| Rui Falcão - Presidente Nacional do PT. | 
Presidente do PT sugere que Executivo encaminhe ao Congresso um projeto para a democratização dos meios de comunicação no País.
247 - O presidente nacional do 
PT, Rui Falcão, disse ontem (29) que, com o fortalecimento do partido 
nas eleições deste ano, a Executiva Nacional do partido pode retomar a 
discussão sobre assuntos colocados em banho-maria, como o de um marco 
regulatório para as comunicações, tema ao qual o governo sempre 
enfrentou forte resistência por parte da imprensa e dos partidos de 
oposição.
Segundo Falcão, para estabelecer nova regulação das 
comunicações o Executivo deve encaminhar um projeto para votação na 
Câmara e no Senado. Ele garantiu que o tema faz parte da agenda do PT e 
que o resultado das eleições mostra que o partido está afinado com os 
setores mais expressivos da sociedade.
O ministro da Comunicação Social do governo Luiz Inácio Lula da 
Silva, Franklin Martins, elaborou um anteprojeto que prevê cláusulas 
estabelecidas na Constituição, como a proibição de monopólios e 
oligopólios no setor, o acesso à informação e institui o Conselho de 
Comunicação Social, mas ele ainda não foi transformado pelo governo 
federal em projeto e encaminhado ao Legislativo para votação.
Martins aponta que um novo marco é necessário, "pois a atual 
regulação ignora as mudanças ocorridas com a Constituição de 1988, é 
defasado em relação às sucessivas inovações decorrentes da era da 
informação e promove um vale-tudo no setor". Para ele, a legislação que 
rege as empresas de comunicação no Brasil é totalmente ultrapassada.
Contra a definição de um novo marco regulatório, a chamada grande 
mídia aponta o risco de uma tentativa de ameaça à liberdade de imprensa e
 de controle dos conteúdos de informação nas empresas, e evita discutir o
 assunto. 
Para Martins, a alegação de ameaça à liberdade de imprensa 
para evitar o estabelecimento de compromissos por parte das empresas 
mascara a estratégia de manter a situação atual, com concentração de 
poder pelos grandes grupos atuantes no setor. Segundo ele, nos países 
mais avançados do mundo há regulação definida para as áreas técnicas e 
de conteúdo dos meios de comunicação e sobre produção regional, nacional
 e independente e há também busca por equilíbrio.
 
 
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