Marina Silva quer abrir legenda com dissidentes de várias legendas sem importar a ideologia. Há atualmente 27 partidos políticos oficialmente registrados no TSE.
De olho nas eleições presidenciais de 2014, a ex-senadora Marina
Silva (sem partido) intensifica pedido de apoios para a criação de seu
novo partido. Futura legenda que vem do “Movimento Nova Política” poderá
ter dissidentes do Psol, PT e até tucanos ou egressos das fileiras do
Democratas, sucedâneos do PFL e, anteriormente, da Arena, que sustentou a
ditadura militar no país.
Marina Silva diz que o seu será um “partido diferente”. A nova sigla
não aceitará doações de pessoas jurídicas e terá uma cota de 50% de seus
filiados dispostos a defender “bandeiras livres”, sem especificar
quais. Ela não esclareceu se haverá algum critérios ainda em relação ao
segmento partidário. A ideia é que o novo partido seja formado com
políticos oriundos de legendas variadas.
O que se sabe, é que primeiramente, Marina pretendia anunciar o
recolhimento das quase 500 mil assinaturas (necessárias para formar a
nova legenda) ainda neste mês, mas auxiliada por companheiros, adiou
para fevereiro, na reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional.
Com o enfraquecimento do PSDB nas últimas eleições, Marina tem
buscado possibilidades de aliados em todos os segmentos políticos. Uma
de suas principais parceiras nesta nova empreitada é a ex-senadora e
atual vereadora por Maceió, Heloísa Helena, do Psol, que já fez
declarações sobre sua adesão à nova sigla.
Outros nomes também foram citados como o do deputado federal Walter
Feldman (PSDB-SP), que antes admitia a possibilidade de aderir, ao
também novo PSD de Gilberto Kassab, mas que agora é dado como certo no
novo partido.
Segundo notícias que circulam na imprensa nesta quarta-feira (10), Marina tem confidenciado que seus objetos de desejos são os senadores Eduardo Suplicy (PT), e Cristovam Buarque.
Fora do PV
Depois de divergências políticas no Partido dos Trabalhadores (PT) e
no governo federal, Marina desfiliou-se do PT em 2009, em seguida
filiou-se ao Partido Verde (PV), para se candidatar à Presidência da
República em 2010, quando foi a terceira candidata mais votada. Já no
inicio de 2011, Marina Silva anunciou sua saída do PV e a possibilidade
de criação da nova legenda.
A possibilidade de criação da nova legenda veio do Movimento Nova
Política que já existe, mas o novo possível partido político ainda não
recebeu denominação.
Dizendo ter severas críticas aos partidos existentes, Marina decidiu
criar uma nova legenda. Por isso não aceitou o convite do presidente
nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), para ingressar no
partido.
Segundo a Constituição, para poder se candidatar nas próximas
eleições, o partido deverá ser fundado doze meses antes do pleito. Além
disso, o recolhimento das assinaturas correspondentes deverá ter no
mínimo, meio por cento (0,5%) dos votos válidos, dados na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados (não computados brancos e nulos), que
deverão estar distribuídos em pelo menos nove estados. Além dessa
exigência, em cada estado, deve-se atender ao mínimo de um décimo por
cento (0,1%) do eleitorado.
Para criar esse novo partido, Marina terá ainda de superar obstáculos
como o projeto de lei em tramitação no Congresso que impede que novos
partidos tenham acesso pleno ao dinheiro do fundo partidário e ao tempo
na propaganda eleitoral de rádio e TV, antes de disputarem uma eleição.
Há atualmente 27 partidos políticos oficialmente registrados no TSE.
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