quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Porto Alegre. Ação do PSOL faz Justiça suspender aumento da tarifa de ônibus e lotações.

A juíza Karla Aveline Oliveira, da 5ª Vara da Fazenda Pública, acatou pedido feito pelo PSOL e determinou a suspensão do aumento da tarifa de ônibus e lotações em Porto Alegre, que entrou em vigor na última segunda-feira. 
A magistrada entendeu que a Prefeitura errou em reajustar o valor das tarifas sem debater o tema previamente com o Conselho Municipal de Transportes Urbanos. 
Segundo a decisão da juíza, os valores devem voltar para R$ 3,25 (ônibus) e R$ 4,85 (lotação) nesta quinta-feira.
A reportagem foi publicada por Sul21, 24-02-2016. 
As lideranças do PSOL gaúcho ingressam segunda-feira com ação na Justiça contra o aumento das passagens de ônibus e lotações em Porto Alegre. 
A ação cautelar para barrar o aumento foi protocolada pelos vereadores Fernanda Melchionna e Prof. Alex Fraga, pelo deputado estadual Pedro Ruas e pela pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre,Luciana Genro.
Na decisão, a juíza afirma: “Razões expostas, defiro a antecipação da tutela para determinar a imediata suspensão do reajuste das passagens de ônibus e lotações, devendo a cobrança se dar pelo valor até então praticado (ônibus R$3,25 e lotação R$4,85) a partir das seis horas da manhã do dia 25/02/2016”.
Fernanda Melchionna, assim que soube, comemorou a decisão em sua página no Facebook.
SUSPENSO O AUMENTO TARIFÁRIO pela ação do PSOL. A partir das 6 horas da manhã do dia 25 de fevereiro a tarifa deve voltar aos R$ 3,25 nos ônibus e 4,85 nas lotações. O Judiciário nos deu razão e determinou a suspensão do aumento em razão do autoritário canetaço do prefeito Fortunati que se deu, sem ouvir a sociedade! Agora é fortalecer a mobilização para garantir a manutenção da decisão liminar da Dra. Karla Aveline de Oliveira”, escreveu.
O mesmo fez Pedro Ruas no Twitter:

Câmara dos Deputados conclui votação de projeto antiterrorismo; texto vai a sanção Presidencial.

Proposta contém artigo que evita o enquadramento como ato terrorista de violência praticada no âmbito de movimentos sociais.
Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Sessão extraordinária para análise da proposta que regulamenta a aplicação do teto remuneratório para todo o funcionalismo público
Plenário aprovou pena de reclusão de 12 a 30 anos em regime fechado para o crime de terrorismo
Será enviado à sanção o projeto do Poder Executivo que tipifica o crime de terrorismo (PL 2016/15), prevendo pena de reclusão de 12 a 30 anos em regime fechado, sem prejuízo das penas relativas a outras infrações decorrentes desse crime.
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta quarta-feira (24), o substitutivo do Senado ao projeto. 
Com isso, foi mantido o texto aprovado pela Câmara em agosto do ano passado.
Trata-se de um substitutivo do relator, deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), que tipifica o terrorismo como a prática, por um ou mais indivíduos, de atos por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia ou religião, com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
Ao apresentar seu parecer em Plenário, Maia criticou o texto do Senado, principalmente quanto à exclusão do artigo que evitava o enquadramento como ato terrorista de violência praticada no âmbito de movimentos sociais. “Quem apontou esse problema foram os especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU)”, afirmou, ao ler o trecho do parecer da ONU contra a exclusão do artigo.
O relator recomendou a manutenção integral do texto da Câmara, por deixar mais clara a divisão das tipificações penais relativas ao terrorismo, seus atos preparatórios e financiamento.
Enquadramento - Para o enquadramento como terrorismo, com a finalidade explicitada, o projeto define atos terroristas o uso ou a ameaça de usar explosivos, seu transporte, guarda ou porte. Isso se aplica ainda a gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa.

