segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Maranhão sedia o III Encontro Nacional da Juventude Indígena.

II Seminário da Juventude Indígena. (Foto: Divulgação)

A Comissão Nacional de Juventude Indígena (CNJI), vinculada a Organização das Nações Unidas, a Rede de Juventude Indígena (REJUIN) e o Governo do Estado, por meio das Secretarias de Direitos Humanos e Participação Popular e Extraordinária da Juventude, realizam o III Encontro Nacional de Juventude Indígena, no Centro Social dos Servidores Públicos do Estado no Ipem Calhau, em São Luís, na segunda-feira (14) e terça-feira (15).

É a primeira vez que o Maranhão recebe o encontro que vai reunir 11 etnias e 16 terras indígenas do Maranhão, além de jovens de todo o Brasil. O foco do evento é discutir a formação política da juventude indígena, para fortalecer o empoderamento das novas gerações na defesa dos direitos humanos e na diversidade de povos indígenas.

“Além de fortalecer a juventude indígena, o encontro norteia a construção e execução de políticas voltadas, de modo objetivo, às necessidades dos jovens como a demarcação dos territórios, a proteção cultural e ainda garantindo os direitos à educação, à saúde e ao esporte”, pontuou o Secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves.

Para o estado o encontro é estratégico. “Os jovens daqui vão poder conhecer realidades diferentes na interação com a juventude de outros estados e isso fortalece a luta pelo combate às violações dos direitos da população indígena.

É o momento de encorajar esses jovens a mostrarem sua face”, diz Samantha Tsitsina Xavante, da Aldeia Namunkurá no Mato Grosso, que integra a Comissão Nacional de Juventude Indígena. Em face do contexto político do país, de retrocesso de direitos, a representante do CNJI destacou o empenho do Governo do Estado na organização e realização do evento.

Nos dias de evento, os jovens retomam o debate iniciado na segunda edição do evento, destacando os avanços e desafios na articulação da juventude nos espaços de tomada de decisão; a ampliação da rede de mobilização; e os participantes elegem também os novos membros da delegação do CNJI, responsável pelo desenvolvimento de políticas públicas para este segmento.

“Este seminário cumpre o papel fundamental de reforçar o protagonismo juvenil”, frisou o secretário Adjunto da Juventude, Paulo Romão. “Por séculos, os jovens indígenas não tiveram voz no cenário político, de modo que hoje é necessário fortalecer essas lideranças juvenis e qualificar sua intervenção nos espaços de debate sobre política pública”, acrescentou.

Nesse sentido, recentemente, o Governo do Estado encaminhou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei que prevê alterações no Conselho Estadual da Juventude, criando um mecanismo de participação efetiva da juventude indígena.

Do Maranhão, participam os jovens das etnias Canela Apanyekná, Canela Ramkokamekrá, Kaapor, Gamela, Gavião, Guajajara, Krikati, Tremembé, Krinyê, Krepum-Katijê e Awá-Guajá e das terras índigenas de Arariboia, Morro Branco, Bacurizinho, Krikati, Governador, Caru, Pindaré, Escalvado, Porquinhas do Geraldo Toco Preto, Rodeador, Urucu-Juruá, Alto Turiaçu, Canabrava, Lagoa Cumprida e Awá; e ainda, membros da comissão estadual de políticas públicas para os povos indígenas e juventude.

PROGRAMAÇÃO DO III ENCONTRO NACIONAL DA JUVENTUDE INDÍGENA
1º diaManhã2º diaManhã
08:00Apresentação Cultural  dos Anfitriões: Juventude Guajajara.08:00Apresentação Cultural
08:30Acolhimento de Boas Vindas: apresentação da juventude indígena por região.08:30Apresentação dos GT.

GT 1 – Processos de resistência e resiliência.

GT 2 – Criando estratégias de aproximação entre diversidade de juventudes indígenas.
09:00Mesa 01: Comissão Nacional de Juventude Indígena e apoiadores
– Leitura da programação;
09:30Planejamento de ação para nova Composição da CNJI.
–       Objetivos     do III    Seminário Nacional de JuventudeIndígena;

–  Perspectivas doSeminário.
– Atualização da agenda a nível nacional, aproximação entre regiões, resistência, ampliar parcerias, financiamento, entre outros.
10:15Mesa 02: Histórico das mobilizações da juventude indígena a nível nacional (CNJI) e internacional (REJUIND).
12:00

13:30
Almoço
14:00Refletindo- A Importância da juventude indígena nos processos de fortalecimento do movimento indígena.

– Avanços e Desafios para mobilização e articulação políticaa nívelnacional.
14:00Processos de mudança da CNJI.
Plenária,  eleição   e                demais encaminhamentos.
15:00GT 1- Processos de resistência e resiliência.
GT 2 – Criando estratégias de aproximação entre diversidade de juventudes indígenas.
15:30Mesa 06: Parceiros convidados, instituições e órgãos que atuam com povos indígenas, juventude, direitos humanos.
– Contribuindo para o fortalecimento das capacidades da juventude indígena.
18:00Vídeo: II Seminário Nacional de Juventude Indígena. Por Alexandre Pankararu (APOINME)
16:30Mesa   07:    Encerramento            e encaminhamentos.
19:00Jantar19:00Jantar/Noite cultural
Link:http://www.ma.gov.br/agenciadenoticias/direitos-humanos/maranhao-sedia-o-iii-encontro-nacional-da-juventude-indigena-pela-primeira-vez-2


LEIA MAIS: Secretaria de Estado de Igualdade Racial, convida à participar das atividades da Semana da Consciência Negra em São Luís. http://maranauta.blogspot.com. br/2016/11/secretaria-de-estado-de-igualdade.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário