até essa data não incluir as melhorias no projeto, os professores ficarão sem reajuste", afirmou.

Mário Ângelo diz ainda que a assembleia geral marcada para a próxima semana, além da possibilidade de greve, deve também construir uma pauta de reivindicação local com pontos a serem negociados com a administração superior da Ufpi.

• Repórter: Juliana Dias

• Redação: redacao@portalodia.com

http://www.portalodia.com/noticias/piaui/professores-da-ufpi-podem-entrar-em-greve-115022.html

'Transparência Hacker' arrecadou R$ 58 mil em site colaborativo. Objetivo é levar tecnologia e debate político às cidades brasileiras.

'Transparência Hacker' arrecadou R$ 58 mil em site colaborativo. Objetivo é levar tecnologia e debate político às cidades brasileiras.

Texto Escrito por: Laura Brentano Do G1, em São Paulo



Uma comunidade de hackers brasileiros conseguiu arrecadar R$ 58 mil em 50 dias por meio de um site de financiamento colaborativo para comprar um ônibus velho. Apelidado de “Ônibus Hacker”, a ideia do grupo é "invadir" cidades brasileiras com tecnologia e debate político.

O grupo Transparência Hacker, criado em outubro de 2009, hoje conta com 600 membros que discutem política e formas de simplificar as informações disponíveis pelos sites do governo. O ônibus será o transporte utilizado por essa comunidade para mostrar como a tecnologia pode ajudar as cidades a controlarem o que seus governos estão fazendo.
 
“Não queremos criar ferramentas para facilitar a vida das pessoas e entregar tudo ‘mastigado’. Queremos visitar cidades e ajudar a população, com o nosso conhecimento técnico, a criar os seus próprios processos de transparência”, explica Pedro Markun, um dos membros da comunidade. “A ideia não é chegar no município e entregar a salvação. Queremos capacitar, trabalhar e dialogar. Tem muita gente no Brasil que está preocupada e que não tem condição técnica para isso”, completa.

Um dos objetivos da comunidade, segundo o integrante Pedro Belasco, é sensibilizar os políticos e a sociedade sobre os benefícios de fornecer informação pública de uma maneira que ela possa ser reutilizada por qualquer pessoa. “Isso só pode melhorar a gestão pública e ativar novas maneiras de participação”, opina.
 
A ideia de comprar um meio de transporte surgiu a partir do anúncio de um ônibus de uma banda. “Quando vimos o espaço que esses veículos têm por dentro, com camarim e figurinos, começamos a imaginar como seria montar um para a nossa comunidade”, conta Markun.

Há pouco mais de 50 dias, o Transparência Hacker publicou a ideia sobre o ônibus no site Catarse, que divulga projetos que buscam financiamento por meio da doação de internautas. O objetivo era arrecadar R$ 40 mil (valor de um ônibus antigo). Um dia antes do encerramento do prazo para doar, eles atingiram a meta. No final, conseguiram juntar R$ 58 mil de 460 internautas.

Conforme Diego Reeberg, sócio do Catarse – que acaba de completar 6 meses de operação –, o Ônibus Hacker foi o maior projeto da história do site em termos de arrecadação. A maioria das doações partiu de usuários que apoiaram a ideia do ônibus, segundo Markun. “Recebemos também de algumas empresas e amigos. Porém, 90% vieram de internautas espalhados pelo Brasil. Hoje, temos um compromisso com eles”, explicou. Tanto que uma das primeiras cidades que o grupo espera levar o ônibus é Santarém (PA). “Moradores do município doaram R$ 1 mil e 500 muiraquitãs, uma moeda social que circula internamente na cidade”, explicou Markun.
 
Com o dinheiro em mãos, o grupo agora pesquisa as melhores opções de ônibus e espera comprá-lo em 40 dias. Sobre os planos e os roteiros de viagem, nada foi organizado ainda. “Muitas vezes as pessoas nos perguntavam: mas por que vocês querem um ônibus? Gente, é um ônibus, dá para fazer um monte de coisas. Agora que conseguimos o dinheiro, vamos começar a responder essa pergunta”, conta Daniela Silva, membro do Transparência Hacker.

Como vai funcionar.

O Ônibus Hacker é um projeto de transparência política e de inclusão digital, segundo o grupo. “Falamos do Brasil que está conectado e temos pouca noção da extensão disso. Agora, teremos a oportunidade de mapear a conectividade pelo país afora”, diz Daniela.

A ideia é mostrar os locais onde operadoras disponibilizam sinal de celular e internet. “O mapa vai mostrar qual a conexão que o ônibus tinha em cada região”, diz Markun. Para isso, eles irão construir um aparelho que portará modens 3G de todas as operadoras.
 
O grupo também planeja mapear outros aspectos das condições de infraestrutura. “Queremos ter um aparelho GPS para que os internautas acompanhem onde está o ônibus. Mas não apenas para isso”, explica Daniela.

O Transparência Hacker participa de um projeto chamado Mapas Livres, que compartilha informações sobre o mapeamento do Brasil. “A gente adoraria criar mais mapas no interior. Tem muitos lugares onde o Google Maps não funciona ou que o GPS não pega. Queremos contribuir para que mais áreas do Brasil sejam bem mapeadas”, diz Daniela.

“Membros da comunidade da cidade de São Carlos (SP) também sugeriram colocar no ônibus um robozinho que mede, pela trepidação do ônibus, se tem buraco ou não na estrada”, conta Markun.

Transformar o veículo em uma lan house itinerante também está nos planos do grupo. “O ônibus terá gazebos que podemos tirar para fora e montar uma espécie de lan house. Assim, poderemos compartilhar o sinal de internet”, diz Markun. Como a ideia é comprar um ônibus de banda, o espaço disponível além dos bancos será preenchido com mesas de trabalho.
 