Também estarão sujeitos a pena de 12 a 30 anos os seguintes atos, se qualificados pela Justiça como terroristas:


- incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir meios de transporte ou qualquer bem público ou privado;

- interferir, sabotar ou danificar sistemas de informática ou bancos de dados;

- sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, de meio de comunicação ou de transporte; de portos; aeroportos; estações ferroviárias ou rodoviárias; hospitais; casas de saúde; escolas; estádios esportivos; instalações de geração ou transmissão de energia; instalações militares e instalações de exploração, refino e processamento de petróleo e gás; e instituições bancárias e sua rede de atendimento; e

- atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa.

A proposta altera ainda a Lei das Organizações Criminosas (12.850/13) para permitir a aplicação imediata de instrumentos de investigação previstos nela, como a colaboração premiada, o agente infiltrado, a ação controlada e o acesso a registros, dados cadastrais, documentos e informações.
Também poderá ser aplicada a Lei 8.072/90, sobre crimes hediondos, que já classifica o terrorismo nessa categoria.
Manifestações sociais - Para deixar claro que não deverão ser enquadrados como terrorismo os protestos de grupos sociais, que às vezes podem ser violentos, como os dos movimentos de trabalhadores sem-terra ou os ocorridos em todo o País em junho de 2013, o texto faz uma ressalva explícita.

A exceção inclui a conduta individual ou coletiva nas manifestações políticas, nos movimentos sociais, sindicais, religiosos ou de classe profissional se eles tiverem como objetivo defender direitos, garantias e liberdades constitucionais.
Entretanto, esses atos violentos continuarão sujeitos aos crimes tipificados no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40). O texto do Senado retirava essa exceção do texto.
CONTINUA:

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Africa do Sul. O Partido do Congresso Nacional Africano acusa o governo dos Estados Unidos de estar a preparar uma "Primavera Sul-Africana".


Discursando durante uma manifestação que reuniu mais de 80.000 militantes, realizada no ultimo dia 19 de Fevereiro de 2016, o secretário-geral do Congresso Nacional Africano (CNA), Gwede Mantashe, denunciou as atividades irregulares da Embaixada dos Estados Unidos, e advertiu para uma ação de desestabilização dos serviços secretos dos Estados Unidos na África do Sul. 
O CNA é o partido do Presidente do Jacob Zuma.
Retomando as acusações, o porta-voz do CNA, Keith Khoza, declarou que Washington havia recrutado e enviado para treinamento nos Estados Unidos, através de cursos de formação que duram em média seis meses, um grupo de jovens sul-africanos que foram em seguida dispersos pelo país. 
Ele informou que o embaixador Patrick Gaspard tinha organizado várias reuniões com diversas ONGs tendo em vista preparar uma «Primavera Sul- Africana», segundo o modelo da «Primavera Árabe».
A Embaixada dos Estados Unidos negou completamente as acusações do CNA. Segundo ela, estes jovens e as reuniões que se seguiram fazem parte de um programa de educação.
Tradução Alva.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Greve dos Rodoviários acaba, permanece à ameaça de aumento de 11 (onze) por cento no valor da tarifa do transporte coletivo em São Luís.


Após terem cruzados os braços durante toda esta terça-feira (23), motoristas e cobradores retornarão aos seus postos nesta quarta-feira (24).
A suspensão do movimento grevista por tempo indeterminado foi anunciada há pouco pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA) em reunião com empresários na Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT). 
Portanto, os ônibus voltam a circular normalmente a partir de amanhã na Grande São Luís. No encontro ficou acordado que o pagamento do adiantamento de 40% do salário dos rodoviários será feito nesta quarta.
Informações, dão conta que ainda amanhã haverá uma reunião na sede do Tribunal Regional do Trabalho para discutir um possível aumento de 11% nas tarifas do transporte público da capital.
Se isso acontecer, a população será, como sempre, a maior prejudicada…

São Luís . Ampliação do Terminal Portuário deverá desabrigar 300 famílias, segundo o Jornal da Difusora.

Moradores da comunidade Cajueiro em São Luís, estão sendo prejudicados por uma medida impositiva do Governo do Estado do Maranhão que pretende construir na região, um terminal portuário.

O evento contou com a participação de professores e acadêmicos da UFMA, Sociedade Civil Organizada, Fetaema, e Vereadora Rose Sales.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Brasilia. PEC que reduz número de Senadores e Deputados ganha apoio nas Redes Sociais.

