Capitão PM Fábio Aurélio Saraiva |
Após conversar com vários amigos policiais que conhecem o Capitão Fábio Aurélio, ninguem consegue compreender como seu nome foi aparecer envolvido nesta trama, por ter uma visão que vai de encontro a visão dos jornalistas abaixo republico estas matérias.
Matéria do blog do jornalista Marcos Deça.
Este blog ainda mantém certa cautela em relação ao envolvimento do
capitão PM Fábio Aurélio Saraiva no crime que executou o jornalista
Décio Sá.
De concreto, sabe-se apenas que “Fábio Capita” é amigo de infância
de Júnior Bolinha, o responsável pela contratação do assassino Jonatahn
Souza. O resto são “indícios”, como deixou claro o próprio secretário de
Segurança, Aluísio Mendes.
A menos que a polícia tenha muito mais provas além das que foram
divulgadas, as acusações contra o ex-comandante do Batalhão de Choque
ficam frágeis baseadas apenas nos detalhes revelados.
Segundo a polícia, foi o próprio Jonathan quem revelou pertencer a Fábio Capita a arma com a qual ele executou Décio Sá.
Primeiras perguntas: Mas como o assassino soube de quem era a arma?
Foi Júnior Bolinha quem lhe disse? Por que Bolinha faria questão de
revelar este detalhe? Por que o contratante de um crime se expõe a este
ponto ao contratar um assassino?
Ainda segundo a polícia, a arma usada no crime foi jogada na baía pelo assassino, que fugiu usando o serviço de ferry boat.
Outras perguntas: se a arma foi jogada ao mar, como saber se era a
arma do capitão? Como comprovar, por exame de balística, que as balas
saíram de tal arma? Quantas armas tem o capitão sob sua custódia?
A relação de Fábio Capita com Júnior Bolinha por si só já era
desaconselhável. Não só a dele, como a de delegados da Polícia Federal,
advogados e deputados.
Mas a polícia precisa esgotar todas as possibilidades sobre a participação do oficial no assassinato do jornalista.
Caso contrário, como disse o jornalista Roberto Kenard, poderá punir um inocente. (Leia aqui)
Ou - o que é pior - pode devolver um criminoso às ruas…
http://www.marcoaureliodeca.com.br/2012/06/15/caso-decio-limitacoes-da-acusacao-ao-capitao/
Ou leia logo abaixo.
Assassinato de Décio: Participação do capitão e origem da arma não estão esclarecidas
Presas as sete pessoas envolvidas – entre executor, mandantes e
cúmplices – no assassinato do jornalista Décio Sá, pende a dúvida sobre a
arma do crime, uma pistola ponto 40. Do fim dessa dúvida depende o
esclarecimento da participação do capitão Fábio Saraiva.
Blogues ontem e jornais impressos hoje disseram que a polícia tem que
a arma pertencia ao capitão PM Fábio Saraiva, que se encontra em prisão
temporária. Consta – embora eu não tenha lido em parte alguma – que o
capitão entregou espontaneamente a sua arma para ser periciada (exame de
balística). Consta também – e isso eu li – que o assassino, segundo a
polícia, teria jogado a arma do crime no mar.
De mãos dadas com a lógica, pode-se dizer:
1) que as armas não são as mesmas, afinal a do crime tem de estar no fundo do mar;
2) que se realmente foi o capitão que conseguiu a arma, trata-se de outra arma, restando à polícia provar;
3) que se a polícia já monitorava Júnior Bolinha, amigo de infância
do capitão Fábio, este obviamente caiu na rede de monitoramento de
Bolinha. Ou seja, o capitão não está preso somente por conta da arma
(suas conversas ao telefone com Bolinha, se vieram a acontecer, por
exemplo, estão com a polícia. A polícia deveria dizer algo a respeito,
ou cria mais uma confusão numa série de informações confusas);
4) que a prisão, por ser temporária, deixa claro que a polícia não
tem tanta segurança na participação direta do capitão no assassinato, ou
não seria temporária. É temporária porque algo ainda precisa ser
aclarado, convenhamos.
Assim, no meu entender, a participação do capitão e a origem da arma
não estão esclarecidas. Há névoa sobre as duas coisas. Seria
conveniente, para dizer o mínimo, que a polícia procurasse dissipar a
névoa o quanto antes. Do contrário, um culpado pode ser solto, ou, se
inocente, ter a vida destruída.
FONTE:http://www.robertokenard.com/politica/2012/06/14/assassinato-de-decio-participacao-do-capitao-e-origem-da-arma-nao-estao-esclarecidas/
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