terça-feira, 8 de julho de 2014

Copa do Mundo 2014 - A corrupção padrão Fifa.

Por Luciano Martins Costa em 08/07/2014 na edição 806.

Os jornais brasileiros fazem de conta que não é com eles. O noticiário sobre a venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo corre nos telejornais, percorre os programas de rádio e ancora nas páginas dos diários como se fosse um caso comum, desses que frequentam a crônica policial.
Mas a mídia brasileira não havia determinado que o Brasil era incapaz de sediar uma Copa do Mundo “padrão Fifa”? E não era o “padrão Fifa” um modelo a ser seguido até mesmo nas obras do governo?
Pois a imprensa de todo o planeta informa que o chefe da máfia dos ingressos que tem atuado nesta Copa é intimamente ligado à direção da Federação Internacional de Associações de Futebol, a Fifa. 
Mais grave: é homem próximo da família do presidente da entidade, Joseph Blatter.
A detenção do britânico Raymond Whelan, diretor-executivo da empresa Match, que ganhou da entidade esportiva o direito de negociar os camarotes e ingressos de hospitalidade durante a Copa do Mundo no Brasil, foi preso pela polícia do Rio. A Match é controlada pela Infront, empresa que tem como acionista Phillipe Blatter, sobrinho do presidente da Fifa.
Whelan foi apanhado quando tomava um cafezinho no saguão do hotel Copacabana Palace, sede da Fifa durante o Mundial, ao lado de personalidades internacionais. 
Segundo as autoridades, ele é o ponto central do esquema de venda ilegal de ingressos que já levou à cadeia uma dúzia de outros protagonistas. O inquérito diz que Whelan chefiava uma espécie de máfia semioficial de cambistas ilegais.
As reportagens da imprensa brasileira e internacional deixam claro que o grupo não apenas faturava com a venda paralela de ingressos destinados a empresas e instituições, mas também é acusado de superfaturar preços de diárias de hotéis e outras despesas.
E o que tem isso a ver com a imprensa brasileira?
Tem tudo a ver, na medida em que o desmascaramento da quadrilha revela o que é, afinal, o “padrão Fifa”, tão incensado pelos jornais quando se dizia que o Brasil não tinha condições de realizar uma Copa de alta qualidade.
Um esquema criminoso
Antes de mais nada, convém fazer um reparo: desde que se iniciou, na arena do Corinthians, a grande festa do futebol mundial, um e outro, entre os mais veteranos comentaristas do esporte, se deslocaram do discurso hegemônico que havia dominado a imprensa – o vozerio do elogio solene ao “padrão Fifa”.
No mais, as manchetes estão nos arquivos para serem garimpadas – o discurso central da imprensa apresentava a Fifa como a entidade privada eficiente e correta, enquanto a parte brasileira – governos e empresas – era sempre mostrada como o lado sujo e desqualificado.
Pois bem: a realidade mostra que a entidade máxima do futebol mundial, uma organização privada sem fins lucrativos, é um antro de corrupção, compadrio e malversações de todos os tipos.
Por mais elaborados que sejam os discursos apresentados nas edições de terça-feira (8/7), tentando deslocar as responsabilidades para empresas terceirizadas encarregadas da negociação de bilhetes patrocinados, não há como ocultar o fato de que, se todas elas estão envolvidas em falcatruas, o esquema é oficial, comandado de dentro da própria Fifa.
Não é por outra razão que algumas federações de futebol, principalmente da Europa, tentaram impedir a reeleição de Joseph Blatter. Mas as suspeitas que vêm há muito tempo pesando sobre seu grupo não foram suficientes para alertar a imprensa brasileira. Durante semanas, meses, antes do início da Copa, o discurso hegemônico era o de louvação à Fifa e críticas a tudo que fosse nacional.
Ressalte-se que a crítica, como as denúncias de superfaturamento de obras, são parte do dever da imprensa, mas tudo foi colocado num contexto em que todo mérito era da Fifa.
O que se tem visto e reconhecido pela imprensa de todo o mundo é que, com a bola rolando, no que depende dos brasileiros as coisas correm bem, da segurança nas ruas à alegria com que os turistas e torcedores estrangeiros têm sido recebidos por aqui.
As más notícias – todas elas, das falhas na fiscalização até o escândalo da venda paralela de ingressos – caem no colo da entidade que controla o futebol profissional em todo o mundo.
Por essa razão, é de justiça repetir a frase de Juca Kfouri, que repercute na imprensa internacional: “Desmascarar a Fifa é o maior legado da Copa no Brasil”.

