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Foram publicados os resultados do estudo do asteroide Vesta efetuado pela nave espacial Dawn. Pode se considerar comprovado experimentalmente que o Vesta é realmente um protoplaneta que poderia ser um planeta “completo” se não estivesse nas proximidades de Júpiter.
Dawn estava focando dois grandes
asteroides – Vesta (raio de 289-329 km) e Ceres (raio de cerca de 470
km). Assumia-se que o Vesta já é um protoplaneta, ou seja um corpo
celeste que já passou a fase de fusão interna, durante a qual em seu
interior se formam várias camadas diferentes em composição de matéria.
A
missão Dawn foi enviada ao espaço em 2007, e desde meados de 2011 o
aparelho observava Vesta a partir da órbita de seu satélite artificial
(a mais baixa altitude orbital era de aproximadamente 210 km). O
resultado foi um mapa detalhado da superfície do asteroide e da
distribuição de minerais.
Nasa. Asteroide Vesta |
s dados obtidos confirmaram a hipótese de que
o Vesta já passou a etapa de diferenciação interna durante a qual sob a
crosta exterior estava escondido um oceano de manto derretido.
Agora,
aparentemente, o asteroide tem um núcleo (de raio médio de 107-113 km).
As características espectrais da substância que pode ser observada nas
crateras também suportam a hipótese de que a substância de Vesta é
diferente a diferentes profundidades.
Dawn vai deixar
Vesta permanentemente em agosto, mas já agora o aparelho está começando
a aumentar gradualmente sua órbita. Em seguida, ele terá um encontro
marcado com Ceres.
Este asteroide é o maior do cinturão principal, e,
tanto quanto se sabe de observações anteriores, ele é completamente
diferente do Vesta nas características espectrais de sua superfície.
Muito provavelmente, ele não passou a fase de diferenciação interna.
Supõe-se que em sua história a água desempenha um papel importante, de
modo que a busca de gelo de água por baixo da superfície será um dos
objetivos de Dawn.
A aparelho deve se aproximar de Ceres em fevereiro e
estudá-lo até julho de 2015.
Hoje, outros dois
aparelhos estão a caminho de pequenos corpos do sistema solar. O
primeiro é a missão europeia Rosetta que deve estudar o cometa de
Chyurumov-Gerasimenko (o encontro com o cometa deve ocorrer em 2014) e
pousar nele um aparelho de aterragem.
O segundo é o aparelho
norte-americano New Horizons que está a caminho de Plutão (chegada
prevista para 2015), e depois – mais longe, para o cinturão de Kuiper.
Nasa. Asteroide Vesta |
Tal como o cinturão principal, ele contêm “fragmentos” dos primeiros
estágios de formação do sistema solar, mas ao mesmo tempo é enriquecido
com substâncias voláteis congeladas.
A comparação destes dois “armazéns
de detritos” promete ser extremamente interessante para estudar a
evolução do sistema solar.
FONTE:http://portuguese.ruvr.ru/2012_05_20/asteroide-vesta/
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