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Os cientistas americanos estão certos de que
falta pouco tempo para que o cérebro humano seja “atacado” à semelhança
de um computador e que o homem seja controlável.
O vírus poderá ter a forma de
microrganismos especialmente criados para o efeito, produto do trabalho
dos investigadores que estudam a nova área da Engenharia Genética – a
Biologia Sintética.
As células são mini-computadores
vivos e o DNA é a sua linguagem de programação – é esta a ideia
principal dos futurólogos. No entanto, os especialistas russos
consideram que, por enquanto, tais comparações não passam de metáforas.
Acontece
que não é totalmente correto fazer analogias diretas entre um
computador e o cérebro humano, diz Aleksandr Kaplan, perito em
Engenharia Genética.
Assim, um programador conhece ao
pormenor a estrutura e funcionamento do computador, sabe perfeitamente
para onde dirigir o vírus de forma a causar danos em determinado
programa. No caso do cérebro humano, as coisas são muito mais complexas,
sublinha o cientista.
“O mistério do cérebro continua sendo um mistério. Ninguém sabe atualmente como ler
a informação do cérebro estando dentro do próprio cérebro. Existindo
cem bilhões de células nervosas, para qual delas dirigir o vírus? Esta
tarefa é completamente impossível para os investigadores do cérebro, que
estudam estas questões nos laboratórios de Neurofisiologia. O que é que
pode acontecer nesta situação a um pequeno vírus que é orientado
somente para entrar no genoma de uma célula e se reproduzir a si próprio? Julgo que se trata de uma tarefa irrealizável até mesmo a longo prazo”.
De
acordo com Aleksandr Kaplan, em geral é bastante difícil criar um
organismo artificial com um genoma sintético, parecido com um ser
minimamente inteligente.
“Desde o surgimento da
primeira célula viva na Terra até ao aparecimento dos primeiros
organismos mais ou menos inteligentes (consideremos os vermes como seres
com memória e capazes de aprender) passaram, talvez, cerca de um bilhão
de anos. A evolução levou este tempo todo para fazer um verme.
Reduzindo este tempo em laboratório não será preciso um bilhão de anos,
mas será preciso muito, muito tempo”.
Outros
especialistas, pelo contrário, consideram que, hipoteticamente, é
possível controlar o comportamento humano através de microrganismos
programados de determinada forma. O diretor da Agência de Tecnologias
Informativas Avançadas, Vladimir Korovin, é de opinião “que muito do que
antes era considerado fantasia hoje se torna realidade. Já são
“cultivados” órgãos artificiais, são desenvolvidas impressoras para
“imprimir” órgãos… Por isso, por um lado, estes receios são
perfeitamente justificados, embora não seja uma questão do futuro
próximo”, sublinha o programador.
Sejam quais forem
as perspetivas dos cientistas, os êxitos da Biologia Sintética são
incontestáveis. Já foi criada a primeira bactéria com um genoma
totalmente artificial, os investigadores estão estudando microrganismos
que possam ser capazes de gerar substâncias medicamentosas, alimentos e
até eletricidade.
FONTE:http://portuguese.ruvr.ru/2012_04_23/genetica-cerebro-hackers/
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