domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tragédia na Antartida. Avaliações preliminares indicam destruição de 70% de base na Antártica.

Segundo a Marinha, 70% das instalações da base foram destruídas no incêndio, inclusive o prédio principal. Ficaram intactos os refúgios, laboratórios, tanques de combustível e o heliponto, que são isolados do prédio principal. O avião que traz de volta o militar ferido no incêndio e o pessoal resgatado da base decolou à tarde de Punta Arenas e deve pousar no Rio na madrugada de segunda-feira. Antes, pousa em Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde desembarcam quatro pessoas.

Incêndio comprometeu 40% do programa antártico brasileiro, diz pesquisador

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil.
 
Rio de Janeiro – O incêndio que destruiu sábado (25) a Estação Antártica Comandante Ferraz, na Ilha Rei George, comprometeu 40% do programa antártico brasileiro. A avaliação é do diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jefferson Simões, que já esteve 19 vezes no continente gelado, das quais cinco na Comandante Ferraz.

“Foram afetadas principalmente as áreas de biociência, algumas pesquisas sobre química atmosférica, de monitoramento ambiental, principalmente sobre o impacto da atividade humana naquela região do planeta. Infelizmente, isso também representou uma perda enorme em termos de equipamentos. Ainda não podemos estimar, mas ultrapassa a casa da dezena de milhões de dólares”, lamenta o pesquisador.

Segundo Simões, no entanto, o programa antártico continuará funcionando porque a Comandante Ferraz, apesar de concentrar uma parte importante das pesquisas brasileiras, não era a única estação científica brasileira. Ele explica que, pelo menos metade dos pesquisadores, trabalha em navios de pesquisa ou em acampamentos isolados na Antártica.

Além disso, Simões conta que, em janeiro deste ano, foi inaugurado um módulo de pesquisa no próprio Continente Antártico, chamado de Criosfera 1, localizado a 2.500 quilômetros ao sul da Comandante Ferraz, que está concentrando importantes pesquisas brasileiras. Segundo a Academia Brasileira de Ciências, essa é a estação de pesquisas latino-americana mais próxima do Polo Sul.

“É um módulo totalmente automatizado, que coleta dados meteorológicos, de química atmosférica, inclusive dióxido de carbono, e outros estudos. Essa expedição [de instalação do módulo] foi liderada por mim, com pesquisadores de sete instituições nacionais, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro”, disse.

De acordo com o pesquisador, a reconstrução da Estação Comandante Ferraz demorará, pelo menos, dois anos, em consequencia das condições geográficas da Ilha Rei George. “O processo de reconstrução, para voltar ao nível em que estava, demorará de dois a três anos. A logística é muito difícil e só podemos construir durante o verão antártico. E o inverno já está chegando”, disse.

Edição: Fernando Fraga

Nova estação antártica brasileira terá arquitetura mais “completa e orgânica”, diz Amorim

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil.
 
Rio de Janeiro – A nova base brasileira na Antártica , que deverá ser reconstruída após a Estação Comandante Ferraz ter sido destruída por um incêndio neste sábado (25), terá uma arquitetura nova, mais “completa e orgânica”. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Celso Amorim.

“A nossa ideia é imediatamente, já, chamar arquitetos para fazer desenhos, inclusive um desenho mais novo. Não estou dizendo que é por isso que aconteceu o incêndio, mas, obviamente, a base começou há 30 anos, então, ali ela foi agregando um pedaço ou outro. Agora já podemos pensar em uma coisa para o futuro, digamos, de maneira mais completa, mais orgânica”, disse Amorim.

De acordo com o ministro da Defesa, o planejamento da nova estação antártica, na Ilha Rei George, deve começar amanhã (27). Ele ressaltou, no entanto, que ainda não é possível avaliar os danos na estação incendiada, nem precisar quando a nova base estará pronta.

O incêndio na base brasileira começou por volta das 2h de ontem, na praça de máquinas, local onde ficam os geradores de energia. Dois militares morreram, o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos, ambos da Marinha. Eles participavam do grupo de apoio que tentava apagar o incêndio originado na casa de máquinas da base. O primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos ficou ferido.

Edição: Nádia Franco

Dilma manifesta pesar por incêndio e mortes na estação brasileira da Antártica

Stênio Ribeiro - Repórter da Agência Brasil.
 
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff recebeu com “grande consternação” a notícia sobre o incêndio ocorrido neste sábado (25) na Estação Antártica Comandante Ferraz, que provocou a morte de dois militares da Marinha e ferimentos em outro.

Em nota divulgada à noite pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Dilma destacou o heroísmo dos militares no combate ao incêndio e manifestou solidariedade às famílias dos dois mortos, o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, e do primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros, que ficou ferido.

Comunicada sobre o acidente pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, a presidenta determinou a adoção de todas as medidas necessárias para salvaguardar a segurança dos cientistas, militares e visitantes que se encontravam na base brasileira e foram transferidos rapidamente para Punta Arenas, no Sul do Chile.

De acordo com a nota, Dilma reafirmou a importância do programa de pesquisas desenvolvido na Estação Comandante Ferraz, elogiou a “abnegação e o desprendimento” dos brasileiros que lá trabalham e manifestou a “firme disposição” do país na reconstrução da base de pesquisas na Antártica.

A nota diz ainda que Dilma telefonou ao presidente do Chile, Sebastián Piñera, e agradeceu o apoio do país no socorro e resgate dos brasileiros atingidos pelo incêndio. Agradeceu também o apoio e solidariedade prestados pelos governos da Argentina e da Polônia.

Edição: Nádia Franco//Matéria alterada às 14h para correção de informação no segundo parágrafo

FONTE: http://agenciabrasil.ebc.com.br/

 

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