BRICS chegam a consenso e formam banco de investimentos alternativo ao FMI.


Apesar de a economia dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ter cambaleado durante 2013, ignorar ou recusar esse bloco
Os Brics  se fortalecem com a formação de um banco de investimentos.

Por Redação, com agências internacionais - de Brasília e Fortaleza, CE.
Os cinco países que formam os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) chegaram a um amplo consenso, nesta segunda-feira, sobre a criação do banco de desenvolvimento de US$ 100 bilhões, embora algumas diferenças permaneçam, afirmou um diplomata chinês nesta segunda-feira antes da reunião de cúpula no Brasil na próxima semana. Os chefes de Estado de cada um dos cinco países que compõem o Brics virão à conferência. Paralelamente ao encontro dos chefes de estado, acontecerão eventos paralelos com autoridades do setor público e privados dos países envolvidos.
O novo banco vai simbolizar a crescente influência das economias emergentes na arquitetura financeira global, há muito dominada pelos Estados Unidos e pela Europa através do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul devem assinar um tratado para lançar oficialmente o banco quando se reunirem em Fortaleza (CE), no dia 15 de julho. As negociações para criar o banco se arrastam por dois anos, com alguns membros se opondo ao desejo da China de ter uma participação maior no banco, por meio de mais capital.
Um funcionário sênior do governo brasileiro havia dito em maio que as cinco nações do Brics estavam abertas a concordar em financiar o banco da mesma forma, dando-lhes os mesmos direitos. Falando a repórteres antes da cúpula, o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Li Baodong, disse que estava otimista.
– No banco de desenvolvimento dos Brics, todas as partes têm amplo consenso sobre esta questão. Claro que existem algumas diferenças e diferentes pontos de vista sobre questões técnicas. Estamos plenamente confiantes de que podemos chegar a um consenso e criar o banco de desenvolvimento dos Brics nesta reunião. “Neste tipo de problema técnico, os membros devem estabelecer um consenso através de consultas amigáveis​​ – disse Li, referindo-se à emissão de ações do banco.
O banco terá de ser ratificado pelos Parlamentos dos países e poderia começar a emprestar em dois anos, segundo informações dadas por um funcionário brasileiro aos jornalistas
Detalhes operacionais
A reunião, em Fortaleza, terá a coordenação do Gabinete do governador Cid Gomes. Ele acertou, em recente encontro com os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Justiça, Eduardo Cardozo, os detalhes operacionais e a integração das forças armadas e de inteligência estaduais e federais para a realização da VI Conferência de Cúpula do BRICS. O encontro ocorrerá no Centro de Eventos do Ceará (CEC). Paralelamente à realização da cúpula, acontecerão eventos com autoridades do setor público e privado dos países envolvidos.
Os cinco países que integram o BRICS consolidam-se como atores internacionais de crescente relevo, tanto no plano político como na área econômico-financeira. Além de definirem mais de 30 áreas de cooperação entre si, os Brics coordenam atualmente suas posições nas Nações Unidas, no G-20, no Banco Mundial e no FMI, aumentando, em função disso, a sua importância nesses foros. Todos os países do BRICS sediaram pelo menos uma Cúpula. Os encontros precedentes foram realizados em Ecaterimburgo, Rússia (2009); Brasília (2010); Sanya, China (2011); Nova Délhi, Índia (2012) e Durban, África do Sul (2013). E, em 2014, será em Fortaleza.
A ideia do Brics foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O´Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic Brics”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla Brics.
O peso econômico dos Brics é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB dos Brics já supera hoje o dos EUA ou o da União Europeia. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os Brics respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%.
Até 2006, os Brics não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª. Assembleia Geral das Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este constituiu o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “Brics” passou a existir um grupo que passava a atuar no cenário internacional, o Bric. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o Brics (com “s” ao final).
Como agrupamento, os Brics têm um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, os Brics têm um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação.

Segunda Guerra Mundial - Por que a 148ª Divisão Alemã se entregou somente aos brasileiros na Itália? Notícias de ontem.

É obrigação dessa geração lutar pelo reconhecimento histórico da honra dos nossos soldados que lutaram na Itália:
Esse pequeno exemplo representa muito bem a índole dos nossos combatentes, muito diferente daquele que tentam nos imputar: a de torturadores e facínoras.
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Por que a 148ª Divisão Alemã se entregou somente aos brasileiros na Itália?
Blog - Francisco Miranda
“Foi em abril de 1945. Os alemães tinham retraído da Linha Gótica depois da nossa vitória em Montese, e provavelmente pretendiam nos esperar no vale do rio Pó, mais ao Norte. Nosso Esquadrão de Reconhecimento, comandado pelo Pitaluga, os avistou na Vila de Collechio, um pouco antes do rio. A pedido  do General fui ver pessoalmente e lá, por ser o mais antigo, coordenei a  noite um pequeno ataque com o esquadrão e um pelotão de infantaria, sem intenção maior do que avaliar, pela reação, a força do inimigo. Sem defender  efetivamente o local, os alemães passaram para o outro lado do rio e explodiram a ponte. Então observamos que se tratava de uma tropa muito maior  do que poderíamos ter imaginado. Eram milhares deles e nós tínhamos atacado  com uma dezena de tanques e pouco mais de cinquenta soldados”.
Blog Francisco Miranda
“Informamos ao comando superior que o inimigo teria lá pelo menos um regimento. O comando, numa decisão ousada, pegou todos os caminhões da  artilharia, encheu-os de soldados e os mandou em reforço à pequena tropa que  fazia frente a tantos milhares.” – ” Considerei cumprida a minha parte e fui  jantar com o Coronel Brayner, que comandava a tropa que chegara” prosseguiu  Dionísio. “Durante a frugal refeição de campanha, apresentaram-se três  oficiais alemães com uma bandeira branca, dizendo que vieram tratar da  rendição. Fiquei de interprete, mas estava confuso; no início nem sabia bem  se eles queriam se entregar ou se estavam pensando que nós nos  entregaríamos, face ao vulto das tropas deles, que por sinal mantinham um violento fogo para mostrar seu poderio”.
Blog Francisco Miranda
“Esclarecida a situação, pediram três condições: que conservassem suas  medalhas; que os italianos das tropas deles fossem tratados como prisioneiros de guerra (normalmente os italianos que acompanhavam os alemães  eram fuzilados pelos comunistas italianos das tropas aliadas) e que não  fossem entregues à guarda dos negros norte-americanos”.
“Esta última exigência merece uma explicação: a primeira vista parece racismo. Que os alemães são racistas é óbvio, mas porque então eles se  entregaram aos nossos soldados, muitos deles negros? Bem, os negros americanos naquela época constituíam uma tropa só de soldados negros, mas  comandada por oficiais brancos. 
Discriminados em sua pátria, descontavam sua raiva dos brancos nos prisioneiros alemães, aos quais submetiam a torturas e  vinganças brutais. É claro que contra eles os alemães lutariam até a morte.  Não era só uma questão de racismo”.
Blog Francisco Miranda
“Eu perguntei ao interprete do lado alemão (nos entendíamos em uma mistura  de inglês, italiano e alemão), por que queriam se render, com tropa muito  superior aos nossos efetivos e ocupando uma boa posição do outro lado do  rio. Ele me respondeu que a guerra estava perdida, que tinham quatrocentos  feridos sem atendimento, que estavam gastando os últimos cartuchos para sustentar o fogo naquele momento e que estavam morrendo de fome. Que queriam  aproveitar a oportunidade de se render aos brasileiros porque sabiam que  teriam bom tratamento”.
“Combinada a rendição, cessou o fogo dos dois lados. Na manhã seguinte  vieram as formações marchando garbosamente, cantando a canção ‘velhos  camaradas’, também conhecida no nosso Exército”.
Blog Francisco Miranda
“A cerimônia era tocante” – prosseguiu Dionísio. “Era até mais cordial do  que o final de uma partida de futebol. Podíamos ser inimigos, mas nos  respeitávamos e parecia até haver alguma afeição. Eles vinham marchando e  cada companhia colocava suas armas numa pilha, continuando em forma, e seu  comandante apresentava a tropa ao oficial brasileiro que lhe destinava um  local de estacionamento. Só então os comandantes alemães se desarmavam. A primeira Unidade combatente a chegar foi o 36º Regimento de Infantaria da 9°  Divisão Panzer Grenadier. Seguiram-se mais de 14 mil homens, na maioria  alemães, da 148° Divisão de Infantaria e da Divisão Bessaglieri Itália que  os acompanhava”.
Blog Francisco Miranda
“Entretanto houve um trágico incidente: Um nosso soldado, num impulso de  momento, não se conteve e arrancou a Cruz de Ferro do peito de um sargento  alemão. O sargento, sem olhar para o soldado, pediu licença a seu comandante  para sair de forma, pegou uma metralhadora em uma pilha de armas a seu lado  e atirou no peito do brasileiro, largou a arma na pilha e entrou novamente  em forma antes que todos se refizessem da surpresa. 
Por um momento ninguém sabia o que fazer. Já vários dos nossos empunhavam suas armas quando o  oficial alemão sacou da sua e atirou na cabeça do seu sargento, que esperou  o tiro em forma, olhando firme para frente. Um frio percorreu a espinha de todos, mas foi a melhor solução” - Concluiu Dionísio.
Ao ouvir esta história, eu já tinha mais de dez anos de serviço, mas não  pude deixar de me emocionar. Não foram as tragédias nem as atitudes altivas  o que mais me impressionaram. O que mais me marcou foi o bom coração de  nossa gente, a magnanimidade e a bondade de sentimentos, coisas capazes de  serem reconhecidas até pelo inimigo. 

Capazes não só de poupar vidas como  também de facilitar a vitória. É claro que isto só foi possível porque os alemães estavam em situação crítica; noutro caso, ninguém se entregará só  porque o inimigo é bonzinho, mas que a crueldade pode fazer o  inimigo resistir até a morte, isto também é real. Na História Pátria podemos ver como Caxias, agindo com bondade, só pacificou, e como Moreira César, com sua crueldade, só incentivou a resistência até a morte em Canudos.
O General Dionísio e o interprete alemão – Major Kludge, se tornaram amigos e se corresponderam até a morte do primeiro, no início dos anos 90. O General Mark Clark, comandante do 5° Exército norte- americano, ao qual a FEB estava incorporada, disse que foi um magnífico final de uma ação  magnífica. Dionísio disse apenas que a história real é ainda mais bonita do que se fosse somente um grande feito militar.”
Cel.Hiram Reis e Silva.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Presidente da Rússia agenda visitas a Brasil, Argentina e Cuba.


No Brasil, Vladimir Putin participará na cerimônia de encerramento da Copa do Mundo, onde a presidente Dilma Rousseff lhe passará a responsabilidade pelo próximo torneio (Reuters).
O presidente russo Vladimir Putin visitará na próxima semana Cuba, Argentina e Brasil, informou o Kremlin nesta sexta-feira (4), em meio ao crescente isolamento internacional de Moscou devido a crise ucraniana.

Putin iniciará seu giro de seis dias visitando em 11 de julho Cuba, onde se reunirá com o presidente Raúl Castro e Fidel. A visita de Putin à ilha acontece no momento em que a Rússia se vê envolvida na crise ucraniana, o mais grave confronto com o Ocidente desde a Guerra Fria. Havana já se manifestou a favor da Rússia neste conflito.

De Cuba, o chefe do Kremlin viajará à Argentina, onde discutirá a cooperação comercial e energética com a presidenta Cristina Kirchner. E de Buenos Aires, Putin voará para o Brasil, onde participará de uma cúpula dos Brics.

A Rússia organizará a próxima Copa em 2018 e já se comprometeu em investir bilhões de dólares para construir estádios e infraestruturas.

Fonte: Correio Braziliense.

domingo, 6 de julho de 2014

Pará - Líder quilombola é decaptado e esquartejado no Município de Acará.


Por , 05/07/2014.
Enviada para: 
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Morte no Campo.

Combate Racismo Ambiental por Tiago Fernando Martins com o seguinte comentário: 
Em nome da assessoria jurídica da Coordenação das Associações das Comunidades Quilombolas de Estado Pará (Malungu PA), informo através desta rede social que os desumanos e acirrados conflitos agrários no Estado do Pará fizeram mais uma vítima na Região do Acará.

Ontem o quilombola conhecido como Sr. Alair foi brutalmente assassinado. Pouco se sabe sobre o fato ocorrido, mas a informação que temos é que após ser capturado em uma emboscada por um grupo armado, o Sr. Alair foi brutalmente decapitado e não teve qualquer chance de reação e defesa. 
O caso já está sendo apurado pela Polícia Civil e terá o acompanhamento da Malungu e do Ministério Público. O sentimento de perda e revolta nos consome, porém não nos enfraquece, pois a luta por uma sociedade mais justa em que todos possam gozar de um desenvolvimento balizado pela igualdade material e pela sustentabilidade ambiental continuará forte em nosso movimento! 
Confira a matéria do Diário Online abaixo:
O líder quilombola Artêmio Gusmão, conhecido pelo apelido de Alaor, foi assassinado na última sexta-feira (04), por volta de 19h. O crime foi praticado quando Alaor voltava para a comunidade, após assistir à partida entre Brasil x Colômbia, na Vila Camarial.
Parentes da vítima viram a moto em que Alaor estava caída em uma estrada e com muitas manchas de sangue. Após horas de busca pela mata, o corpo do quilombola foi encontrado na manhã deste sábado (05), degolado e esquartejado. No ano passado, dois irmãos de seu Alaor também foram assassinados em virtude de conflitos fundiários. Outras pessoas da mesma família também estão sob ameaça de morte.
A ouvidora do Sistema de Segurança Pública, Eliana Fonseca, foi acionada ainda durante as buscas pelo corpo, no meio da madrugada. A ouvidora comunicou o delegado geral José Firmino esta manhã. Ainda não há pista das pessoas que cometeram o crime.
Artêmio Gusmão era coordenador da comunidade Mancaraduba, localizada em uma área de terras de competência do governo federal com pretensão quilombola. O processo de reconhecimento está na Justiça Estadual e é contestada pela empresa Biopalma. 
Em novembro do ano passado, esta comunidade denunciou uma operação policial abusiva e o caso está sendo acompanhado pela Ouvidoria da Segup, Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e pelo movimento quilombola Malungu. As terras estão no município do Acará, mas fazem fronteira com Tailândia e Tomé Acu.
A Associação de Moradores dos Quilombos do Alto Acará (Amarqualta) possui um dossiê que informa que Artêmio estava sendo ameaçado por um madeireiro e informou isso na última semana a algumas autoridades federais. A associação também já denunciou vários crimes ambientais e de grilagem de terras, sem que a situação tenha sido solucionada.
A SDDH considera que a situação está fora de controle, pois o Estado é omisso e a pistolagem, grilagem de terras, uso de documentos de terras falsificados e crimes ambientais têm ocorrido indiscriminadamente na área. Apesar de denunciados, os órgãos de fiscalização e controle ainda não se fizeram presentes na defesa da vida e do território quilombola em questão.

Maranhão - Sargento da PM que era lotado na Assembléia Legislativa, morre em confronto com uma Guarnição da ROTAM.

Policial executado por policiais (Foto: Blog do Marcelo Vieira)
Policial executado por policiais (Foto: Blog do Marcelo Vieira)

Na madrugada de hoje, dia 6, homens da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam) dispararam contra um policial que fazia parte da equipe de segurança do prédio da Assembleia Legislativa do Maranhão. 

A Fatalidade ocorreu no bairro do Maranhão Novo, próximo a Secretaria de Trânsito e Transporte de São Luís. 

Segundo informações repassadas ao Blog do Luis Pablo, a vítima foi alvejada por vários disparos dentro do seu carro. 

Ele estava acompanhado de um outro homem, que não foi atingido.

Policiais da Rotam informaram que o segurança da Assembleia estava com um revólver atirando e não obedeceu a ordem de parar. 

Por isso, teve seu carro alvejado.

Os homens que alvejaram o policial são novatos na Polícia Militar. 

Todos que estão compondo a Rotam são os mesmos que estavam sendo treinados para a criação do Bope do Maranhão, para o combate, principalmente, às facções criminosas. Por motivos não informados, a PM mudou de ideia e o grupo virou Rotam. 

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), deverá se pronunciar sobre o caso. 


OUTRA VERSÃO.

IMAGEM DA MADRUGADA:  Acusado de assalto morre em troca de tiros com policiais.


Foto:  Blog do Gilberto Lima.

O blog acaba de receber a imagem de um homem morto em troca de tiros com policiais. O confronto teria ocorrido na Avenida Daniel de La Touche, no Ipase, nas proximidades da SMTT.

Policiais estavam perseguindo um veículo corsa classic, cor prata, ocupado por dois homens acusados de assalto. 

Nas proximidades da SMTT, a dupla teria parado e veículo e iniciado uma troca de tiros. O homem da foto morreu no local. O outro foi preso.

Esse confronto ocorreu no primeiros minutos da madrugada deste domingo (06).


ATUALIZAÇÃO:

Sargento da PM é morto em confronto com policiais da Rotam.

Vítima estava em veículo e teria desobedecido ordem de policiais em serviço.

O PM foi expulso da corporação por suspeita de assassinar um homem no Coroadinho. 

Já Ivo Fernando já havia sido preso anteriormente.


O sargento Lima Filho foi morto em troca de tiros com policiais da ROTAM, no fim da noite de sábado(05) na Avenida Daniel de La Touche, no Ipase/Maranhão Novo. 

As informações são de que o sargento Lima Filho e outro homem identificado Ivo Fernando França Cutrim estavam num veículo corsa classic, cor prata, quando foram abordados por um carro da Rotam. Eles receberam a ordem para que parassem, porém, não obedeceram e um deles teria atirado primeiro contra os policiais.



O comandante do policiamento especializado, coronel Ivaldo Barbosa, disse que a viatura da polícia que perseguiu o carro com os dois tentou fazer com que o motorista do carro parasse encostando três vezes na traseira do classic. O comandante explicou que o giroflex estava ligado, configurando o que seria uma abordagem padrão.



Ivo Fernando foi preso pela Rotam

O militar disse ainda que o sargento havia sido expulso da PM suspeito de matar um homem no Coroadinho. Já Ivo Fernando já havia sido preso anteriormente. O comandante não deu detalhes de quando o sargento foi expulso e reintegrado à PM e informou que nesta segunda-feira haverá uma entrevista coletiva para tratar do assunto.

O blog foi o primeiro a destacar esse caso, no início da madrugada deste domingo. As primeiras informações era de que a vítima seria acusada de assalto. 


Brasil - ESTRANGEIROS ANALISAM OS BILHÕES DA COPA DO MUNDO

Foto - Diário do Centro do Mundo.


Os bilhões da Copa do Mundo 


Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

"O jornalista Nathaniel Parish Flannery, colaborador de várias publicações americanas em áreas como crime organizado, política, cultura e economia, escreveu um bom artigo no site da "Forbes" sobre a Copa do Mundo.

Quando a seleção do Brasil entrar em campo, o mundo deveria também aproveitar o momento para reconhecer o sucesso das políticas públicas progressivas do país”, escreve Flannery. “O Brasil destinou menos que 2 bilhões de dólares para a construção dos estádios. Em contraste, entre 2010, ano do início da construção dos estádios, e o início de 2014, o governo investiu 360 bilhões de dólares em programas de saúde e educação”.

Eis os principais trechos de sua análise: 

No Brasil, a Copa do Mundo deflagrou protestos de ativistas interessados em chamar atenção para os persistentes problemas de pobreza e desigualdade no país. Em 2013, os manifestantes empunhavam cartazes em inglês com mensagens como “Nós não precisamos da Copa do Mundo” e “Nós precisamos de dinheiro para hospitais e educação”. Contudo, como os cientistas políticos Diego von Vacano e Thiago Silva explicaram em seu excelente artigo para o "Washington Post", “os protestos são paradoxais porque o Brasil tem vivenciado um crescimento econômico e social muito significativo desde que o país foi escolhido para realizar o evento em 2007”.

Mais amplamente, a Copa do Mundo de 2014 acentua a emergência econômica da América Latina ao longo da última década. O mar de camisas amarelas que pode ser visto em jogos da Colômbia e áreas inteiras de mexicanos usando roupas verdes e torcendo para a sua seleção é um testemunho do recente sucesso econômico da classe média latino-americana. De acordo com o historiador David Goldblatt, “a televisão pode enganar, e o uso de uma camisa da seleção da Colômbia não é garantia de nacionalidade, mas o estádio do Mineirão em Belo Horizonte estava forrado de amarelo – 20 000 numa multidão de 57 000. A mídia chilena tem reportado que mais de 10 000 estão viajando para o Brasil, e ao que parece eles todos estavam presentes em Cuiabá quando a seleção deles despachou a Austrália.

Em 2011, pela primeira vez na história, o número de pessoas nas classes médias da América Latina ultrapassou o número de pessoas pobres na região. O Brasil, em particular, destaca-se pelo sucesso no investimento em programas sociais e de redução da pobreza.

