Quatro policiais militares foram mortos esta semana em São
Paulo. O caso mais recente aconteceu na manhã desta sexta-feira (22), na
região do Grajaú, na zona sul de São Paulo. Segundo a PM, por volta das
5h, o soldado Osmar Santos Ferreira, do 16º Batalhão, em Rio Pequeno,
foi atingido por um tiro na cabeça após ser abordado por criminosos que
estavam em um veículo na avenida Prefeito Paulo Lauro. Ele foi socorrido
ao Pronto-socorro do Grajaú, mas não resistiu aos ferimentos. Os
bandidos fugiram.
Leia também: Incêndio atinge restaurante em frente a local onde Rota matou cinco suspeitos de integrar o PCC
Na noite de quinta-feira, outro policial militar foi executado
na zona sul. Ele estava à paisana em um supermercado no bairro Jardim
Comercial, quando três criminosos dispararam contra ele, que revidou e
matou um dos bandidos. Na última quarta-feira (20), dois policiais
militares também foram executados e uma base atacada em São Paulo.
Na madrugada desta sexta-feira, outra base da PM foi atacada na
zona leste. Os quatro homens que atacaram a base no bairro de Itaquera
foram encontrados por uma viatura. Houve tiroteio e um dos bandidos
morreu.
Reportagem do Jornal Folha de S. Paulo publicada nesta
sexta-feira(22) afirma que a Corregedoria da Polícia Militar e o DHPP
(Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil,
investigam a suspeita de que as recentes mortes de policiais militares
tenham sido retaliação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital
(PCC) contra a operação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, da PM,
que matou seis homens em maio, na zona leste de São Paulo.
Mas, de acordo com comandante-geral da PM, Roberval Pereira
França, "até o momento não há nada que indique que estes crimes covardes
sejam ação orquestrada". "Toda a estrutura do Departamento de PM Vítima
da Corregedoria e o DHPP estão trabalhando juntos para que os autores
sejam rapidamente identificados e presos. Vários casos registrados estão
prestes a serem esclarecidos e a Polícia Militar não vai descansar
enquanto os responsáveis não forem identificados e presos", afirmou.
Com estes casos, chega a 35 o número de policiais militares mortos no Estado de São Paulo em 2012.
Execução
De acordo com a Polícia Civil, eram 20 horas quando três criminosos
abordaram o soldado Paulo César Lopes Carvalho, lotado no 37º Batalhão,
dentro de um mercado no número 191 da Rua Henrique San Mindlin. Eles
chegaram a chamá-lo pelo nome para ter a certeza de sua identidade.
Houve tiroteio e o soldado conseguiu atingir um dos assaltantes, mas
acabou baleado na cabeça. O criminoso morreu no pronto-socorro do Campo
Limpo e o policial no Hospital M' Boi Mirim. Os outros dois bandidos
fugiram em uma moto.
A base da 4ª Companhia do 39º Batalhão, localizada no número 301 da
Rua Joapitanga, foi atacada à 1h30 por quatro criminosos em um Polo
prata, roubado momentos antes na Rua Carolina Fonseca, também em
Itaquera. De acordo com o major André Luiz Ferreira, comandante
operacional do 39º Batalhão, o carro subiu a rua e os criminosos
dispararam, de dentro do veículo, cerca de dez tiros, com pistolas e
revólveres, contra a base. Os tiros atingiram a parede da Companhia e
carros estacionados em frente. Os dois policiais que estavam no local se
protegeram e ninguém se feriu.
Uma viatura da Força Tática do 39º Batalhão encontrou o Polo na
Avenida José Pinheiro Borges. Houve perseguição e os criminosos bateram o
carro em um poste, próximo ao Shopping Itaquera. Os quatro bandidos
trocaram tiros com os dois soldados que estavam na viatura. Um dos
criminosos foi baleado e morreu. Um dos policiais levou um tiro no
peito, mas usava colete à prova de balas e sofreu apenas escoriações. Os
outros três suspeitos fugiram a pé.
Ataques
Na última quarta-feira (20), o secretária de Segurança Pública de São
Paulo, Antonio Ferreira Pinto, afirmou que o ataque à base da PM e as
execuções de policiais são fatos isolados e não ações orquestradas por
facções criminosas.
O policial Vaner Dias, de 44 anos, da Cavalaria, foi morto na noite
de quarta-feira, quando dava aula de jiu-jítsu em uma academia na
Avenida Caneiro Ribeiro, na Vila Formosa. Três homens entraram dizendo
que estavam interessados em conhecer a academia e executaram Dias a
tiros.
O soldado Cleiton, de 25 anos, lotado na 1ª Companhia do 47º Batalhão
da PM, foi morto, com um tiro no rosto, ao tentar evitar um assalto a
uma loja de roupas localizada na Rua Celestino Marinelli, na região de
Pirituba. A base da 4ª Companhia do 38º Batalhão, na Avenida Luís Pires
de Minas, em São Mateus, foi atacada a tiros por um homem em uma moto e
quatro em um Pálio. Ninguém se feriu no ataque.
FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2012-06-22/base-militar-e-alvo-de-tiroteio-na-zona-leste-de-sao-paulo.html
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