sábado, 23 de junho de 2012

Conflito entre MST e seguranças da Fazenda Cedro, do Grupo Santa Bárbara — pertencente ao banqueiro Daniel Dantas, deixa 12 feridos no Pará.

Movimento ocupa há três anos fazenda que pertence ao banqueiro Daniel Dantas.

Um confronto entre integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e seguranças da Fazenda Cedro, do Grupo Santa Bárbara — pertencente ao banqueiro Daniel Dantas —, em Marabá, no sudeste do Pará, deixou pelo menos 12 feridos na manhã desta quinta-feira (21).

Segundo informações da Polícia Civil e de hospitais da região, até o início da noite de ontem três vítimas, que foram atingidas por disparos de arma de fogo, permaneciam internadas.


Um homem levou dois tiros na barriga e outro um tiro na perna. Uma criança de dois anos foi atingida por um tiro de raspão na cabeça. A identidade das vítimas não foi divulgada. Segundo o MST, todas são sem-terra.


Leia mais notícias no R7

A fazenda foi ocupada há três anos pelo movimento,
que promoveu ontem um protesto na área.

Em nota, o Grupo Santa Bárbara acusou o MST de invadir a sede da propriedade com "300 homens fortemente armados, destruir parte do imóvel e provocar pânico entre os funcionários". Seguranças teriam reagido.

O clima era tenso na região. Depois que os feridos foram levados para Eldorado dos Carajás, distante 50 quilômetros do local do conflito, o MST interditou a rodovia PA-155 em frente à fazenda, provocando grande engarrafamento de veículos.  

O secretário de Segurança do Estado, Luís Fernandes, determinou o envio de policiais militares e civis para o local, enquanto a Polícia Civil de Marabá abriu inquérito para apurar o caso. Policiais apreenderam armas dos seguranças da fazenda.

De acordo com a versão do coordenador estadual do MST, Ulisses Manaças, cerca de 500 sem-terra participavam em frente à fazenda de uma manifestação "pacífica" para marcar o dia de mobilização global em defesa do meio ambiente, alusivo também à cúpula dos povos e à Rio+20, quando foram atacados por "pistoleiros".

Manaças disse que a fazenda foi escolhida como local do protesto porque é o símbolo do "modelo de utilização de agrotóxicos e da grilagem de terra".

Ele assegurou que os manifestantes não chegaram a entrar na sede da fazenda e que o ato de protesto ocorria "apenas na rodovia", embora tenha admitido que o MST mantém há três anos, no interior da propriedade, um acampamento com mais de 300 famílias.

— Os pistoleiros começaram a atirar sobre os trabalhadores.

FONTE:http://noticias.r7.com/brasil/noticias/conflito-entre-mst-e-jaguncos-deixa-12-feridos-no-para-20120622.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário