sábado, 23 de junho de 2012 16:41
LONDRES (Reuters) - A
embaixadora do Equador na Grã-Bretanha, Anna Alban, está voltando ao seu
país para discutir se oferece asilo para o fundador do WikiLeaks,
Julian Assange, que procurou refúgio na embaixada equatoriana em
Londres.
O ex-hacker australiano, que enfureceu Washington em 2010 quando
seu site publicou documentos diplomáticos norte-americanos, é buscado
para que responda a acusações de crimes sexuais na Suécia.
Assange, que nega as acusações, obteve refúgio na embaixada do
Equador numa ação que gerou surpresa na última terça-feira, dias depois
que a Suprema Corte Britânica afirmou que ele poderia ser extraditado
para a Suécia nas próximas semanas.
Assange teme ser enviado posteriormente aos Estados Unidos onde
ele acredita poder sofrer acusações cuja punição seria a pena de morte.
No seu programa de televisão semanal no sábado, o presidente do
Equador, Rafael Correa, disse que seu governo tomaria uma "decisão
soberana" sobre o pedido de Assange e que não se dobraria a pressões do
exterior - embora fosse levar em conta o posicionamento da Grã-Bretanha.
Correa também expressou ceticismo sobre as acusações que Assange
enfrenta na Suécia. "O que Julian Assange teve foi sexo consensual
mútuo com duas mulheres adultas. As acusações são muito questionáveis,
para dizer o mínimo."
A embaixada do Equador informou num comunicado que a embaixadora
Anna Albán havia deixado a Grã-Bretanha mais cedo no sábado, para
reuniões em Quito.
"Enquanto estiver no Equador, ela terá uma série de encontros
com autoridades no Ministério das Relações Exteriores antes de se
encontrar com o presidente Correa para pessoalmente informá-lo sobre o
pedido do senhor Assange de asilo político", a embaixada informou.
"Ela também irá informar o presidente sobre seu encontro recente com autoridades do governo britânico", acrescentou.
FONTE:http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE85M03020120623
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