sexta-feira, 28 de março de 2014

O Mundo pós-Crimeia. Via Jornal do Brasil.

Mauro Santayana.
O G-8, que agora volta a ser G-7, “expulsou” na semana passada a Rússia, depois de suspender a reunião que haveria em Sochi. A reação do chanceler Serguei Lavrov foi a de declarar que, como grupo informal, o G-8 não pode expulsar ninguém, além de lembrar que, para Moscou, comparecer ou não a essas reuniões não muda absolutamente nada.

Pertencer ou não ao G-8 é uma questão irrelevante para os russos, que se sentem muito mais à vontade com os Brics — justamente o grupo que fomentou a criação do G-20, em contraposição ao clubinho  que tradicionalmente reunia as maiores — e agora não tão poderosas — economias do Ocidente. Tanto isso é verdade que os Brics, reunidos à margem da Cúpula de Desarmamento Nuclear, em Haia, declararam apoio à Rússia, com relação às sanções unilaterais impostas — sem aprovação da ONU — pelos países ocidentais.

Além disso, o Grupo também deixou claro, no comunicado conjunto emitido ao final da reunião, que não aceitará a suspensão — anunciada pela ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop — da  participação russa na próxima Conferência do G-20, que será realizada no mês de novembro, em Brisbane.

Os Brics controlam um quarto dos votos do G-20, no qual costumam votar juntos, assim como no Conselho de Segurança da ONU.

Com a “expulsão” da Rússia do G-8, o que muda no mundo pós-anexação da Crimeia?
Longe de isolar Moscou, os EUA e a UE estão conseguindo apenas reforçar os laços que a unem ao resto do mundo, começando por Pequim, Nova Délhi, Brasília e e Johannesburgo.

Com 177 bilhões de dólares em superávit no ano passado, a Rússia passaria a comprar do Brasil os grãos, a carne e o frango de que necessita 
No dia 18 de março, Dimitri Peskov, porta-voz do Kremlin, já anunciou o que vem por aí, ao afirmar que, se a UE e os Estados Unidos insistirem nas sanções, a Rússia irá cortar as importações de produtos europeus e norte-americanos.

Com 177 bilhões de dólares em superávit no ano passado, e quase 600 bilhões de dólares em reservas internacionais, a Rússia é um dos maiores importadores de alimentos dos EUA e passaria a comprar os grãos, a carne e o frango de que necessita do Brasil.

Com relação à questão geopolítica, a reação do Ocidente à ocupação, pelos russos, de um território que historicamente lhes pertenceu até a década de 1950, e que só deixou de estar associado à URSS há coisa de 30 anos, alertou e está aproximando Pequim, Moscou e Nova Délhi.

Os três têm interesse em estabelecer uma zona de estabilidade no espaço euroasiático — Rússia e China já fazem parte do Acordo de Xangai — e em manter os países que estão em suas fronteiras, longe da interferência ocidental.

A Alemanha — que conhece melhor os russos que os norte-americanos — já entendeu isso.

Der Spiegel divulgou, na semana passada, que a Rússia e a China “se preparam para assinar um acordo de cooperação político-militar”, o que poderia estabelecer uma plataforma de defesa necessária à geração de um “novo reequilíbrio de forças no âmbito mundial”.

Os chineses se abstiveram oficialmente na votação a propósito da Resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o referendum da Crimeia. Mas o jornal do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, o Renmin Ribao — Diário do Povo, não deixou dúvidas sobre qual é a posição de Pequim, ao afirmar, em editorial, que “o espírito da Guerra Fria está se debruçando sobre a Ucrânia”, o que transforma “a aproximação estratégica entre a China e a Rússia em um fator âncora para a estabilidade global” — e que “a Rússia, conduzida por Vladimir Putin, deixou claro para o Ocidente que, em uma Guerra Fria, não há vencedores”.

O que pode mudar nesse novo mundo pós-anexação da Crimeia para o Brasil?
Segundo maior exportador de commodities agrícolas e o primeiro em carnes, o Brasil tem que aproveitar o momento para se posicionar como um sócio estratégico para o abastecimento dos russos, nesse quesito, mostrando também a chineses e indianos, grandes clientes do agronegócio brasileiro, que é um fornecedor confiável, que pode substituir os Estados Unidos no atendimento aos Brics, enquanto estes não puderem alimentar seus cidadãos com produção própria.

Fora isso, é preciso também aproveitar a era pós-Crimeia para renegociar as parcerias, do ponto de vista tecnológico e comercial, com relação a esse Grupo, que domina mais de 40% da população e da extensão territorial e um quarto do PIB mundial.

Ao contrário do que ocorre com a UE e os EUA, fortemente protecionistas e intervencionistas, que sobretaxam as importações e gastam, em áreas como a agricultura e a defesa, centenas de bilhões de dólares em subsídios, o Brasil tem conseguido aumentar seu superávit com os outros Brics nos últimos anos, mesmo que ainda não tenha se inserido na cadeia de produção e consumo de bens de maior valor agregado desses grandes mercados.

Parte disso decorre, também, da falta de  estratégia e de sobrados preconceitos de parte ponderável de nosso empresariado.

Quantos shopping centers brasileiros existem na China?  E em Moscou ou São Petersburgo? E em regiões de altíssimo poder aquisitivo dessas cidades? Quais são as marcas brasileiras de excelência, nos ramos  têxtil, de calçados, de perfumaria, que os chineses e os russos conhecem? Que restaurantes, que franquias?

Pródigo em emprestar bilhões de dólares a multinacionais que operam aqui dentro, o BNDES precisa reunir a Apex e o pessoal da área de varejo de luxo para estabelecer uma estratégia de inserção do Brasil nos Brics — e de resto na África e na América Latina — que vá além da realização de feiras e do café, do açúcar, do couro, do minério de ferro, da soja e do suco de laranja.

Precisamos — e o momento é propício para isso — começar a incentivar e dar decidido apoio à internacionalização de empresas brasileiras para que comecemos a receber algum dinheiro do exterior — ou em breve nos converteremos apenas em uma reserva de mercado para investidores estrangeiros, que sugaram do país, no ano passado, em remessas de lucro, quase 30 bilhões de dólares em reservas internacionais.

O fortalecimento da Rússia, da China e da Índia interessa ao Brasil, não apenas do ponto de vista econômico mas, principalmente, do geopolítico. Essas são as únicas nações que podem impedir, em um futuro próximo, a consolidação do projeto anglo-saxão de domínio que promoveu um verdadeiro assalto ao resto do mundo, nos últimos 200 anos.

Os Brics — incluindo o Brasil — não podem derrotar os Estados Unidos e a União Europeia. Mas os EUA e a UE também não podem derrotar os Brics. E, para o futuro do mundo, é isso o que importa.

Rio de Janeiro - BOPE usará óculos com câmeras no Complexo da Maré.

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro.
Rio de Janeiro - Policiais do Batalhão de Operações Especiais utilizará óculos com câmeras acopladas na operação de ocupação do Complexo da Maré, capazes de filmar mesmo durante a noite (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Policiais do Batalhão de Operações Especiais vão usar óculos com câmeras acopladas na ocupação do Complexo da Maré, capazes de filmar durante a noite Fernando Frazão/Agência Brasil.
A tecnologia de ponta será utilizada na operação de ocupação do Complexo da Maré, prevista para o próximo domingo (30). Parte dos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) utilizará óculos com câmeras de visão noturna acopladas, capazes de filmar as ações de combate, mesmo durante a noite. Os equipamentos estavam sendo testados em situação real, na tarde de hoje (28), por um grupo de sete homens do Bope, em ações na Favela Nova Holanda.
Equipamento semelhante já foi utilizado por oficiais da Polícia Militar (PM) durante as manifestações de rua, no ano passado. A intenção é gravar as operações, possibilitando comprovação das ações de combate. Segundo a assessoria da PM, “o objetivo é garantir a isenção nas abordagens policiais e ter arquivos de imagens que possam contribuir posteriormente”.
A câmera fica acoplada ao lado de um óculos especial, ligada por fio a uma unidade de processamento e bateria, guardadas no bolso da farda. Os policiais, que estavam usando armamento pesado, recebiam instrução de um oficial, antes de retornarem para a favela, a partir do 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM), onde estão baseados.
Um modelo de câmera bastante semelhante à usada pelos homens do Bope custa cerca de US$ 500 em lojas de comércio eletrônico, nos Estados Unidos. O modelo Axon Flex, da marca Taser, tem resolução VGA, pode filmar à noite, com sensibilidade de apenas 1 lux, e tem bateria com duração de até 12 horas.