Outro projeto da comunidade é promover um “festival de instalação de software livre”. “Você tem uma lan house com cinco computadores que não estão funcionando porque o sistema operacional Windows está desatualizado. Eu já vi isso acontecer no interior do Brasil. Por que não instalar uma solução livre que não precisa depender disso?”, explica Daniela.
 
Como começou.

A comunidade se encontrou pela primeira vez no evento Hacker Day, que reúne desenvolvedores que passam a madrugada resolvendo problemas em cima de códigos. Foi nessa ocasião que surgiu a ideia de criar o Transparência Hacker, em outubro de 2009. “Pensamos em juntar a filosofia de passar horas tentando desmembrar um problema insolúvel com a ideia de transparência pública e política. Ou seja, usar dados públicos e conhecimento técnico para resolver os problemas da sociedade”, conta Markun.
 
Em seguida, a comunidade inventou o evento Transparência Hacker Day, que já foi realizado mais de 15 vezes no Brasil. A maioria das edições aconteceu em São Paulo, por isso o grupo decidiu comprar o ônibus, para expandir para o resto do país.

O evento tem o objetivo de reunir de 30 a 50 pessoas com conhecimento técnico e com boas ideias. “No primeiro momento, fazemos um levantamento de ideias e habilidades. Vemos as pessoas que querem criar um site de transparência para a sua cidade, por exemplo, e juntamos com um desenvolvedor que pode ajudar”, explica Daniela.
 
A finalidade, segundo ela, é criar um grupo de trabalho para sentar e começar a desenvolver os projetos. Até hoje, os eventos aconteceram em cidades que tinham pessoas interessadas em organizar o Transparência Hacker Day. “Agora, poderemos ir ao encontro das pessoas com o ônibus”, diz Daniela.

Dica de transparência.

Uma dica de ferramenta de transparência criada pela comunidade é o "Jogo da Vida". No link, o internauta pode saber há quantos dias um projeto está parado no governo e quanto tempo ele ficou em cada comissão. No final, o programa cria um tabuleiro colorido que mostra todo o caminho já percorrido pelo projeto de uma forma fácil de visualizar, como o "Jogo da Vida" de verdade. Confira no vídeo ao lado

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/07/grupo-compra-onibus-para-rodar-o-brasil-e-promover-invasoes-hackers.html

Maranhão. O PT, na marra…

O grupo que controla o PT maranhense começa a atuar novamente para garantir que o partido mantenha a aliança com o PMDB nas eleições municipais e se mantenha na base do governo Roseana Sarney (PMDB).

Mas o faz da mesma maneira que venceu a batalha em 2010, com forçação de barra, pressão e ameaças.

O grupo parece não ter o controle da legenda e se utiliza de mecanismos outros para manter o partido.

A pré-candidatura de José Antonio Heluy a parece ser um destes mecanismos.

A maioria da legenda se inclina para a candidatura do deputado estadual Bira do Pindaré, rechaçada pelo grupo do vice-governador Washington Oliveira.

Como não consegue convencer a companheirada do contrário, este grupo passa a criar factóides atrás de factóides para inviabilizar Pindaré.

É certo que dificilmente o deputado terá legenda para candidatar-se em São Luís.

Mas usar de artíficios para inviabilizá-lo demonstra apenas a fraqueza do grupo que levou o PT para Roseana Sarney.

http://www.marcoaureliodeca.com.br/

Matéria postada do blog do Marco D’Eça trouxe a nota acima, às 08: 00 horas desta quarta-feira, dia 28 de julho de 2011.








Ministro Jobim tem razão: os idiotas perderam a modéstia

“O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez uma revelação sobre sua preferência na disputa presidencial do ano passado: “Eu votei no Serra”.

Na avaliação dele, se o tucano José Serra tivesse derrotado a petista Dilma Rousseff, o governo “seria a mesma coisa” no manejo das recentes crises políticas, como a do combate à corrupção no Ministério dos Transportes.(…)

A escolha eleitoral de Jobim sempre foi conhecida ou pelo menos intuída nos bastidores em Brasília. Dilma também sabia, diz ele.

Azedou a relação? “Azeda quando você esconde. Eu não costumo fazer dissimulações, então não tenho dificuldades”, disse.

Passada a eleição, entretanto, o assunto foi esquecido nas conversas entre o ministro e a presidente. “Não se toca no assunto.”

Há menos de um mês, ele se envolveu em polêmica ao afirmar, durante cerimônia pelos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que “os idiotas perderam a modéstia”.

No governo, a interpretação foi de uma crítica à administração Dilma. Ele repetiu não ter sido cobrado pela presidente: “Não, não. Ela até riu”.

Jobim deu entrevista ontem ao programa “Poder e Política”, uma parceria da Folha e do UOL, em Brasília.

O ex-presidente do BC, Henrique Meirelles, de quem sempre se discordou fortemente das idéias, era do PSDB, votou em Serra em 2002. Quando aceitou participar do Governo, porém jamais ficou de gabolices frívolas, afirmando que não tinha votado em Lula.

O contrrário do que faz o ministro Nélson Jobim.

Jobim tornou-se um símbolo nacional. É inexcedível em matéria de vaidade, de arrogância, de grosseria. Não se constrange de constranger. Não sabe se manter discreto, não sabe ser respeitoso, não sabe nada senão jactar-se de sua própria “grandeza”.

O ministro Nélson Jobim perdeu, realmente, a modéstia.

Deveria perder o cargo, também.

http://www.tijolaco.com/