domingo, 7 de abril de 2013

São Luís. Funcionário do Bradesco agência do João Paulo é sequestrado na porta de casa e assassinado covardemente.

Ele estava na porta de casa quando foi abordado pelos sequestradores. Corpo foi encontrado com um tiro na nuca no bairro da Vila Kiola.

Durante a noite de sábado (7), mais um homicídio foi registrado na capital. Jether Jorran tinha 54 anos e era funcionário da agência do Bradesco no João Paulo. 

Ele foi sequestrado quando estava entrando em sua casa e ainda tentou ser levado sem o veículo, mas não conseguiu. 

Segundo a família da vítima, o corpo foi encontrado na Vila Kiola com um tiro na nuca. O carro foi encontrado sem várias peças no bairro do Maiobão.

A polícia ainda investiga o caso. De acordo com Alisson Martins, sobrinho da vítima, a família não desconfia de quem poderia ter cometido o crime, pois ele era muito querido por todos. 

Além de trabalhar no banco, ele também era poeta e já publicou dois livros e se preparava para publicar o terceiro.

A notícia gerou um choque na família. Os pais da vítima são idosos e estão temporariamente em São Luís para fazer um tratamento cardíaco e ainda não sabem da morte do filho. A família ainda estuda como dá a notícia para eles.

O corpo será sepultado em Vargem Grande, cidade natal da vítima.

Matéria linkada de:
http://www.luiscardoso.com.br/policia/2013/04/bancario-foi-morto-a-tiros-apos-sequestro-em-sao-luis/

Marta: "Pulsante", mercado de arte cresce no Brasil.

De passagem pela feira SP-Arte, que reuniu 120 galerias no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, constatou o crescimento do mercado artístico no Brasil; "Conversei com muitos galeristas de muitos países e com as maiores galerias do mundo e do Brasil. 

Todos estão entusiasmados pela vendagem", disse ao 247; "Foi possível contemplar as obras como se estivesse num museu. 
É um privilegio virem ao Brasil", elogiou

7 de Abril de 2013 às 18:05

Brasilia. Mais de 800 ligações ao Disque Racismo.

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Em apenas 15 dias de funcionamento, o Disque Racismo recebeu 512 denúncias; segundo o GDF, o serviço também registrou 227 reclamações e outros 130 pedidos de informação ou esclarecimento; os dados serão organizados e o que configurar racismo ou discriminação à raça, cor, religião ou orientação sexual vai ser levado ao conhecido da polícia; números surpreenderam governo, já que em todo o ano passado, foram registradas 409 ocorrências nas delegacias.

5 de Abril de 2013.

Mariela Castro faz revolução silenciosa mudando o comportamento sexual em Cuba.

Mariela Castro Espín
Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil

Brasília – Filha do presidente de Cuba, Raúl Castro, e sobrinha de Fidel, Mariela Castro Espín, de 50 anos, diretora do Centro Nacional de Educação Sexual do país, faz uma revolução silenciosa na sociedade cubana combatendo a homofobia e os preconceitos em geral. Na semana passada, ela esteve no Brasil, onde participou de dois seminários sobre o tema em Brasília e Porto Alegre. Em entrevista à Agência Brasil Mariela disse que sua estratégia de ação é simples: educação aliada à sensibilidade.

“A nossa principal ênfase é na estratégia educativa. Trabalhamos com tudo o que toca o coração e a sensibilidade”, disse. Depois de lembrar que Brasil e México apresentam índices elevados de violência contra homossexuais e transgêneros, ela destacou que os números brasileiros são “ainda mais“ preocupantes. “Isso chama a atenção. Essa não é uma realidade em Cuba”.

Mariela não comentou a polêmica envolvendo a Comissão de Direitos Humanos da Câmara devido à ação do seu presidente, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que defende medidas conservadoras quando o tema é orientação sexual. Ela mostrou que a campanha pelo fim do preconceito em Cuba envolve cartazes e spots com os lemas: “Dois iguais também têm direito a ser casal” e “Reconhecimento dos direitos sexuais como direitos humanos”. A seguir, os principais trechos da entrevista de Mariela Castro à Agência Brasil.

Agência Brasil – Como é o trabalho no Centro Nacional de Educação Sexual de Cuba?

Mariela Castro Espín – A nossa principal ênfase é na estratégia educativa. Trabalhamos com mensagens informativas e que consideramos fundamentais. Promovemos cursos de formação, na área jurídica, de educação e de saúde, incentivamos debates e muitas conversas. Minha mãe [Vilma  Espín, que casou com Raúl Castro, atual presidente cubano] era uma feminista e sempre teve ideias de liberdade e de direitos igualitários. Ela lutou por isso desde os anos de 1970.

Mariela Castro Espín
ABr – A senhora fala muito em educação, então esse é o caminho quando se refere a informar sobre questões sexuais?

Mariela – Sim, sem dúvida. O começo de tudo é a estratégia da educação. Não vamos impor a hegemonia, por exemplo, não gosto da ideia do macho-gay ou do macho-heterossexual. Isso é preconceituoso também. É preciso trabalhar a sociedade para compreender e conviver bem com as diferentes orientações sexuais que existem. Só as leis não bastam: a lei sozinha não muda a sociedade. É sob re isso que trabalhamos, o que inclui também ações de combate à violência contra mulheres e meninas. A educação é tudo. A mídia também é muito importante.

ABr – Como lidar com as resistências quando se fala de temas tão delicados e até mesmo polêmicos?

Mariela - A discriminação de qualquer ordem não é coerente com os princípios da revolução [Revolução Cubana, quando os irmãos Castro e guerrilheiros, em 1959, assumiram o poder em Cuba instaurando um governo socialista]. É preciso superar preconceitos. Trabalhamos com o apoio das igrejas e da sociedade civil, assim como com várias organizações. A diversidade é uma característica humana.

ABr – Nos últimos anos, o centro que a senhora dirige se preocupa bastante com a questão da homofobia. Por quê?

Mariela – Na universidade, trabalhei inicialmente com educação sexual para crianças e adolescentes. Mas com o passar do tempo, fui procurada por homossexuais e transgêneros que pediam ajuda. O tema me interessou. Mas tudo começou lá atrás quando acompanhava minha mãe que era uma defensora dos direitos humanos. A preocupação está em trabalhar pela preservação dos direitos dos homossexuais, o que envolve principalmente o local de trabalho e a família.

ABr – Parece que a senhora tem sido bem-sucedida nos seus esforços...

Mariela - Trabalhamos com tudo o que toca o coração e a sensibilidade, isso surte efeitos. As artes, em geral, estão presentes nas nossas atividades.

ABr – O que a senhora observa de mudanças na sociedade cubana depois do trabalho de educação sexual?

Mariela - Percebo muitas mudanças, não apenas nos últimos anos, mas de 50 anos para cá. As mudanças de comportamento podem ser observadas desde a infância, passando juventude e até a vida adulta.

Os casos de discriminação são tratados basicamente por meio de medidas administrativas e não na esfera judiciária. 

Promovemos a primeira Jornada contra a Homofobia, em 2008, já fizemos 20 cirurgias para reversão de sexo [masculino e feminino], há orientações sobre o combate de aids e cuidados com a saúde masculina, inclusive sobre potência sexual.

ABr – Nos últimos anos, a senhora tem dado ênfase aos transgêneros. Há uma razão especial?

Mariela – Sim, não tratamos o transgênero como um doente. É uma pessoa que sofre e que merece ter atenção e receber o tratamento adequado. No caso dos que querem ser submetidos à cirurgia para a reversão de sexo, há uma fila de espera. Mas o processo é todo gratuito. O tratamento envolve o uso de hormônios para a cirurgia, o acompanhamento da família e a inserção social e laboral.

ABr – No Brasil, o que a senhora observa quanto aos temas de homossexuais e transgêneros?

Mariela – [Infelizmente] o Brasil e o México apresentam índices elevados de violência contra homossexuais e transgêneros. No Brasil os números são ainda mais preocupantes. Isso chama a atenção. Essa não é uma realidade em Cuba. Em Cuba, não identificamos a violência contra homossexuais e transgêneros. O que percebemos é que as violações estão relacionadas com questões [de preconceito no] trabalho e [na] família.