Maranhão - Polícia Federal faz operação contra tráfico de drogas em 3 Estados e no Município de Itapecuru-Mirim.

Agencia Brasil - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (28) uma operação em Itapecuru-Mirim no Maranhão, e mais três estados para desarticular uma quadrilha de tráfico de drogas. Estão sendo cumpridos 33 mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão.
PF2
As cidades mato-grossenses de Rondonópolis, de Cuiabá, de Poconé, de Mirassol d’Oeste e de Cáceres (MT), além de Goiânia e Uruana, em Goiás, Floriano (PI) e Juazeiro (BA), também estão na operação da Polícia Federal.

De acordo com a PF, os suspeitos são investigados desde agosto do ano passado com a colaboração das polícias Rodoviária Federal e Militar de Mato Grosso. 
Durante a operação, já foram apreendidos 65 quilos (kg) de cocaína e 4 kg de maconha, além da prisão de seis envolvidos e da apreensão de um menor.
Nas investigações, a PF identificou que os traficantes de Rondonópolis adquiriam cocaína e maconha, comercializam na região e distribuíam para outros estados. A droga, segundo a PF era comprada nas cidades de Cáceres e Mirassol d’Oeste.
Os acusados responderão pelos crimes tráfico de drogas e de associação para o tráfico, cujas penas variam entre cinco a 15 anos e três a dez anos de reclusão, respectivamente.
As penas poderão ser aumentadas de um sexto a um terço porque a quadrilha usava menores de 18 anos. Um suspeito poderá ser indiciado por homicídio qualificado, com pena entre 12 e 30 anos de reclusão.

Maranhão - Cel. Nepomuceno: PROTESTO DE PMS NÃO PREJUDICARÁ POPULAÇÃO.

São Luís - Termina hoje o II Congresso Brasileiro de Consórcios Intermunicipais.


Congresso II (2)
Foi aberto na noite desta quarta-feira (26) no WH Rio Poty Hotel, o II Congresso Brasileiro de Consórcios Intermunicipais. O evento tem o objetivo de reunir prefeituras de vários estados do país para discutir problemas sociais e buscar soluções por meio de consórcios públicos.
O encontro se estende até sexta-feira, 28, e conta com a presença de representantes do Governo Federal, prefeitos, secretários executivos e representantes de consórcios públicos de todo o Brasil.
Para o presidente da Confederação Nacional de Consórcios Intermunicipais (Conaci/BR) e vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, eventos como esses contribuem para sensibilizar o país mostrando a importância dos consórcios. 
“Buscamos solucionar problemas sociais não só de São Luís, mas do país como um todo, querendo sempre direcionamentos que melhor atendam a sociedade”, disse.
Ainda de acordo com Roberto Rocha, colocar em discussão o tema é de fundamental importância para enfrentar os problemas, resolvê-los e avançar. 
“No próximo congresso estaremos muito mais fortes com soluções reais para alguns problemas”, acrescentou.
Após solenidade de abertura, a subchefe de assuntos federativos da Presidência da República (SAF – PR), Paula Ravanelli Losada, abriu o ciclo de palestras com o tema “O Consórcio Público como Instrumento de Gestão Regional/Territorial para o Fortalecimento de uma Política de Estado”.
Na programação de hoje, o Congresso começou com a conferência o papel do Consórcio Público diante da nova política nacional de desenvolvimento regional. À tarde acontecem as mesas redondas e nova conferência sobre gestão financeira dos consórcios públicos.
Programação de sexta-feira
O último dia de congresso será aberto com grupos de trabalho a partir das 8h. Em seguida serão realizadas oficinas “Gestão em Contabilidade de Consórcios Intermunicipais” e “Gestão em Recursos Humanos de Consórcios Intermunicipais”, além dos painéis “Gestão em Compras e Licitação de Consórcios Intermunicipais” e “Processo de Formação de Consórcios Públicos”.
No enceramento, os participantes se dividirão em grupos de trabalho para elaboração de propostas que comporão a Carta de São Luís, um documento que refletirá o pensamento do segmento organizado dos consórcios Intermunicipais e será apresentado às instâncias e organizações envolvidas com políticas públicas consorciadas.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Diretório Nacional do PT confirma filiação de Fábio Gondim.



Fabio-Gondim-110211O secretário de Estado de Gestão e Previdência, Fábio Gondim, teve hoje (26) sua filiação confirmada pela Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores. Ele será candidato a deputado federal nas eleições deste ano.
“Agora, com a filiação confirmada, é oficial. Eu deixarei a secretaria para disputar as eleições”, disse, em contato por telefone com o titular do blog.
A decisão nacional partiu de recurso protocolado em outubro do ano passado pelo presidente Diretório Municipal do PT em São Luís, Fernando Silva, contra a decisão da Executiva Estadual que havia vetado a filiação do secretário.
Gondim teve a filiação anulada porque, de acordo com a Executiva Estadual, o ato que garantia a  entrada dele na legenda era inválido.
Ao se manifestar sobre a vitória na instância superior, Fábio Gondim alfinetou o deputado estadual Zé Carlos (PT) que declarou, ainda no ano passado, não acreditar “em nenhuma interferência nacional na decisão estadual”. Segundo o parlamentar, “seria algo inédito no PT”.
“Apresentei recurso ao Diretório Nacional, mas alguns políticos chegaram a afirmar que duvidavam que a decisão fosse retificada porque isso nunca tinha acontecido antes… Pois bem, aconteceu! E o povo maranhense pode se preparar para muitas outras coisas boas que nunca aconteceram antes e que passarão a acontecer, pois estarei trabalhando duro, como sempre fiz, em ligação direta com a sociedade”, escreveu o neo-petista.

EDITAL: MJ apoia projetos voltados a jovens em situação de vulnerabilidade social.

São R$ 10 milhões destinados pelo Programa Viva Jovem, do Ministério da Justiça em parceria com outros órgãos do governo federal. Recurso deve potencializar ações do Plano Juventude Viva e do Programa “Crack, é possível vencer”, cujos projetos nos municípios participantes terão pesos diferenciados no processo de julgamento.
26.03.2014 - EDITAL: MJ apoia projetos voltados a jovens em situação de vulnerabilidade social
 O Ministério da Justiça lança o edital “Viva Jovem” para apoiar projetos de promoção da saúde e prevenção do abuso de drogas e da violência.
 
O edital tem por finalidade destinar recursos para ações de promoção da saúde e dos fatores de proteção contra o abuso de drogas e a violência contra adolescentes e jovens em situação de desvantagem social. O valor total de recursos destinados à implantação dessas ações é de R$ 10 milhões, provenientes do Fundo Nacional Antidrogas e serão repassados aos municípios conforme critérios a seguir. 
 
Esse edital é resultado de uma parceria da Senad/MJ com a Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Ministério da Saúde e o Ministério da Cultura e deve potencializar ações do Programa “Crack, é possível vencer” e o Plano Juventude Viva, cujos projetos nos municípios participantes terão pesos diferenciados no processo de julgamento.
 
CRITÉRIOS POR NÚMERO DE HABITANTES 
R$ 100 mil Municípios com até 100 mil habitantes
R$ 200 mil Municípios com população entre 100 mil e 500 mil habitantes
R$ 400 mil Municípios com população acima de 500 mil habitantes

 
Os projetos selecionados serão financiados pela Senad/MJ e devem compreender atividades que:

- promovam o protagonismo dos adolescentes e jovens na produção e acesso a manifestações culturais e esportivas inseridas no contexto de seus territórios de vida;

· criem espaços coletivos de convívio, articulação e solidariedade, promovendo cidadania e participação social;

· debatam temas pertinentes ao universo dos jovens, particularmente daqueles em situação de vulnerabilidade social, como: o abuso de álcool e outras drogas, a violência contra a juventude, especialmente a juventude negra, o racismo e outras formas de estigmatização, a cidadania e os direitos humanos, a formação de redes de apoio e solidariedade social;

· mobilizem recursos pré-existentes, façam articulação intersetorial e promovam a sustentabilidade dos projetos incorporando-os como políticas públicas.
 
Serão priorizados municípios que aderiram formalmente ao Programa “Crack, é possível vencer”, que são prioritários do Plano Juventude Viva e que aderiram ao Plano, bem como os municípios que recebem o impacto social de grandes obras. 
 
Para mais informações sobre o edital de repasse de recursos aos municípios,clique aqui. Para acessar diretamente o edital, clique aqui.
 
Para mais informações sobre o edital de  repasse direto a instituições privadas (entidades da sociedade civil) sem fins lucrativos, clique aqui. Para acessar diretamente o edital, clique aqui
 
Fonte: Ministério da Justiça