Dado o número de camisas amarelas que aparecem na multidão nos jogos, a Copa do Mundo no Brasil tem também sido massivamente frequentada pela classe média emergente do país. Ainda assim, a história de que o gasto com futebol é um desperdício num país em que a população vive na pobreza tem ganhado impulso nas mídias sociais.

Fotos de um grafite mostrando uma criança faminta chorando ao ver uma bola de futebol em seu prato tornaram-se virais e foram compartilhadas aos milhares no Twitter e Facebook. Outros usuários do Twitter compartilharam fotos lembrando a pobreza com a qual eles se deparam a algumas quadras dos estádios.

Essas imagens falham em mencionar que o Brasil [governo] destinou menos que 2 bilhões de dólares para a construção dos estádios. Em contraste, entre 2010, ano do início da construção dos estádios, e o início de 2014, o governo federal do Brasil investiu 360 bilhões de dólares em programas de saúde e educação. Para colocar isso em perspectiva, o governo do Brasil investiu 200 milhões de dólares [em saúde e educação] para cada dólar gasto com os estádios da Copa do Mundo. Embora os sistemas de saúde, educação e transporte precisem de investimentos contínuos, os gastos com a Copa do Mundo não têm de maneira alguma eclipsado o investimento progressivo em programas sociais.

A economia do Brasil é definida por uma desigualdade intrinsecamente profunda. É um país conhecido pelas favelas e milionários. De acordo com análises da "Forbes", o Brasil é o lar de dezenas de bilionários, incluindo Roberto Irineu Marinho, João Roberto e José Roberto Marinho, que juntos controlam o maior império de mídia da América Latina, a "Globo", e têm, juntos, 28 bilhões de dólares. A empresa reportou em 2013 um lucro de 1,2 bilhão de dólares. De acordo com levantamento da Forbes, “enquanto a riqueza crescente do país está criando mais milionários e bilionários do que nunca, famílias ricas estão garantindo a fatia maior desse bolo”. Dos 65 bilionários listados pela "Forbes" na sua edição dos "Bilionários do Mundo", 25 deles são herdeiros ou parentes. Mas, enquanto é fácil apontar os gastos dispendiosos com os estádios da Copa do Mundo ou a longa lista de bilionários do Brasil e contrastá-los com milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza, tais comparações falham ao não reconhecer o tremendo sucesso que os criadores de políticas públicas brasileiros têm tido na erradicação da pobreza ao longo da última década. De acordo com um relatório recente do "Centro para a América Latina e Caribe da ONU" (CECLAC), em 2005, 38% da população brasileira vivia abaixo da linha de pobreza. Avançando para 2012, essa taxa caiu para 18,6% da população. Em outras palavras, desde 2005, o Brasil tem efetivamente reduzido para mais da metade o número de seus cidadãos vivendo na pobreza.

Por outro lado, o México, um país cujos políticos estão mais concentrados nas exportações e nos salários competitivos, atualmente viu a pobreza aumentar durante esse mesmo período, de acordo com um relatório do "Centro das Nações Unidas para América Latina e Caribe". O Chile, um país há muito elogiado pelo desenvolvimento de suas políticas econômicas, viu um declínio muito menor de sua pobreza no mesmo período. No Chile, a pobreza caiu de 13,7% para 11% em 2011.

A América Latina é a região mais desigual do mundo, e o Brasil em particular é conhecido por sua história colonial baseada em uma espoliativa agricultura de exportação, o que ajudou a desenvolver o estabelecimento de uma economia altamente dividida entre ultrarricos e ultrapobres. Em meio à controvérsia da Copa do Mundo, o tremendo sucesso do Brasil na redução da pobreza tem sido de certa forma ignorado.

Jason Marczak, expert em América Latina do "Atlantic Council" em Washington [um think tank apartidário e influente] , me contou que “a crítica aos excessivos custos dos estádios é na verdade um grito dos cidadãos do novo Brasil, um Brasil mais classe média, que demanda maior transparência e um modelo de estado mais responsável”.

Quando a seleção do Brasil entrar em campo, o mundo deveria também aproveitar o momento para reconhecer o sucesso das políticas públicas progressivas do país.

O Brasil tem atingido conquistas impressionantes no crescimento sócio-econômico na última década com dezenas de milhões de pessoas saindo da pobreza e entrando na classe média”, acrescenta Marczak."

FONTE: escrito por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo. Transcrito no "Blog do Miro'  (http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/07/os-bilhoes-da-copa-do-mundo.html)