Ciberativistas armam tenda no Festival Internacional Cultura
Digital.Br, que começa nesta sexta com participação de Gilberto Gil
Por: Carlos Minuano, especial para a Rede Brasil Atual
Publicado em 02/12/2011, 16:15 -Última atualização às 16:43
Foram cerca de nove horas de estrada da Casa de Cultura Digital até o Rio de Janeiro (Foto: Bruno Fernandes)
Rio de Janeiro – Um novo conceito de invasão hacker acaba de ser
colocado em curso, literalmente.
Um ônibus todo grafitado, com dezenas
de ativistas do grupo Transparência Hacker partiu na tarde de
quinta-feira (1º) do centro de São Paulo rumo ao Rio de Janeiro, mais
exatamente para a terceira edição do Fórum de Cultura Digital.
A
reportagem da Revista do Brasil embarcou junto. Após
duas edições na Cinemateca em São Paulo, o evento chega agora ao Rio,
repaginado e com novo nome: Festival Internacional Cultura Digital.Br. O
encontro começa nesta sexta-feira (2) e segue até domingo (4), no MAM
(Museu de Arte Moderna) e no Cine Oden Petrobras.
Foram cerca de
nove horas de estrada da Casa de Cultura Digital, sede do bando hacker
em São Paulo, até a cidade maravilhosa. Sem problemas. O violão não
parou de tocar no fundo do veículo, clima de festa hippie. Mas o
objetivo dos jovens ativistas do Transparência Hacker vai bem além de
reunir a turma e cantarolar estrada afora. A proposta da comunidade, que
já tem mais de 800 integrantes conectados em uma lista virtual, é
construir um novo jeito de fazer política. Mais aberto e participativo. A
receita é simples: dados públicos, ferramentas de software e muitos
braços e mentes da sociedade civil.
A turma, composta por gente de todos os tipos e idades, existe desde 2009. Começaram clonando o blog do planalto [planalto.blog.br] para criar uma versão com espaço para comentários, depois não pararam mais. Foram atrás de doações de campanhas eleitorais, trâmites de autorização de rádios comunitárias, entre outros. Outra hackeada que chamou a atenção foi a do serviço de reclamações da Prefeitura de São Paulo [sacsp.mamulti.com].
A turma, composta por gente de todos os tipos e idades, existe desde 2009. Começaram clonando o blog do planalto [planalto.blog.br] para criar uma versão com espaço para comentários, depois não pararam mais. Foram atrás de doações de campanhas eleitorais, trâmites de autorização de rádios comunitárias, entre outros. Outra hackeada que chamou a atenção foi a do serviço de reclamações da Prefeitura de São Paulo [sacsp.mamulti.com].
Por
meio de uma planilha no Google, usuários podem identificar de onde eram
originadas as solicitações e acompanhar a resposta – ou a falta dela. Em
resumo, a proposta é justamente essa, tornar acessível de fato
informações de interesse público, que ficam quase sempre ocultas em
portais de transparência.
“Além da dificuldade de localizar os dados, quando se chega a eles não é possível analisar as informações”, explica Pedro Markun, ciberativista e um dos fundadores do Transparência Hacker. Comprar um veículo próprio foi uma das formas que encontraram para levar essas ideias e ações para todos os cantos do país. “Em vez de invadir sites ou redes de computadores, vamos invadir municípios brasileiros para realizar oficinas e debates sobre transparência pública”, conta Daniela Silva, cofundadora da comunidade e parceira na empreitada hacker.
“Além da dificuldade de localizar os dados, quando se chega a eles não é possível analisar as informações”, explica Pedro Markun, ciberativista e um dos fundadores do Transparência Hacker. Comprar um veículo próprio foi uma das formas que encontraram para levar essas ideias e ações para todos os cantos do país. “Em vez de invadir sites ou redes de computadores, vamos invadir municípios brasileiros para realizar oficinas e debates sobre transparência pública”, conta Daniela Silva, cofundadora da comunidade e parceira na empreitada hacker.
O ônibus adquirido pelo Catarse,
plataforma virtual de financiamento colaborativo, que ficou conhecida
como ‘vaquinha online’, já se encontra estacionado no MAM. Ao lado dele
uma tenda está armada para sediar a participação do grupo no festival.
Como já é de costume entre eles, a programação é livre, construída por
todos. Quem quiser participar é só chegar.
O Festival de Cultura Digital traz uma programação diversa que inclui debates, exposições, shows e oficinas. Entre os destaques, palestra de Kenneth Goldsmith, fundador do repositório de arte online Ubuweb, teleconferência com o escritor, Paulo Coelho e apresentação dos trabalhos do Dulcineia Catadora (coletivo de artistas e catadores de matérias recicláveis). Em comum, a reflexão acerca da cultura digital no Brasil e no mundo.
O Festival de Cultura Digital traz uma programação diversa que inclui debates, exposições, shows e oficinas. Entre os destaques, palestra de Kenneth Goldsmith, fundador do repositório de arte online Ubuweb, teleconferência com o escritor, Paulo Coelho e apresentação dos trabalhos do Dulcineia Catadora (coletivo de artistas e catadores de matérias recicláveis). Em comum, a reflexão acerca da cultura digital no Brasil e no mundo.
Abre
o evento na noite desta sexta um debate com Yochai Benkler, professor
de Direito na Universidade Harvard e codiretor do Centro Berkman para
Internet e Sociedade Civil. A conversa será mediada por Gilberto Gil,
anfitrião do evento.
Serviço
Festival de Cultura Digital
Data: Desta sexta-feira (2) a domingo (4)
Local: Museu de Arte Moderna (avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo)
Fone: (21) 2240-4944
Cine Oden Petrobras
Local: Praça Floriano, 7, Cinelândia
Fone: (21) 2240-1093
Entrada Livre
Data: Desta sexta-feira (2) a domingo (4)
Local: Museu de Arte Moderna (avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo)
Fone: (21) 2240-4944
Cine Oden Petrobras
Local: Praça Floriano, 7, Cinelândia
Fone: (21) 2240-1093
Entrada Livre
Matéria copiada: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/entretenimento/2011/12/onibus-hacker-invade-o-rio-de-janeiro/view
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