Karine Melo - Repórter da Agência Brasil.
A discussão sobre diminuir o número de senadores, de 81 para 54, e de deputados federais, de 513 para 385, tem ganhado força nos últimos dias. Isso porque um link (http://www12.senado.gov.br/ecidadania/ visualizacaotexto?id=172029), que incentiva internautas a participar de consulta pública sobre uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com esse objetivo, teve grande procura essa semana nas redes sociais e, em apenas quatro dias, até sexta-feira (19), já havia registrado mais de 136 mil apoio e pouco mais de 500 manifestações contrárias.

O que diz a PEC - A PEC 106/15, de autoria do senador Jorge Viana (PT-AC), altera os artigos 45 e 46 da Constituição Federal e estabelece que cada estado e o Distrito Federal elegerão dois e não mais três senadores, como é atualmente. A proposta não muda o tempo de mandato no Senado que continuaria de oito anos.

Na Câmara, a proposta mantém o critério de representação proporcional à população de cada unidade da federação, mas o número mínimo de deputados passaria de oito para seis e o máximo de 70 para 53.

Poucas chances - Em entrevista à Agência Brasil,  Jorge Viana admitiu que as chances proposta avançar são mínimas. “Um assunto que reduz o número de membros no Congresso, certamente deve ter uma rejeição grande aqui, mas estou querendo fazer esse debate. Acho que não tem explicação um país como o Brasil ter três senadores por estado. Os Estados Unidos, que têm uma população bem maior que a brasileira, por exemplo, têm apenas dois”, disse.

Em defesa da PEC, ele diz que a medida trará uma grande redução de gastos aos cofres públicos, além de uma eficiência maior do trabalho. Viana ressalta que caso seja aprovada, a PEC também fará alterações no número das cadeiras nas Assembleias Legislativas.

O texto da proposta diz que "nos termos dos artigos 27, Caput, e 32, Parágrafo 3º, da Constituição Federal, a representação nas Assembleias Legislativas e na Câmara Legislativa do Distrito Federal é calculada com base no número de deputados federais da respectiva unidade da federação".

Polêmicas - Para o professor de ciências políticas da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Caldas, é uma ilusão se posicionar  favoravelmente à proposta sem um debate aprofundado sobre o tema. “Essa proposta não traz ganhos, ao contrário, torna o Parlamento mais elitista, menos disposto a ouvir o cidadão, sem falar que as eleições vão ficar mais caras e mais disputadas, com predomínio do poder econômico”, disse.

Ainda segundo o professor, a proposta facilitará o predomínio dos caciques dos partidos nas vagas do Legislativo, além de estimular a compra de votos. “ O que eu defendo é a adoção do voto distrital, que aproxima o eleitor do seu representante. A questão não é o número de deputados por estado, mas a relação entre o eleitor e o parlamentar”, afirmou.

No voto distrital, o estado é dividido em inúmeras regiões menores, chamadas de distritos eleitorais e os eleitores daquele distrito só podem votar nos candidatos daquela região, e cada distrito só elege um deputado.

Antonio Augusto de Queiroz, analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), tem outro ponto de vista. Mesmo acreditando que a proposta não tem nenhuma chance de avançar, para ele, só fato da opinião pública apoiar a redução do número de parlamentares demostra uma grande insatisfação e isso, avalia, tem um efeito pedagógico no sentido de que aqueles que se elegerem vão ter cada vez mais compromisso com suas bases.

Antonio Queiroz observa ainda que a aprovação de uma proposta como essa não significaria a exclusão de forças mais populares das urnas. “Uma proposta como essa precisa vir acompanhada de outras mudanças no sistema político. Tudo vai depender da regra que for aprovada”, disse.

Para o analista político, um exemplo dessas regras que ampliariam a representatividade seria a que garante a participação feminina nas chapas. Hoje, a Lei Eleitoral fixa um mínimo de 30% de candidatos de cada sexo, mas não estabelece sanções para partidos que não cumprem o percentual. “Se no lugar de medidas como essa tivermos uma cláusula de barreira elevada e um quociente eleitoral muito alto, realmente, não teremos bons efeitos”.

Tramitação - Apresentada no dia 16 de julho do ano passado, a proposta foi encaminhada no dia seguinte à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, desde então, está parada aguardando designação de um relator pelo presidente do colegiado, senador José Maranhão (PMDB-PB). Diante da mobilização nas redes sociais, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) vai assumir a relatoria da proposta. Randolfe sabe das dificuldades que terá, mesmo assim, demostra otimismo.

“Era difícil pensar em eleições diretas no Brasil, e isso aconteceu. Era difícil pensar no impeachment de um presidente da República, e isso também aconteceu. Quero o apoio da opinião pública para que essa proposta seja aprovada. Devo receber, na segunda-feira [22], do presidente da CCJ a relatoria, e vou apresentar meu relatório favorável à proposta ainda esta semana”, disse Randolfe.

Após a fase de análise nas Comissões do Senado e da Câmara, a PEC precisa passar por dois turnos de votação no plenário de cada uma das casas.


Consulta Pública - Segundo o chefe do serviço de apoio ao Programa E-Cidadania do Senado, Alisson Queiroz, ao contrário do que muita gente pensa, no momento, apesar das opiniões dos internautas estarem sendo registradas oficialmente, não há nenhuma consulta especial sobre a proposta. “Da mesma forma como está acontecendo com a PEC 106/15, quem quiser, também pode opinar em qualquer outra proposta que esteja em tramitação”, explicou.

Alisson disse ainda que os acessos ao portal do Senado por causa da PEC também refletiram no aumento de cliques em outras ferramentas e, por isso, a equipe do E-cidadania está mexendo no portal para facilitar a interatividade do cidadão.

Edição: Aécio Amado.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Maranhão. Mais um linchamento foi registrado hoje, é a segunda morte que noticiamos no mês de fevereiro.

Foto - Gilberto Lima
Blog do Gilberto Lima Linchamento: Suspeito de praticar estupro é espancado até a morte no Residencial Nova Terra, em São José de Ribamar. 

Um homem, identificado como Dulcivaldo dos Santos Pinheiro, 32 anos, acusado de ter estuprado uma mulher, foi vítima de linchamento e espancado até a morte, na manhã deste domingo (21). 

O crime ocorreu na Travessa 35, quadra 35, no Residencial Nova Terra, em São José de Ribamar.

Pelas informações de policiais que foram ao local do crime, o homem era suspeito de ter estuprado uma mulher no sábado (20). No entanto, não havia provas de que a vítima tivesse praticado esse suposto estupro, pois a mulher não teria sido localizada. 

Mesmo sem provas da autoria do crime, moradores do local iniciaram uma perseguição ao suspeito e o mataram com pauladas, pedradas e tijoladas. A polícia vai investigar se Ducivaldo dos Santos Pinheiro, que também era morador do Residencial Nova Terra, cometeu o crime de estupro.

O corpo será periciado para comprovar se houve ou não o uso de outros instrumentos, como arma de fogo e arma branca, para a execução do suposto estuprador.

Foto - Gilberto Lima
Opinião - Lamentavelmente, esse é mais um caso de justiça com as próprias mãos que se registra na região metropolitana de São Luís. É preciso que as pessoas entendam que esse não é o caminho. Violência gera mais violência, e quem recorre a esse tipo de expediente, como se estivesse acima das leis, pode ser condenado à prisão. Infelizmente, quem faz ‘justiçamento’, guia-se pela máxima de que ‘bandido bom, é bandido morto’.

Outros dizem que não adianta a polícia prender, pois, em pouco tempo, envolvidos em crimes voltam às ruas, pairando no ar uma sensação de impunidade. A alternativa é partir para a barbárie e adotar a execução sumária como antídoto para a onda de violência?

Certamente a polícia vai tentar identificar os autores dessa execução. Os envolvidos podem ser condenados a cumprir pena de 12 a 30 anos de reclusão, pois se trata de homicídio qualificado, cometido com emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel. (vide art. 121 do Código Penal).

Leia mais: O Maranhão da Barbárie. Homem de 30 anos é vítima de Linchamento. Necessitamos urgentemente celebrar um novo "Contrato Social". http://maranauta.blogspot.com.br/2016/02/o-maranhao-da-barbarie-homem-de-30-anos.html