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O Supremo Tribunal da Alemanha legalizou a eutanásia. A partir de agora, será possível desligar legalmente os equipamentos médicos que mantêm artificialmente a vida de doentes graves, com a concordância destes. A morte suave e tranquila – como o dicionário de Oxford define a eutanásia – é considerada crime na maioria dos países da Europa.
Margarita Bogatova - 7.08.2012.
Isto muitas vezes leva ao aumento do turismo da morte,
quando, para deixar a vida, os doentes com câncer ou pacientes
paralisados pedem aos parentes para levá-los à Suíça, Holanda,
Luxemburgo ou Bélgica, onde a eutanásia é legal.
A
decisão do Supremo tribunal da Alemanha foi precedida do julgamento do
jurista Wolfgang Putz, que aconselhou sua cliente a desligar a mãe dos
sistemas médicos, Érica Kullmer, que estava em coma depois de um derrame
cerebral há oito anos. Sendo que ela tinha dito antes várias vezes que
não queria que sua vida fosse mantida artificialmente em tais condições.
Dois dias depois de desligados os aparelhos ela morreu, e sua filha e o
jurista foram presos por assassinato e cumplicidade com o crime.
Entretanto, pela nova lei, ambos foram absolvidos.
Para
deixar a vida, doentes graves pedem a parentes para levá-los a países
onde a eutanásia é legalizada. Aqueles que não podem se permitir o
transporte do doente a outro país, agem conscientemente segundo um
roteiro mais dramático. Nos países onde é proibida a eutanásia não são
raros os casos de julgamento de parentes que desligam os aparelhos de
manutenção da vida de seus entes queridos após seus insistentes pedidos.
Na
Rússia, a eutanásia é proibida. A Igreja Ortodoxa Russa é
categoricamente contra.
Entretanto parte dos russos pronunciam-se em
apoio à morte fácil e os doentes graves muitas vezes pedem-na aos médicos – contou à Voz da Rússia o médico do pronto socorro Mikhail Kanevski.
"Como
funcionário do pronto socorro eu vou, com muita frequência, a
apartamentos onde pessoas estão gravemente enfermas. São derrames,
oncologia – existem diferentes casos.
Já me aconteceu pedirem para que
eu aplicasse uma injeção mortal. Eu brinco ou prometo aplicar tal
injeção, mas na realidade aplico uma injeção normal e com isto tento
animá-los, apesar de ver que não há esperanças".
Em Zurique, o local mais popular para este tipo de turismo,
cerca de 200 pessoas deixam a vida anualmente. Às vezes vão lá
pessoas em busca da morte que não são doentes graves ou incuráveis. Isto
coloca em dúvida a eutanásia em toda a parte, pois em sua base está a
questão que atormenta a humanidade há muito tempo: quem tem o direito de
decidir se o ser humano deve existir ou não existir?.
Fonte:http://portuguese.ruvr.ru/2012_08_07/Alemanha-legalizou-morte-suave-tranquila/
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