sábado, 16 de junho de 2012

Caso Décio: Limitações da acusação ao Capitão Fábio Aurélio Saraiva. Participação do capitão e origem da arma não estão esclarecidas.


http://www.marcoaureliodeca.com.br/wp-content/uploads/2012/06/fabioaureliosaraiva.jpg
Capitão PM Fábio Aurélio Saraiva



Após conversar com vários amigos policiais que conhecem o Capitão Fábio Aurélio, ninguem consegue compreender como seu nome foi aparecer envolvido nesta trama, por ter uma visão que vai de encontro a visão dos jornalistas abaixo republico estas matérias.

Matéria do blog do jornalista Marcos Deça.
Este blog ainda mantém certa cautela em relação ao envolvimento do capitão PM Fábio Aurélio Saraiva no crime que executou o jornalista Décio Sá.

De concreto, sabe-se apenas que “Fábio Capita” é amigo de infância de Júnior Bolinha, o responsável pela contratação do assassino Jonatahn Souza. O resto são “indícios”, como deixou claro o próprio secretário de Segurança, Aluísio Mendes.

A menos que a polícia tenha muito mais provas além das que foram divulgadas, as acusações contra o ex-comandante do Batalhão de Choque ficam frágeis baseadas apenas nos detalhes revelados.

Segundo a polícia, foi o próprio Jonathan quem revelou pertencer a Fábio Capita a arma com a qual ele executou Décio Sá.

Primeiras perguntas: Mas como o assassino soube de quem era a arma? Foi Júnior Bolinha quem lhe disse? Por que Bolinha faria questão de revelar este detalhe?  Por que o contratante de um crime se expõe a este ponto ao contratar um assassino?

Ainda segundo a polícia, a arma usada no crime foi jogada na baía pelo assassino, que fugiu usando o serviço de ferry boat.

Outras perguntas: se a arma foi jogada ao mar, como saber se era a arma do capitão? Como comprovar, por exame de balística, que as balas saíram de tal arma? Quantas armas tem o capitão sob sua custódia?
A relação de Fábio Capita com Júnior Bolinha por si só já era desaconselhável. Não só a dele, como a de delegados da Polícia Federal, advogados e deputados.

Mas a polícia precisa esgotar todas as possibilidades sobre a participação do oficial no assassinato do jornalista.

Caso contrário, como disse o jornalista Roberto Kenard, poderá punir um inocente. (Leia aqui)
Ou - o que é pior - pode devolver um criminoso às ruas…

http://www.marcoaureliodeca.com.br/2012/06/15/caso-decio-limitacoes-da-acusacao-ao-capitao/
 
Ou leia logo abaixo.

Assassinato de Décio: Participação do capitão e origem da arma não estão esclarecidas

Presas as sete pessoas envolvidas – entre executor, mandantes e cúmplices – no assassinato do jornalista Décio Sá, pende a dúvida sobre a arma do crime, uma pistola ponto 40. Do fim dessa dúvida depende o esclarecimento da participação do capitão Fábio Saraiva.

Blogues ontem e jornais impressos hoje disseram que a polícia tem que a arma pertencia ao capitão PM Fábio Saraiva, que se encontra em prisão temporária. Consta – embora eu não tenha lido em parte alguma – que o capitão entregou espontaneamente a sua arma para ser periciada (exame de balística). Consta também – e isso eu li – que o assassino, segundo a polícia, teria jogado a arma do crime no mar.
De mãos dadas com a lógica, pode-se dizer:

1) que as armas não são as mesmas, afinal a do crime tem de estar no fundo do mar;

2) que se realmente foi o capitão que conseguiu a arma, trata-se de outra arma, restando à polícia provar;

3) que se a polícia já monitorava Júnior Bolinha, amigo de infância do capitão Fábio, este obviamente caiu na rede de monitoramento de Bolinha. Ou seja, o capitão não está preso somente por conta da arma (suas conversas ao telefone com Bolinha, se vieram a acontecer, por exemplo, estão com a polícia. A polícia deveria dizer algo a respeito, ou cria mais uma confusão numa série de informações confusas);

4) que a prisão, por ser temporária, deixa claro que a polícia não tem tanta segurança na participação direta do capitão no assassinato, ou não seria temporária. É temporária porque algo ainda precisa ser aclarado, convenhamos.

Assim, no meu entender, a participação do capitão e a origem da arma não estão esclarecidas. Há névoa sobre as duas coisas. Seria conveniente, para dizer o mínimo, que a polícia procurasse dissipar a névoa o quanto antes. Do contrário, um culpado pode ser solto, ou, se inocente, ter a vida destruída.

FONTE:http://www.robertokenard.com/politica/2012/06/14/assassinato-de-decio-participacao-do-capitao-e-origem-da-arma-nao-estao-esclarecidas/


Nenhum comentário:

Postar um comentário