terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Aos 105 anos, morre Dona Canô, mãe de Caetano Veloso e Maria Bethania.

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Dona Canô. 
 
Matriarca da família Veloso, Claudionor Viana Teles Veloso estava em recuperação na residência da família, no recôncavo baiano. Filho Rodrigo Veloso confirmou que ela faleceu na manhã desta terça-feira. Mãe dos cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia ficou internada por seis dias, mas tinha recebido alta na última sexta.

25 de Dezembro de 2012 às 11:05.
Bahia 247 - Matriarca da família Veloso, Claudionor Viana Teles Veloso, mais conhecida como Dona Canô, morreu na manhã desta terça-feira, 25 de dezembro, aos 105 anos. Ela repousava na residência, no recôncavo baiano, segundo informou o filho Rodrigo Veloso. Dona Canô ficou internada por seis dias, tendo recebido alta na última sexta-feira.

Ela havia pedido para passar o Natal com a família, em casa, mas não resistiu às consequências do problema de saúde. Antes de ser hospitalizada, Dona Canô havia sofrido um ataque isquêmico cerebral, segundo informações do boletim médico. A mãe dos Veloso também foi internada no início de novembro, quando apresentou sintomas de gripe e febre, ficando hospitalizada até o dia 9.

Ela celebrou seu último aniversário, em 16 de setembro, ao lado da família e amigos. Houve comemoração com missa e festa em casa. Na ocasião, em entrevista à Folha de S.Paulo, ela disse não ter medo da morte. "Não tenho, não, meu filho. Acredito em Deus e sempre vivi com a minha família, com pessoas do meu lado, com a casa cheia. Acho que esse é o segredo [da longevidade]".

Dona Canô teve oito filhos, entre eles os cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia. Ela construiu sua história, e a de sua família, no município de Santo Amaro da Purificação, no recôncavo baiano.

Caetano Veloso, Dona Canô e Maria Bethânia.  

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Governo Federal destina R$ 15 milhões para construção da nova Câmara de Vereadores de São Luís.

Recurso Federal é liberado para construção da sede própria da Câmara Municipal de São Luís.

Marcus Saldanha - Publicação: 24/12/2012 08:50.
 

A nova Câmara Municipal de São Luís terá novo endereço: antiga Fábrica São Luís, na rua São Pantaleão, ao lado do Ceprama. O Governo Federal, através do PAC das Cidades Históricas já destinou recursos iniciais na ordem de 15 milhões para a obra que está orçada em 40 milhões. A construção respeitará o tombamento estadual, será acompanhado pelo Iphan e terá apoio técnico dos governos estadual e municipal. A previsão para a reforma do local é de aproximadamente dois anos.

O atual prédio onde hoje funciona a Câmara foi cedido pela prefeitura, mas não comporta mais as instalações, principalmente após o aumento do número de vereadores já no ano que vem, 16 novos edis. Atualmente o prédio onde funcionava a Secretaria Municipal de Administração, ao fundo da Câmara passa por uma reforma para atender essa demanda temporariamente.

Para solucionar o problema o atual governo municipal propôs a construção de um novo prédio em frente ao Convento das Mercês. Mas o Iphan não considerou a obra viável no terreno, que já havia sido destinado a construção de uma praça, com intuito de deixar livre a vista para o mar a partir do Convento e do bairro do Desterro. Diante disso, propôs a mudança para a antiga fábrica: “Como a Fábrica São Luís pertence ao município, nós demos a ideia, já que a fábrica tem espaço suficiente e é um prédio histórico tombado”, explicou a Superintendente do Iphan no Maranhão, Kátia Bogéa.

O Presidente da Câmara, Pereirinha falou do sonho de entregar a nova casa: “A obra está orçada em 40 milhões, são 31 vereadores, salas de reunião, sala de imprensa, plenário, estacionamento. É um grande projeto e 15 milhões já é uma ajuda significativa para iniciar as obras. É um grande sonho meu entregar a nova sede da Casa.


Escolha – Segundo Kátia Bogéa, a Fábrica São Luís foi escolhida por fazer parte de um contexto de revitalização do centro histórico de São Luís: “Toda uma área importante do centro que vai sofrer um processo de reabilitação urbana. Fiação subterrânea, recuperação da camada asfáltica e obras de drenagem. Dentro desse contexto a Fábrica São Luís tem área suficiente e atende todas as necessidades de uso da Câmara. Ganha a Câmara, ganhamos nós, ganha a cidade.”

A área tombada do centro histórico não está circunscrito apenas a Praia Grande, mas a toda uma área que inclui desde o Canto da Fabril até toda a região do Anel Viário. Todo esse trecho onde ficará a nova sede do legislativo municipal está incluído no PAC das Cidades Históricas: “Já está em processo de recuperação a Fábrica Santa Amélia e a Fábrica Progresso. Na Cânhamo já funciona o Ceprama, a Fonte das Pedras já foi recuperada e O PAC tá prevendo recursos ainda para recuperação do Mercado Central.” Anunciou Kátia Bogéa.

Segundo o Iphan, todo processo, da realização do projeto até a reforma do edifício deve levar dois anos. O primeiro passo será a licitação e confecção do projeto executivo depois do recesso de natal e ano novo: “Um projeto dessa magnitude chega a R$ 800 ou R$ 1milhão. A gente vai tá orçando agora em meados de fevereiro. É um projeto que demanda um tempo para ser elaborado.” Explica Bogéa.

Parceria
O recurso para a realização da obra é federal, mas só poderá ser executado com apoio do estado e do município, já que interfere na paisagem urbana da cidade. As equipes de trabalho terão que estar ajustadas para uma obra dessa envergadura. Segundo Kátia, a parceria com a nova gestão municipal já está garantida: “Tivemos uma reunião com o Secretário de Governo (a tomar posse em janeiro de 2013) Rodrigo Marques. Vamos trabalhar de forma harmônica com o governo e prefeitura. A intenção é não perder essa oportunidade. A presidente Dilma, em sua visita a São Luís anunciou que a cidade vai receber a maior parcela do PAC das cidades históricas.” Além disso, Kátia destacou a colaboração com a futura secretária municipal de Trânsito e Transporte e sua adjunta Dra. Fabíola : “A Fabíola é doutora em mobilidade e nos ajudou em vários projetos”


Salário mínimo em 2013 será R$ 678.

Iolando Lourenço e Luana Lourenço - Repórteres da Agência Brasil.

Ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann
Brasília - O valor do salário mínimo será R$ 678 a partir do dia 1° de janeiro de 2013. O anúncio foi feito hoje (24) e o decreto será publicado no Diário Oficial da União da próxima quarta-feira (26). Atualmente, o salário mínimo é R$ 622.

De acordo com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que fez o anúncio a pedido da presidenta Dilma Rousseff, o reajuste, de cerca de 9%, considerou “a variação real do crescimento” e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

“Ela [Dilma] fez questão de que isso ocorresse hoje, na véspera do Natal”, disse a ministra. A proposta da Lei Orçamentária de 2013 previa o mínimo em R$ 674,96 a partir de janeiro.

Além do reajuste do salário mínimo, o governo anunciou hoje a isenção de imposto de renda sobre a participação nos lucros e resultados de até R$ 6 mil e escalonamento de alíquotas para benefícios acima desse valor.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-12-24/governo-reajusta-salario-minimo-para-r-678-partir-de-janeiro

Reflexão: O BRASIL E O OURO


Há poucas semanas, com o título de A Golden Solution for Europe´s Sovereign-Debt Crisis, o Wall Street Journal voltou a chamar a atenção para uma verdade tão simples quanto milenar: a importância estratégica do ouro para o poder nacional, e como reserva real de valor em épocas de crise.
A ideia, agora, segundo o diário econômico norte-americano, seria utilizar as reservas em ouro de alguns dos países europeus mais endividados, como garantia parcial da dívida soberana desses países, para baixar o custo dos juros que são pagos aos investidores.
Essa estratégia faria pouca diferença no caso da França e da Alemanha, que continuam pagando juros baixos, apesar da crise. E de quase nada serviria no caso de países que têm baixas reservas em ouro com relação a suas pesadas dívidas, como a Espanha, com  282 toneladas; e a Grécia, com 112. 
Mas traria grande alívio para países como a Itália,  com 2.450 toneladas — o segundo maior possuidor de ouro da Europa — ou mesmo para Portugal, cujas 382 toneladas representam valor ponderável com relação ao tamanho da sua economia.
No caso da Itália, suas reservas em ouro poderiam garantir 24% de suas necessidades de endividamento para enfrentar a crise nos próximos dois anos.  Portugal supriria, com seu ouro, 30% do que necessita, o que o ajudaria a baixar os juros que remuneram seus bônus soberanos a patamares mais próximos das taxas anteriores à crise.
Enquanto os bancos centrais do mundo inteiro promoveram nova corrida ao ouro, desde o início da crise, em 2008 o México, por exemplo, passou de sete toneladas para mais de cem toneladas em poucos meses — esse não foi o caso do Brasil. Do país saiu grande parte do ouro que está nas reservas de Portugal e do que foi parar na Inglaterra, financiando a Revolução Industrial Inglesa e, por meio dela, a indústria norte-americana.  Foi o ouro de Minas — conforme a lúcida observação do historiador alemão Sombart — que assegurou o poderio geopolítico anglo-saxão nos séculos 18 e 19 e, em consequência, no século passado.
O Brasil, no entanto,  não só não aumentou suas reservas de ouro nos últimos dez anos — que continuam sendo absurdas escassas 33,3 toneladas — como ignora o ouro como fator estratégico nacional. O ouro quintuplicou seu valor nos últimos 15 anos (de U$ 300 para U$ 1.600 a onça-troy). Mesmo com o esgotamento de nossas jazidas históricas de superfície, somos o décimo produtor do planeta — e há reservas, ainda não avaliadas, em veios profundos.
Hoje, o ouro que temos representa, em valor, menos de 5% das nossas reservas internacionais, aplicadas principalmente em títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Mais relevante do que saber se é importante, ou não, aumentá-las comprando ouro, é saber qual é a estratégia — se é que ela existe — do Brasil com relação ao metal que sempre teve e  continuará a ter importância maior na economia do mundo.
O ouro é tão importante, do ponto de vista da soberania e do desenvolvimento nacional, que a sua administração não pode ser deixada, como ocorre  hoje, apenas ao Banco Central, como condutor da política monetária, ou ao DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral).
Estamos tratando do ouro como se trata do minério de ferro ou da bauxita. Cinco grandes multinacionais controlam 90% da produção industrial de ouro no Brasil. Quatro, por “coincidência”  são do Canadá:  Kinross, Yamana, Jaguar Mining e Aura Gold, e a quinta é a AngloGold Ashanti, com sede na  África do Sul. A maior delas, a Kinross, atua em Paracatu, Minas Gerais. Nesse município mineiro, de onde saiu muito ouro no tempo do Brasil Colônia, a multinacional é dona de 10.942 hectares e fatura aproximadamente um bilhão de dólares por ano.
Mas a corrida em busca do ouro — pelos estrangeiros — está longe de terminar. Como não existe  política federal de defesa dessa riqueza, outras empresas estão chegando, de forma nem sempre isenta de problemas. 
A empresa Belo Sun Mining que, por estranho acaso, também é canadense, e possui 42 processos de licenciamento no DNPM, entre eles 27 em fase de autorização de pesquisa, obteve, em  processo acelerado, licenciamento da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará, para implantar  enorme complexo de exploração de ouro a apenas 20 quilômetros da barragem principal  de Belo Monte, na região de Altamira, na Volta Grande  do Rio Xingu.
Trata-se, segundo a empresa, de  investimento de um bilhão de dólares, e da maior mina de ouro do país — com previsão de 12 anos de extração de 4.684 quilos por ano até que se esgotem as reservas.
Não obstante isso — o que mostra a total falta de planejamento e coordenação na política  do ouro no Brasil, o governo federal só tomou conhecimento da dimensão do projeto quando a multinacional organizou audiência pública na cidade de Senador José Porfírio, no Pará, em 13 de setembro deste ano.
Como primeira medida, a Belo Sun fretou todas as embarcações que fazem o percurso desde a cidade de Vitória do Xingu, deixando sem transporte os membros do Ministério Público, obrigados a se deslocar em barco cedido pela Secretaria de Educação da cidade. 
A participação do defensor público designado pelas comunidades locais para representá-las, Fábio Rangel, foi cerceada pelo representante da multinacional canadense, que também filtrou, pessoalmente, as perguntas que eram encaminhadas pelo público, exclusivamente por escrito, na presença do secretário de Meio Ambiente do Pará, José Alberto da Silva Colares.
Diante da situação, a procuradora do Ministério Público Federal, Thais Santi Cardoso da Silva, tomou a decisão de embargar a reunião,  e o procurador do Ministério Público Estadual, Luciano Augusto, exigiu que se marcasse também audiência para a cidade de Altamira, que será afetada pelo empreendimento, no qual se prevê a ocupação de 2.700 pessoas.
Os Estados Unidos possuem, em suas arcas, mais de 8.500 toneladas de ouro.
A Alemanha, quase 3.500, a França e a Itália, cerca de 2.500, a China, a Rússia e o Japão, cerca de mil toneladas. 
E o Brasil, quinto maior país do mundo em extensão territorial, e a sexta maior economia, possui menos de 34 toneladas.
Não é por acaso que os países mais importantes do mundo são também os maiores estocadores de ouro, e continuam comprando. 
Tampouco é por acaso que o ouro rendeu cinco vezes mais que a Bolsa de São Paulo nos últimos dez anos. Ou os que acumulam ouro estão errados, ou somos nós os negligentes.
 

Por que rola bosta é a palavra do ano no dicionário político brasileiro

O inseto alcançou notoriedade súbita em 2012 graças à defesa que Boff fez de Niemeyer.
 
Rola-bosta: O subitamente popular inseto em ação
Não gosto de palavreado ofensivo em debate. 
 
Empobrece-o, na minha opinião.
 
Já escrevi no Diário minha baixa opinião sobre as expressões “petralha” e “PIG”. Remetem a discussões de arquibancadas, nas quais há excesso de calor e falta de lógica racional.
 
Dito isso, faço aqui o elogio de uma palavra que, no debate político que se trava no Brasil, simplesmente pegou, porque é leve, divertida e, não obstante, incisiva. É uma bofetada, e não um tiro. Daí o poder, daí o encanto.
 
É, para mim, a palavra do ano no Dicionário Político Brasileiro: rola-bosta.
 
Quem a trouxe foi Leonardo Boff para rebater um artigo de Reinaldo Azevedo que chamava Niemeyer de metade idiota por ser de esquerda.
 
Escreveu Boff:
 
A figura que me ocorre deste articulista (…) é a do escaravelho, popularmente chamado de rola-bosta. O escaravelho é um besouro que vive dos excrementos de animais herbívoros, fazendo rolinhos deles com os quais, em sua toca, se alimenta. 
 
Pois algo semelhante fez o blog de Azevedo na VEJA online: foi buscar excrementos de 60 e 70 anos atrás, deslocou-os de seu contexto (…) e lançou-os contra Oscar Niemeyer. Ele o faz com naturalidade e prazer, pois, é o meio no qual vive e se realimenta continuamente.
 
Na internet, rola-bosta virou mania, para designar colunistas de direita.
 
Agora mesmo, se você vai ao twitter, vai vê-la aplicada a Ferreita Gullar e a Augusto Nunes. A Gullar porque defendeu a candidatura de Joaquim Barbosa à presidência. A Nunes porque arrolou – numa lista de caráter ético duvidoso, pois num regime como o que o Brasil teve por tantos anos a partir de 1964 poderia levar à perseguição – Luís Fernando Veríssimo como “apoiador de Lula” na categoria do jornalismo “esgotosférico”.
 
Não sou quem vai defender Veríssimo. Sua obra e sua biografia defendem-no melhor que ninguém.
 
Mas é curioso comparar “rola-bosta” e “esgotosférico”. Esgotosférico não vai pegar: é grosseiro, de mau gosto, vulgar. É falsamente engraçado, é falsamente espirituoso, é falsamente criativo.
 
Rola-bosta pegou porque é o oposto disso.
 
No futuro, é possível que jovens descendentes de jornalistas como Merval Pereira e Ricardo Noblat perguntem a seus pais: “Por que estão dizendo na escola que sou bisneto de rola-bosta?”
 
Paulo Nogueira
 

Comandante das Forças Especiais dos Estados Unidos no Afeganistão comete Suicídio.

Afeganistão: comandante de forças especiais dos EUA se suicidou
© Flickr.com/familymwr/cc-by



O comandante da força de operações especiais estadunidense Navy Seals se suicidou no Afeganistão, comunicou uma fonte anônima aos jornalistas.

No dia 23 de dezembro, a morte de Job Price, 42 anos, foi confirmada pelo ministério americano da Defesa sem que, porém, fosse oficialmente revelada a causa da morte.

Segundo a fonte, o corpo de Price foi descoberto pelos seus colegas no dia 22 de dezembro. 

A morte teria sido causada por um tiro de arma de fogo, cujo ferimento foi encontrado em seu corpo. 

As autoridades dispensam comentário alegando que o caso está sendo investigado.

Price servia na Marinha de Guerra desde 1993. 

No Afeganistão, ele ensinava aos policiais afegãos métodos de luta contra o Taliban. Nos EUA, Price deixou uma mulher e uma filha.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Violência Policial causa a Morte de um Jornalista na Índia.

Índia, Polícia, jornalistas, Assassínio
EPA



Um jornalista do Prime News foi morto num comício em Imphal, capital do estado indiano de Manupur.

A polícia abriu fogo contra os manifestantes que exigiam a prisão de um político local, que em 18 de dezembro durante um concerto praticou atos de assédio sexual e depois espancou a atriz Momoko. 

A manifestação transformou-se em distúrbios e os manifestantes queimaram um carro policial.

O jornalista, de 29 anos, foi mortalmente ferido na barriga e morreu no hospital. 

A notícia sobre seu assassianto provocou atos de violência noutras regiões do estado. 

As autoridades proibiram ajuntamentos de mais de 5 pessoas.

Para entender o xadrez da política - 2.

 
No dia 11 passado, publiquei o post "Para entender o xadrez da política".

Vamos ao próximo levantamento, à luz dos últimos episódios.

Como é o jogo de poder nas democracias

  1. Há três mundos distintos na opinião pública. Um, o mundo da chamada voz das ruas, que elege políticos, de vereadores a presidentes. O segundo, o mundo da opinião pública midiática, controlado por grandes grupos de comunicação. O terceiro, o mundo das instituições, onde se inserem os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e as demais instituições constitutivas do Estado: Forças Armadas, Ministério Público, órgãos de controle, diplomacia etc. Importante: esse mundo, seja no plano das funções ou familiar, é influenciado majoritariamente pelo mundo da mídia.
  2. O mundo das instituições é fundamentalmente legalista e formalista, no sentido de seguir normas, regulamentos e leis. Há maneiras de dar by-pass na legalidade que seguem sempre o mesmo padrão: denúncias de corrupção, quebra da ordem econômica e social e, no caso de republiquetas latino-americanas, o fantasma da subversão. O clima de caos aumenta a sensação de vácuo de poder e alguém acaba ocupando. Meses atrás publiquei aqui um extraordinário artigo de Afonso Arinos de Mello Franco, de 1963. Ele próprio integrante da UDN, mostrava como a oposição manipulava conceitos que, em 1963, ele já via defasados: como o fantasma da Guerra Fria. E diagnosticava: se não houver pulso da parte do governo, termina em golpe militar. Não houve pulso, a conspiração prosperou e, depois, foi alimentada por manifestações de rua e comícios que passaram aos militares a ideia de quebra da hierarquia. 1964 foi fruto do vácuo de poder.
  3. A mídia sempre tem papel central nesses movimentos. Durante meses criam-se fatos verdadeiros ou não, escandalizam-se meros problemas administrativos (já que não se consegue produzir escândalos verdadeiros todo dia), martela-se, martela-se até obnubilar a opinião pública e consolidar a ideia do caos. As movimentações de rua são consequência e o melhor álibi para golpes. Se a favor, legitima-os para atender aos pleitos da opinião pública. Se contra, legitima-os para impedir a baderna.
  4. Em muitos episódios latino-americanos – quedas de Fernando Collor, no Brasil, e Carlos Andres Perez, na Venezuela - o golpe ocorreu via aliança Legislativo-Mídia. Em outros casos – tentativa de derrubada de Chávez – na aliança entre Mídia e setores das Forças Armadas. Em casos recentes, na parceria Mídia-Supremo. Em todos os casos, há o clamor da opinião pública legitimando os golpes.
  5. O atual embate STF x Congresso visa definir quem é a lei. Não se trata de episódio trivial, briga de egos e quetais. É briga de poder MESMO. Na eventualidade de um episódio crítico qualquer no futuro, quem conseguir ser a LEI manobrará todo o universo das corporações públicas. Se não houver esse momento crítico, cada personagem se recolherá novamente a seu papel tradicional e a disputa não terá passado de uma briga de egos. Melhor: de imensos egos.

As peças do jogo no quadro atual

Os pontos levantados  não significam que há uma organização conspiratória juntando todas essas peças. Deflagra-se um processo e são as circunstâncias específicas que determinam a dinâmica e conferem um papel a cada agente.
Entendidos esses aspectos genéricos do jogo de poder, vamos ao quadro atual:
  1. O PT é bom de rua, bom de voto e ruim de instituições. Quando Lula assumiu, tentou avançar através de dois operadores: José Dirceu e Antônio Palocci. A estratégia de Dirceu consistia em assumir todo o know-how de poder desenvolvido por FHC, o controle daquele grande rio subterrâneo do poder de fato, onde transitam os poderes constituídos, poderes econômicos, lobistas, parlamentares donos de bancada, técnicos e sistemas de influência em geral. No início do governo, ainda verde, essa estratégia levou o partido a “adotar” o esquema Marcos Valério, legítima criação do PSDB mineiro e que chegou ao Planalto através das mãos de Pimenta da Veiga, Ministro das Comunicações de FHC. Depois, aprendeu, mas o pecado original não pode ser exorcizado.
  2. O “mensalão” amarrou a ação de ambos os operadores, derrubou-os e, para afastar o fantasma do impeachment, Lula, inspirado por Márcio Thomas Bastos, apostou em um republicanismo ingênuo, no qual FHC jamais embarcou: não indicou o Procurador Geral da República, usou as indicações do STF (Supremo Tribunal Federal) para gestos simbólicos, descentralizou as ações da Polícia Federal. E deu todo o espaço político de que essas estruturas necessitavam para ambicionar mais espaço político. É movimento típico das burocracias . Quando não há nenhuma forma de resistência à sua expansão, a tendência é ocupar espaço. O quadro de quase confronto atual é resultado direto do vácuo de poder no sistema judiciário, muito mais do que de manobras conspiratórias.
  3. Com o vácuo, cada ator político – PGR, STF, setores internos da PF – pôde crescer livremente, sem resistências e sem risco. O PGR Roberto Gurgel acumulou seu poder empalmando em suas mãos (e no da sua esposa) todos os processos envolvendo personagens com foro privilegiado. A maneira como ministros do STF atuaram no “mensalão” – um comparando o partido do governo ao PCC, outro incluindo falas fora do contexto da própria presidência da República – é típica de quem, à falta de qualquer tipo de limites, deixa de supor e passa a acreditar piamente que é Deus
  4. Finalmente, a cobertura exaustiva do julgamento do “mensalão” calou fundo na classe média – e não apenas na midiática. Graças ao Jornal Nacional, entrou no imaginário das famílias, das crianças e dos velhos. Acredita-se em um mar de corrupção incontrolável embora nem se identifiquem bem quem são os atores.
  5. A lógica que vigorou até agora para Lula e o PT – a cada campanha midiática a resposta das urnas – vale para eleições, não para o jogo institucional que se arma.

Cenário da desestabilização

O que seria um cenário de desestabilização? Esses cenários não são planejados de antemão, mas frutos de circunstâncias que vão se somando até virar o rascunho do mapa do inferno. Mostra-se, aqui, uma situação limite hipotética.
1. Intensificação da campanha midiática em duas frentes: a denuncista e a econômica.
O “efeito-mensalão” será absorvido com as festas de fim de ano e um janeiro tradicionalmente morno. Haverá a necessidade de substituí-lo por outros temas candentes.
A “denuncista” em tese depende da disposição do PGR e de setores da PF de abrir inquéritos e vazá-los para a mídia amiga. Há um processo nítido de auto-alimentação entre mídia e o PGR. Vaza-se o inquérito, monta-se um estardalhaço; com base no estardalhaço tomam-se outras medidas que resultam em mais estardalhaço. Tem que se atuar sobre esse cordão umbilical.
A econômica dependerá fundamentalmente do desempenho da economia e, principalmente, dos dados do PIB no primeiro semestre. Como já alertei aqui, a crítica se concentrará na atuação da Petrobrás no pré-sal, nos financiamentos do BNDES e no PAC.
2. Reação intempestiva do PT e Lula levando a movimentos de rua, com possibilidade de conflitos.
Leve-se em conta que a cobertura do “mensalão” tirou do PT o monopólio da mobilização popular. Agora há espaço para marchas contra a corrupção e coisas do gênero.
3. Reações do governo que possam ser interpretadas como ameaça às instituições.
4. Supremo sob controle do grupo dos cinco dizendo que, agora, “eu sou a lei” e se impondo para conter o caos.

As estratégias de lado a lado

Entendidos os pontos centrais da disputa, vamos tentar avançar no que poderiam ser as táticas de lado a lado.
Da oposição, obviamente, é elevar a fervura da água. Para tanto, necessita manter acesa a parceria com o PGR e com setores serristas da Polícia Federal para garantir a alimentação de escândalos; e declarações bombásticas de Ministros do STF para dar solenidade às suposições. E investir tudo em escândalos permanentes, desses que permitem um vazamento por dia e duas declarações retóricas de Ministros do STF por semana.
Enquanto isto, tratar de alimentar o negativismo do noticiário econômico superdimensionando notícias negativas e minimizando as positivas.
Da parte do governo, o jogo é o oposto, é baixar a fervura. Significa o seguinte:
  1. Considerar finalizado o episódio “mensalão”. Para tanto, o PT terá que dar baixa no balanço das lideranças atingidas. Do mesmo modo, a Presidência se afastará cada vez mais do episódio e reforçará o legalismo. No início, a inação do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, era coisa dele. Agora, não: é coisa dela.
  2. O MPF é permanente; Roberto Gurgel, passageiro. Como organização burocrática, disciplinada e legalista, bastará que seja tratado com respeito e que o governo emita sinais discretos sobre a sucessão de Gurgel, sem nada que afronte a autonomia relativa do órgão e sem nada que alimente as fantasias continuístas do grupo de Gurgel. Automaticamente se formarão novos centros de poder e influência internos.
  3. Em relação ao STF, o problema não é o órgão, evidentemente, mas a coalizão circunstancial que permitiu aos “cinco do Supremo” votar em bloco, em um STF desfalcado, e, com a hegemonia provisória, tornarem-se celebridades. Havendo normalidade na política e na economia - e acerto na substituição de Ministros - termina a maioria circunstancial, já que as Ministras, severas nas suas sentenças, mostraram-se discretas e legalistas. Celso de Mello voltará a se comportar como lente, Gilmar como político, Marco Aurélio como outsider, Luiz Fux buscará outras lâmpadas em torno das quais esvoaçar – bom radar porque especialista em rodear as lâmpadas que irradiam maior calor.  E Joaquim Barbosa… continuará sendo Joaquim Barbosa.
  4. No plano econômico, torcer para que venha logo a colheita das medidas plantadas nos dois últimos anos. E melhorar substancialmente as ferramentas de divulgação dos atos positivos de política econômica. O reajuste dos combustíveis foi passo importante para devolver à Petrobras o fôlego financeiro, tirando-a da linha de fogo.

Fatores de atrito

Há dúvidas no ar, obviamente. A manutenção de um clima de tranquilidade, com a economia sob controle, será relevante para que a nova formação do Supremo retorne à discrição e à responsabilidade institucional que se exige do órgão.
Gurgel e Joaquim Barbosa continuarão ativos. Manterão a parceria? São incógnitas.
A grande tacada da mídia serão as investidas contra Lula. Essas, sim, poderão provocar as manifestações de rua que se pretende para ampliar a percepção de caos político. No MPF, há uma gana para pegar Lula que transcende a própria figura do PGR.
É por aí que o bicho pode pegar. E é por aí que deverá se concentrar a atuação política dos que não pretendem assistir o país pegar fogo.
Nem se ouse apostas sobre quem pode botar mais gente na rua. Entrar nesse jogo é tiro no pé na certa.

PHA cobra de Dilma lealdade ao PT

247 - Divulgador da expressão PIG, Partido da Imprensa Golpista, criada pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE), o jornalista Paulo Henrique Amorim é frequentemente rotulado como representante máximo do chamado "Partido da Imprensa Governista", a outra versão do PIG. Neste domingo, no entanto, ele faz um duro alerta à presidente Dilma Rousseff e diz que ela cairá no abismo se julgar que é maior que o PT. Leia seu texto:

Dilma tem a ver com o mensalão, sim!
Saiu numa colona (*) do Globo, aquela que é o melhor Proust que o PiG (**) planaltino conseguiu produzir, a seguinte preciosidade:

A Presidenta está “azeda … com o mensalão, que não tem nada a ver com ela, entrando para atrapalhar o Governo, numa briga infecunda entre o presidente do STF e da Câmara …”
Como se sabe, o Palácio do Planalto, no atual Governo, passou a ser povoado por um conjunto significativo de neo-petistas pigais (**).
Talvez seja um neo-petista esse “um de seus ministros “, o que passou a informação especialíssima ao colonista global.
O amigo navegante deveria, porém, levar em conta que a Presidenta tem tudo a ver com o mensalão.
Primeiro, porque foram condenados sem prova alguns dos arquitetos do edifico político que permitiu uma desconhecida economista mineiro/gaúcha tornar-se presidenta da República.
Dilma deve mais ao Dirceu do que ao Celso Furtado.
Dilma tem a ver com o mensalão, sim, porque a condenação sem provas de líderes políticos insubstituíveis do PT significa que, cedo ou tarde, a mesma excepcionalidade chegará aos seus (dela) calcanhares.
Ou a Presidenta se deixou contaminar pelos neo-petistas que a cercam e se esqueceu de uma expressãosinha – “luta de classes” – , que ela deve ter conhecido enquanto na cadeia ?
E que a elite furiosa, anti-chavista que se instalou no Brasil e no Supremo, na bancada dos Chinco Campos, “tem lado”?
Ela acha que o julgamento do mensalão NÃO foi politico ?
Que o decano Celso de Mello, fã do Chico Campos, é um técnico ?
Que foi um julgamento tão técnico quanto o cálculo da desvalorização patrimonial das empresas de energia elétrica?
Ela tem a ver com o mensalão, sim, porque foi ela quem ofertou ao Brasil um Ministro do Supremo da altura do Fux.
O que deveria servir de advertência na hora de escolher os sucessores do trânsfuga Ayres Britto e do insigne decano, que, provavelmente, vai para casa sem julgar a ação que considera a TV Globo de São Paulo uma apropriação indébita.
Seria bom ela não se iludir com as chaleiras neo-petistas: quem frita bolinho com a Ana Maria Braga e os “prousts” brasilienses por eles será fritado.
Não é isso, Palocci ?
Adiantou salvar a Globo da concordata ?
E quem te enforcou, nobre consultor ?
Não é isso, Odarelo ?
Adiantou dar o furo ao jornal nacional ?
A resistência de Marco Maia à ameaça de garroteamento da Camara não é uma “briga infecunda”.
É uma resistência heroica, gaúcha, que tem a ver com a estabilidade institucional de que ela, a Dilma, será a maior beneficiária.
Se o Supremo fecha o Congresso, na próxima viagem sobe a rampa do Palácio.

E se essa “infecunda” briga resultou na suspensão do Orçamento de 2013, a culpa é dela, a Dilma.
Que acha que governar é abrir estradas.
A Dilma poderia, muito bem, nas férias do fim do ano, ler biografia de seu líder de juventude, o engenheiro Leonel de Moura Brizola, de autoria do F. C. Leite Filho.
Ele também não perdia “uma briga infecunda”.
(A propósito: Leite Filho é blogueiro sujo e não recebe um tusta da SECOM. A SECOM, como se sabe, é uma instituição eminentemente “técnica”, que destina 2/3 de sua verba à Globo.)
Por fim, a Dilma e o PT.
A Presidenta Dilma é do PT.
Ela não existe fora do PT.
Ela não se re-elege sem o PT.
Não existe o “PT contaminado”, o PT do Lula, do Dirceu, do Genoíno, e o “PT imaculado”, dela.
O PT é um só.
Limpo e “sujo”.
E quem disse que os buldogues investigativos do PiG (**) não andam atrás das sujeiras do Governo Dilma, para cuspir no ano que vem ?
A Rose é o aperitivo.
A campanha presidencial de 2013 será sangrenta.
O Cerra vem aí, mais inescrupuloso do que nunca.
E o PiG (**) vai defender a Dilma do Cerra …
Se “um de seus ministros” oferece na bandeja informações privilegiada aos pigais, ela deveria promover um “contingenciamento de vazamento”.
E não deixar vazar o que mais serve ao Golpe: pontas de informação que nutram a hipótese de ela romper com o Lula, aquele do “lado contaminado” do PT.
Se ela se entregar a esses neo-petistas e a petistas de sempre, como o  Cardozo, um dia, o Lula vai ter que salvá-la.
Quando ela cair no abismo.
Para onde se encaminha, se achar que é maior do que o PT.
E do que o Lula.

Vereador é assassinado pelo namorado, dentro de casa com 14 facadas.

Parlamentar de Sorriso, norte de MT, ainda tentou pedir ajuda mas morreu ao chegar no portão da casa onde morava; assassino fugiu.

DA REDAÇÃO

Vereador Elias Maciel; 14 facadas e morte
Ver. Elias Maciel; 14 facadas e morte.
O vereador Elias Maciel (PSD), de 31 anos, foi morto na madrugada desta sexta-feira (21), a facadas em Sorriso. 

O corpo foi encontrado no portão de sua residência, na rua Santa Carmem, no bairro Taiamã. Segundo informações foram desferidos contra ele 14 golpes de faca.

Uma vizinha contou aos policiais que, por volta das 2 horas da madrugada, ouviu gritos na residência. Logo em seguida, Elias teria pulado por uma das janelas, sem roupas. 

Ainda segundo a testemunha, um homem saiu logo em seguida e fugiu. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas ao chegar ao local o vereador já estava sem vida.

A polícia encontrou na casa documentos de um homem, que pode ser do criminoso. Os investigadores da delegacia municipal estão buscando mais pistas.
Elias Maciel assumiu o mandato de vereador desde a cassação do então titular da vaga, Gerson Francio, o "Jaburu", cassado em outubro do ano passado. Maciel morava em Sorriso há cerca de 15 anos.

Antes disso, o parlamentar atuou como servidor na Casa de Leis. Nesta gestão, Elias foi eleito com 574 votos. No último pleito municipal, em outubro deste ano, o parlamentar também concorreu e obteve 675 votos e ficou como segundo suplente da coligação do PSD.


O vereador, que era homossexual assumido, teria sido morto pelo namorado, que ainda não teve o nome divulgado. 

Testemunhas viram o suspeito correndo nu pela rua logo após ter cometido o crime. Elias Maciel chegou a ir até o portão pedir socorro, mas faleceu em seguida.

Fonte: http://reportermt.com.br/mais_lidas/noticia/24653

Polícia Federal instaura mais de 3 mil inquéritos que apuram desvio de verba pública em prefeituras, so no Maranhão são mais de 600.

23.12.2012 - Fausto Macedo. 

A Polícia Federal conduz 3.167 inquéritos sobre desvios de recursos e corrupção envolvendo prefeituras em todo o País. 

Estão sob investigação 484 prefeitos e ex-prefeitos por violação ao Decreto Lei 201/67, que define os ilícitos de responsabilidade de administradores municipais.


Os dados constam de levantamento realizado pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor)  braço da PF que aloja setores estratégicos da instituição, inclusive o serviço de análise de dados de inteligência e a divisão de repressão a crimes financeiros.


O Maranhão é o Estado onde a PF mais trabalha, com um acervo de 644 inquéritos relativos a fraudes em gestões municipais. 

A Bahia está em segundo lugar, com 490 inquéritos, seguida de Ceará (296), Piauí (285), Pará (196) e Pernambuco (194).

sábado, 22 de dezembro de 2012

Operação Lei Seca apreende 142 carteiras de motorista no Rio de Janeiro.


22/12/2012 - Douglas Corrêa.Repórter da Agência Brasil.
 
Rio de Janeiro - No primeiro dia de aplicação da lei que tornou mais rígidas as regras destinadas a reprimir o motorista que dirige sob o efeito de bebidas alcoólicas, a Operação Lei Seca, no Rio, fiscalizou nas últimas horas, 1.841 motoristas, sendo que 142 deles tiveram a carteira de motorista apreendida. Na ação, 378 motoristas foram multados; 48 veículos rebocados e 153 motoristas foram submetidos ao teste do bafômetro.

De acordo com o coordenador da Operação Lei Seca, major da Polícia Militar, Marco Andrade, o que muda, na prática, com a nova legislação, "é a sensação do agente constatar que o motorista descia do carro, cambaleando, sem condições de ficar em pé e recusava o teste e a gente não podia fazer nada", explicou.

De acordo com o oficial, com as novas regras da Lei Seca, depoimentos dos agentes, vídeos, fotos e imagens feitas pela fiscalização autorizam prender o motorista em flagrante e conduzi-lo à delegacia, onde ele será autuado. O major Andrade disse que o motorista poderá responder à infração em liberdade, porque o crime é afiançável. A multa dobrou de R$ 957,65 para R$ 1.915,30.

As ações da Lei Seca no Rio de Janeiro serão aceleradas, devido à proximidade das festas de final de ano. Serão 140 ações diárias em vários pontos da região metropolitana, com 250 agentes.

O major Marco Andrade disse que, a exemplo do que ocorreu no ano passado, neste final de ano, a partir do dia 26, haverá voos de balões que são a marca registrada da Operação Lei Seca. O balão ficará instalado na orla de Copacabana, altura da avenida Princesa Isabel, no Leme. 

Serão oferecidos voos gratuitos para o carioca. "Nossa intenção é que as pessoas entendam a importância do nosso trabalho, que é salvar vidas. Além de contemplar o cenário, a ideia é que as pessoas lembrem - por estarem dentro do balão - da nossa campanha e da importância de colaborar".

Desde que a Operação Lei Seca foi implantada há quatro anos no Rio, 81 mil motoristas tiveram a carteira de habilitação apreendida por estarem dirigindo após ingerir bebida alcoólica.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defende a iniciativa da polícia fluminense. "Apoiamos todas as medidas que puderem ser tomadas para que acidentes sejam evitados e vidas, salvas”. A violência no trânsito reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter uma ideia desta realidade, só em 2011 foram registradas 155 mil internações no SUS relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de R$ 200 milhões.

Esse valor leva em conta apenas as internações na rede hospitalar pública, sem considerar os custos dos atendimentos imediatos às vítimas feitos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), nas unidades de Pronto-Socorro e Pronto-Atendimento e na reabilitação do paciente com consultas, exames, fisioterapia, dentre outros. “Com estes recursos, poderíamos construir 140 unidades de Pronto-Atendimento e melhorar o atendimento à população nas urgências e emergências do país”, alerta o ministro.
 
Edição: Beto Coura