terça-feira, 16 de outubro de 2012

São Luís - E agora João? MPF suspeita de desvio na gestão do “macaco velho”.

Em uma das inserções do candidato João Castelo (PSDB-foto), o apresentador solta a seguinte frase “…e olha que tem que ser ‘macaco velho’ para enfrentar aqueles que fazem de tudo para São Luís ficar parada”.

De olho na possibilidade de que o tucano vem a ser mesmo “macaco velho”, adjetivo atribuído pela própria propaganda do candidato a reeleição, o Ministério Público Federal (MPF) descobriu um suposto desvio de R$ 7 milhões na Secretaria de Educação da Prefeitura de São Luís.

Os recursos são referentes ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Um pouco mais da metade desse valor, provenientes do mesmo PNAE, foi o suficiente para a prefeita cassada de Paço do Lumiar, Bia Venâncio, receber recentemente da Polícia Federal uma tornozeleira eletrônica onde segue monitorada 24 horas por agentes da PF (relembre aqui, aqui e aqui).

As informações do suposto desvio dos recursos estão no blog do jornalista Gilberto Léda (abaixo copiado).
  
MPF detecta desvios de R$ 7 milhões da educação na Prefeitura de São Luís.

 

O Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão suspeita de desvios da ordem de R$ 7 milhões na Secretaria de Educação da Prefeitura de São Luís. O recursos são referentes ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

O suposto desvio foi detectado durante a instauração de inquérito civil público para apurar a situação da educação na capital – o ano letivo só começou no segundo semestre na maioria das escolas.

A partir do exame dos extratos das contas correntes do PNAE no Banco do Brasil, os procuradores Regis Richael Primo e Ana Karízia Távora atestaram que, nos último quatro anos, o município deixou de aplicar R$ 20.519.837,00 do que foi repassado.

Mas o saldo bancário é de apenas R$ 13.287.912,88. Desfalque de exatos R$ 7.231.924,12.

Leia aqui a nota técnica do MPF onde se questiona o destino das sobras anuais (item 19).
Além disso, os recursos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) também deixaram de ser investidos. O município possui em caixa saldo de R$ 1.123.890,27 referentes a esse programa.

Quanto aos recursos fornecidos pelo Fundeb, o MPF identificou a realização de diversos gastos em valores considerados exorbitantes – da ordem de R$ 13 milhões – efetuados sempre ao final de cada mês, “com valores arredondados, e sob a genérica rubrica de “gastos diversos”, gerando forte suspeita de desvio das verbas”.

Na ação em que pede o bloqueio dos recursos – o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a União também foram processados -, os procuradores são duros em relação à postura da Prefeitura, que deixou de responder a vários requerimentos do MPF.

“É gritante a situação da educação municipal em São Luis e inadmissível que o controle social se encontre totalmente inviabilizado em razão de atos e omissões imputáveis ao Município, ao FNDE e à União Federal. Os problemas da educação em São Luis não decorrem da ausência de recursos públicos federais, porém antes da negligência e incompetência de seus gestores no trato com a coisa pública”, concluem.

O processo tramita na 6ª vara da Justiça Federal no Maranhão. O blog encaminhou à Secretaria de Comunicação pedido de nota sobre o assunto na última sexta-feira (12), mas ainda não obteve retorno.

Fontes:
1 - http://www.gazetadailha.com.br/2012/10/15/de-olho-no-macaco-velho-mpf-suspeita-de-desvios-de-recursos/
2 -  http://gilbertoleda.com.br/2012/10/15/mpf-aponta-desvios-de-r-7-milhoes-da-educacao-na-prefeitura-de-sao-luis/ 

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