O traidor de Jesus Cristo é lembrado todos os anos
no sábado de Aleluia, e em 2013 não poderia ser diferente; mas o
personagem este ano é outro: o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), alvo de
polêmicas e de protestos por ter sido escolhido presidente da Comissão
de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal mesmo defendendo
posições racistas e homofóbicas; parlamentar já disse que só sai "morto"
do cargo, e que não tem medo de "manifestações" e "gritarias", já que
está ocupando o mandato de deputado por ter "recebido apoio popular" nas
eleições.
30 de Março de 2013 às 14:57.
Brasília 247 - A tradição de fazer bonecos
simbolizando Judas no sábado de Aleluia se mantém na capital do país. É
neste dia que os adeptos constroem bonecos de pano como se fossem Judas,
o apóstolo que traiu Jesus Cristo por algumas moedas de prata e o
entregou aos seus algozes, que o condenariam à crucificação.
Por respirar política, Brasília sempre escolhe figuras públicas para
serem malhadas. A bola da vez foi o deputado federal Marco Feliciano
(PSC-SP). O polêmico pastor é alvo de protestos desde que assumiu a
presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Acusado de ser homofóbico e racista, o parlamentar também já proferiu
ofensas aos mais religiosos, mas já disse que só da Comissão "morto",
apesar dos protestos da população e de manifestação de artistas, que
incluem até o apoio do cantor Chico Buarque.
Os moradores da Vila Planalto se juntaram e confeccionaram um boneco
de espuma, papel e tecido.
A gravata e a camisa xadrez finalizaram o
look do deputado que mandou prender um manifestante na semana passada
por chamá-lo de racista. [Relembre aqui]
Um dos cartazes posicionados ao lado do boneco dizia assim:
"Amaldiçoado é o seu preconceito", e que ele "não representava" os cerca
de 142 mil eleitores brasileiros.
Permanência
Na semana passada, a bancada do PSC concordou em se reunir para
avaliar a permanência do pastor, depois que o presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) classificou como "insustentável" a
posição do parlamentar.
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Pastor Marco Feliciano |
Mas a sigla bateu o pé e avalizou o nome de
Feliciano, que vai continuar à frente da Comissão de Direitos Humanos,
apesar de todos os protestos que tem enfrentado por todo o país.
Esta semana promete ser de novas emoções na Câmara Federal.
O PPS
promete entrar com um pedido de renúncia junto ao Conselho de Ética e
outro de investigação contra o pastor por mal uso da verba parlamentar.
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