domingo, 20 de maio de 2012

Vesta: O asteroide que não seria planeta

Vesta: O asteroide que não seria planeta
© Foto: en.wikipedia.org





Foram publicados os resultados do estudo do asteroide Vesta efetuado pela nave espacial Dawn. Pode se considerar comprovado experimentalmente que o Vesta é realmente um protoplaneta que poderia ser um planeta “completo” se não estivesse nas proximidades de Júpiter.

Dawn estava focando dois grandes asteroides – Vesta (raio de 289-329 km) e Ceres (raio de cerca de 470 km). Assumia-se que o Vesta já é um protoplaneta, ou seja um corpo celeste que já passou a fase de fusão interna, durante a qual em seu interior se formam várias camadas diferentes em composição de matéria.

A missão Dawn foi enviada ao espaço em 2007, e desde meados de 2011 o aparelho observava Vesta a partir da órbita de seu satélite artificial (a mais baixa altitude orbital era de aproximadamente 210 km). O resultado foi um mapa detalhado da superfície do asteroide e da distribuição de minerais. 

Nasa. Asteroide Vesta
s dados obtidos confirmaram a hipótese de que o Vesta já passou a etapa de diferenciação interna durante a qual sob a crosta exterior estava escondido um oceano de manto derretido. 

Agora, aparentemente, o asteroide tem um núcleo (de raio médio de 107-113 km). 

As características espectrais da substância que pode ser observada nas crateras também suportam a hipótese de que a substância de Vesta é diferente a diferentes profundidades.

Dawn vai deixar Vesta permanentemente em agosto, mas já agora o aparelho está começando a aumentar gradualmente sua órbita. Em seguida, ele terá um encontro marcado com Ceres. 

Este asteroide é o maior do cinturão principal, e, tanto quanto se sabe de observações anteriores, ele é completamente diferente do Vesta nas características espectrais de sua superfície. 

Muito provavelmente, ele não passou a fase de diferenciação interna. Supõe-se que em sua história a água desempenha um papel importante, de modo que a busca de gelo de água por baixo da superfície será um dos objetivos de Dawn. 

A aparelho deve se aproximar de Ceres em fevereiro e estudá-lo até julho de 2015.

Hoje, outros dois aparelhos estão a caminho de pequenos corpos do sistema solar. O primeiro é a missão europeia Rosetta que deve estudar o cometa de Chyurumov-Gerasimenko (o encontro com o cometa deve ocorrer em 2014) e pousar nele um aparelho de aterragem. 

O segundo é o aparelho norte-americano New Horizons que está a caminho de Plutão (chegada prevista para 2015), e depois – mais longe, para o cinturão de Kuiper. 

Nasa. Asteroide Vesta
Tal como o cinturão principal, ele contêm “fragmentos” dos primeiros estágios de formação do sistema solar, mas ao mesmo tempo é enriquecido com substâncias voláteis congeladas. 

A comparação destes dois “armazéns de detritos” promete ser extremamente interessante para estudar a evolução do sistema solar.

FONTE:http://portuguese.ruvr.ru/2012_05_20/asteroide-vesta/

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