Agentes da Polícia de Choque da Polícia Militar (PM), tratores
e policiais da base militar da Marinha fizeram um cerco, na manhã
deste domingo, 4, à comunidade no quilombola Rio dos Macacos, dentro da
área da Base Naval de Aratu, localizada no bairro de São Tomé de Paripe,
no limite da cidade de Simões Filho (a 21 km de Salvador).
A Marinha entrou na justiça com pedido de reintegração de posse da
área, cujo prazo terminaria neste domingo. Este prazo, no entanto, havia
sido adiado por cinco meses, após reunião realizada na última
terça-feira (27), com representantes do governo federal.
Os cinco meses seriam utilizados para finalizar o Relatório Técnico
de Identificação e Delimitação do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra), a fim de identificar se a área pertence mesmo
aos quilombolas e há quanto tempo eles estão no local.
No local vivem cerca de 50 famílias. Apesar do impasse, o Governo Federal assegurou que todos os direitos da comunidade serão preservados. Ainda não houve a reintegração de posse.
No local vivem cerca de 50 famílias. Apesar do impasse, o Governo Federal assegurou que todos os direitos da comunidade serão preservados. Ainda não houve a reintegração de posse.
Tensão - Na manhã deste domingo, integrantes do Movimento Desocupa Salvador tentaram distribuir
alimentos no local, mas não conseguiram entrar na Base porque foram
impedidos pela polícia, segundo a integrante do Movimento Desocupa
Salvador, Michele Perroni.
A Marinha entrou na justiça porque pretende expandir um
condomínio para os seus oficiais no território, região limítrofe entre
Salvador e Simões Filho.
A socióloga Vilma Reis se poscionou a favor dos quilombolas, afirmando que a
"Marinha do Brasil não pode tomar o Território de Rio dos Macacos, porque ela como instituição Brasileira não está acima das demais instituições nacionais".
"Marinha do Brasil não pode tomar o Território de Rio dos Macacos, porque ela como instituição Brasileira não está acima das demais instituições nacionais".
Manifestação - Em janeiro, os integrantes da
comunidade aproveitaram a presença da presidente Dilma Rousseff na Bahia
para denunciar a pressão que a Marinha estaria fazendo para que eles
deixassem a área, localizada dentro da Vila Militar.
Na ocasião, um grupo de 50 quilombolas realizou manifestação na área do pier marítimo de São Thomé de Paripe, com faixas reivindicando à presidente uma "solução" para o conflito de terras que, segundo eles, ocorre desde a década de 70, quando foi criada a Base Naval de Aratu.
De acordo com os moradores da área, as famílias estão no local desde a época da abolição da escravatura, há mais de 100 anos.
Na ocasião, um grupo de 50 quilombolas realizou manifestação na área do pier marítimo de São Thomé de Paripe, com faixas reivindicando à presidente uma "solução" para o conflito de terras que, segundo eles, ocorre desde a década de 70, quando foi criada a Base Naval de Aratu.
De acordo com os moradores da área, as famílias estão no local desde a época da abolição da escravatura, há mais de 100 anos.
FONTE: http://www.atarde.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário