Com onda de arrastões, lojas fecham as portas em diversas áreas da cidade; fontes confirmam ao 247 que roubos aumentaram desde o dia 29; governador Cid Gomes se reuniu com autoridades de segurança pública em busca de medidas para tranquilizar população.
Diego Iraheta _247 - O pânico ganhou as ruas de
Fortaleza. Dezenas de comerciantes fecharam as lojas com medo de
assaltos.
Desde o início da greve de policiais miliares e bombeiros, no
dia 29, uma onda de arrastões tomou conta da capital cearense.
“Os
assaltantes chegam em kombi; de repente, saltam umas dez pessoas e
invadem supermercado, como já presenciamos”, contou ao 247
o atendente Elivelton Magalhães, de 20 anos. Ele trabalha em uma famosa
rede de lanchonetes no centro de Fortaleza, que só está abrindo o
drive-thru – como medida de segurança. “Aqui na [avenida] José Bastos,
tem muita loja que está com portas fechadas”, arremata.
No Twitter, a hashtag #CaosEmFortaleza
é um dos assuntos mais comentados desta terça-feira, 3. A cantora
Katiane Araújo pensou em ficar em casa para se proteger. “Gente estou em
pânico, hj não saio de casa!! Estou com muito medo, cadê o
governador??Fortaleza parou!! Como é q eu vou trabahar hj! Socorro”,
tuitou. “Aki em Fortaleza tá parecendo a simulação do fim do mundo”,
resumiu o tuiteiro @FinnSincero. O mimimi geral provocou desconfianças
sobre a veracidade das ocorrências na cidade – especialmente porque os
jornais locais não estariam dando espaço para os arrastões.
O Brasil 247 entrou em contato com o comando da 10ª
Região Militar do Exército Brasileiro para saber a real situação de
segurança nas ruas de Fortaleza. Uma fonte que pediu para não se
identificar confirmou que está elevado o número de arrastões na cidade.
“Principalmente na periferia, em Messejana. As pessoas são roubadas nas
ruas. Mas os militares estão nos pontos turísticos da cidade. Lá, não há
perigo”, revelou ao 247.
O gabinete do governador Cid Gomes (PSB-CE) também está em polvorosa.
Procurada pelo 247,
a assessoria informou que ele estava em reunião justamente para adotar
medidas de proteção da população.
Por causa da greve de PMs, o Exército
entrou em campo a fim de preservar a segurança dos cidadãos cearenses.
Neste momento, 813 militares e 204 membros da Força Nacional de
Segurança Pública estão destacados para prevenir a criminalidade na
região.
De acordo com nota publicada pela 10ª Região militar, o Exército está
executando a defesa de “pontos sensíveis”, tais como o aeroporto de
Fortaleza, o centro da cidade, a orla marítima, o Palácio da Abolição e
as instalações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Fonte: http://brasil247.com.br/pt/247/brasil/33523/Greve-de-policiais-deixa-Fortaleza-em-p%C3%A2nico.htm
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