ABr – Observando o futuro, a sensação que a senhora tem é que há ainda muito a fazer?

Mariela – Ah...[Olha para cima como quem para para pensar] há muito o que fazer ainda. É uma estratégia permanente, temos de continuar a luta para superar toda forma de discriminação, incluindo a identidade de gênero. O esforço agora é para aprovar mudanças no Código de Família tornando legal a união entre pessoas do mesmo sexo. 

Em Cuba, não falamos em casamento porque no país o casamento formal e o informal são tratados da mesma forma. Se heterossexuais podem se unir como um casal, por que os homossexuais não têm o mesmo direito? Estamos em um bom caminho, pois estamos avançando.

Edição: Tereza Barbosa.

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Matéria copiada de http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-04-06/mariela-castro-faz-revolucao-silenciosa-mudando-comportamento-sexual-em-cuba

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Enchentes na Argentina deixam pelo menos 56 mortos; governo decreta luto oficial.

Monica Yanakiew - Correspondente da Agência Brasil/EBC.

La Plata – Victoria Blasetti estava assistindo televisão com o marido na noite de terça-feira (2) quando a água começou a entrar em sua casa em La Plata - cidade argentina a 50 quilômetros da capital, Buenos Aires. “Em questão de minutos, a água subiu 80 centímetros, derrubando móveis e duas geladeiras”, contou Victoria à Agência Brasil, no dia seguinte. “Em 70 anos de vida, já vi muita tempestade, mas nenhuma igual a essa. Em poucas horas, La Plata estava inundada”.


Era a segunda tragédia em dois dias: na segunda-feira (1º) à noite, uma forte chuva inundou 11 bairros de Buenos Aires, provocando a morte de oito pessoas. Até a madrugada de hoje (4), as autoridades tinham registrado 48 mortes em La Plata e identificado 24 corpos. Todos eram maiores de 50 anos, com exceção de um jovem de 21 anos.

A presidenta Cristina Kirchner decretou luto oficial até sexta-feira (5), e o Papa Francisco enviou mensagem de solidariedade aos seus compatriotas. Ele disse estar "profundamente aflito com a notícia dos graves danos causados pela chuva torrencial dos últimos dias”, que resultou na morte de 56 pessoas, e pediu “boa vontade” e caridade com as vítimas.


http://www.fotorevista.com.ar/Editorial2/Contaminacion/data/080204190728.jpg 


As duas tempestades surpreenderam as autoridades pelo volume de água em pouco tempo. 

Quase 3 mil pessoas foram retiradas de La Plata, mas muitas tiveram que passar a noite nos telhados e nas árvores, até serem resgatadas no dia seguinte: a forte chuva dificultou o trabalho da Defesa Civil, que não podia usar helicópteros nas primeiras horas e só podia socorrer as vítimas com botes. 
Em alguns casos, o socorro chegou tarde. 

À medida que as águas começaram a baixar, nessa quarta-feira (3), a Defesa Civil encontrava mais corpos – muitos deles dentro das casas e dos carros. O governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, anunciou, de manhã, que havia  “pelo menos 25 mortos” na “tragédia sem precedentes”. À noite, o número havia praticamente duplicado: as autoridades confirmaram 48 mortes, mas avisaram que as buscas continuam. 


“O estranho é que as duas tempestades pegaram todos de surpresa. Como é que o serviço meteorológico foi incapaz de antecipar o diluvio aqui em La Plata, depois da tragédia que acabava de ocorrer em Buenos Aires?”, perguntou o arquiteto Alberto Frankevich, morador do bairro de Tolosa – um dos mais afetados pela enchente. Ele vive a poucos quarteirões de Ofélia Wilhelm, mãe de Cristina Kirchner que, segundo a presidenta, também ficou sem gás, sem luz e água.


Cristina visitou La Plata na tarde dessa quarta-feira (3) e prometeu ajuda para reforçar a segurança e evitar saques aos supermercados. Cerca de 400 policiais foram destacados para patrulhar as ruas. Em Buenos Aires, a situação é mais tranquila, mas 11 bairros continuam sem luz e mais de 300 mil pessoas foram afetadas pela chuva.

Edição: Graça Adjuto
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Materia publicada em:  http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-04-04/enchentes-na-argentina-deixam-pelo-menos-56-mortos-governo-decreta-luto-oficial

Dificuldades jurídicas na prestação de contas prejudicam Programa Ponto de Cultura, diz ministra.

Ministra Marta Suplicy
03/04/2013. Marcelo Brandão -Repórter da Agência Brasil.
Brasília – Durante audiência pública, hoje (3), na Comissão de Cultura da Câmara, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, manifestou preocupação quanto à viabilidade ao Programa Ponto de Cultura, que considerou como um dos mais importantes do ministério.

Ela explicou para os parlamentares que o programa enfrenta dificuldades por causa de questões relacionadas à prestação de contas. “Das políticas que eu encontrei no ministério, [a dos pontos de Cultura] é a mais abrangente e democrática. Mas ela periga naufragar se não tiver uma política de prestação de contas que a parte jurídica aceite. 

Porque aí não dá, você faz a política e depois o Ministério Público não deixa a gente fazer o terceiro pagamento para o Ponto de Cultura porque eles [os agentes] não conseguiram prestar contas da forma adequada na lei”, explicou a ministra. “Nós temos que, agora, tentar equacionar isso com a parte jurídica, para que a gente possa fazer mais pontos de Cultura, e fazendo exatamente do jeito que eles foram criados”, completou.

O Ponto de Cultura é uma ação que auxilia na promoção de atividades culturais nas comunidades populares. Não conta com um modelo pré-determinado de estrutura ou programação. A efetiva promoção dessas atividades depende da participação de agentes culturais. Para aderir, esses agentes devem responder a um edital, apresentando projetos culturais "para análise da comissão de avaliação, composta por autoridades governamentais e personalidades culturais".

A presidenta da Comissão, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), concorda com a importância dos pontos de Cultura. Na avaliação dela, eles são um dos pontos focais do trabalho do Ministério da Cultura no tocante à promoção da cultura no país. “É o programa mais transformador da gestão desses dez anos de ministério e, na minha opinião, precisa ser absolutamente apoiado porque ele é o enraizamento de uma política cultural, porque ele traz à tona aquilo que é a criatividade e a diversidade cultural brasileira. Aquilo que a grande mídia não fala, o Ponto de Cultura fala”.

Para a deputada, a presença da ministra da Cultura na Comissão fortalece o trabalho dos parlamentares envolvidos com o tema. “Uma comissão nova que acaba de surgir na Câmara e que já teve da ministra uma presença importante e que se mostra parceira do nosso trabalho. Acho que esse é o ponto político mais importante”, disse.

Edição: Aécio Amado
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Solidários com Azenha, blogueiros vão puxar projeto de lei de iniciativa popular sobre a regulação da midia. Além de criar mecanismo de defesa financeiro e jurídico.

O Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé realizou na última terça-feira (2), em São Paulo, uma reunião com dezenas de blogueiros, militantes das redes e movimentos sociais, ativistas políticos, jornalistas, professores universitários e advogados para se solidarizar com o jornalista Luiz Carlos Azenha e tomar medidas defensivas diante da censura disfarçada sob a forma de processos judiciais.

As dezenas de pessoas que se comprimiam no auditório do Barão de Itararé decidiram criar um fundo de emergência sob a direção do conselho nacional da blogosfera, formado por 26 ativistas de todo o Brasil no mais recente encontro da entidade, em Salvador, na Bahia. 
Uma conta bancária receberá as contribuições de internautas, inicialmente em nome do Barão de Itararé. 

Decidiu-se também que a entidade terá um corpo jurídico para defender blogueiros.

A reunião abordou ainda a prioridade de elaborar o projeto de lei estabelecendo o marco regulatório da mídia, de acordo com decisão do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. 
Os ativistas reafirmaram o compromisso de lutar pela criação de um instrumento político de mobilização e diálogo social – um Projeto de Lei de Iniciativa Popular - que seja capaz de fazer valer a Constituição do País e enfrentar o monopólio dos grandes meios privados de comunicação.

Da redação.